A
DIVISÃO E ESTRUTURA DO SERMÃO
INTRODUÇÃO: I
Coríntios 14:40
Um sermão divide-se em três partes
lógicas, a fim de que haja no mesmo integridade, proporção e clareza, e que
seja num todo perfeito, homogêneo, onde todas as partes estejam de tal forma
conexas
que e que seja possível separá-las sem destruir a própria harmonia
estabelecida.
As três divisões de um sermão são:
a. Introdução
ou Exórdio
b. Corpo
ou Exposição
c. Conclusão ou Epílogo
I. A INTRODUÇÃO:
1. “Cícero
definiu a introdução como sendo a oração que prepara o ânimo do ouvinte para
bem receber o restante do discurso. É o cartão de visitas do orador.
Apresenta-o ao público, dizendo da sua competência e pretensões.”
(Oratória Sacra, pág. 115)
2. Na
introdução o pregador prepara e desperta a mente dos ouvintes para o assunto a
ser abordado e introduz o assunto.
3. “A introdução deve ser
a. Interessante: Para despertar a atenção do público
sobre o que dirá.
b.
Explicativa: Para que se esclareça, convenientemente, a posição de quem fala em
face do assunto focalizado.
c.
Concisa: “Para que digressões inúteis não desviem a atenção dos
ouvintes.” (Oratória
Sacra, pág. 115)
4. A introdução ajuda a manter a atenção
desde o início, mas o orador deve tudo fazer para manter a atenção até o final
de sua mensagem.
5. A INTRODUÇÃO DEVE SER:
a.
Bem Preparada: “Os cinco primeiro minutos decidem a batalha.” (Napoleão)
b.
Apropriada: (ao tema e à congregação).
c.
Modesta: Não
prometer mais de que se dará.
d.
Breve: Se não impacienta o público.
e.
Clara: Ser claro, mas não demasiadamente claro! Se não for cuidadoso e
capaz, o pregador poderá dizer demais logo no começo.
f.
Preparada com antecedência para que não haja hesitação que causa
má impressão no auditório.
g.
Proferida com firmeza e segurança para impressionar bem.
6. TIPOS DE INTRODUÇÃO:
a.
Direta: Quando, sem rodeios, o
objetivo especial do sermão é apresentado.
b.
Indireta: Quando este se anuncia sob a forma de citação, historieta,
experiência, ilustração ou texto bíblico.
c.
Improviso: Quando um pregador se aproveita de um fato, ou acontecimento
ocorrido na oportunidade da mensagem e que se relaciona com o que vai ser dito.
7. EVITAR NA INTRODUÇÃO:
a. Desculpas: (Consegue compaixão, piedade, mas não simpatia). Não se desculpar, mas começar como
quem sabe que está apresentando uma mensagem como de Deus.
b. Sensacionalismo:
(Pode causar um impacto negativo no auditório).
c. Excesso
de humor: Dá idéia de que o pregador é cômico ou comediante.
d. Excesso
de humildade: “Pediram que eu falasse sobre esse assunto; eu, o mais
humilde e sem preparo...”
e. Expressões rotineiras:
“É com profunda emoção
que vos dirijo estas poucas palavras...”. “Tão
emocionado estou que não encontro palavras que possam traduzir...”
II. CORPO:
1. No corpo o pregador faz a exposição
do assunto fundamentando a tese com citações, argumentações consistentes e
lógicas.
2. Contém a apresentação básica do
sermão.
3. Para atingir a sua finalidade deve
ser:
a. Convincente: A força de persuasão é que levará o público a aceitar a tese
apresentada.
b. Compreensivo: Para que todos
possam atender e acompanhar as idéias do expositor.
c. Lógico: Dirigindo o raciocínio naturalmente. Gradual,
progressivo, climático e cronológico.
d. Transição Fácil: Não passar
de uma idéia para outra abruptamente, mas natural e imperceptivelmente.
e. Da Unidade Perfeita: Como as partes de uma tangerina que se
harmonizam e se completam.
f. De Frases Curtas: As frases
curtas aumentam a clareza. A clareza diminui à proporção que as frases se
alongam.
4. A ESTRUTURA DO CORPO:
a. Toda
mensagem apresentada no púlpito deve conter num certo sentido, uma só idéia,
grande e luminosa. Um objetivo, um propósito a alcançar.
b. A idéia central deve ser dividida em
três partes:
·
Pois auxilia na construção do
plano do sermão.
·
Facilita a memorização dos
pontos principais.
·
Ajuda o ouvinte a acompanhar o
desenrolar do sermão e a recordá-lo mais tarde.
c.
Exemplo: “VIDA COMO AVENTURA NA FÉ” (Hebreus 11:8-10)
Divisões da Idéia:
I. Precisa Coragem
II. Exige Perseverança
III. Requer Esperança
d. Pode ter tantas divisões quantas se
fizerem necessárias para compreensão do assunto, desde que não leve o ouvinte à
canseira e enfado.
·
Geralmente usa-se um mínimo de
duas e evita-se ir além de cinco; salvo em casos especiais, quando a situação
exigir.
·
O mais convencional é a divisão
em três partes. No entanto, devemos variar para não cair na rotina.
III. A CONCLUSÃO:
1. O propósito é repassar ligeiramente
as idéias da mensagem, de modo que a memória do auditório seja refrescada e uma
impressão duradoura seja deixada na mente.
2. Deve ser breve. Senão, aborrece o
auditório e anula os efeitos.
3. Não deve ser improvisada.
4. É o fecho final, o arremate do
sermão.
a. As últimas palavras do pregador devem deixar a mais forte impressão
emocional possível e fazer com que os ouvintes se disponham a querer crer ou
agir.
b. Deve assaltar não só o intelecto, mas o coração do ouvinte.
5. Deve ser positiva e pessoal, pois na
congregação há pessoas.
6. A conclusão geralmente é subdividida
em três partes:
·
Na primeira, repassamos as
idéias principais do corpo.
·
Na
segunda, reforçamos as idéias.
·
Na
terceira, apelamos a aceitarem o que está contido na idéia central.
7. O apelo é o encerramento da
conclusão:
·
O auditório deve estar
imperceptivelmente preparado.
·
Evite afetar emoções não
realmente experimentadas.
·
Apelos inflamados, do coração,
impressionam as pessoas e produzem resultados.
·
Pode-se usar uma ilustração
para o apelo final, desde que curta e apropriada.
CONCLUSÃO:
1. O sermão, pois, na sua beleza e
integridade divide-se em: introdução,
corpo e conclusão.
2. Divisões que dão um sentido lógico e
homogêneo à mensagem.
3.
Esta divisão deve ser praticada por todos os pregadores a fim de que alcancem
facilmente o coração e o intelecto dos ouvintes e consigam os resultados
desejados.
Sem comentários:
Enviar um comentário