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sábado, 4 de janeiro de 2014

HOMILÉTICA - FORMAÇÃO PARA A IGREJA 3ª AULA



A DIVISÃO E ESTRUTURA DO SERMÃO


INTRODUÇÃO:      I Coríntios 14:40



Um sermão divide-se em três partes lógicas, a fim de que haja no mesmo integridade, proporção e clareza, e que seja num todo perfeito, homogêneo, onde todas as partes estejam de tal forma conexas que e que seja possível separá-las sem destruir a própria harmonia estabelecida.



As três divisões de um sermão são:



a.            Introdução ou Exórdio



                              b.            Corpo ou Exposição



                              c. Conclusão ou Epílogo



I.    A INTRODUÇÃO:



1.   “Cícero definiu a introdução como sendo a oração que prepara o ânimo do ouvinte para bem receber o restante do discurso. É o cartão de visitas do orador. Apresenta-o ao público, dizendo da sua competência e pretensões.”

                                                                                                                                                                                                                                                  (Oratória Sacra, pág. 115)



2.   Na introdução o pregador prepara e desperta a mente dos ouvintes para o assunto a ser abordado e introduz o assunto.



3.      “A introdução deve ser

a.  Interessante: Para despertar a atenção do público sobre o que dirá.



b.      Explicativa: Para que se esclareça, convenientemente, a posição de quem fala em face do assunto focalizado.



c.         Concisa: “Para que digressões inúteis não desviem a atenção dos ouvintes.”                                                   (Oratória Sacra, pág. 115)



4. A introdução ajuda a manter a atenção desde o início, mas o orador deve tudo fazer para manter a atenção até o final de sua mensagem.



5. A INTRODUÇÃO DEVE SER:



a.      Bem Preparada: “Os cinco primeiro minutos decidem a batalha.” (Napoleão)



b.                          Apropriada: (ao tema e à congregação).



c.           Modesta: Não prometer mais de que se dará.



d.           Breve: Se não impacienta o público.



e.           Clara: Ser claro, mas não demasiadamente claro! Se não for cuidadoso e capaz, o pregador poderá dizer demais logo no começo.



f.            Preparada com antecedência para que não haja hesitação que causa má impressão no auditório.



g.           Proferida com firmeza e segurança para impressionar bem.

     

6.   TIPOS DE INTRODUÇÃO:



a.      Direta: Quando, sem rodeios, o objetivo especial do sermão é apresentado.



b.           Indireta: Quando este se anuncia sob a forma de citação, historieta, experiência, ilustração ou texto bíblico.



c.       Improviso: Quando um pregador se aproveita de um fato, ou acontecimento ocorrido na oportunidade da mensagem e que se relaciona com o que vai ser dito.





7.   EVITAR NA INTRODUÇÃO:



  a.          Desculpas: (Consegue compaixão, piedade, mas não simpatia).           Não se desculpar, mas começar como quem sabe que está apresentando uma mensagem como de Deus.



                              b.            Sensacionalismo: (Pode causar um impacto negativo no auditório).



                              c.            Excesso de humor: Dá idéia de que o pregador é cômico ou comediante.



                              d.            Excesso de humildade: “Pediram que eu falasse sobre esse assunto; eu, o mais humilde e sem preparo...”



                              e.            Expressões rotineiras:                                                  “É com profunda emoção que vos dirijo estas poucas palavras...”.               “Tão emocionado estou que não encontro palavras que possam traduzir...”



II.   CORPO:



1. No corpo o pregador faz a exposição do assunto fundamentando a tese com citações, argumentações consistentes e lógicas.



2. Contém a apresentação básica do sermão.



3. Para atingir a sua finalidade deve ser:



 a. Convincente: A força de persuasão é que levará o público a aceitar a tese apresentada.



                              b. Compreensivo: Para que todos possam atender e acompanhar as idéias do expositor.



                              c. Lógico:  Dirigindo o raciocínio naturalmente. Gradual, progressivo, climático e cronológico.



                              d. Transição Fácil: Não passar de uma idéia para outra abruptamente, mas natural e imperceptivelmente.



                              e. Da Unidade Perfeita:  Como as partes de uma tangerina que se harmonizam e se completam.



                              f. De Frases Curtas: As frases curtas aumentam a clareza. A clareza diminui à proporção que as frases se alongam.



4. A ESTRUTURA DO CORPO:



               a. Toda mensagem apresentada no púlpito deve conter num certo sentido, uma só idéia, grande e luminosa. Um objetivo, um propósito a alcançar.



               b. A idéia central deve ser dividida em três partes:

·        Pois auxilia na construção do plano do sermão.

·        Facilita a memorização dos pontos principais.

·        Ajuda o ouvinte a acompanhar o desenrolar do sermão e a recordá-lo mais tarde.



               c. Exemplo: “VIDA COMO AVENTURA NA FÉ”                (Hebreus 11:8-10)



          Divisões da Idéia:



          I. Precisa Coragem

         II. Exige Perseverança

        III. Requer Esperança



               d. Pode ter tantas divisões quantas se fizerem necessárias para compreensão do assunto, desde que não leve o ouvinte à canseira e enfado.

·       Geralmente usa-se um mínimo de duas e evita-se ir além de cinco; salvo em casos especiais, quando a situação exigir.

·       O mais convencional é a divisão em três partes. No entanto, devemos variar para não cair na rotina.



III. A CONCLUSÃO:



1. O propósito é repassar ligeiramente as idéias da mensagem, de modo que a memória do auditório seja refrescada e uma impressão duradoura seja deixada na mente.



2. Deve ser breve. Senão, aborrece o auditório e anula os efeitos.



3. Não deve ser improvisada.



4. É o fecho final, o arremate do sermão.



a.      As últimas palavras do pregador devem deixar a mais forte impressão emocional possível e fazer com que os ouvintes se disponham a querer crer ou agir.

b.      Deve assaltar não só o intelecto, mas o coração do ouvinte.



5. Deve ser positiva e pessoal, pois na congregação há pessoas.



6. A conclusão geralmente é subdividida em três partes:



·        Na primeira, repassamos as idéias principais do corpo.

·         Na segunda, reforçamos as idéias.

·         Na terceira, apelamos a aceitarem o que está contido na idéia central.



7. O apelo é o encerramento da conclusão:



·       O auditório deve estar imperceptivelmente preparado.

·       Evite afetar emoções não realmente experimentadas.

·       Apelos inflamados, do coração, impressionam as pessoas e produzem resultados.

·        Pode-se usar uma ilustração para o apelo final, desde que curta e apropriada.



CONCLUSÃO:



1. O sermão, pois, na sua beleza e integridade divide-se em: introdução, corpo e conclusão.



2. Divisões que dão um sentido lógico e homogêneo à mensagem.



      3. Esta divisão deve ser praticada por todos os pregadores a fim de que alcancem facilmente o coração e o intelecto dos ouvintes e consigam os resultados desejados.


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