QUALIDADES
DE UM BOM PREGADOR
INTRODUÇÃO:  Êxodo
18:21  e 
Atos 6:3
 “Aquele que é chamado por Deus para proclamar
o Evangelho deveria destacar-se como o homem mais importante na sua comunidade,
e tudo quanto fizesse para Cristo e  para
Igreja deveria manifestar-se na Sua pregação.”    
                                              (A
Preparação de Sermões, pág. 15)
II. QUALIDADES ESSENCIAIS:
1.   Caráter -  O pregador deve ser dotado de qualidades
morais de honestidade, critério e integridade, a fim de que suas palavras e
ação mereçam crédito e possam comunicar com sinceridade ao auditório, a
verdade, o bem e o belo.
a. O poder do orador, principalmente, está em ele ser aquilo que fala
ou prega.
                              b.            Os
seus ouvintes devem crer que ele crê naquilo que está falando.
                              c. Deve colocar o corpo, a alma, os
bens e a reputação, no que fala.
2.   Satisfação - O púlpito deve ser um
lugar de conforto, uma fonte de otimismo para os seus devotos. O homem do
púlpito deve ter satisfação e sentir grande gozo em ser um porta-voz divino, a
fim de que seus ouvintes sejam contagiados por este gozo.
3. Coragem
- É uma qualificação indispensável para um bom pregador, pois um pregador
tímido é semelhante a um médico tímido com o seu bisturi na mão.
                              a. Atos 4:13 e 29.
4. Saúde
- Um pregador, além de excelentes condições espirituais, também deve ter
boas condições físicas. Um pregador que está doente, os seus olhos não têm a
luminosidade que comunica favoravelmente.
O homem deve ir ao púlpito descansado,
com os nervos plenos de vida e todo o sangue pulsando nas veias.
 O que fazer antes do
sermão:
a.      
Evitar um trabalho pesado.
b.     
       Dormir bem, de preferência as 8 horas recomendadas.
c.     
       Comer moderadamente e comida leve, antes do sermão.
d.     
Não gastar a sua vitalidade com
conversas inúteis.
e.     
       Controle emocional.
f.      
       Concentração na mensagem.
5. Voz
Adequada - Dentre os atributos do pregador, a voz ocupa lugar
preponderante. O mais belo pensamento, a emoção ou o afeto mais sincero perde
expressão se, para isto, o pregador ou a pessoa que fala não tem a voz
adequada.
                              a.            A
voz humana, como um instrumento de música, tem seus órgãos motores, órgãos de
fonação articuladores e ressonadores que modificam e ampliam os sons emitidos.
                              b.            Além
de alcançar a maior distância possível, o orador deve ter modulação, sonoridade
e suavidade na voz, sem cansar e menos ainda, sem prejudicar seu órgão vocal.
                              c.            Ele
precisa saber modular-lhe as condições de altura, volume ou intensidade, tempo
ou velocidade, de acordo com o sentido e interpretação dos textos que contém as
idéias e os sentimentos que cumpre externar de maneira singela ou displicente,
apaixonada ou enfática.
                              d.            Daí
a necessidade de todo aquele que se interessa pela pregação procurar o estudo
da voz, mormente no que concerne à respiração e à dicção.
                              e.            A
perfeita emissão da voz depende da boa respiração. Exercícios respiratórios são
recomendáveis não só porque favorecem a voz, dando maior regularidade à
expiração do ar pela boca, senão também porque provocam relaxamento muscular
muito benéfico quando se trata de inibição ou do “medo oratório”.
                              f.             “Os
ministros devem-se manter eretos, falar devagar, com firmeza e distintamente,
inspirando profundamente o ar a cada sentença, e emitindo as palavras com o
auxílio dos músculos abdominais... O peito tornar-se-á amplo, e... o orador
raramente fica rouco, mesmo falando continuamente.” (Evangelismo, pág. 670)
                              g.            “Alguns
destroem a impressão solene que possam haver causado no povo por elevarem a voz
demasiado alto, proclamando a verdade com brados e gritos... Esse gritar,
porém, que faz? Isto não dá ao povo nenhuma idéia mais exaltada da verdade, nem
os impressiona mais profundamente. Causa apenas uma sensação de desagrado nos
ouvintes e fatiga os órgãos vocais do orador.” 
(Evangelismo, pág. 667)
                              h.            “Quando
eu era mais moça, costumava falar demasiadamente alto. O Senhor mostrou-me que
eu não poderia causar no povo a devida impressão elevando a voz a um tom fora
do natural. Foi-me então apresentado Cristo e Sua maneira de falar; havia suave
melodia em Sua voz. Esta, lenta e calma, chegava aos que O escutavam, e Suas
palavras penetravam-lhes no coração, e eles podiam apanhar o que fora dito
antes de ser proferida a sentença seguinte.”                 (Evangelismo, pág. 670)
II. OUTRAS QUALIFICAÇÕES:
1.   Boa Aparência - Vários são os fatores
que concorrem para a boa aparência do orador. Dentre eles, notam-se: O aspecto
físico, a postura, o andar, os gestos, a expressão fisionômica e a
indumentária.
                              a.            A
presença do orador deve revelar personalidade agradável, simpatia pessoal,
educação e boa disposição.
                              b.            O
andar deve ser pausado e elegante, sem afetação. Dele o orador se vale durante
o discurso ou sermão para quebrar a possível monotonia, dando uns passos para
os lados ao terminar certos períodos longos, ao mudar de voz em sua mensagem,
etc. O exagero nesses movimentos torna-se, porém, condenável.
                              c.            A
indumentária deve condizer com a hora, o local e a espécie de auditório. O
traje cuidado e confortável, aliado ao bom aspecto físico do orador, garante a
boa impressão que dele esperam colher os seus ouvintes.
                              d.            “Cumpre-nos
apresentar propriedade no vestuário e na conduta... O caráter de uma pessoa é
julgado pelo aspecto de seu vestuário. Nosso vestuário deve ser simples, de
maneira que ao visitarmos os pobres, eles não fiquem embaraçados pelo contraste
entre nossa aparência e a deles.” (Evangelismo,
págs. 672,673)
                              e. Nossas palavras, atos,
comportamento, vestuário, tudo, deve pregar. Não somente com as palavras
devemos falar ao povo, mas tudo quanto diz respeito a nossa pessoa deve
constituir para eles um sermão.”                                                                                      ( Evangelismo, pág. 671)
2.   Gesticulação
Moderada:
                              a.            O
dicionário define “gesto” como “movimento do corpo, principalmente dos membros
ou da cabeça, feito com o fim de exprimir um pensamento, um sentimento, uma
intenção”.
                              b.            A
gesticulação é a moldura que aplica à manifestação oral, para se reforçarem
períodos, sublinharem-se vocábulos, dando ao discurso maior expressividade.
                              c.            O
termo “gesto” aplica-se não somente aos movimentos das mãos, mas também a todos
os movimentos do corpo, que auxiliam na expressão do pensamento. 
                              d.            É o
gesto a própria palavra que se repete, ou se antecipa enfaticamente.
·       
Há suavidade nas mãos colocadas
em prece.
·       
      Há rancor nos dedos que se contraem.
·       
      Os braços abertos indicam acolhida.
·       
      O indicador que aponta, pode ser advertência.
                              e.            Os
gestos devem ser espontâneos, naturais. Não devem ser “fabricados”. Provêm
naturalmente do interior, da convicção, dos gestos atrai a atenção indevida ao
pregador.
                              f.             Devem
ser apropriados. Não devem ser exagerados. São usados para expressar-se melhor
e não para exibição própria.
                              g.            A
gesticulação não precisa e nem deve ser constante. No entanto, devemos lembrar
que “um ser sem paixão, sem vida e sem expressão é como um candeeiro apagado;
não produz fumaça, mas também não alumia”.                                             (A. C. Castells) 
                              h.            
Para desenvolver coordenadamente a gesticulação, o orador deve ler em voz
alta algumas frases que tenham sentido, aplicando a cada uma delas os gestos
que a significação e expressão indicam. Exemplos:
·       
“Não há no mundo país mais belo
do que o Brasil.”
·       
      “Apelo para os senhores em nome de Cristo que por nós morreu na
cruz.”     
·       
“Pára, meu irmão! Já fostes
longe demais. É hora de voltar!”
·       
      “Arrependei-vos! e cada um de vós seja batizado em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo.”
i. O que o pregador não deve fazer: 
·       
Não deve colocar as mãos ou a
mão nos bolsos das calças ou paletó.
·       
      Não deve ficar o tempo todo com o dedo indicador em forma
acusadora.
·       
      Não deve dar socos na mesa.
·       
      Não deve ficar abotoando e desabotoando o paletó.
·       
      Não deve ficar arrumando a gravata.
·       
Não deve alisar os cabelos a
todo instante.
·       
Não deve brincar nervosamente
com a gola do paletó.
·       
Não deve ficar pondo e tirando
o relógio.
·       
Não jogar a Bíblia sobre o
púlpito depois de lida.
                              j.             Finalmente,
os gestos devem ser moderados, sóbrios, naturais, oportunos e elegantes,
fazendo parte de um estado de expressão que parte do interior da alma.
CONCLUSÃO:
1. O pregador de êxito deve desenvolver
qualificações positivas e essenciais que o habilitem a ser um verdadeiro
porta-voz dos Céus.
2.   Caráter,
satisfação, coragem, saúde, voz adequada, boa aparência e gesticulação moderna
são atributos indispensáveis e que devem ser cultivados.
3.   Que
cada pregador interesse-se mais no progresso das características que o farão
arauto do evangelho.
 

 
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