Deus
precisa do dízimo?
A
Bíblia tem instruções para quem quer fazer do dinheiro uma bênção.
por Márcio Dias Guarda
Dinheiro
na mão é confusão”, dizia o refrão de uma música popular, mais ou menos antiga.
De fato, o dinheiro é um revelador do caráter da pessoa. E o que fica mais
evidente, mesmo numa checagem rápida dos gastos da maioria das pessoas, é quão
egoístas somos.
Até
mesmo para os cristãos, que confessam amar a Deus sobre todas as coisas, o
dinheiro pode se constituir num problema complexo, pois sua natureza prática e
material revela unia filosofia de vida que freqüentemente contraria todas as
confissões e princípios teóricos.
Talvez
por esse motivo que a Bíblia e Cristo falem tanto cm dinheiro. É um ponto de
prova. É urna síntese importante e incontestável. E o que a Bíblia ensina a
respeito do dinheiro? Primeiramente, contrariando a muitos, é interessante
observar para que o dinheiro não serve:
Não
serve para alcançar a felicidade. “Exorta aos ricos do
presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na
instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para
nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos
em dar e prontos a repartir” (II Timóteo 6:17 e 18).
Não
serve para adquirir méritos. “E ainda que eu
distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu
próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará”
(1a. Coríntios 13:3).
Não
compra a salvação. “Sabendo que não foi mediante coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil
procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de
cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” (1 Pedro 1:18 e
19).
Não
ajuda a adquirir nenhum dom de Deus. “O teu dinheiro
seja contigo para perdição. pois julgaste adquirir, por meio dele, o dom de
Deus” (Atos 8:19 e 20).
Mas
nem todas as referências bíblicas ao dinheiro vão no sentido de
desvalorizá-lo.A Bíblia ensina também para que serve o dinheiro:
Serve
para pagar os Impostos. “Pagai a todos o que lhes é
devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito,
respeito: a quem honra, honra” (Romanos 13:7).
Com
o dinheiro se deve pagar as dividas. A ninguém fiqueis
devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros:
pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” (Romanos 13:8).
Ê
útil também para socorrer os pobres. –“Quem se compadece do pobre ao
Senhor empresta, e Este lhe paga o seu beneficio” (Provérbios 19:17).
É
Importante para ajudar a manter a obra de Deus. “Cada um contribua segundo
tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade: porque Deus ama
a quem dá com alegria” (II Corintios 9:7). Ninguém apareça de mãos
vazias perante Mim.” (Exodo 23:15).
Uma
conclusão, bem simples e direta, que podemos tirar dessas passagens é:Ao
contrário do que a sabedoria popular tem expresso com freqüência, religião e
dinheiro têm muito em comum. O dinheiro dedicado às coisas da religião é mais
que um símbolo, é uma denotação, de nossa dedicação a Deus. Por outro lado, a
entrega de nossas dádivas, por mais valiosas que sejam, sem a consagração
pessoal, perde o seu valor.
O
que mais importa para Deus é nossa vida. O que mais Ele deseja é habitarem
nosso coração por meio do Espírito Santo. Nenhuma oferta pode se comparar à
vida submissa a Jesus. Uma dádiva sem o doador vale tanto quanto a palha sem o
grão. Portanto, nossa entrega a Cristo deve preceder à entrega de nossas ofertas.
Assim como “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito,
para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Mas,
além desse principio fundamental, quais são as regras híMicas para
nossas dádivas?
Dar
sistematicamente. “No primeiro dia da semana, cada um de
vós ponha de parte em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para
que se não façam coletas quando eu for” (1 Coríntios 16:2). As coletas, de
acordo com essa instrução do apóstolo Paulo não deveriam representar uma
surpresa se as pessoas
planejassem suas dádivas com
antecedência. Regularidade e continuidade são aspectos básicos nessa questão.
Dar proporcionalmente.
O texto citado no parágrafo anterior ensina a dar “conforme a sua prosperidade”.
A lei do dízimo também segue essa regra (ver Malaquias 3:10). Deus estabeleceu
essa proporção de 10% de nossas entradas para o dizimo, e além disso as ofertas
voluntárias também deverá corresponder aos nossos rendimentos, ficando a
proporcionalidade a critério do doador.
Dar generosamente.
Paulo instrui os cristãos a contribuir “com liberalidade” (Romanos 12:8). Sem
essa compreensão, alguém poderia dar, de forma sistemática e proporcionaL,
uma quantia ínfima e assim acalmar sua consciência. Mas a generosidade, o senso
de gratidão, que induz a ampliar a dádiva até o limite do sacrifício, é uma
importante dimensão cristã de nossas ofertas.
Dar alegremente.
Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por
necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (II Coríntios 9:7). Jamais
devemos dar por necessidade, para salvar as aparências ou por constrangimento.
A dedicação de nossas dádivas — dízimos e
ofertas — é um ato de adoração a Deus; é a resposta do nosso amor ao infinito
amor de Cristo.
1. O que diz a Bíblia a respeito da soberania de
Deus sobre as coisas criadas?
“Ao Senhor pertence a Terra e tudo o que
nela es contém, o mundo e os que nele habitam. (Salmos 4:1) “Minha é a
prata, meu é o ouro, diz o Senhor doe Exêrcitos” (Ageu 2:8).
2. Para que fim o dizimo deve ser usado?
“Não sabeis vós que os que prestam
serviços sagrados do próprio templo se alimentam ? E quem seve o altar do altar
tira o seu sustento ?
Assim
ordenou também o Senbor ao que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (1o.
Coríntios 9:13 e 14).
3. Desde quando o sistema de dar dízimo é praticado?
“Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão
e vinho; era sacerdote do Deus Altíssimo; abençoou ele Abrão e disse: Bendito
seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que possui os céus e a Terra; e benldito seja o Deus Altíssimo, que entregou
os teus adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abraão o dizimo ( Gen.l4;
18-20).
4. Que outro personagem bíblico deu também o
dizimo?
“Fez
também Jacó um voto. Dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta
jornada que empreendo, e me der pão para
comer e roupa que me vista... E a pedra, que erigi por coluna, será a casa de
Deus; e de tudo quanto me concederes certamente Te darei o dizimo (Gênesis
28:20 e 22).
5. O que Jesus pensava sobre o dizimo?
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque
dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os
preceitos mais impotantes da Lei; a justiça, a misericórdia e a fé; deveis,
porem, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23:23)
6. Que o apelo de Deus faz com respeito ao
dizimo?
“Trazei todos os dízimos à casa do
Tesouro, para que haja, mantimento na Minha casa; e provai-Me nisto, diz o Senhor
dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre
vós bênção sem medida” (Malaquias
3:10).
7.
Que promessa é feita à pessoa fiel a Deus
nos dízimos e ofertas?
“Disse-Lhe o Senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do
teu Senhor” (Mateus 25:23).
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