AS BEM-AVENTURANÇAS - NA ENCOSTA DA MONTANHA
Na Encosta da
Montanha
I.
introdução
A. primeiro monte das
bem-aventuranças
1.
Mais de mil e quatrocentos
anos antes do nascimento de Jesus em Belém, os filhos de Israel se haviam
reunido no belo vale de Siquém e, das montanhas que o ladeavam, ouviu-se a voz
dos sacerdotes proclamando as bênçãos e as maldições - "a bênção, quando
ouvirdes os mandamentos do Senhor, vosso Deus, ... a maldição, se não
ouvirdes". Deut. 11:27 e 28.
2.
E assim o monte de onde
foram proferidas as bênçãos veio a ser conhecido por monte das bem-aventuranças.
B. segundo monte das
bem-aventuranças
1.
Não foi, no entanto, do
monte Gerizim que foram proferidas as palavras que vêm como uma bênção ao mundo
pecador e aflito. Israel deixou de atingir o elevado ideal que lhe fora
proposto.
2.
Outro que não Josué devia
conduzir Seu povo ao verdadeiro repouso da fé. Não mais é o monte Gerizim
conhecido pelo monte das bem-aventuranças, mas aquela anônima montanha ao lado
do lago de Genezaré, onde Jesus pronunciou as palavras de bênção dirigidas a
Seus discípulos e à multidão.
II. o conceito judaico do messias
A. imaginando a cena
1.
Volvamos, em espírito,
àquela cena e, ao sentarmo-nos com os discípulos na encosta do monte,
penetremos nos pensamentos e no sentir que lhes enchia o coração.
2.
Compreendendo o que
significavam as palavras de Jesus para os que as ouviam, nelas podemos
distinguir uma nova vida e beleza, recolhendo para nós mesmos suas mais
profundas lições.
B. a espera de um príncipe
1.
Quando o Salvador começou
Seu ministério, a concepção popular acerca do Messias e de Sua obra era de
molde a incapacitar de todo o povo para O receber.
2.
O espírito da verdadeira
devoção se havia perdido na tradição e no cerimonialismo, e as profecias eram
interpretadas segundo os ditames de corações orgulhosos e amantes do mundo.
3.
Os judeus aguardavam Aquele
que havia de vir, não como um Salvador do pecado, mas como um grande príncipe
que poria todas as nações sob o domínio do Leão da tribo de Judá.
4.
Inutilmente João Batista,
com o poder de esquadrinhar os corações, próprio dos antigos profetas, chamara
ao arrependimento o povo.
5.
Em vão havia ele, à margem
do Jordão, apontado a Jesus como o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo. Deus estava buscando encaminhar-lhes o espírito às profecias de Isaías
quanto ao sofrimento do Salvador; mas não queriam ouvir.
6.
Houvessem os mestres e
guias de Israel se submetido a Sua graça transformadora, e Jesus teria feito
deles embaixadores Seus entre os homens.
C. o anúncio do Messias
1.
Na Judéia fora primeiro
proclamado a vinda do reino, e primeiro fora feito o chamado ao arrependimento.
No ato de expulsar os profanadores do templo de Jerusalém, Jesus Se anunciara
como o Messias - Aquele que devia purificar a alma da contaminação do pecado, e
tornar Seu povo um templo santo para o Senhor.
2.
Mas os dirigentes judaicos
não se quiseram humilhar para receber o humilde Mestre de Nazaré. Em Sua
segunda visita a Jerusalém, foi Ele acusado perante o Sinédrio, e unicamente o
temor do povo impedira esses dignitários de tentar tirar-Lhe a vida. Foi então que, deixando a Judéia, iniciou Seu
ministério na Galiléia.
III. é chedado o reino de deus
A. Multidão Atraída para o reino
1.
Sua obra ali prosseguira
por alguns meses antes de Ele fazer o Sermão do Monte. A mensagem que
proclamara através da Terra - "É chegado o reino dos Céus" (Mat.
4:17) - atraíra a atenção de todas as classes, ateando-lhes ainda mais a chama
de suas ambiciosas esperanças.
2.
A fama do novo Mestre
estendera-se para além dos limites da Palestina e, não obstante a atitude dos
superiores, propagava-se o sentimento de que Este poderia ser o esperado
Libertador. Grandes multidões retardavam os passos de Jesus, e subia de ponto o
entusiasmo popular.
3.
Chegara o tempo em que os
discípulos que mais de perto se haviam ligado a Cristo, se Lhe uniram mais
diretamente à obra, a fim de que essas vastas multidões não fossem deixadas sem
cuidado, como ovelhas que não tinham pastor.
B. os discípulos do reino
1.
Alguns desses discípulos se
haviam unido a Ele no início de Seu ministério, e quase todos o doze tinham
vivido juntos, como membros da família de Jesus. Todavia também eles,
mal-orientados pelos ensinos dos rabis, partilhavam da expectação popular de um
reino terrestre.
2.
Não podiam compreender a
maneira de agir de Jesus. Já tinham ficado perplexos e perturbados por Ele não
fazer nenhum esforço para fortalecer Sua causa mediante o granjear o apoio dos
sacerdotes e rabis, por nada fazer para estabelecer Sua autoridade como rei
terrestre.
3.
Grande era a obra ainda a
fazer por esses discípulos antes de se acharem preparados para a sagrada missão
que lhes seria confiada quando Jesus houvesse de ascender ao Céu. Todavia eles
correspondiam ao amor de Cristo e, conquanto tardios de coração para crer,
Jesus via neles aqueles a quem podia educar e disciplinar para Sua grande obra.
C. bênção sobre os discípulos
1.
E agora, que eles haviam
estado com Jesus tempo suficiente para, em certa medida, estabelecer sua fé no
divino caráter de Sua missão, e o povo também tivera provas de Seu poder, o
qual não podiam pôr em dúvida, estava preparado o caminho para uma declaração
dos princípios de Seu reino, os quais os ajudariam a compreender sua verdadeira
natureza.
2.
Sozinho sobre um monte
próximo ao mar da Galiléia, Jesus passara toda a noite em oração por esses
escolhidos. Ao alvorecer, chamara-os a Si e, com palavras de oração e
instruções, impôs-lhes as mãos numa bênção, separando-os para a obra do
evangelho. Depois, dirigiu-Se com eles à praia onde, bem cedinho, já uma grande
multidão começara a ajuntar-se.
IV. a ESPERA DO DISCURSO
A. a procura de um milagre
1.
Além da massa habitual
vinda das cidades da Galiléia, havia grande número de pessoas da Judéia, e da
própria Jerusalém; da Peréia e da população meio-pagã de Decápolis; da Iduméia,
ao sul da Judéia, e de Tiro e Sidom, cidades fenícias à margem do Mediterrâneo.
2.
"Ouvindo quão grandes coisas fazia"
(Mar. 3:8), eles "tinham vindo para O ouvir e serem curados das suas
enfermidades, ... porque saía dEle virtude que curava todos." Luc. 6:18 e
19.
B. a sala de aula
1.
Depois, como a estreiteza
da praia não oferecesse espaço para todos os que O desejavam ouvir ficarem ao
alcance de Sua voz, nem mesmo de pé, Jesus abriu o caminho de volta para a
encosta da montanha.
2.
Chegando a um lugar plano
que proporcionava aprazível espaço para a vasta assembléia, sentou-Se na relva,
e Seus discípulos e a multidão seguiram-Lhe o exemplo.
3.
Como pressentindo algo
acima do comum a sobrevir, os discípulos se haviam comprimido em torno do
Mestre. Em vista dos acontecimentos daquela manhã eles experimentavam como que
uma certeza de que seria anunciada qualquer coisa relativamente ao reino que,
segundo ansiosamente esperavam, Ele devia em breve estabelecer.
4.
A multidão estava, também,
possuída de um sentimento de expectação, e as faces ansiosas testemunhavam
profundo interesse.
C. expectativas da glória futura
1.
Enquanto ali estavam
sentados na verde encosta, esperando as palavras do divino Mestre,
encheu-se-lhes o coração de pensamentos da glória futura. Havia escribas e
fariseus que antecipavam o dia em que eles teriam domínio sobre os odiados
romanos, e possuiriam as riquezas e o esplendor do maior império do mundo.
2.
Os pobres camponeses e
pescadores esperavam ouvir a certeza de que suas arruinadas cabanas, a escassa
comida, a vida de labuta e o temor da miséria haviam de ser trocados por
mansões de abundância e dias de felicidade. Em lugar da única e ordinária
vestimenta que os cobria de dia e lhes servia de cobertor à noite, esperavam
que Cristo lhes daria os ricos e custosos trajes de seus conquistadores.
3.
Todos os corações fremiam
com a orgulhosa esperança de que Israel seria em breve honrado diante das
nações, como o escolhido do Senhor, e Jerusalém exaltada como cabeça de um
reino universal.
V. conclusão
A. judeus esperavam um rei terrestre
1.
2.
3.
B. discípulos desconheciam a
natureza do reino
1.
2.
3.
C. Jesus se prepara para desvendar os princípios do reino de deus
1.
2.
3.
D. aplicação pessoal e apelo
1.
2.
3.
a
4.
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