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terça-feira, 18 de setembro de 2018

CUIDANDO DOS FILHOS




"Deve a obra de educação e preparo começar na infância da criança; pois então a mente é mais suscetível de receber impressões, e as lições dadas são lembradas...É dever dos pais falarem palavras retas....Dia a dia devem os pais aprender na escola de Cristo lições de Alguém que os ama. Então a história do eterno amor de Deus será repetida no lar ao tenro rebanho. Assim, antes da razão estar completamente desenvolvida, podem as crianças receber dos pais um espírito reto." White, Ellen G. Orientação da Criança, págs. 26, 27 C. P.B.

"Há toda sorte de caráter com que tratar nas crianças e jovens, e têm a mente impressionável. Muitas das crianças que freqüentam nossas escolas não tiveram no lar a educação apropriada. Alguns foram deixados a agir a bel-prazer; em outros foram descobertas faltas, e ficaram desanimados. Muito pouco de espírito amável e bem disposto lhes tem sido mostrado; poucas palavras de aprovação lhes foram dirigidas.." Idem, Mente, Caráter e Personalidade, págs. 550 Vol. II
"Joel, um cristão jovem e muito sincero, veio pedir ajuda para seu complexo de inferioridade, depressão e derrotas espirituais. Ele tinha um medo quase constante de ser abandonado pela família, amigos, até por Deus.
Sentimentos estranhos de solidão que estimulavam memórias enevoadas surgiam repetidamente em seu íntimo...rejeição ocupava lugar central em tudo...
Tudo começou com o nascimento de uma irmãzinha, quando Joel tinha quatro anos. Para piorar as coisas, a menina nasceu com um defeito congênito corrigível que exigiu muita atenção e despesas.
Até esse ponto, Joel fora o centro do cuidado e afeto da família; mas desde então tudo mudou drasticamente...a natureza dos problemas da recém-nascida excluíram o garoto desse papel. Sem qualquer intenção deliberada, Joel foi deixado de fora e sentiu-se extremamente magoado pelo que considerou rejeição proposital.
A mágoa e sentimento de rejeição de Joel se compunham de uma combinação de medo, raiva e culpa.
Ele tinha certeza de que alguma coisa que fizera provocara toda a situação - a doença da mãe, o parto difícil e o defeito congênito.
Isto pode parecer ridículo para um adulto, mas na faixa de quatro anos, tem um sentido de lógica e razão." Seamands, David A., A Cura das Memórias, pág. 52, Ed. Mundo Cristão.
"Certa mulher muito bonita que lutava contra um complexo de inferioridade há anos, compartilhou com grande sofrimento a figura mental que surgia a cada vez que ela se maquilava. Tinha sido criada num lar muito severo em que o Pai considerava qualquer tipo de pintura como pecaminoso.
Certa manhã, em sua pré-adolescência, ela usou um pouco de pó-de-arroz para cobrir as manchas na pele que aparecem com freqüência nessa idade. Estas foram as palavras dela, enquanto relembrava a penosa humilhação sofrida. 
"Meu pai riu de mim e sarcasticamente comentou que eu parecia uma novilha de cara branca". Ela acrescentou a seguir com significativa emoção:
"E nem uma vez enquanto me desenvolvia ele chegou a dizer-me que era bonita." Idem, pág. 55


"...um homem contou-me uma das piores histórias de abuso de crianças que já ouvi. 

Foi difícil imaginar as maneiras engenhosas que sua mãe usou para magoá-lo , atos estranhos de tortura física e aniquilamento verbal. Por ser um bom cristão, ele jamais tinha realmente enfrentado seus verdadeiros sentimentos no caso.
Em lugar disso, continuava afirmando que gostava muito da mãe. Pouco a pouco, detalhes penosos surgiram e ele passou a perceber uma raiva violenta contra ela..."Idem, pág. 58.
Poderíamos continuar a contar histórias reais de crianças que sofreram e mesmo quando adultas ainda continuam sofrendo. "Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele." Prov. 22:06 Este provérbio nunca foi tão verdadeiro como agora.
"Lar, doce lar". Lugar de nossas lembranças e saudades. Aquele tempo que não volta mais, quando corríamos e brincávamos com preocupações que não passavam daquele momento. Porém o outro lado da moeda pode ser penoso.
Quando lemos os três relatos certamente a memória de nós adultos pode ter se voltado para os nossos próprios sofrimentos, quando sofremos nas mãos daqueles que deveriam nos amar e proteger. Nossos pais, nossos irmãos, primos e tios, todos nos influenciaram para o bem e infelizmente para o mal, porém nosso propósito neste texto não é tratar de nossas memórias, mas sim daquelas que estão se formando hoje. As memórias de nossos filhos. Um dia, hoje, fará parte do passado deles. O que temos oferecido a eles?
Quando pensamos em educação, relacionamos com informação, a mera comunicação de fatos, histórias, datas, cálculos, etc.
No lidar com as coisas de casa é que demonstramos o nosso verdadeiro jeito de ser, pois ali baixamos nossas defesas, e deixamos transparecer nosso eu.
Assim quando pensamos em cuidar dos filhos devemos pensar primeiro como cuidamos de nós mesmos, pois o que somos serve de referência silenciosa para o comportamento das crianças.
Por exemplo: como nos vestimos, o que comemos, as palavras que falamos, como agimos para com os outros quando estamos em sua presença e como somos quando eles viram as costas, etc... O modelo são os pais, não há escapatória.
Ser um pai e uma mãe afetivos, que demonstram carinho, simpatia, admiração, firmeza, tudo sem exageros, traz segurança e bons sentimentos aos filhos, e os tornam prontos para aprender.
Todos nós associamos o que ouvimos com aquele que fala.
"Se temos sentimentos negativos para com alguém, rejeitamos tudo que ele diz, pois rejeitamos a pessoa dele.
Mas quando gostamos de alguém e sabemos que ele tem interesse por nós, estamos dispostos a atender seus pedidos por mais incomuns que sejam. E podemos também vir a amar o Deus que ele prega, já que Ele fez dele um ser que admiramos.
Ninguém tem o mínimo interesse pelo que nós temos a comunicar, a não ser que percebam que temos interesse nele pessoalmente". Idem, pág. 96
"Nunca vos esqueçais de que deveis tornar o lar alegre e feliz para vós mesmos e para vossos filhos,...o lar pode ser simples, mas pode sempre ser um lugar em que se profiram palavras alegres e se pratiquem atos de bondade, onde a cortesia e o amor são hóspedes constantes." White, Ellen G., Lar Adventista, pág. 17,18 C.P.B.
Quando seus filhos saírem de casa, que lembranças eles levarão?


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