Youtube

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

CHANUCÁ A FESTA DAS LUZES




Chanucá - Festa das Luzes                       
 
Significado-Literalmente, "Inauguração".
A festa recebeu este nome em comemoração ao fato histórico de que os macabeus "chanu" (descansaram) das batalhas no "cá" (25º dia) de Kislev.
Quando comemora-se
Em 25 de Kislev. Neste ano (2004), a primeira vela é acesa em 07 de dezembro (por-do-sol)
Duração
8 dias.
Por que comemora-se
Antiocus, rei da Síria, governou a Terra de Israel depois da morte de Alexandre, o Grande. Pressionou os judeus a aceitarem a cultura greco-helenista, proibindo o cumprimento das mitsvot (preceitos) da Torá e forçando a prática da idolatria pagã.
Antiocus foi apoiado por milhares de soldados de seu exército. Em 165 AEC, os Macabeus, corajosos lutadores oriundos de uma família de muita fé, os Chashmonaim, apesar do antagonismo esmagador, saíram vitoriosos de uma batalha travada contra o inimigo.
O Templo Sagrado, violado pelos rituais greco-pagãos, foi novamente purificado e consagrado e a Menorá (candelabro) reacesa com o azeite puro de oliva, descoberto no Templo.
A quantidade encontrada era suficiente para apenas um dia, mas milagrosamente durou 8 dias, até que um novo óleo puro pudesse ser produzido e trazido ao Templo. Em lembrança destes milagres comemoramos Chanucá durante oito dias.

Costumes
Acender a Chanukiyá
Distribuir Chanucá Guelt (dinheiro)
Brincar com o Sevivon (pião)
Comer sonhos e bolinhos de batata.

 Como acender a chanukiyá :
 É preferível que todos os membros da família estejam presentes ao acendimento da chanukiyá.
A chanukiyá deve ficar num lugar especial, onde normalmente não se acendem luzes nem velas. O costume Chabad é colocá-la no lado esquerdo da porta de entrada, em frente à mezuzá, sobre uma mesa ou cadeira para proclamar a todos o milagre de Chanucá.
Ela é acesa ao anoitecer, em cada uma das oito noites da festa, usando azeite de oliva ou velas grandes o suficiente para arder, no mínimo, meia hora após o anoitecer (segundo o costume Chabad, 50 minutos).
Acende-se a primeira vela do lado direito da chanukiyá; na segunda noite, acrescenta-se uma vela nova do lado esquerdo da primeira, e assim sucessivamente. A vela a ser acesa é sempre a nova, procedendo da esquerda para a direita.
Na noite de sexta-feira, a chanukiyá é acesa antes das velas de Shabat. A chanukiyá não pode ser tocada ou removida depois de seu acendimento na sexta-feira até sábado após o anoitecer. Sábado à noite, a preparação e o acendimento da chanukiyá devem ocorrer somente após o término do Shabat.
Se uma vela apagar durante o período em que deveria estar ardendo, deve ser reacendida. É permitido apagar as velas após arderem o tempo determinado (menos na sexta-feira à noite quando é proibido acendê-las ou apagá-las devido ao Shabat). Na noite seguinte, os pavios e o azeite restantes podem ser reaproveitados.
A luz da chanukiyá é sagrada e não pode ser utilizada para outro fim, como leitura ou trabalho.
A chanukiyá é acesa usando uma vela, de preferência de cera, chamada shamash, auxiliar. Primeiro, acende-se o shamash, depois pronuncia-se as seguintes bênçãos:

1. Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner Chanucá.

Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos, e nos ordenou acender a vela de Chanucá.

2. Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, sheassá nissim laavotênu, bayamim hahêm, bizman hazê.

Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que fez milagres para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época.

Na primeira noite ou pela primeira vez, acrescenta-se:

Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, shehecheyánu vekiyemánu vehiguiyánu lizman hazê.

Bendito és Tu, A-do-nai, nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

Em seguida, acendem-se as velas da chanukiyá com o shamash. Após acender as velas, coloca-se o shamash à esquerda da chanukiyá de modo que fique mais alto do que as chamas da chanukiyá, e recita-se:

Hanerot halálu ánu madlikin al hateshuot, veal hanissim, veal haniflaot, sheassíta laavotênu, bayamim hahêm, bizman hazê, al yedê cohanêcha hakedoshim. Vechol shemonat yemê Chanucá, hanerot halálu côdesh hem, veen lánu reshut lehishtamesh bahen, êla lir'otan bilvad, kedê lehodot ul'halel leshimechá hagadol, al nissêcha, veal nifleotêcha, veal yeshuotêcha.

Nós acendemos estas luzes em virtude das redenções, milagres e feitos maravilhosos que realizaste para nossos antepassados, naqueles dias, nesta época, por intermédio de Teus sagrados sacerdotes. Durante todos os oito dias de Chanucá, estas luzes são sagradas, e não nos é permitido fazer qualquer uso delas, apenas mirá-las, a fim de que possamos agradecer e louvar Teu grande nome, por Teus milagres, Teus feitos maravilhosos e Tuas salvações.
 


Chanucá Guelt   
   
 Em Chanucá, é tradicional dar às crianças Chanucá Guelt, dinheiro de Chanucá. Uma das razões deste costume é a oportunidade de lhes oferecer um reforço positivo por comportamento exemplar e como dedicação ao estudo de Torá, que era proibido durante a ocupação dos sírios, além de incentivá-las a doar uma parte para tsedacá, caridade.

Sevivon  - A origem

Antíoco decretou que cada aula de Torá era crime punível com morte ou prisão. Em desafio, as crianças estudavam em segredo, e quando as patrulhas sírias eram avistadas, fingiam estar jogando uma inocente brincadeira de pião, também conhecido como dreidel (em yidish) e sevivon (em hebraico).

As letras

Todo sevivon possui quatro lados com uma letra hebraica em cada um deles. Cada letra é a inicial de uma palavra. As quatro letras são:

Nun primeira letra da palavra nes, que significa "milagre"
Guimel primeira letra de gadol, que significa "grande"
Hei primeira letra de haya, que significa "era" ou "foi"
Shin primeira letra de sham, que significa "lá"

Juntas, estas letras formam a frase: "Um grande milagre aconteceu lá".

Em Israel, ao invés da letra shin (para designar sham, lá), o sevivon possui a letra pei de pô, aqui) para que as letras dos lados do pião forme a frase: "Um grande milagre aconteceu aqui".

Atualmente
Uma vez que as crianças têm dinheiro e tempo livre, é natural que acabem brincando com o sevivon.

Mas o sevivon também tem uma mensagem especial: possui quatro lados, cada um com uma letra do alfabeto hebraico, formando a frase: "Um grande milagre aconteceu lá", mostrando assim que, mesmo nos momentos de lazer, a pessoa deve lembrar que a Providência Divina dirige tudo, em todas as situações.

Regras para jogar Sevivon

1) Ao iniciar, cada jogador recebe a mesma quantia de moedas.
2) A cada partida, depositam a mesma quantia na mesa.
3) Cada jogador deverá, alternadamente, girar o sevivon. Dependendo da letra que cair, o jogador procederá da seguinte maneira:


"Nun": não perde nem ganha nada;
Guímel": ganha todas as moedas da mesa;
"Hei": ganha a metade das moedas da mesa; e
"Shin": deposita na mesa o mesmo valor colocado anteriormente.
 
   
Sonhos e bolinhos de batata     
 Na festa de Chanucá há o costume de ingerir comidas fritas em óleo como bolinhos de batata (levivot ou latkes), e sonhos (sufganiyot). Estes alimentos são preparados e degustados em honra ao milagre que ocorreu com o azeite.

Pratos à base de laticínios, como bolinhos de queijo, são também apreciados, pois lembram os feitos de uma famosa heroína judia, Yehudit, na época do Segundo Templo Sagrado de Jerusalém.
Israel encontrava-se sitiada pelo cruel e opressivo exército Greco-Sírio. Yehudit ajudou a assegurar a vitória para as forças judaicas, assassinando o terrível general do exército grego, Holofernes. Deu a ele queijo salgado para comer, acompanhado de vinho forte para eliminar sua sede. O vinho o "derrubou" fazendo-o cair em sono profundo. Yehudit então tomou de sua espada e o matou. Os soldados do general fugiram com medo. A vitória dos Macabeus seguiu-se a este ato de coragem.
 
   
Trabalho     
 Durante Chanucá, não há nenhuma proibição e pode-se trabalhar normalmente.
No entanto, existe um costume especial para as mulheres: o de não realizarem
nenhum trabalho a partir do acendimento da Chanukiyá e enquanto durarem suas
velas.
 
   A luz fala
  por Yanki Tauber  
  Escutem o que as luzes de Chanucá estão nos dizendo.

- Rabi Yossef Yitschac de Lubavitch

Sou pura, e mantenho minha pureza onde quer que eu vá. Os raios que penetram uma masmorra imunda são tão puros quanto aqueles que inundam um palácio de mármore branco.
Meu uso mais importante não está em proporcionar a você algo que não tenha, mas em capacitá-lo a preservar e desenvolver aquilo que faz. Quando você está na escuridão, pode estar à beira de um grande perigo, ou a um passo de grandes riquezas, e estar inconsciente de ambos. Presenteio você com o conhecimento de seu potencial e o que realizar com ele.
Realizo coisas notáveis, mas as consigo sem esforço.
Sou verdade.
Sou uma força curativa.
Sou incolor, embora incorpore todas as cores. Careço de substância, massa e peso - mesmo assim sou parte integral da realidade física. Em outras palavras, sou espiritual.
Luto para livrar-me do estado físico, porém estou inexoravelmente ligada a ele. Em outras palavras, eu sou você.
Não sou uma existência por mim mesma, mas a revelação de minha fonte.

A lição através da luz     
  Embora Chanucá seja celebrada apenas durante oito dias no ano, a mensagem da festa e de suas luzes são válidas o ano inteiro.

Há outras luzes com importante significado no judaísmo, entre elas as luzes do candelabro que eram acesas diariamente no Templo Sagrado de Jerusalém e as luzes de Shabat, acesas no lar judaico todas as tardes, antes do pôr-do-sol de sexta-feira.

Existem diferenças fundamentais entre as luzes de Chanucá e as outras duas:

As velas de Shabat devem ser acesas antes do pôr-do-sol e as velas do Templo Sagrado eram acesas ainda cedo; as luzes de Chanucá, todavia, devem ser acesas depois do pôr-do-sol, quando já está escuro (exceto na sexta-feira, que devem ser acesas antes das velas de Shabat).

O candelabro do Templo estava dentro do Santuário. O lugar das luzes de Shabat, da mesma maneira, fica na mesa de Shabat. Porém, as luzes de Chanucá devem ser colocadas em um lugar que possam ser vistas do lado de fora.

Finalmente, as luzes do Templo e as velas de Shabat têm sempre o mesmo número, enquanto as luzes de Chanucá são acrescidas a cada dia da festa, aumentando constantemente seu número.

A lição indicada pelas luzes de Chanucá é que cada um deve iluminar, não somente o seu lar, (como faz através das velas de Shabat e do Templo), mas tem uma responsabilidade adicional de iluminar "externamente" seu ambiente social e de negócios. Além disso, quando as condições são desfavoráveis (está escuro lá fora) não é suficiente acender uma luz e apenas mantê-la, mas é necessário aumentar constantemente as luzes através de um esforço sempre crescente para propagar a luz da Torá e das mitsvot.
 
   
Conservar o azeite puro     
  O verdadeiro objetivo dos gregos não era a destruição do óleo da Menorá, mas sim conseguir com que fosse reacesa com óleo profanado. O propósito por trás disto era, ao invés da supressão da Torá, sua profanação; queriam que ela fosse considerada uma obra humana.

Chanucá nos lembra que o maior perigo na vida judaica não é a ameaça de sua supressão ou de sua extinção completa, mas antes, a tendência de profaná-la alimentando sua Menorá com óleo impuro.

Essa tendência pode expressar-se de várias maneiras: na adoração do materialismo e sucesso material; na apresentação de certas ideologias feitas pelo homem e "ismos", como a panacéia de todos os males da humanidade; na idolatria da ciência e da tecnologia e a tendência de julgar e medir tudo segundo os padrões do raciocínio humano. Ela não exclui necessariamente a "experiência religiosa", mas ou a confina a uma área restrita, ou pior ainda, produz uma pseudo-religiosidade onde a consagração e a devoção são sacrificadas de acordo com conveniências e compromissos pessoais.

Chanucá nos ensina que a santidade e a pureza da vida judaica deve ser conservada a qualquer custo. Os aspectos externos e materiais de nossa vida diária não somente devem ser preservados de serem contaminados em sua pureza e santidade, mas ao contrário, Torá e mitsvot devem levar santidade a todos os aspectos materiais de nossa vida de acordo com o princípio: "Conheçam-O em todos os seus caminhos".
 
     
Mensagem do Rebe     
  Caro amigo,
As luzes de Chanucá, acesas na escuridão da noite, trazem à mente lembranças do passado: a guerra que os chashmonaim travaram com os poderosos exércitos sírios, sua vitória, a inauguração do Templo, o reacendimento da Menorá, a pequena quantidade de azeite que durou por muitos dias, e assim por diante.
Vamos nos imaginar como membros do pequeno grupo dos chashmonaim daquela época. Estamos sob o domínio de um poderoso rei sírio; muitos de nossos irmãos nos deixaram e aceitaram a idolatria e o modo de vida do inimigo. Mas nossos líderes, os chashmonaim, começam a agir sem comparar números e armas e sem medir as chances de vitória. O Templo Sagrado foi invadido por um adversário cruel. A Torá e nossa fé estão em grave perigo. O inimigo esmagou tudo o que nos era sagrado e está tentando nos forçar a aceitar seu modo de vida, que é a idolatria, injustiça e características semelhantes totalmente estranhas a nós. Mas há algo que podemos fazer - aderir o mais que pudermos à nossa religião e aos preceitos e lutar contra o adversário, mesmo que seja necessário oferecer a vida.
Maravilha das maravilhas! Os enormes exércitos sírios são vencidos e o vasto império é derrotado. Nossa vitória é completa.
Este capítulo da História judaica se repetiu freqüentemente. Nós, como judeus, sempre fomos minoria; muitos tiranos tentaram nos destruir devido à nossa fé. Às vezes, miravam setas envenenadas contra nosso corpo, outras vezes contra nossa alma. E, é triste dizer, muitos de nossos irmãos, por um motivo ou outro, viraram as costas para D'us e Sua Torá e tentaram tornar a vida mais fácil aceitando as regras do conquistador.
Em tais tempos de tribulações, devemos ser como o fiel grupo dos chashmonaim e lembrar que sempre há uma gota de "puro azeite de oliva" escondida lá no fundo do coração de cada judeu que, se acesa, transforma-se numa imensa chama. Esta gota de "puro azeite de oliva" é a "Luz Perpétua" que deve perfurar a escuridão da noite atual, e de fato, o conseguirá, até que todos contemplem a realização da profecia de redenção e triunfo supremos.
Como nos dias dos chashmonaim, mais uma vez, "os perversos serão conquistados pelos justos, e os arrogantes por aqueles que seguem as leis de D'us, e nosso povo Israel terá uma grande salvação."
Com saudações de Chanucá,

Rabi Menachem Mendel Schneerson

Uma mensagem universal     
  Chanucá contém uma mensagem universal para todos os povos de todas as fés - uma mensagem de liberdade, da vitória do bem sobre o mal, da luz sobre as trevas.
O símbolo da festa, um candelabro de oito braços, adquiriu significado especial para o povo judeu durante a revolta contra a coerção religiosa dos antigos gregos, aproximadamente 2.200 anos atrás.
Este candelabro, na verdade, representa muito mais do que apenas um símbolo religioso. Simboliza a liberdade de expressão e, assim, indica a diversidade e pluralismo tão importantes em nossa sociedade.

Acender candelabros gigantes em locais públicos proclama a mensagem universal da liberdade religiosa, como vem sendo feito em centenas de cidades do mundo todo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

VEJA TAMBÉM ESTES:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...