SUCOT – A FESTA DAS CABANAS
Um
período alegre é iniciado com a festa de Sucot, compensando o solene período de
Rosh Hashaná e Yom Kipur.
Há
mitsvot nas quais utilizamos apenas algumas partes de nosso corpo, por exemplo:
a mitsvá de tefilin, filactérios, que envolve o braço e a cabeça; tefilá,
prece, envolve a mente e o coração e assim por diante. Em Sucot, temos uma
mitsvá (preceito) singular, que é a construção de uma sucá; a única mitsvá que
literalmente envolve a pessoa de corpo inteiro, com suas vestes materiais.
A sucá
nos lembra das Nuvens de Glória que rodearam nosso povo durante sua
peregrinações pelo deserto a caminho da Terra Prometida. Todos então viram a
especial proteção Divina, que Deus lhes concedeu durante aqueles anos difíceis.
Mas embora as Nuvens de Glória desaparecessem no quadragésimo ano, na véspera
da entrada na Terra de Israel, nunca cessamos de acreditar que Deus nos dá Sua
proteção, e esta é a razão de termos sobrevivido a todos nossos inimigos em
todas as gerações.
A SUCÁ
Para que
o judeu não se esqueça de seu verdadeiro propósito na vida, Deus, em Sua
infinita sabedoria e bondade, nos faz deixar nossas casas confortáveis nesta
época, para habitar numa frágil sucá, cabana, por sete dias.
A sucá
nos lembra que confiamos em D'us para nossa proteção, pois a sucá não é nenhuma
fortaleza, nem ao menos fornecendo um telhado sólido sobre nossa cabeça.
Lembra-nos também de que a vida nesta terra é apenas temporária.
AS REFEIÇÕES NA SUCA
Durante a
festa de Sucot, os homens devem comer diariamente numa sucá (cabana)
especialmente construída para este fim. Nestes sete dias, não é permitido comer
fora da sucá qualquer refeição que contenha pão ou massa. Há aqueles que não
costumam beber nem ao menos um copo de água fora da sucá.
Nos
primeiros dois dias e noites da festa, o kidush, prece sobre o vinho, antecede
a refeição. Nas duas primeiras noites, é obrigatório comer na sucá ao menos uma
fatia de pão (além do kidush), mesmo que esteja chovendo. Nos outros dias, se
chover, é permitido fazer as refeições dentro de casa.
CONFIANÇA EM DEUS
Refletir
sobre a sucá nos dá uma ampla visão do significado de fé em Deus e da extensão
de Sua Divina Providência. Vamos para a sucá durante a Festa da Colheita depois
de haver colhido o fruto dos campos.
Se uma
pessoa recebeu a bênção Divina e sua terra produziu com fartura, seus estoques
e adegas estão repletos, alegria e confiança preenchem seu espírito - aí a Torá
a leva a abandonar a casa e residir em uma frágil sucá, para ensina-la que nem
riquezas, nem posses, nem terras são proteções na vida; somente Deus é que
sustenta, mesmo os que habitam em tendas e cabanas e oferece uma proteção de
confiança.
E se
alguém está empobrecido e seu trabalho não conheceu a bênção Divina; se a terra
não deu o seu produto, se o fruto da árvore não foi armazenado em celeiros e se
está incerto e temeroso ao encarar o perigo da fome nos dias de inverno que se
aproximam, também encontrará repouso para seu espírito na sucá.
Lembrará
como Deus hospedou-nos em Sucot no deserto; nos sustentou e nos abasteceu, não
nos deixando faltar nada.
A sucá o
ensinará que a Divina Providência é segurança melhor do que qualquer bem
material, pois não abandona os que verdadeiramente crêem em Deus. A sucá o
ensinará a ser forte e corajoso, feliz e tranqüilo, mesmo na aflição e na
dificuldade.
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