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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A FESTA DO PENTECOSTES



A festa do Pentecostes
Um dia de gratidão que representa também
a renovação da relação com Deus

“O poder divino se manifestou sobre todos aqueles que aceitaram a renovação de sua aliança com Deus”

Reinaldo W Siqueira, PhD em antigo Testamento, pela Andrews University (EUA), é professor de Línguas e Exegese Bíblicas e de Teologia do AT no Seminário Adventista Latino–Americano, em Engenheiro Coelho.

A vida de um israelita nos tempos bíblicos era profundamente marcada por um ciclo de dias e festivais reli­giosos instituidos por Deus. O obje­tivo era marcar eventos e ensinar verdades fun­damentais sobre o plano de Deus para a reden­ção da humanidade. Dentre esses “tempos sa­grados” encontra-se a Festa das Semanas, tam­bém conhecida como o Dia de Pentecostes.
Em Exodo 23:16, o Dia de Pentecostes é designado como a Festa da Sega, pois mar­cava o início da colheita dos cereais em Is­rael. Nesse dia, todo israelita deveria com­parecer perante Deus, no santuário, trazen­do como oferta dois pães levedados, prepa­rados com farinha de trigo recém-colhido.
Esses pães representavam os primeiros fru­tos da terra. Assim, no início do trabalho da colheita, o israelita deveria tomar tempo para louvar e reconhecer a Deus como Aquele que dá o alimento e faz brotar os frutos da terra. Na Bíblia, essa festa tam­bém é designada como a Festa das Sema­nas, pois se deveriam contar sete semanas desde o dia posterior à Páscoa, ou seja 49 dias. No 50o.dia a festa era celebrada. Por isso, ficou mais popularmente conhe­cida como o Dia do Pentecostes.
As prescrições religiosas en­contradas em Deuteronômio 26 indicam que a Festa de Pentecostes não tinha um caráter simplesmente agrí­cola, mas que ela era também o tempo opor­tuno para a renovação da aliança entre o is­raelita e Deus, atra­vés da oferta vo­luntária, da reca­pitulação de sua história passada e do ato de com­partilhar das bên­çãos que ele tinha recebido de Deus com as outras pessoas.
Pentecostes foi identificado como o dia em que Deus estabeleceu Sua aliança com Israel no monte Sinai. Depois de sete semanas do dia da Páscoa, o povo de Israel estava ao pé do monte Sinai e ali trocou juramento de fi­delidade e aliança com Deus tornando-se, as­sim, o Seu povo.
Os elementos característicos desse evento foram: (1) Batismo (“imersão”) em água, reco­nhecido pelos rabinos na ordem divina em Êxodo 19:10, de que os israelitas deveriam se lavar (subentendida na frase “lavar suas ves­tes ); (2) Manifestação divina em forma de fo­go, trovões, sonido de trombeta, terremoto e fumaça como de fornalha sobre o monte Sinai (Êxo. 19:16-19); (3) Convite a uma aliança com Deus na aceitação da palavras divinas ex­pressas nas duas tábuas dos 10 Mandamentos e nas leis subseqüentes (Exo. 20-23); (4) Asper­são do sangue da aliança sobre o altar ao pé do monte e sobre todo o povo (Êxo. 24:6-8) no momento em que Israel fez juramento solene de aceitação e fidelidade a Deus (Êxo. 24:3-4);
(5) Manifestação do Espírito Santo sobre Moi­sés e os 70 anciãos que subiram ao monte e vi­ram ao Deus de Israel (Êxo. 24:9-11; Núm. 11:16-17). Esse foi o dia em que Deus estabe­leceu o Seu povo como nação santa, rei­no de sacerdotes (Êxo.19:5-6), e é co­nhecido também como o dia em que Deus constituiu a Sua “Igreja” (“Congregação”).
Essas idéias correspondem intimamente à apresentação desta festa nos escritos do Novo Testamento. Preci­samente cinqüenta dias após a morte de Cristo, na Páscoa, o “Dia da Igreja” se repetiu com poder e grandes ma­nifestações divinas sobre todos aqueles que aceitaram a re­novação de sua aliança com o Deus de Israel.


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