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quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

PARTICIPANDO DO NOSSO PRÓPRIO JULGAMENTO



Participando do Nosso Próprio Julgamento

Por Herbert E. Douglass

Para mim, o texto bíblico mais revigorante é provavelmente João 3:17-21. Certamente, estes versículos oferecem a visão mais clara de como Deus lida com os seres humanos. Estas são as primeiras palavras que leio para uma pessoa que tropeça em pecado e perde a esperança.

Pense nisto! Deus não condena os pecadores! Ele veio para salvá-los, usando toda a Sua sabedoria e o poder conquistador que um Deus Criador possui, ao falar a todos os que são nascidos, em qualquer lugar. Ele não quer que qualquer pessoa perca a Sua oferta de vida eterna.

Então, por que estamos falando de juízo? Porque algumas pessoas condenarão a si mesmas! Como elas fazem isto? Rejeitando a luz (seja ela pequena ou muito brilhante) com a qual o Espírito Santo ilumina seus receptores neurais.

A maior parte das traduções da Bíblia perdem o foco do que João está dizendo. Trata-se de muito mais do que “crer” ou “não crer” em alguma coisa (a palavra grega traduzida por “crer” seria melhor traduzida como “ter fé”.). Aqueles que são condenados escolhem não confiar em Deus, ter fé em Sua fidelidade. Eles rejeitam Jesus como seu Senhor, assim como seu Salvador.

E isto é mais do que uma decisão mental. Homens e mulheres rejeitam a Jesus como Senhor porque “suas obras são más”. A psicologia precede a teologia. O eu assume a prioridade nas decisões da vida. As pessoas não rejeitam as verdades bíblicas porque sejam irracionais ou ridículas, elas as rejeitam porque “odeiam a luz” e não querem que suas “obras sejam reprovadas” (verso 20).

Como tudo isto se relaciona com o juízo? Todos nós estamos determinando a cada dia o veredito, quando resistimos ou seguimos a luz com a qual o Espírito nos guia. João está dizendo que “aquele que forma em sua vida o hábito de seguir a luz” tornará claro ao universo que pode receber a vida eterna, pois “se verá claramente que as suas obras são realizadas por intermédio de Deus” É difícil encontrar em qualquer outro lugar, em tão poucas palavras, um vislumbre tão lúcido do plano da salvação.

Mas como João 3:17-21 se relaciona com o juízo pré-advento? Segundo o grande desígnio de Deus, algo muito significativo aconteceu em 1844. Os mundos distantes focalizaram a sua atenção no planeta Terra. Deus cumpriu o Seu compromisso com Seu povo. Por mil e quinhentos anos antes que Jesus nascesse, Deus estava ensinando ao Seu povo escolhido, mediante uma maquete ilustrativa, como Ele queria que homens e mulheres se relacionassem com Ele. Estava ensinando com pinceladas amplas como os rebeldes na terra poderiam eventualmente viver para sempre. E parte deste quadro era a verdade ensinada no simbolismo do Dia da Expiação.

Uma vez por ano, naquele dia especial, cada israelita deveria renovar seu compromisso com um maravilhoso Senhor, o qual estivera cuidando deles durante o ano. Era uma ocasião solene. Cada um podia avaliar quão fiel havia sido ao fiel Senhor de Israel. Cada um estava participando em seu próprio julgamento.

Em Apocalipse 14, o momento significativo de Deus é anunciado ao mundo por três anjos, com mensagens terríveis. O primeiro anjo chama a nossa atenção com palavras eletrizantes: “Temei [respeitai] a Deus, porque vinda é a hora de Seu juízo...” A Bíblia vem falando de julgamento desde o Gênesis. Agora ela nos diz que “o juízo chegou”. Parte do drama é revelada no capítulo 13, onde o poder simbolizado como “a besta” exerce ferozmente o seu poderio contra os que permanecem fiéis ao seu fiel Deus. Mas Deus terá a última palavra através de Seus fiéis dos últimos dias. O tribunal que finalmente erradicará o mal da face da terra está agora em sessão.

Em poucas palavras: durante este período de julgamento, o poder simbolizado pela besta montará seu ataque final contra os que se dizem leais a Deus, liberando o ódio acumulado durante milênios, esperando pelo menos que o povo professo de Deus seja quebrantado diante do terror sem precedentes dos últimos dias. Mas Deus diz ao mundo que possui um povo o qual permanecerá leal sob as piores condições. Este povo provará ao mundo que mal algum pode levá-los a se acovardar ou se abater, porque eles têm a “paciência dos santos”; aprenderam como se refugiar nos eternos braços de Deus, experimentando o poder sustentador de guardar “os mandamentos de Deus” e de sua “fé em Jesus” (14:12).

Ao final do julgamento, o universo verá dois grupos – os que são leais a Deus, que suportaram o pior mal, e aqueles que odeiam a luz da verdade “para que as suas obras não sejam reprovadas”. (João 3:20)

Mas existe uma coisa que também é muito importante com respeito ao assombroso Dia Mundial da Expiação. No dia anual da Expiação israelita, os sacerdotes continuavam a realizar as suas tarefas diárias, inclusive neste dia solene – os rituais regulares da manhã e da tarde, e assim por diante. Da mesma forma, quando Jesus se apresentou diante do Seu Pai, no início do Dia da Expiação antitípico (Daniel 7:13), não deixou de executar Seu ministério de intercessão.

O chamado a um compromisso total com o Senhor do universo continua propagando-se pelo mundo, alguns o estão ouvindo pela primeira vez, mesmo enquanto as sombras descem sobre a paisagem da história. A mensagem de Apocalipse 14 conclama as pessoas de todos os lugares a criarem em suas vidas o hábito de seguir a Jesus, não importando a idade que possam ter ao ouvirem este convite. Elas se regozijarão na “fé de Jesus”, porque este é o mesmo tipo de fé que evitou que Jesus pecasse e o manteve fiel a Seu Pai celestial.

Os israelitas sérios, de coração sincero, sabiam que o Dia da Expiação significava vida ou morte para eles. Para os seguidores de Jesus nos últimos dias, certamente é uma questão de vida ou morte. As decisões feitas hoje afetam diretamente a forma como tomaremos nossas decisões amanhã. O tempo está se esgotando para todos. Aqueles que estão formando, em suas estruturas neurais, um hábito de dizer Sim à Luz que os guia, estão firmando-se na verdade. Virá o tempo em que Deus e os anjos dirão que eles estão tão firmados na verdade que nunca mais serão levados a desconfiar de Deus ou agir movidos por desejos egoístas.


Estes terão tomado parte em seu próprio julgamento.

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