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terça-feira, 5 de julho de 2016

OS LIMITES DO CRISTÃO


OS LIMITES

No relato da criação Deus deu ao homem um domínio a exercer, um foi sobre a terra é outro sobre os animais.
Gênesis 1:28
28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.

É no entanto importante referir que este domínio tinha uma conotação diferente antes do pecado e depois do pecado. 

O domínio do homem antes do pecado significava sobretudo o direito e a responsabilidade de governar, não era o abuso de exploração da terra e dos seus recursos, mas uma legitimidade divina dada ao homem como bom administrador de todos os bens de Deus"

É preciso não esquecer que o homem seria sempre um mordomo, e não o dono desta terra.
Salmos 24:1.
1 Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o mundo e os que nele habitam.

Com o pecado as coisas modificaram-se um pouco, ou seja, o domínio dado ao homem seria para ser exercido da mesma forma que lhe foi concedido, no entanto o coração egoista do homem levou o homem a ultrapassar os seus limites.

Se o seu domínio era mais ao nível da responsabilidade de tudo gerir, depois do pecado o homem assumiu isso como um direito de exploração. 

É mais ou menos a ideia: o que é que eu posso fazer para beneficiar ao máximo daquele recurso.

Vejam que uma das consequências negativas do pecado foi prenunciada por Deus à mulher.
Gênesis 3:16
16 E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.

Sobretudo esta parte final do texto que diz: o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará.

O que é que iria acontecer à mulher depois dela ter pecado ?
Os desejos de cada um deles, homem e mulher, seriam opostos e o relacionamento de ambos iria ser na base da medição de forças, sendo ele neste aspecto predominante.

Infelizmente hoje encontramos o homem a fazer algo que jamais foi o desejo de Deus, ou seja o HOMEM dominar o HOMEM.

Embora exista realmente consequências do pecado contrárias ao plano original de Deus, a ideia de dominar sobre a terra e sobre os animais se manteria.

No entanto é portanto salientar que quer antes do homem pecar quer depois do pecado, houve da parte de Deus a indicação que este domínio do homem tinha os seus limites.
Gênesis 2:16-17
16 E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Portanto, o primeiro pecado teve lugar no contexto da mordomia. Adão e Eva ultrapassaram os limites que Deus tinha estabelecido ao seu domínio.

Embora Deus tenha dado ao homem a liberdade, também lhe deu limites, e o apóstolo Paulo descreve muito bem a forma como nós cristãos devemos agir em função da liberdade e dos limites que Deus nos dá:
1 Coríntios 6:12
A sensualidade é condenada.
12 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.

Este texto Paulo está a falar no contexto sexual, mas podemos estender este princípio a outras áreas da nossa vida.

Se eu tiver uma arma e eu quiser eu tenho o poder para matar ou ferir alguém, no entanto, existe uma conduta moral e uma lei civil que me colocam limites, caso ultrapasse esses limites terei obrigatoriamente de ser punido por os ter feito.


O mesmo se passa com a obediência às leis de Deus, isto é: tenho liberdade para as quebrar, no entanto essa passagem fora dos limites estabelecidos trazer-me-à consequência negativas para a minha vida.

Imaginem que um peixe decide sair do aquário dar um salto, e vir parar ao chão da sala. Automaticamente está condenado a morrer, o mesmo se passa com o ser humano. Ultrapassar os limites significa sempre consequências negativas.

Talvez na vossa cabeça esteja neste momento a passar a ideia daquelas pessoas que apesar de ultrapassarem os seus limites, acabam por fugir impunes.

No entanto será isso mesmo verdade? Não sabemos tudo o que poderá acontecer a essa pessoa, mas uma coisa é certa se ela não se arrepender do mal cometido, ela um dia será julgada é condenada por Deus. 
Marcos 4:22
22 Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido, senão para ser revelado.

O aspecto muito importante do domínio que o homem deve exercer, é o domínio de si próprio.

O apóstolo Paulo compara a sua conduta cristã ao de um atleta:
1 Coríntios 9:25-27
25 Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. 26 Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. 27 Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.

Paulo sabia que não podia seguir simplesmente a liberdade do pecado, pois as consequências seriam a desqualificação para a vida eterna.

Numa outra passagem Paulo fala dos frutos do espírito, e uma das coisas ali referidas como fazendo parte dos atributos do cristão é o domínio próprio. 
Gálatas 5:22-23
22 Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, 23 mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei.

O cristão não deve seguir os seus desejos, como o fazem os homens deste mundo, mas pelo contrário, deve-se saber dominar.  Reprimir os seus extintos pecaminosos. Se submeter à vontade de Deus e não à nossa vontade.

Não somos de nós mesmos, como cristão eu dei o meu lugar a Jesus, já não sou eu que reino mas Jesus. 
Gálatas 2:20
20 ...já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim


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