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segunda-feira, 11 de abril de 2016

TEMAS DIFÍCEIS DA BÍBLIA - O QUE CREEM OS ADVENTISTAS SOBRE A PARUSIA OU A SEGUNDA VINDA DE CRISTO




O QUE CREEM OS ADVENTISTAS SOBRE
A PARUSIA OU A SEGUNDA VINDA DE CRISTO


A suprema esperança de todos os cristãos, através dos sé­culos, tem sido o cumprimento da promessa de Cristo de re­gressar a este mundo para por fim ao domínio de Satanás. Es­ta esperança se encontra alicerçada nas infalíveis promessas en­contradas nas Escrituras Sagradas.

“Uma das verdades mais solenes, e não obstante mais glo­riosas, reveladas na Escritura Sagrada, é a da segunda vinda de Cristo, para completar a grande obra da redenção”.

“A doutrina do segundo advento é verdadeiramente, a nota tônica das Sagradas Escrituras”.1

Apesar das irrefutáveis provas bíblicas, que apresentam a maneira da sua segunda vinda, interpretações errôneas têm surgido para explicar este evento glorioso.

Uma série de debates tem surgido em torno da palavra grega “parusia”.  Diante desta realidade, é necessário estudá-la e compará-la com outras palavras usadas na Bíblia, para desig­nar a “Vinda de Cristo” a fim de compreendermos melhor o assunto.

A Bíblia nos apresenta insofismáveis provas de como se­rá o regresso de Cristo á Terra. Atos 1:10-11; 3: 20-21; FiI. 3:20; Tito 2:13; Heb. 9:27.

Termos usados para o regresso de Cristo.

A Volta de Cristo é chamada com muita propriedade de “Segunda Vinda”, mas nas Escrituras várias palavras são usa­das para designar este acontecimento, sendo as principais es­tas:

1ª) Apocalipsis

É uma transliteração da palavra grega, cuja tradução se­ria revelação de algo que não se vê.

O Novo Dicionário da Bíblia, referindo-se a esta palavra afirma:

“Sua volta será também um apocalipsis, um desvendamen­to ou descoberta, quando o poder e a glória, que agora já lhe pertencem, em virtude de Sua exaltação e presença celestial (Fil. 2: 9; Efés. 1: 20-23; Heb. 1: 3; 2: 9) serão desvendados diante do mundo (1 Ped. 1:13).

2ª) Epiphania

Esta palavra designava no grego clássico o aparecimento de uma divindade que se encontrava escondida.

Este vocábulo traduzido em português por aparição ou manifestação, refere-se à vinda de Cristo, como se Ele saísse de um lugar escondido, para nos trazer as ricas bênçãos da sal­vação. (II Tes. 2:8; I Tim. 6:14; Tito 2:13).

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3ª) Faneroo

O excelente dicionário de Arndt and Gingrich traduz este verbo assim:

a) Revelar, fazer conhecido, mostrar: I Cor. 4: 5; Tito


b) Tornar visível ou conhecido, ser revelado: Marc. 4: 22; São João 3:21; Rom. 16:26; Efés. 5: 13.

c) Aparecer, revelar-se. Aparece em quatro passagens com referência à segunda vinda de Cristo: Col. 3: 4; I Ped. 5:4; I João 2:28; 3:2.

4ª) Parusia

Das quatro apresentadas é a mais conhecida e mais impor­tante para descrever a segunda vinda de Cristo, por isso requer de nós um estudo mais minucioso.


Que é Parusia?

Palavra grega proveniente do verbo grego “pareimi” que significa estar presente.

A palavra parusia é usada 24 vezes no Novo Testamento. Catorze vezes nas Epístolas Paulinas, quatro em Mateus, duas em Tiago, três em II Pedro e uma em 1 João.

Todos os comentários e dicionaristas são unânimes em afirmar que o termo grego significa, presença, chegada, vinda, volta e que é usado duas vezes para presença (II Cor. 10: 10; Fil. 2: 12) e 22 vezes para a vinda de Cristo (Mat. 24: 3, 27, 37; I Cor. 1:8 etc. etc.)

O  alentado Dicionário do Novo Testamento de Tayer ao estudar a palavra “parusia” afirma:

“No Novo Testamento acha-se, especialmente, relaciona­da com o Advento, isto é, a futura volta visível de Jesus, pro­cedente do céu, o Messias, que virá para ressuscitar os mortos, decidir o último julgamento e estabelecer de maneira aparen­te e gloriosa, o Reino de Deus.”

Apesar desta uniformidade, quanto à sua significação, idéias antibíblicas têm surgido em sua interpretação. Dentre estas as duas mais conhecidas são:

I.      A dos Dispensacionalistas ou do Arrebatamento Secreto.

Suas idéias sobre a segunda vinda de Cristo são pregadas insistentemente e aceitas por bom número de pessoas.

Crêem numa futura dupla vinda de Cristo separada por um período de sete anos.

Afirmam:

“A primeira destas é a parusia ou simplesmente ‘a vinda’ quando se dará o rapto dos santos, também chamado rapto se­creto”.

Esta vinda será secreta e apenas conhecida pelo desapare­cimento dos eleitos. Ensinam ainda, que neste evento Cristo não descerá à Terra, mas permanecerá nas alturas sem ser vis­to pelos homens. Este acontecimento denomina-se a “vinda para seus santos”, I Tes. 4: 15-16 e será seguido por um inter­valo de sete anos. Durante este período sucederão algumas coisas, assim descritas por eles:

Esta será seguida de um intervalo de sete anos, du­rante os quais o mundo será evangelizado, Mat. 24: 24; Israel convertido, Rom. 11: 26; a grande tribulação ocorrerá, Mat. 24: 21-22 e o anticristo ou o homem do pecado será revelado, II Tes. 2: 8-10”.4

Esta doutrina não é autorizada pelas Sagradas Escrituras, porque contém uma série de implicaç5es sem apoio bíblico.

Por exemplo:

A Bíblia nos afirma que a segunda vinda de Cristo será um só evento. Será visível como nos confirmam Atos 1: 11; Heb.9:27; Apoc. 1:7.


II. A das “Testemunhas de Jeová”


Defendem com bastante insistência o extravagante ensi­no de que Cristo já voltou à Terra.

Esta heresia teve origem com Carlos Russell, fundador do movimento.

Seu ensino tem sofrido algumas mudanças, visando har­monizar datas díspares.

Carlos Russell dizia que Cristo tinha vindo no ano de 1874. Seus seguidores afirmam hoje que esta vinda de Cristo se deu em 1914, e para contornarem esta discrepância dão a seguin­te explicação:

Com a segunda presença de Cristo em 1874 se iniciou a idade evangélica, que durou por um período de 40 anos, isto é, até 1914.

Ensinam as Testemunhas de Jeová que Cristo está aqui e que sua vinda se processou de forma visível e que só pode ser visto pelos filhos espirituais.

Em que passagens se baseiam para negarem a segunda vin­da de nosso Senhor de forma visível e corpórea e defenderem a presença invisível de Cristo?  Evidentemente, em nenhum texto bíblico se encontra esta idéia, que foi arquitetada, em 1871, na mente do fundador da seita —     Russell.

Estabeleceram suas conclusões baseadas em premissas fal­sas, isto é, interpretando mal Mat. 23: 39 e São João 14: 19.

Afirmam em Make Sure of All Things, pág. 321: “O re­torno de Cristo será invisível, porque Ele testificou que o ho­mem não poderia vê-lo, outra vez, em forma humana”.

As afirmativas de Cristo não servem de fundamento para as suas excêntricas conclusões, porque violaram dois princípios fundamentais da hermenêutica:

1o.) Ao fazer a exegese da Bíblia, o intérprete deve ter em vista o contexto.

2o.) Esqueceram-se da Regra Áurea da Interpretação, cha­mada por Orígenes de Analogia da Fé. O texto deve ser inter­pretado através do conjunto das Escrituras e nunca através de passagens isoladas.

O principal problema relacionado com vinda visível ou invisível é uma conseqüência da tradução da palavra grega pa­rusia, que deveria ser traduzida, como já vimos, apenas duas vezes por presença, mas eles sempre a traduzem desta manei­ra. Para atingirem seus objetivos fizeram sua própria tradução da Bíblia, a chamada Novo Mundo.

Parusia pode, conforme o contexto, ser traduzida por pre­sença, mas na maioria dos casos traduzi-la assim, seria urna vio­lação do sentido   —    Mat. 24:3,27, 37, 39; I Cor. 15: 23.

O ensino russelita apresenta algumas contradições como as seguintes:

1ª.) A Bíblia ensina que com a vinda de Cristo termina­riam os males da humanidade. Como explicar que milhões de pessoas morreram, desde esse ano, por meio de guerras, terre­motos e pestilências?

2ª.) E humanamente impossível harmonizar que Cristo tenha vindo em 1914, com suas próprias palavras em São Ma­teus 24: 30, 36.

3ª.) Se com a presença de Cristo os males aumentaram, as Testemunhas de Jeová precisam confessar que Cristo não é um bom governante. A Bíblia ensina exatamente o contrário.

4ª.) Os perversos serão destruídos com a sua vinda. II Tes. 2:8.

Foram eles destruídos em 1874 ou em 1914?

5ª.) Cristo ensinou que a ceia deveria ser comemorada até que Ele voltasse. I Cor. 11: 26. Se Ele já voltou, as Teste­munhas de Jeová não deveriam mais comemorá-la.

Para uma boa compreensão da segunda vinda de Cristo, é mister saber, o que a Bíblia de maneira clara e precisa nos ensina.
A maioria dos cristãos, inclusive os adventistas, crêem no tocante à Segunda Vinda de Cristo, apenas na veracidade do Testemunho Bíblico. Várias passagens nos esclarecem como será este glorioso acontecimento, base da acalentada esperan­ça cristã.

Henry H. Halley disse:

“E melhor não dogmatizar acerca de certos eventos rela­cionados com Sua Segunda Vinda. Porém, se a linguagem éum veículo do pensamento, certamente se requer muita expli­cação e interpretação para retirar das palavras de Jesus algo que não signifique o que Ele conceituava sobre Sua segunda Vinda, apresentado como um evento histórico, bem definido, no qual, Ele, pessoal e literalmente (embora não em seu corpo de car­ne, senão em seu corpo glorificado) aparecerá para reunir a si mesmo em eterna glória aqueles que foram redimidos por seu sangue. 5

O  ensino da Bíblia, quanto à maneira da vinda de Cristo, poderia ser sintetizado nos seguintes tópicos:

1o.) Será um regresso físico.

Que o regresso de Nosso Senhor será físico, deduz-se cla­ramente de passagens bíblicas, tais como: Atos 1:11; Heb. 9:27 e Apoc. 1: 7.

Jesus voltará à Terra em corpo, não no corpo corrompido pela degradação ocasionada pelo pecado, mas no corpo reno­vado e glorioso. Jesus estava deixando os discípulos em pessoa e assim mesmo, em pessoa, promete voltar.

2º.) Será uma vinda repentina.

A Bíblia nos ensina que esta vinda será repentina, inespe­rada, tomando a muitos de surpresa. Mat. 24: 37 a 44; 25: 1-12; Mar. 13:33-37; I Tes. 5:2,3; Apoc. 3:3; 16:15.

Embora haja muitos sinais estes não nos autorizam a mar­car ano, mês ou dia para este evento. Os sinais são advertên­cias para nossa preparação, porque não sabemos o dia nem a hora em que Cristo deve voltar.

3o.) Será uma vinda gloriosa

Sua segunda vinda, embora pessoal, física e visível, será bem diferente da primeira. Não virá no corpo de sua humilha­ção, mas no corpo glorificado e com vestes reais. Virá como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

4o.) Sua vinda será universalmente visível e até audível. Mat. 24: 26-31; Apoc. 1:7.

Conclusões


Depois de estudar como será a Segunda Vinda de Cristo, conforme a Bíblia, concluímos:

A idéia Dispensacionalista, embora bem arquitetada por seus defensores, baseia-se em argumentos humanos. A auto­ridade suprema em assuntos religiosos a Bíblia não os apro­va, portanto não podem ser aceitos.

As idéias russelitas partem de várias premissas falsas á luz da Bíblia, começando pela tradução errada da palavra grega parusia. Sendo a Bíblia a norma do pesquisador sincero, con­clusões que ela n~o aprova devem ser colocadas de lado.

Apesar da exuberante luz encontrada nas Escrituras Sagra­das há grupos, como os dois já citados, e pessoas isoladas que n5o aceitam os seus ensinos sobre a maneira da Segunda Vinda de Cristo. Qu5o terrível será para estes o glorioso aparecimen­to nos ares de Cristo em Sua glória, na glória de Seu Pai e na glória de miríades de santos anjos. Tétricas são as palavras bí­blicas que descrevem a sua angústia. Apoc. 6:15-17.


Dia glorioso e feliz para os remidos justos e para os que morreram com a fé e a esperança postas em Jesus Cristo.

As palavras de Jesus em São Mateus 24: 23 seriam exce­lente advertência aos que divergem de um assim diz o Senhor, para não acreditarem em ensinos não alicerçados nas Escrituras Sagradas.

Demos graças a Deus, prezado leitor, pela segura palavra inspirada, que nos cientifica de que a Segunda Vinda de Cris­to será visível fisicamente e que todos terão a sublime oportu­nidade de vê-lo em glória e majestade. A Bíblia confirma: To­do o olho o verá. Eu almejo vê-lo. Não aspira você a idêntico privilégio?



Referências

1.     O Conflito dos Séculos, Ellen G. White, pág. 323.

2.     Novo Dicionário da Bíblia, pág. 512.

3.     Teologia Sistemática, L. Berkhof, pág. 832.

4.     ldem, pág. 833.

5.     lbidem, pág. 935.


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