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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Porque Deus mandou matar pessoas inocentes? (2 Samuel 21) - Leandro Quadros

Porque Deus mandou matar pessoas inocentes? (2 Samuel 21) - Leandro Quadros

 

Realmente, na Bíblia, há textos mais difíceis de serem entendidos em sua plenitude. Isso não significa que a mensagem central não possa ser compreendida, mas apenas demonstra a nossa limitação humana para penetrarmos nos segredos de Deus. Também devemos considerar o fato de que o pensamento hebraico e sua forma de se expressar é diferente -  o que contribui para que certos textos pareçam obscuros.

No caso de 2 Samuel 21, podemos entender algo sobre o capítulo se analisarmos o mandamento de Deus em Deuteronômio 24:16, onde Ele diz: "Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais; cada um morrerá pelo seu próprio pecado." Perceba que o próprio Deus hava ordenado que, ao executar um criminoso, o povo jamais castigasse os descendentes dele. 

Então, porque o Senhor autorizou que sete descendentes de Saúl fosse mortos por causa da atitude criminosa dele para com os gibeonitas?

Na verdade, quando lemos o verso 3, percebemos que, dessa vez, Davi não consultou o Senhor como havia feito antes (v.1) mas sim os habitantes de Gibeão. Motivados pela ira e, quem sabe, baseados no fato registado em Números 25:4, eles tenham entendido que a ira de Deus seria aplacada se os descendentes de Saul fossem mortos e pendurados. 

Quando o verso 14 afirma que "Depois disto Deus respondeu as orações em favor da terra de Israel", ele expressa a visão de mundo do profeta. O escritor de 2 Samuel percebeu que depois de tal evento a maldição cessou - em que isso signifique que Deus tenha apoiado o ato de Davi e dos gibeonitas.

Nosso Criador teria outra forma de vingar os habitantes de Gibeão que haviam sido mortos injustamente pelo rei Saul. Mas, como o povo agiu dessa vez sem consultar Aquele que nunca erra, Ele permitiu que tal ação pecaminosa e injusta seguisse seu curso normal, pois faz parte de Sua soberania dar o livre-arbítrio a cada um, por mais que a pessoa erre. Ele permite que coisas más aconteçam porque, no conflito entre o bem e o mal, Ele utiliza tais circunstâncias (que Ele não gosta) para mostrar ao Universo a gravidade do pecado.

Podemos ver que Deus não apresentou a Davi essa solução para o problema. Quem fez isso foi o povo que queria vingança. O Senhor não poderia ir contra o que Ele mesmo havia ensinado em Deuteronômio 24_16-

Todos os motivos para Deus permitir tal ato (mesmo Ele não consentindo) não nos serão apresentados apenas quando estivermos com Cristo em Sua segunda vinda. Enquanto aguardamos esse momento maravilhoso, podemos viver confiantes de que o "justo juiz" (Gn 18:25) esclarecerá esta e outras questões da vida que nos incomodam (1Co 13:12; Hb 8:11)

 

Leadro Quando - "Na Mira da Verdade" vol.2



quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Enfrentando os gigantes


Achei a Davi, filho de Jessé, homem segundo o Meu coração, que fará toda a Minha vontade. Atos 13:22

Muitos não conseguem entender como, Davi, tendo sido homicida e adúltero, pôde ser um homem “segundo o coração de Deus”. Mas é bom lembrar que “o caráter se revela, não por boas ou más ações ocasionais, mas pela tendência das palavras e atos costumeiros” (Caminho a Cristo, p. 57).
É verdade que Davi tinha fraquezas, como todos nós. Era homem de guerra, sanguinário, e por isso Deus não lhe permitiu construir o Templo (ver 1Cr 22:7, 8). Além disso, condescendeu com pecados sexuais. Se ele vivesse hoje, e fosse membro da igreja, certamente seria removido.

Mas ele também tinha virtudes. E uma delas era a capacidade de arrepender-se. Quando o profeta Natã lhe revelou o duplo pecado que cometera (homicídio e adultério), Davi prontamente reconheceu sua culpa, exclamando: “Pequei contra o Senhor” (2Sm 12:13). E então orou a Deus, pedindo-Lhe: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto” (Sl 51:10, ARC).
Davi também tinha a virtude de confiar em Deus sem reservas. Ao ouvir as bravatas e desafios de Golias, encheu-se de santa ira e dispôs-se a enfrentar o gigante filisteu “em nome do Senhor dos Exércitos” (1Sm 17:45). E quando o rei Saul tentou dissuadi-lo dessa arriscada aventura, dizendo-lhe que ele ainda era moço e inexperiente, ao passo que o filisteu era “homem de guerra desde a sua mocidade” (v. 33), Davi recordou-lhe que, no passado, ele já havia enfrentado um leão e um urso, e o Senhor o havia livrado de ambos. Consequentemente, haveria de livrá-lo também da mão de Golias.

Ao enfrentarmos os desafios de um novo dia, lembremo-nos de como Deus nos protegeu no passado e, com base nesses livramentos, tenhamos confiança de que Ele nos dará também hoje a vitória sobre os gigantes que encontrarmos em nosso caminho.

“Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 162).

 Rubem M. Scheffel

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