E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; [...] e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Tiago 5:15, 16
Na Nicarágua, um médico cubano foi ao Hospital Adventista para operar uma pessoa. Antes do início da cirurgia, uma das enfermeiras perguntou ao médico:
– Doutor, o senhor não vai fazer uma oração antes de começar?
– Enfermeira – respondeu o médico – eu já fiz muitas vezes essa cirurgia. Posso fazê-la sozinho, e não preciso de Deus.
A cirurgia foi iniciada. De repente, o anestesista chamou a atenção do médico para a pressão, que começava a cair. Aquele médico se empenhou ao máximo para salvar a vida do paciente. Uma hora depois, nada mais havia a ser feito. O paciente veio a falecer.
O médico tirou as luvas, jogou-as em cima do corpo e disse à enfermeira:
– Enfermeira, se o teu Deus pode fazer alguma coisa, então que Ele comece a trabalhar! – E saiu da sala a fim de dar a notícia para a família.
As duas enfermeiras ficaram ali, junto ao corpo. Então, uma delas disse:
– Não pode ser. Deus não pode ser zombado dessa maneira!
As enfermeiras se ajoelharam, dentro da sala de cirurgia, e oraram dizendo:
– Senhor, agora é a Tua vez. É o momento da Tua intervenção!
Levantaram-se, e mediram a pressão do paciente. Zero. Ajoelharam-se de novo e oraram com mais fervor ainda, suplicando:
– Senhor, é a Tua hora. Mostra o Teu poder!
Levantaram-se e ouviram o aparelho do eletrocardiograma começar a fazer os seus bips. A pressão voltara ao normal. Tudo estava normal, e o paciente, sem anestesia, estava com o campo operatório todo aberto. Uma das enfermeiras saiu correndo para avisar o médico de que o paciente estava vivo. O médico voltou à sala, completou a cirurgia e, uma semana depois, o paciente teve alta.
Aqui está um exemplo eloquente do poder da oração intercessória, feita com fervor. Esta é uma condição essencial: a oração deve ser feita com fé, por alguém que se distingue por sua fé.
Mas, é interessante notar que Deus não atendeu à oração do apóstolo Paulo, para que lhe fosse tirado o “espinho na carne, mensageiro de Satanás” (2Co 12:7-10). O problema não era falta de fé do apóstolo. Deus permitiu que esse problema o afligisse para protegê-lo do orgulho.
Portanto, a afirmação de Tiago não é incondicional como alguns pensam. Ela deve ser entendida assim: “E a oração da fé salvará o enfermo, se Deus achar que isto é o melhor para ele.” A oração da fé sempre deve incluir o seguinte pensamento submisso: “Se isto for da Tua vontade.”
Rubem M. Scheffel
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