Youtube

domingo, 26 de novembro de 2017

OS ABANÕES DE DEUS HEBREUS 12:25-27


OS ABANÕES DE DEUS.

A SEMANA PASSADA TIVE A OPORTUNIDADE DE VOS FALAR DOS AGUILHÕES DE DEUS. HOJE VOU VOS FALAR DOS ABANÕES DE DEUS

No Livro aos Hebreus vemos ali o apóstolo Paulo falando o seguinte : 
Hebreus 12:25-27
25 Tende cuidado, não recuseis ao que fala. Pois, se não escaparam aqueles que recusaram ouvir quem, divinamente, os advertia sobre a terra, muito menos nós, os que nos desviamos daquele que dos céus nos adverte, 26 aquele, cuja voz abalou, então, a terra; agora, porém, ele promete, dizendo: Ainda uma vez por todas, farei abalar não só a terra, mas também o céu. 27 Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas significa a remoção dessas coisas abaladas, como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas permaneçam.

Paulo vai referir-se a dois episódios do antigo testamento em que, Ele Deus fez abalar a terra e os homens. 

Basta lermos o contexto do capítulo 12 de Hebreus e estamos como pano de fundo a montanha do SINAI com Deus a falar e a abalar o seu povo.  

E o outro episódio menos conhecido é da advertência do profeta Ageu também ao povo. Paulo refere às palavras de Ageu quando diz no versículos 26: ...Ainda uma vez por todas, farei abalar não só a terra, mas também o céu

Não temos dúvidas que Deus quer no monte Sinai quer com o profeta Ageu quis ABANAR o seu povo. 

A semana passada vimos que Deus tem os seus AGUILHÕES, mas hoje estamos a ver que Deus também SACODE a nossa vida. 

E Paulo diz porqué! Vejam V27: 
...remoção dessas coisas abaladas, como tinham sido feitas, para que as coisas que não são abaladas permaneçam.

Por outras palavras Paulo está a dizer: OS ABALOS DE DEUS NA NOSSA VIDA ACONTECEM PARA QUE AS COISAS ABALÁVEIS CAIAM E AS INABALÁVEIS PERMANEÇAM.  

Vamos perceber o que estava a acontecer nestes dois episódios.

Êxodo 19:16-20
16 Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões, e relâmpagos, e uma espessa nuvem sobre o monte, e mui forte clangor de trombeta, de maneira que todo o povo que estava no arraial se estremeceu. 17 E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. 18 Todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. 19 E o clangor da trombeta ia aumentando cada vez mais; Moisés falava, e Deus lhe respondia no trovão. 20 Descendo o SENHOR para o cimo do monte Sinai, chamou o SENHOR a Moisés para o cimo do monte. Moisés subiu,

Provavelmente temos parado pouco para reflectir nestas cenas que precederam a proclamação dos dez mandamentos. 

No entanto a DESCRIÇÃO é feita de forma ATERRADORA e imponente, Deus se tinha aproximado do monte Sinai, o monte fumegava na presença do Senhor, a fumaça misturava-se com as negras nuvens, o céu era rasgado por impressionantes raios de luz e o a voz do Senhor ouvia-se no som do trovão. 

O povo não passava os limites estabelecidos, e o seu estado foi descrito da seguinte maneira: “povo que estava no arraial se estremeceu.” (V 16)

Nesta ocasião o povo temeu pela sua vida, embora Deus tivesse pedido para que este povo se consagrasse para este encontro: 
Êxodo 19:10-11
10 Disse também o SENHOR a Moisés: Vai ao povo e purifica-o hoje e amanhã. Lavem eles as suas vestes 11 e estejam prontos para o terceiro dia; porque no terceiro dia o SENHOR, à vista de todo o povo, descerá sobre o monte Sinai.

Não sabemos que RITUAIS teriam de fazer para estarem purificados no terceiro dia, quando Deus descesse e lhes falasse, sabemos em parte que teriam de lavar as suas ROUPAS e se abster de RELAÇÕES SEXUAIS.
Êxodo 19:14-15
14 Moisés, tendo descido do monte ao povo, consagrou o povo; e lavaram as suas vestes. 15 E disse ao povo: Estai prontos ao terceiro dia; e não vos chegueis a mulher.

Mas apesar de toda a preparação e purificação adicional, esta experiência no Sinai não foi vivida com alegria e paz por eles, logo a seguir, quando tudo estava mais calmo, o povo dirige-se a Moises e disse: 
Êxodo 20:18-19
18 Todo o povo presenciou os trovões, e os relâmpagos, e o clangor da trombeta, e o monte fumegante; e o povo, observando, se estremeceu e ficou de longe. 19 Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos.

Por outras palavras o povo está a dizer o seguinte: “Não temos estrutura para lidar mais vezes com experiências como estas, não conseguiremos ouvir mais a aterrorizante voz de Deus, pois falando Ele assim não permaneceremos vivos na sua presença. O melhor daqui para a frente é que haja um homem que nos venha dizer quais as palavras que Deus nos quer falar.”

A resposta deste povo a este acontecimento tão extraordinário, não deixa de ser surpreendente, isto porque tinham estado na presença de Deus, viram o seu poder, ouviram a sua voz, arrepiaram-se com toda aquela manifestação, porque razão tal reação? porque razão tal inquietude?

Esta surpreendente resposta dada pelo povo, leva-nos ao mesmo sentimento que existirá num grupo de pessoas ao presenciarem a segunda vinda de Jesus: 
Apocalipse 6:15-17
15 Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes 16 e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, 17 porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?

Qual a razão para tanto receio? Afinal aquele acontecimento seria memorável, jamais um Deus tinha falado daquela forma com o seu povo!

Talvez nós possamos surpreender, mas na realidade este povo tinha medo, pois se ENCONTRAVA EM PECADO!

No livro de actos dos apóstolos, Estevão vai destapar o véu daquilo que estava a acontecer no meio da congregação de forma secreta, ele diz o seguinte falando do povo que ouvira a voz de Deus: 
Atos 7:43
43 e, acaso, não levantastes o tabernáculo de Moloque e a estrela do deus Renfã, figuras que fizestes para as adorar? Por isso, vos desterrarei para além da Babilônia.

Este povo tinha trazido do Egipto os seus pequenos ídolos, RENFÃ era um ídolo adorado pelo povo, MAS ÀS ESCONDIDAS, tinham também um culto ao deus MOLOQUE, (Nome do ídolo dos Amonitas, para o qual vítimas humanas, particularmente pequenas crianças, eram oferecidas em sacrifício. Sua imagem era um figura oca de bronze, com a cabeça de um boi, e braços humanos estendidos. Era aquecido por um fogo interno até tornar-se incandescente, e as criancinhas eram colocadas em seus braços para serem queimadas vagorosamente; enquanto isto, para evitar os pais de ouvirem os gritos agonizantes, os sacerdotes batiam tambores)

Embora fossem solicitados a se consagrarem ao Senhor, a realidade é que o povo não tinha coragem de abandonar a idolatria.

Estevão reforça essa ideia quando referindo-se àqueles que ouviram a voz de Deus como a “congregação do deserto”, mostra que o seu CORAÇÃO estava ainda no EGIPTO: 
Atos 7:38-39
38 É este Moisés quem esteve na congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai e com os nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para no-las transmitir. 39 A quem nossos pais não quiseram obedecer; antes, o repeliram e, no seu coração, voltaram para o Egito,

Este povo não queria ter novamente uma experiência como aquela do monte Sinai, pois receava ser destruído pela presença santa de Deus. Percebemos agora porque tremeram, mas esta foi também a forma de Deus trabalhar com as suas consciências

Muitas vezes Deus traz abalos à nossa vida para nos remover da nossa idolatria, numa primeira fase Deus usa esses abalos em nossa consciência, fazendo ouvir a sua voz mostrando a sua lei em contraste com a nossa conduta. 

O problema do povo era que queria o melhor dos dois mundos, por um lado queria Deus, mas desde que isso não interferisse nos seus prazeres. 

Eles preferiam continuar na sua conduta pedindo a Moises que continuasse a ser ele o mediador, 
Êxodo 20:19
19 Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém não fale Deus conosco, para que não morramos.

O povo sabia que na condição em que se encontravam, não podiam ter um encontro com Deus, pois seriam destruídos. 

Prezados irmão será que isto também está a acontecer nas nossa vidas? 

Os nossos prazeres estão a ocupar o lugar de Deus, estamos a substituir o relacionamento pessoal com Ele, por pecados acariciados? 

Vimos à igreja e acalmamos a consciência pois temos outros que falam por Deus, enquanto nós próprios negligenciamos esse encontro pessoal com Deus?

Normalmente a resposta de alguém aos abalos de Deus à sua consciência, traduz-se em arrependimento, mudança de atitude, reforma e consagração na sua vida. 

No entanto estes abalos interiores podem não ser o suficientes, pois o homem esquece rápido, e volta muitas vezes ao Egipto.

Então Deus vai usar outro tipo de abalos, mais visíveis, e estes podemos ver no segundo episódio que o apóstolo Paulo na menciona no capítulo 12 de Hebreus, e que se refere ao profeta Ageu. 

Ageu 2:6-7
6 Pois assim diz o SENHOR dos Exércitos: Ainda uma vez, dentro em pouco, farei abalar o céu, a terra, o mar e a terra seca; 7 farei abalar todas as nações, e as coisas preciosas de todas as nações virão, e encherei de glória esta casa, diz o SENHOR dos Exércitos.

O profeta Ageu vai transmitir ao povo o desagrado de Deus ao ponto de anunciar que terra céu e seres humanos seriam abalados. 

PORQUÊ ESTA MENSAGEM DE SACUDIDURA?

Vejam o que estava a acontecer.

Ageu foi a primeira voz profética que se levantou entre os israelitas depois do exílio na Babilônia. A reconstrução do templo fora interrompida, e estava parada por cerca de quinze anos; o povo não se envolvia na retomada da restauração dizendo que o tempo de reconstruir a casa de Deus ainda não havia chegado. 

Ageu 1:3-5
3 Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: 4 Acaso, é tempo de habitardes vós em casas estucadas, enquanto esta casa permanece em ruínas? 5 Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Considerai o vosso passado.
6 Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saco furado.

Hoje existe muitos pregadores que falam de prosperidade, que de Deus só receberemos bênçãos, mas neste texto mostra que Deus estava com a sua mão estendida, não para dar e abençoar mas contra a nação de Israel. 

Ageu 1:9-11
9 Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco, e esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei. Por quê? — diz o SENHOR dos Exércitos; por causa da minha casa, que permanece em ruínas, ao passo que cada um de vós corre por causa de sua própria casa. 10 Por isso, os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos. 11 Fiz vir a seca sobre a terra e sobre os montes; sobre o cereal, sobre o vinho, sobre o azeite e sobre o que a terra produz, como também sobre os homens, sobre os animais e sobre todo trabalho das mãos.

É estranho ouvir Deus a dizer que o povo esperava muito, mas veio pouco, e esse pouco Deus soprou com a sua boca, e que reteve o orvalho e os frutos, e que enviou uma grande seca.

MAS DEUS FEZ TUDO ISTO. POR QUÊ? PORQUE SOMENTE ABALANDO AS COISAS NATURAIS NA VIDA DO SEU POVO É QUE AS COISAS ESPIRITUAIS TERIAM O SEU LUGAR. 

Não foi o que Paulo dissera em Hebreus 12:27...
Ele escreveu sobre as coisas abaláveis serem removidas, ele falou sobre as inabaláveis permanecerem, 
E acrescentou no versículo 28, QUE TEMOS RECEBIDO UM REINO INABALÁVEL.

Ou seja, quando estamos sufocando as coisas espirituais por uma dedicação dirigida somente ao que é natural, Deus pode fazer tremer o que é abalável, o natural, para que caindo estas coisas, permaneça em nossas vidas somente aquilo que é espiritual, e então nossa reconstrução poderá começar a partir deste ponto

Certa ocasião Jesus contou a parábola de um rico insensato que só queria edificar para si mesmo e não para Deus. Disse que ele fazia planos para aumentar sua produção e armazenagem para depois poder dizer à sua própria alma que descansasse e se regalasse por ter bens para muitos anos; mas Deus chamou este homem de louco, pois o que ele preparou não era para si mesmo, e quando sua alma fosse pedida de nada lhe adiantaria toda a sua riqueza. Finalmente o Senhor Jesus termina dizendo: Lucas 12:21
21 Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus.

De nada adianta edificarmos somente para nós mesmos; devemos edificar para o Senhor em nossas vidas, pois quando os abalos de Deus vierem, só ficará de pé o que construímos para o Senhor, e o que é nosso, humano, cairá. 

Tal qual nos dias de Ageu, quando nos esquecemos das coisas de Deus e queremos buscar somente as nossas próprias, Deus não somente deixa de ter um compromisso de nos abençoar, como pode nos julgar e disciplinar, uma vez que a responsabilidade de
edificar o reino de Deus é nossa! Porém, quando procedemos de forma contrária, e colocamos o Senhor em primeiro lugar, tudo muda. A benção e a provisão divina fluem milagrosa e abundantemente,

Por que Deus estava sacudindo as finanças do seu povo naqueles dias depois do exílio? Porque os israelitas haviam se tornado egoístas e descomprometidos com o reino de Deus, e o propósito destes abalos era mudar a atitude do povo. Quando compreenderam que os abalos era uma forma de Deus fazê-los voltar a investir em sua casa, eles se animaram a obedecer sobre uma promessa divina de que então a prosperidade viria sobre eles. Em uma de suas profecias, Ageu deixa claro que os abalos visavam trazer para Deus os recursos para a restauração de sua casa.

Os abalos de Deus não visam o nosso mal, mas sim a a orientação das nossas prioridades. 

Temos procurado o que? Perdemos o nosso tempo com o que? 

Paulo diz que as coisas abaladas cairão, será que precisamos do abalo de Deus na nossa vida? 

Quando ele vem, não há nada a fazer, é como um tremor de terra, temos de esperar que ele passe, e quando passar é hora de colocar as coisas inabaláveis novamente em primeiro lugar. 












1 comentário:

VEJA TAMBÉM ESTES:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...