215. FACE DE CRISTO - MISSÕES - PERDÃO - TESTEMUNHO At 26.19-25
Um dia, um navio de guerra japonês ancorou na baía de Nagasaki,
Japão. Os cristãos daquela localidade foram indicados para apresentar as boas
vindas à oficialidade e aos marinheiros daquele barco, em nome da Igreja. O
capitão tomou a palavra, dizendo que tinha especial prazer em falar porque ele
se tornara cristão por um fato acontecido em um dos parques de Nagasaki.
Anos atrás, ele havia atirado pedras numa missionária que estava
pregando o evangelho naquele parque. Quando percebeu que havia ferido a
senhora, tratou de fugir e se escondeu por três dias. Foi quando as mais
extraordinárias noticias chegaram ao seu conhecimento: a missionária, cujo nome
era Umhoff, não queria que ele fosse preso, estava orando por ele e querendo
saber onde ele se encontrava, para lhe oferecer perdão e sua amizade. Ouvindo isto,
o jovem resolveu procurar saber como servir ao Deus daquela missionária.
Agora, era um prazer para ele dar o seu testemunho naquela mesma
cidade onde ele tinha aprendido o que quer dizer ser cristão.
Rita F. Snowden (Nova Zelândia)
216. FACE DE CRISTO - RETRATO DE JESUS
Em Roma, no arquivo do Duque de Cesadini, foi encontrada uma carta
de Públio Lêntulus, legado na Galiléia, ao imperador romano Tibério César. Eis
o conteúdo da carta, que é um fiel retrato de Jesus:
"Existe nos nossos tempos um homem que vive de grandes
virtudes, chamado Jesus; e pelo povo é inculcado profeta da verdade e os seus
discípulos dizem que é filho de Deus, criador dos céus e da terra e de todas as
coisas que nela se acham e que nela tenham estado; na verdade, cada dia se ouvem
coisas maravilhosas desse Jesus; ressuscita os mortos e cura os enfermos, em
uma só palavra; é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto. Há
tanta majestade no seu rosto que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou
temê-lo. Tem os cabelos distendidos até às orelhas cor de amêndoa bem madura, e
das orelhas até às espáduas são de cor de terra, porém mais rezentes. Tem no
meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso dos
nazarenos; o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou
mancha se vê na sua face de cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis.
A barba é espessa, semelhante aos cabelos, não muito longa mas separada pelo
meio; seu olhar é muito especioso e grave; tem os olhos graciosos e claros; o
que surpreende é que o seu rosto resplandece como os raios do sol, porém
ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora; e
quando ameniza, faz chorar. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas antes
chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o
faz raramente e, quando dele alguém se aproxima, verifica que é mui modesto na
presença e na pessoa. E o mais belo homem que se possa imaginar, muito
semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo jamais visto,
por estas partes, uma donzela tão bela.
Nas letras, faz-se admirar em toda a Jerusalém; ele sabe todas as
ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na
cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim; porém em sua presença, falando com ele,
tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em
verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram jamais tais conselhos de
grande doutrina como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como divino e
muitos me questionam se isso é contra a lei de tua Majestade."
Nota do Compilador: Não tenho esta crônica como absolutamente
fidedigna, mas é cheia de curiosidades e coincidências até interessantes.
217. FARDO - POBREZA E RIQUEZA
Escreveu Santo Agostinho, um dos mais célebres padres da Igreja
Católica latina: "A pobreza é o fardo de alguns e a riqueza é o fardo de
outros e, talvez, o maior. Fardos que podem pesar-lhes para a perdição. Ajuda
teu próximo a levar seu fardo de pobreza e deixa que ele te ajude a levares teu
fardo de riqueza. Aliviarás tua carga aliviando a dele".
218. FAZER O MELHOR Mt
25.14-23
Certa vez, um cantor famoso foi convidado a dar um concerto em
benefício dos soldados da Primeira Guerra Mundial. O presidente da comissão que
o convidou lhe disse: "Como se trata de um beneficio, não exigimos
naturalmente que o senhor apresente o que tem de melhor. Seu nome é suficiente
para atrair as multidões. Eu sugiro canções simples que não exijam grande
esforço de sua parte". Dizem que o cantor sentiu-se ofendido e enchendo-se
de orgulho, respondeu: "Eu não me contento em fazer menos do que o melhor
que posso".
E nosso dever solene tirar o máximo proveito de nossos dons e
oportunidades e cumprir fielmente, e da melhor maneira, qualquer tarefa, seja
grande ou pequena. Deus espera que façamos o melhor, não importa qual seja a
obra que temos em mãos. Estamos nós fazendo o melhor para ter a aprovação do
Mestre: "Muito bem servo bom e fiel"?
219. FÉ Sl
91.2
"Diz ao Senhor: Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem
confio" (SI 91.2).
Alguns de nós, membros da Colônia Bíblica, estávamos reunidos em
torno do rádio, no salão da sede, ouvindo seriamente a noticia de que o ciclone
Janet viria com fúria sobre nossa cidade, nas primeiras horas do dia 29 de
setembro de 1955.
Poucas horas mais tarde, a ventania, como um gigante enfurecido,
assolava as nossas habitações, despejando montanhas de água, destruindo as
árvores, atirando galhos pelo ar e semeando o pânico e a morte.
Protegemo-nos os cinco sob uma cama que sustentava uma parte da
parede derrubada sobre si. Contudo, não sofremos qualquer ferimento. Ali
cantamos com todo ânimo o hino "Mais perto quero estar meu Deus de
ti" e juntos recitamos o Salmo 91.
Ao alvorecer, entre a morte, as ruínas, a desolação e a completa
destruição da vila, sentimo-nos como que dizendo: "Tudo está perdido,
exceto a nossa fé. Bendito seja o nome do Senhor".
Ainda que nas horas de provação todas as coisas se percam, o
importante é que a fé permaneça.
C. Trujillo Baqueiro (México)
220. FÉ Jo
1.9
O grande ganhador de almas, Moody, um dia ofereceu seu relógio de ouro
aos meninos de sua classe bíblica. Desconfiados, recusaram o presente.
Finalmente, um garotinho de seis anos estendeu a mão, pegou o relógio, e disse:
- Muito obrigado!
Sem um momento de hesitação, Moody respondeu:
- Não há de que. E Espero que ele seja tão fiel em marcar as horas
para você, como foi para mim!
Os outros meninos ficaram espantados:
- O senhor vai mesmo deixar que ele fique com o relógio?
- Como não? - respondeu Moody - Eu Iho dei, porque creu na minha
oferta. E dele porque teve fé em mim.
Como o relógio que Moody ofereceu aos meninos, as vestes brancas
podem pertencer-nos pelo simples fato de crermos nas promessas de Deus e
estendermos a mão, aceitando-a pela fé. Jesus, através de sua morte, se
encarrega de nosso passado tão repleto de pecados e erros. Cabe-nos a nós
confessar e crer. Jesus afiança a sua erradicação. No instante em que nós
cumprirmos a nossa parte, Jesus cumpre a dEle. Todas as providências foram
tomadas por Deus, a fim de apagar o nosso passado pecaminoso (1 Jo 1.9). Este
é, na verdade, um "pensamento precioso".
221. FÉ - NOVO NASCIMENTO - REGENERAÇÃO
Exatamente quando os primeiros raios de Sol douravam a superfície de
uma linda lagoa nas índias Ocidentais, presenciei uma cena que jamais
esquecerei. Um de nossos pastores conduziam às águas batismais um assassino
confesso.
Volvendo-me a um guarda da prisão que se achava ao meu lado,
perguntei:
- O senhor acha que esse homem está de fato convertido?
- Pastor - respondeu o guarda -' posso dizer-lhe que ele é realmente
um homem transformado. Quando foi trazido para a nossa instituição, alguns anos
atrás, era obstinado, moroso, e não queria cooperar. Hoje é uma pessoa
completamente diferente. E prestativo, bem disposto e faz tudo que pode para
ajudar os outros presos. Se existe coisa como o novo nascimento, esse homem foi
nascido de novo.
O Espírito Santo convence o pecador de seus maus atos. Encaminha o
errante para o Cordeiro de Deus, a fim de receber o perdão. Cria um novo ser em
Cristo Jesus. "Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus", disse Jesus a Nicodemos.
222. FÉ, SUA APARÊNCIA
Ouvi falar de um homem que, há anos atrás, empurrava um carrinho de
mão equilibrado numa corda esticada sobre o rio Niágara, América do Norte.
Milhares de pessoas o aclamavam, enquanto era colocado um saco de areia de 100
quilos sobre o carrinho, que o homem empurrava de um lado para o outro. Em
certa ocasião, olhou para a multidão e perguntou:
- Quem ai acredita que eu posso carregar um homem neste carrinho?
- Todos acreditam! - bradou um espectador da frente da fila muito
entusiasmado.
O homem, então, voltou-se para ele, dizendo:
- Pois venha você!
Diante disso, o cidadão imediatamente retirou-se, pois não cria de
fato. Ele pensava que cria, mas não queria de modo algum dar uma prova de sua
crença. Igualmente acontece com relação a Cristo. Muitos dizem que crêem nele e
que o seguem. Mas não fazem nada para entrar no carrinho de mão. Tais pessoas
nunca assumiram um compromisso ou se submeteram realmente a Cristo.
223. FÉ E CIÊNCIA
O cientista Werner von
Braun, inspirador do desenvolvimento dos grandes
foguetes espaciais, afirmou uma vez:
"Os materialistas do século XIX e os marxistas do século XX
procuraram nos ensinar que a Ciência, que nos deu mais informações sobre a
criação, nos capacita a viver sem fé num Criador. Mas, ao contrário, em cada
resposta descobrimos novas questões. Quanto mais sabemos sobre o mundo da
estrutura
atômica, sobre a natureza da
vida e sobre o itinerário das galáxias, mais razão encontramos para admirar a
maravilha da criação de Deus. A nossa necessidade de Deus não se baseia no
medo apenas. O homem necessita da fé como necessita de alimento, água e ar. Com
toda a ciência do mundo, precisamos de fé em Deus".
224. FE EM CRISTO
Certo cristão, desejando fazer publicamente sua profissão de fé,
apresentou-se ao pastor, que o cumulou de perguntas sobre seus conhecimentos
doutrinários. Saiu-se mal o pobre examinado, e o pastor o exortou a que
estudasse um pouco mais. Ao retirar-se, com muita humildade mas com profunda
convicção, disse o homem ao pastor: "Eu sei que não sou capaz de falar por
Cristo, mas sou capaz de morrer por Ele".
225. FÉ E ESPERANÇA - TESTEMUNHO
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, algumas pessoas pobres
e perseguidas se refugiaram numa caverna escura e fria. Depois de terem
abandonado aquele lugar medonho, achou-se inscrito numa das paredes, o
seguinte:
"Creio no sol, mesmo que ele não brilhe.
Creio em Deus, mesmo que ele esteja em silêncio.
Creio no amor, mesmo que ele esteja oculto."
Com estas palavras um dos refugiados de um belíssimo testemunho de
possuir grande esperança e confiança.
Deus é realmente a nossa esperança. Ele deve ocupar o primeiro lugar
em nossas vidas, para que, destemerosos, possamos enfrentar infortúnios,
doenças e a própria morte. Com Deus, podemos enfrentar com paciência tudo o que
for necessário.
A força de Deus se aperfeiçoa em nossa fraqueza.
A esperança é como uma estrelinha que brilha no céu. Graças sejam
dadas a Deus, por nos conceder esta dádiva celeste.
"O Senhor é a minha luz e a minha salvação; a quem
temerei?"
Ruth Luchsinger (Suíça)
226. FÉ - EVANGELHO - NECESSIDADE INCURÁVEL
Um jovem advogado incrédulo foi ao Oriente para tentar
enriquecer-se. Disse que procuraria fixar-se em lugar onde não houvesse igrejas
nem escolas dominicais ou bíblicas. Tendo encontrado tal lugar, estabeleceu-se
ali. Menos de um ano depois, escrevia a um ex-colega de escola - um pastor -
pedindo-lhe que viesse logo ter com ele, trazendo quantas Bíblias pudesse
transportar; e começasse a pregar com urgência a fim de organizar, sem perda de
tempo, uma escola dominical. Sim, porque se "convencera de que um lugar
sem cristãos, sem domingos, sem igrejas, sem Bíblias é semelhante ao inferno e,
portanto, impróprio para que qualquer homem normal nele sobreviva".
227. FÉ E OBRAS Tg
1.17-25
Conta-se a história de um barqueiro escocês que, para manter-se,
vivia transportando viajantes através de um lago, em seu barco a remo.
Certo passageiro notou que o velho talhara em um dos remos a palavra
"Fé" e no outro, "Obras". Curioso, perguntou ao barqueiro a
razão daquilo. O velho então respondeu: "Eu lhe mostrarei". Deixou de
lado um dos remos e manejou o outro com afinco, num sentido só, em círculos. A
seguir, trabalhou com o remo "Obras" e o resultado foi o mesmo:
círculos em sentido oposto ao primeiro. Feita esta demonstração, tomou então os
dois remos, "Fé" e "Obras", e, à medida que os manejava
conjuntamente, o barco seguia seu rumo certo, à frente. E então concluiu o
barqueiro: "Assim é a vida cristã - de nada vale um sem o outro".
Dizemos que temos fé no futuro de nossa pátria. Mas o que estamos
fazendo para tornar uma realidade esta fé? A fé que salva e as obras que servem
são inseparáveis.
H. B. Wallace (Canadá)
228. FÉ E ORAÇÃO - ORAÇÃO E DESTEMOR Mt
21.22
Enquanto estudava nos Estados Unidos, um rapaz da bela ilha da
Jamaica concluiu o curso por correspondência, ministrado pelo programa de rádio
"A Voz da Profecia", e ficou convencido da presente verdade de Deus.
Ao regressar à ilha natal, tomou a decisão de batizar-se. A data foi marcada
para a manhã de um dos primeiros domingos de dezembro. Um dia antes da esperada
data, o rapaz adoeceu, atacado por forte febre. Ao raiar do dia, não havia
melhorado. O dirigente da igreja local foi orar com ele, mas a febre
continuava. Tanta era a fé do jovem, que pediu aos seus amigos que o levassem
até o rio para ser batizado, apesar da febre ardente.
A margem do rio, houve breve oração, e Jackson e sua esposa foram
batizados. Ao sair da água, sua febre desapareceu completamente. Deus lhe
honrara a fé.
"E tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis" (Mt
21.22).
229. FELICIDADE Mt
9.27-38
Jesus era verdadeiramente feliz. Seu espírito em outras pessoas as
torna também felizes. Ele estende a todos o Seu convite à felicidade.
Há poucos anos atrás, quase perdi a fé quando faleceu minha esposa.
O Dr. James R. Hine, diretor da Fundação Mckinley, da Universidade de Illinois, nos E.U.A.,
ajudou-me na recuperação espiritual a ponto de eu chegar mais perto de Deus. De
acordo com aquele homem, que já inspirou milhares de estudantes pela sua
sinceridade, humildade e personalidade cristãs, há cinco coisas essenciais para
se "alcançar a mais alta felicidade". São elas: a saúde do corpo e da
mente, a maturidade emocional, a certeza de que se ama e é amado, um propósito
elevado e uma fé inabalável de que seus melhores esforços recebem auxílio de um
poder acima e além de si mesmo, Deus.
Enquanto viveu aqui na terra, Jesus proporcionou a muitas pessoas
saúde física e mental, ofereceu o amor divino, desafiou os homens para altos
ideais e aprovou os que tinham fé! Hoje, Cristo ainda se interessa pela nossa
felicidade e quer que O sirvamos com alegria.
James R. Wadsworth (Vermont, E.U.A.)
230. FELICIDADE GLÓRIA - RIQUEZAS Fp
4.9-13
Conta-se a história de um rei que tinha tudo, menos felicidade. Além
desta, nada mais lhe faltava. Seu país estava em paz. E, no entanto, ele não
era feliz. Quando todas as possíveis medidas falharam, seus amigos resolveram
experimentar o conselho de um sábio. Este sugeriu que o rei usasse uma camisa
do homem mais feliz do reino. Pouco tempo depois, o homem foi encontrado.
Contudo, o problema permaneceu sem solução, pois o homem não possuía uma camisa
sequer.
O contentamento e a paz de Paulo não vinham de coisas que ele
possuía. Nem se originavam da liberdade, pois ele estava na prisão quando
escreveu a respeito de sua alegria e paz, que não vinham de fora, mas de
dentro. Ele possuía a bênção da salvação por Jesus Cristo, "a Paz de Deus,
que excede todo o entendimento". Seus pensamentos eram sobre coisas
verdadeiras, honestas, justas, puras, amáveis e de boa fama.
Otis L. Gilliam (Virgínia, E.U.A.)
231. FIDELIDADE - OLHANDO PARA JESUS - TESTEMUNHO Ez 33.11
"Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não
tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu
caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois
por que haveis de morrer, ó casa de Israel?" (Ez 33.11)
Um escultor famoso passou vários anos esculpindo o rosto de Jesus,
num bloco de mármore. Quando havia terminado a obra, a face com tanta perfeição
combinava as emoções de amor e tristeza, que os visitantes choravam ao
contemplá-la.
Mais tarde, pediram ao escultor que fizesse uma estátua da deusa
Vênus. Ele recusou-se. "Depois de por tanto tempo olhar a face de
Jesus", disse ele, "pensais que eu possa agora volver minha atenção
para uma deusa pagã?"
232. FIDELIDADE A CRISTO
São Gregório de Nazianzo, doutor da Igreja Católica, ao surgirem
contendas a seu respeito, declarou: "Jogai-me no mar, pois é melhor que eu
seja prejudicado do que venha o nome de Cristo a sofrer por minha causa".
233. FILHO - SABEDORIA PATERNA
"Senhor! dá-me um filho que seja bastante forte para saber
quanto é fraco; e corajoso bastante para se enfrentar a si mesmo, quando tiver
medo.
Um filho que seja orgulhoso e inflexível na derrota inevitável, mas
humilde e manso na vitória.
Um filho que te conheça e saiba que conhecer-se a si mesmo é a pedra
angular do saber.
Guia-o, eu te suplico, não pelo caminho fácil do conforto, mas sob a
pressão e o aguilhão das dificuldades e dos obstáculos. Que aprenda a manter-se
ereto na tempestade; e a ter compaixão dos malogrados.
Dá-me um filho de coração puro e ideais elevados.
Um filho que saiba dominar-se antes de procurar os outros.
Um filho que aprenda a rir mas que não desaprenda a chorar.
Um filho que tenha olhos para o futuro, mas que nunca esqueça o
passado.
E depois que lhe tiveres concedido todas estas coisas, dá-lhe
compreensão bastante para que seja sempre um homem sério, sem contudo se levar
demasiado a sério.
Dá-lhe do Teu amor, Senhor, para que possa ter sempre em mente a
simplicidade da verdadeira grandeza, a tolerância da verdadeira sabedoria, a
humildade da verdadeira força.
Então eu, seu pai, ousarei murmurar: 'Não vivi em vão'."
General McArthur
234. FILHO PRODIGO
"Ele imaginara que, por uma coincidência, o pai estivesse a
olhar pela janela, e quando o visse aproximar-se de casa, correria ao seu
encontro; contudo, ninguém apareceu. Chegou afinal à porta da frente. Bateu,
mas ninguém respondeu. Ouvindo um ruído no interior da residência, bateu outra
vez e com mais vigor. Após longa espera e novas batidas, percebeu que se movia
a fechadura da porta, que se abriu finalmente. Surgiu então o pai, espiando
através da brecha.
"Pai", exclamou o rapaz, "é seu filho. Terrível foi a
messe que colhi. Estou atemorizado. Reconheço que a culpa é toda minha mas,
sinceramente, quero pedir perdão, uma vez que o senhor tão somente me deixe
voltar. Receber-me-á o senhor? Apenas como um de seus servos?" O pai
olhava-o como a um estranho. "Meu filho? Tenho unicamente um filho, e este
está em casa comigo." E, enquanto se afastava o filho ouvia
atrás de si sons de música e de vozes como se a sua triste condição e rejeição
causassem júbilo aos demais.
Não foi assim, porém, que aconteceu segundo as páginas do Evangelho.
O bom pai, diz a Bíblia, perdoou o filho pródigo e o recebeu com alegria, da
mesma forma que o Pai celeste o faz a todos quantos, se arrependendo, o buscam.
235. FILHOS DE DEUS - PAI CELESTIAL Lc 15.11-24
Em 1943, o "bureau" de guerra inglês informou aos pais de
um soldado que seu filho tinha desaparecido em ação e que, provavelmente, havia
morrido em conseqüência de ferimentos. O rapaz na verdade não morrera. No
entanto, com a memória prejudicada por dolorosa experiência, saíra de sua unidade
militar, sem rumo. De qualquer forma, conseguira conservar-se vivo.
Eventualmente, chegou à Inglaterra e, cinco anos depois de ter sido considerado
desaparecido, recuperou a memória. Lembrou-se de seu nome. Uma mensagem
telefônica foi enviada a seu pai que, rapidamente, chegou à cidade onde o jovem
estava. Os longos anos de luto de seus pais terminaram com as simples palavras:
"Olá, papai!"
Você e eu constantemente nos afastamos de Deus, nosso Pai,
voluntariamente, como o filho pródigo, ou involuntariamente, como o jovem
soldado. Durante nossos dias ou anos de exílio, não somos completamente nós
mesmos, embora consigamos progredir. Bem-aventurados seremos, quando o momento
de percepção vier, o momento em que sentirmos o que estamos perdendo, e crermos
no amor do Pai celestial. Quando este momento chegar, importa que nos
levantemos imediatamente para ir ao nosso Pai.
Frank Baker (Inglaterra)
236. FIRMEZA - RESIGNAÇÃO Rm
8.35-39; GI 2.20
Quando estudante, fui, com dois amigos, visitar um jovem acometido
de doença fatal, o qual residia fora da cidade. Como imaginássemos que ele
estivesse em grande aflição, fomos preparados para confortá-lo. Naturalmente,
esperávamos encontrar um pobre e desencorajado rapaz, sofrendo dores, e
portanto, digno de lástima.
Ficamos, entretanto, surpreendidos ao ver um homem que nos saudou
alegremente. Dominou a conversa nos falando a respeito do amor e da
misericórdia de Deus. Sorriu, orou, e estava feliz. Tinha o poder do alto.
Quando chegou a hora de partirmos, não sabíamos como nos despedir.
Tínhamos ido lá para confortá-lo, mas ele pregou para nós. Tínhamos ido para
falar-lhe a respeito das promessas de Deus, mas ouvimos a respeito do doador de
poder - Cristo!
Aquele homem tinha um segredo: sabia como viver. Sabia como morrer.
Ele podia dizer como o apóstolo: "Já não sou eu quem vivo mas Cristo vive
em mim" (GI 2.20).
237. FIRMEZA DA IGREJA DE
CRISTO
Uma medalha cunhada por ordem do imperador romano Diocleciano,
trazia a seguinte inscrição: "Que o nome de cristão seja extinto".
Quantos sabem quem foi Diocleciano? Quando viveu? Que fez? Certamente, poucos o
conhecem ou já ouviram falar nele. Entretanto, o nome cristão continua a
definir aqueles que são salvos por Cristo e constituem sua gloriosa e
indestrutível Igreja até o dia de hoje.
238. FORÇA DO AMOR
Dirigia a penitenciária do estado de São Paulo o Prof. Flamínio
Fávero. Cristão evangélico, implantara naquela casa um regime novo,
substituindo o castigo pela bondade. Desde o começo de sua gestão como diretor,
procurou manter para com os sentenciados uma atitude bondosa e paternal. Eles
começaram a tratá-lo de "nosso pai".
Tal orientação, porém, não satisfazia a certas pessoas que tudo
fizeram para prejudicar a obra do diretor. Instrumento de insufladores, um
sentenciado, certo dia, revoltou-se contra os guardas e, armado de faca,
mostrava-se perigoso. Esgotados os recursos para submetê-lo, resolveram chamar
o diretor. Este residia longe, mas atendeu prontamente o chamado. A primeira
coisa que fez foi pedir aos guardas que se retirassem, e o deixassem só com o
sentenciado ameaçador. Fizeram-lhe ver o perigo, contudo, ficou a sós, frente a
frente com o criminoso irado, dirigiu-lhe o prof. Flamínio Fávero palavras de
conselho, chamando à razão. O homem mostrava-se irredutível. O cristão entrou
na cela. O preso advertiu-o para que não entrasse, pois não responderia por
algum desatino, e poderia feri-lo... O diretor, falando mansamente,
lembrava-lhe a amizade que lhe dispensara. O preso ameaçava. Finalmente disse
que se entregaria desde que não sofresse nenhum castigo. O diretor disse-lhe
que nada poderia prometer-lhe, e que largasse a faca. Sucedeu, então, o
inesperado. O homem atirou a faca longe de si, rendeu-se e, chorando, disse ao
diretor: "Doutor, com o senhor eu vou até o inferno".
O amor dominara-o, provando que o seu poder é imenso.
239. FORÇA DE VONTADE - TRABALHO EFICIENTE - VITÓRIA Ec 9.10
O grande cidadão americano, Booker Washington, conta-nos as dificuldades que
encontrou para estudar e vencer na vida. Como sabemos, os escravos, logo após a
sua libertação, esbarraram em muitos problemas difíceis, um dos quais era a sua
cor. Mas este menino tinha idéias grandes e firme resolução de alcançá-los. E
realmente, com a força de vontade que teve, conseguiu vencer todos os
sofrimentos e dificuldades. Resolveu ingressar numa grande escola para negros,
numa cidade um pouco distante. Depois de muitas peripécias, depois de passar
fome e dormir ao relento muitas vezes, chegou ao seu destino com uma péssima
aparência. Diante disso, os diretores hesitaram em recebê-lo. Não desanimou.
Ficou persistentemente esperando que eles resolvessem o seu caso. Finalmente,
depois de algumas horas de espera, a secretária o mandou varrer a sala ao lado.
Ouçamos o que ele diz: "Nunca uma ordem foi executada com tanto zelo.
Varri a sala três vezes, tomei depois um molambo, esfreguei-a quatro vezes.
Rodapés, mesas, carteiras, bancos foram esfregados e reesfregados. Além disso,
desloquei os móveis, limpei os cantos, as bandeiras das portas e das janelas.
Parecia-me que, em grande parte, o meu futuro dependia da impressão que a
limpeza produzisse no espírito da mulher. Concluído o trabalho, fui ter com
ela. Era "Yankee" e sabia reconhecer poeira. Andou pela sala, examinou o soalho
e as bandeiras, em seguida tomou o lenço e passou-o nos rodapés, nas paredes,
nas mesas e nos bancos. Findou a inspeção e disse calmamente: "Acho que
podemos aceitá-lo nesta casa".
Este menino venceu inúmeras outras dificuldades deste modo, e chegou
a ser, como escreveu em um jornal norte-americano, "o mais eminente
educador negro do mundo".
"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas
forças" (Ec 9.10).
240. FRAQUEZAS - PODER DE CRISTO
Durante uma campanha de avivamento espiritual, uma mocinha chorava
convulsivamente num banco da igreja. O pastor pediu a um dos leigos que fosse
conversar com a jovem, e este descobriu a razão de seu pranto: a moça era mal
vista naquela localidade por causa de deslizes de sua vida passada, e ninguém
queria andar com ela. Mas Jesus teve compaixão dela. Falou ao seu coração ali
mesmo e ela se tornou uma nova criatura. Mais tarde, sentiu o chamado para o
serviço cristão; matriculou-se numa escola missionária e tornou-se uma luz
para os seus circunstantes.
Ao mesmo quadro, deparou-se Jesus, quando uma mulher, tremendo de
medo, foi trazida à Sua presença. Ainda que fosse acusada amargamente, Jesus
teve compaixão dela. Por causa da Sua compaixão Ele entendeu que devia dar-lhe
uma oportunidade de regeneração.
Jesus é aquele que compreende as fraquezas de todos nós, pois Ele,
em forma de homem, habitou entre nós. Ele exemplifica Seu amor perdoador e
redentor, dando Sua vida por nós na cruz do Calvário.
H. L. Shumway (Kentucky, E.U.A.)
241. FRATERNIDADE CRISTÃ - IGUALDADE - UNIDADE EM CRISTO Ef 2.13-22
Um missionário estava administrando a ceia do Senhor, numa capela,
na Índia. Entre os cristãos ajoelhados perante o altar, estavam um ex-brâmane e
outra pessoa que tinha sido um pária na índia. O primeiro pertencera à mais
alta casta social e o segundo, tão inferior era na escala social, que nem casta
possuía. O missionário entregou o cálice a ambos. Aos olhos de Deus as
diferenças de raça, de nacionalidade ou de classe social nada valem. Na igreja
cristã todos somos um em Cristo.
Ainda não chegamos a ter um
só redil, no entanto temos um só pastor. Nossa tarefa não é empenhar-nos para
criar a unidade cristã, mas sim reconhecê-la, aceitar Cristo e ser dirigidos na
mente e no coração por seu amor. A unidade deriva de nossa fé em um só Senhor e
Salvador.
Os cristãos, por todo o mundo, combatem o bom combate da fé por amor
de Cristo. Em memória dEle, os cristãos se congregam hoje em todo o mundo para
participar da ceia do Senhor.
Maldwin L. Edwards (Inglaterra)
242. FRIEZA - MALDADE HUMANA
Em 1789, nos dias vermelhos da Revolução, os campos de semeadura na
França estavam de tal maneira cansados, que o trigo não produziria mais de
cinco por um. Foi por essa ocasião que um convencional, de nome Gufroy, teve
uma idéia que mostra, episodicamente, o estado de desespero da época e a
mentalidade reinante. O país possuía, então, vinte e cinco milhões de
habitantes, mas só lhe era possível, pela pobreza e abandono das terras,
assegurar subsistência a cinco milhões.
"Massacraremos vinte milhões! A França está povoada
demais!", propôs Gufroy, na tribuna e no seu jornal.
Esse episódio, que vem narrado por Charles d'Hericault, em La France
Revolutionnaire, deixa entrever o que era, para o
homem, o problema do pão, e para as noções, então vigorantes, o da capacidade
produtiva do solo.
Humberto de Campos
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