76. CAMINHO - PAZ -
PEREGRINAÇÕES - ÚNICO MEIO - ÚNICO NOME
Jo 6.24-29
Quando eu tinha apenas quatro anos, meu pai entregou meu irmão e eu
a uma missionária, a fim de que ela nos educasse à maneira dela. Ele retirou-se
de casa e fez duas séries de peregrinações pelo interior da Índia, visitando os
mais sagrados santuários e templos da fé hindu, estudando a filosofia desta
seita para encontrar paz com Deus.
Dezoito anos mais tarde, quando eu já tinha vinte e um anos, ele
voltou para me visitar. Havia aceitado Cristo como meu Salvador. Perguntei-lhe,
então, se tinha encontrado a salvação que buscava e se gozava da paz com Deus.
Sua desolada resposta foi: "Não, meu filho".
A despeito dos inúmeros cultos que o homem segue, há um só caminho
para a salvação e paz com Deus - Jesus Cristo.
Não há salvação em nenhum outro; pois debaixo do céu, nenhum outro
nome há, entre os homens, pelo qual podemos ser salvos. Ele nos diz hoje:
"A minha paz vos dou, não vo-la dou como a dá o mundo".
Jai Datt Patial (Índia)
77. CAOS - CIVILIZAÇÃO
MODERNA - CONFIANÇA EM DEUS
Nossa filosofia moderna de auto-confiança e auto-suficiência tem
levado muitos a crerem que o homem pode ter sucesso na vida sem Deus.
"Religião", dizem eles, "serve para pessoas emotivas, mas não
interessa ao homem que crê em si mesmo." Lamentavelmente, porém, esta
geração auto-suficiente tem produzido mais alcoólatras, mais toxicômanos, mais
criminosos, mais guerras, mais lares desfeitos, mais assaltos, mais roubos,
mais assassínios e mais suicídios do que qualquer outra geração que já viveu
sobre a terra.
É tempo de todos nós, a
começar pelos intelectuais, repararmos erros e grandes equívocos. E tempo agora
de confiarmos menos em nós mesmos e termos mais fé e confiança em Deus.
Billy Graham
78. CAPITALISMO
"O capitalismo moderno é absolutamente irreligioso, falto de
união interna, carente de espírito público."
John Maynard Keyness
79. CAPITALISMO - INJUSTIÇA SOCIAL
Os resultados do capitalismo variam de país para país e, muitas
vezes, seus efeitos malévolos de exploração têm sido grandemente corrigidos
pela influência da legislação. Contudo: 1) o capitalismo tende a subornar, ao
invés de cumprir a tarefa primária de qualquer plano econômico - o atendimento
às necessidades humanas; 2) tende a produzir desigualdades muito sérias - as
vantagens econômicas daqueles que têm maior poder sobre as instituições; 3)
desenvolve uma forma prática de materialismo nas nações ocidentais de base
cristã, visto que enfatiza o sucesso do maior lucro; 4) tem mantido os povos
dos países sob o seu regime sujeitos a uma espécie de fatalismo que tem tomado
a forma de catástrofes sociais, como o desemprego em massa.
Assembléia de Amsterdã (Concílio Mundial de Igrejas)
80. CARÁTER - DIGNIDADE - JÓ
Hutton, escrevendo a
respeito de Walter Scott, especialmente sobre a literatura deste, produzida no
último período da sua vida, aplica a ele as mesmas palavras com as quais Cícero
descreveu um contemporâneo: "um homem que sabiamente resistiu à
adversidade, que não desfaleceu ante a infelicidade, e que no meio das
bofetadas do destino manteve a sua dignidade..." Nesta descrição de
caráter há algo que nos alegra. E lembra-nos a história de Jó, que com
fidelidade serviu ao Senhor, em todas as circunstâncias da vida, nos enchendo
de admiração e regozijo. A maior tarefa que um homem pode receber é a de manter
a dignidade da alma no meio dos sofrimentos da vida.
81. CARÁTER - HONRAR O NOME
Foi, em certa ocasião, oferecida larga soma de dinheiro a um
habitante da Rodésia, a fim de que participasse num negócio suspeito. O homem
recusou.
- Não o posso fazer, senhor - explicou ele ao funcionário que
lhe propusera a negociata. Sou parente de Roberto Moffat e não desonraria o seu
nome, mesmo que o senhor me oferecesse toda a riqueza da África.
Graças a Deus pela existência de homens que se recusam a trazer
vitupério sobre o nome de sua família ou sobre o nome de seu Deus! Esses homens
compreendem qual é o objetivo que todo cristão deve alcançar e porfiar: "a
mediada da estatura de Cristo".
"O ideal do caráter cristão é a semelhança com Cristo... Seu
caráter deve ser o nosso."
82. CARÁTER, SUA DEFINIÇÃO E REVELAÇÃO
Diz certo escritor: "Caráter é aquilo que dizemos ser - isto é
profissão. Caráter não é aquilo que fazemos - isto é conduta. Caráter não é
aquilo que somos - isto é o âmago de nosso eu, o homem interior. Caráter é
aquilo que somos no escuro".
"O caráter se revela, não por boas obras ocasionais, nem por
atos maus, praticados ocasionalmente, mas pela tendência das palavras e dos
atos habituais."
83. CARÁTER, SUA
INTEGRIDADE
Dizem que a Hans Wagner, popular jogador de beisebol da cidade de Pittsburg, Pensilvânia,
nos E.U. A., foram oferecidos mil dólares para que ele consentisse no uso de
seu retrato na embalagem de uma certa marca de cigarros. Wagner, porém, recusou
positivamente: " Não há dinheiro que compre a integridade de um
caráter".
84. CASA CELESTIAL -
HERANÇA - MORTE - MUDANÇA
Para o cristão, a morte é a mudança de um casebre para uma boa
moradia. Aqui na terra somos peregrinos ou ciganos, vivendo num lar pobre e
frágil, estamos sujeitos a doenças, dor e perigo. Na morte, porém, trocamos
este casebre que se esmigalha e se desintegra por uma casa feita não por mãos
humanas, mas eterna nos céus. O errante viajor adquire seu direito na morte e
recebe o título de uma mansão que jamais se deteriorará ou ruirá. Você acha que
se Deus tomou todas as providências para a vida, não pensou também na morte? A
Bíblia dia que somos estrangeiros numa terra estranha. Este mundo não e nosso
lar; nossa pátria é no céu. Quando um cristão morre, ele entra na presença de
Cristo. Ele vai para o céu passar a eternidade com Deus.
Billy Graham
85. CASAMENTO - HERANÇA
Conta-se a história de um jovem, cujo caráter e atos de valor e
heroísmo causaram grande impressão a seu rei. Após maravilhosa vitória em uma
batalha, o rei chamou este e exprimiu-lhe sua apreciação; e, em testemunho de
consideração lhe ofereceu tantos bens como riquezas, até metade de seu reino ou
a mão de sua filha em casamento. O rapaz meditou sobre o caso. Havia-se
encontrado com a filha do rei, e a amava. Também foi tentado pelas riquezas.
Afinal, resolveu desposar a filha do rei e, assim fazendo, tornou-se
co-herdeiro de todos os bens do rei - não apenas da metade.
Assim também nós somos herdeiros de Deus, através de Cristo, seu
Filho.
86. CASAMENTO MISTO
Encontrei, certa ocasião, uma senhora acompanhada de duas
pequeninas. Em conversa comigo, disse-me que não ia mais à igreja, embora a
freqüentasse com muita assiduidade quando solteira.
- Mas, por que deixou tão bom costume? - perguntei-lhe.
- Na manhã do primeiro domingo após o meu casamento, eu disse ao meu
marido: Iremos hoje à igreja, não é? 'Não irei, nem quero que você vá',
disse-me ele.
- E que fez a senhora? - perguntei-lhe novamente.
- Naturalmente não fui.
- A senhora perdeu uma boa oportunidade; devia ter ido.
- Quer dizer, então, que eu devia abandonar o meu marido logo no
primeiro domingo após o meu casamento, e ir sozinha à igreja? Além disso, eu
não tinha meios de ir: estávamos no campo.
- Mas, a senhora não tinha pés?
- Sim, mas nós tínhamos uma boa casa, um bom sítio, cavalos, etc.;
portanto, não era de se esperar que eu o deixasse para ir à igreja, não acha?
Esta senhora colocara o marido no primeiro plano de sua vida, quando
Deus devia ocupá-lo. Viveu só para agradá-lo e desprezou Deus por sua causa.
Ele foi se tornando exigente e mau, e ela não teve forças suficientes para
reprimir os seus desejos pecaminosos.
Finalmente, ele se enfastiou do lar e, depois de por algum tempo
levar uma vida luxuriosa, abandonou-a, deixando que ela e as filhinhas
tratassem do seu próprio sustento. Esta senhora passou a ter uma vida desolada,
cheia de privações e humilhações, a fim de sustentar as filhas e a si mesma,
além de sofrer moralmente com o desprezo do marido. Levou o resto da vida
colhendo as conseqüências de sua desobediência a Deus.
87. CEGUEIRA - LUZ DO MUNDO
Sl 119.9-18; Ef 1.15-23
Um dia, ao sair da igreja, deparei com um cego, que me perguntou:
"Que se passa aí? Há tanta gente saindo". Disse-lhe que era uma
igreja. "Ah!", disse ele, "coisa de padre". Eu então
acrescentei que era uma igreja protestante. Ao que ele redargüiu: "São
todas a mesma coisa". Um homem que ouvia nosso diálogo, observou:
"Coitado, é duplamente cego: física e espiritualmente".
Muita gente, nos dias de hoje, nunca contempla as maravilhas de
Deus. São como os doutores da lei e os fariseus, que questionavam a respeito do
cego de nascença a quem Jesus curara. Perguntavam-lhe: "Que te fez ele?
Como te abriu os olhos?" E o homem lhes respondia: "Já vos disse uma
vez e não ouvistes".
Cristo é a luz do mundo. Quando ele se apodera de nosso ser, ilumina
nossas vidas de tal maneira que os olhos de nossa alma podem ver o que antes
não viam. Apelemos a ele para que nos dê a luz do seu espírito. Por sua graça e
através do grande amor com que nos amou, ele concederá o desejo de nossos
corações.
Antônio R. López (Argentina)
88. CEMITERIO - LAR CELESTIAL - MORTE
Um homem caminhava ao lado de um cemitério numa noite escura. O céu
estava carregado, e não se via uma estrela. Uma garotinha que caminhava no
mesmo sentido passou pelo homem, e este lhe perguntou:
- Menina, você não tem medo de passar pelo cemitério a esta hora da
noite?
Ao que a criança respondeu:
- Não, senhor. Pode ver aquela luz brilhando pouco além do
cemitério?
- Sim, posso - replicou o homem.
- E ali a minha casa. Para lá é que estou indo.
Que verdade preciosa! Além do cemitério, há um lar reluzente do
nosso Pai celestial. A sepultura vazia da qual o Senhor se ergueu proveio da
sua morte. Ressurreto, Cristo não morrerá jamais. E porque Ele vive, nós também
viveremos. A vida eterna - não a morte - é que se tornou realidade para nós
através da ressurreição de Cristo.
C. Paraskvopoulou (Grécia)
89. CERTEZA - FELICIDADE
AO ENCONTRAR-SE COM CRISTO - SEGURANÇA Jo
16.20
"Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em
alegria" (Jo 16.20).
Morrera, aos dezesseis anos, a filha de uma mulher maometana. Logo
depois, a mãe se encontrou com um missionário que freqüentemente visitava o seu
lar.
- O que os senhores da missão fizeram para minha filha? - perguntou
a mãe.
- Nada lhe fizemos - respondeu o missionário.
- Oh, sim, fizeram! - insistiu a mãe - Minha filha morreu com um
sorriso nos lábios, e nosso povo em geral não morre assim...
Poucos meses antes, aquela jovem aceitara Jesus. Para ela, a morte
não era o fim. Cristo lhe garantiu uma vida além-túmulo.
90. CHAMADA - CONSAGRAÇÃO - VOCAÇÃO
Roland Hayes, o bem
conhecido tenor de raça africana, enquanto era ainda um pobre trabalhador de
uma fábrica de caixotes, cantava aos domingos num coro de igreja. Certo dia,
foi ouvido por um branco, homem de influência, que o levou para almoçar em sua
casa. Após a refeição, ele ouviu gravações de grandes cantores - Sembric,
Melba, Caruso. Até aquele dia, Roland
Hayes nunca ouvira um grande cantor, nem um fonógrafo.
O rapaz ficou fascinado. Posteriormente, ele contou esse incidente de sua
adolescência, resumindo-o numa sentença: "Naquela noite, ao ouvir Caruso
cantar, foi como se um sino tocasse em meu coração".
Diz um amigo, a seu respeito: "Roland Hayes sente que sua voz pertence a Deus e
que só a Ele cabe usá-la. Esse sentimento o tem habilitado a considerar-se como
instrumento, através do qual Sua arte fala. Sim, a arte de seu Criador, porque
ele é intensamente religioso". Hayes canta de coração. Quando nosso coração está bem, quando nosso
coração está preparado, então Deus pode cumprir Seu desígnio em nossa vida.
90.a CHAMADA - CONSAGRAÇÃO - VOCAÇÃO
Um pastor estava passando as férias numa estância de verão numa
cidade do interior. Sentia-se fatigado pelos anos de árduo labor e, convidado
para ocupar o púlpito da pequenina igreja, achou que devia adiar o convite. No
término da estação, acabou cedendo ao insistente apelo, e pregou um sermão de
grande eloqüência e poder. Um jovem camponês, que estava naquele dia entre os
ouvintes, nunca ouvira qualquer coisa semelhante, e sentiu-se comovido. Aquele
sermão despertou dentro dele impulsos, cuja significação, não podia
compreender. O pregador era o mensageiro especial de Deus a ele, naquele dia, o
qual parecia abrir diante dele um caminho pelo qual devia passar por toda a sua
vida. Naquele dia, o coração do rapaz foi "preparado" para que ele se
tornasse pastor de uma de nossas grandes igrejas.
Oh, que seja hoje nosso coração preparado, fixado nas coisas que são
de cima e não nas que são da terra, de maneira que também nós possamos dar
louvor, seja em canto, seja em sermão, no trabalho bem feito ou em qualquer
espécie de serviço fiel, lembrando-nos de que apenas o serviço que provêm do coração
é aceitável ao nosso Criador!
91. CHAMADA DE DEUS PARA
A OBRA DA PREGAÇÃO
Na Jamaica, Deus falou em sonho a um menino de onze anos, chamado Aston. Certa noite sua mãe
o ouviu exclamar em alta voz: "Aleluia!", e perguntou-lhe qual o
motivo daquilo. Aston contou-lhe que Jesus lhe aparecera em sonho, instruindo-o a ir a
seus vizinhos e falar-lhes da Sua breve volta.
Numa aldeia distante, na Birmânia, um velho teve um sonho. Hman Tun
Sem era um ancião muito respeitado pelos habitantes da aldeia. Em sonho, o
velho cavalheiro viu muitos de seus concidadãos e mestres religiosos sofrendo
num lago de fogo. Isso muito perturbou Hman Tun Sem, e começou então a procurar
a verdade. Veio-lhe outro sonho. Desta vez viu dois homens visitando sua aldeia
e levando uma salvadora mensagem de livramento. Logo foram àquela aldeia dois
missionários. Ele os reconheceu imediatamente. E assim a obra de Deus se
estabeleceu na cidade de Zayasa.
92. CICATRIZES - MARCAS - SOFRIMENTO
2 Co 11.24-31
Sentei-me, uma tarde, num parque do Norte da Inglaterra, ao lado de
um velho mineiro aposentado. Notei que ele tinha uma longa cicatriz na face
esquerda, que atravessava todas as rugas de seu rosto. "Sofreu algum
acidente nas minas?", perguntei-lhe. Um brilho estranho veio aos seus olhos,
enquanto respondia: "Não, moço, esta cicatriz foi deixada por uma garrafa
quebrada, quando na minha mocidade seguia o general William Booth, fundador do
Exército da Salvação. Tenho orgulho desta cicatriz".
Quando leio as Escrituras e encontro o versículo desta meditação,
recordo, envergonhado, quão diminuto têm sido meus esforços e quão fraca, a
minha resistência contra o mal, em nome de Jesus Cristo. A cicatriz honrosa que
aquele homem trazia no rosto era, sem dúvida, "resistência até o sangue".
A maioria de nós não precisa, hoje em dia, sofrer a tal ponto, mas se quisermos
realmente avaliar nossa resistência ao pecado e ao mal, temos de olhar para a
cruz de Cristo e lembrar que Ele morreu para que tivéssemos vida. Não devemos
nos alegrar pela Sua obra redentora em nossas vidas e ter orgulho dos conflitos
que enfrentamos em seu nome?
William Walton (Inglaterra)
93. CIDADES DE REFÚGIO - CRISTO, REFÚGIO DOS PECADORES Rm 8.1
A pequena aldeia de Beaulieu, em Hampshire, Inglaterra, é famosa por seu mosteiro,
hoje em ruínas. Ali, em 1539, respeitava-se a lei de asilo. Naquele lugar,
ladrões, assassinos ou quaisquer fugitivos da justiça podiam se refugiar e
salvar suas vidas. Ninguém podia prendê-los ali.
H. V. Morton diz o seguinte, a propósito dessa lei: "O delegado
da polícia podia golpear os portões e os cavaleiros podiam galopar em volta de
seus muros por quanto tempo quisessem, mas a raposa tinha se evadido para uma
terra santa, estava salva como se nunca tivesse cometido pecado".
A graça de Deus em Cristo Jesus provê asilo para os pecadores. Por
mais grave que seja seu pecado, o homem pode voltar-se arrependido para Deus e
ser perdoado. E como se nunca tivesse pecado, torna-se uma nova criatura em
Cristo Jesus. Sobre ele se ergue o santo escudo do favor divino. Neste refúgio
por Deus preparado, ele poderá permanecer até ser recebido na inexpugnável
cidade celestial.
94. CIÊNCIA HUMANA - DEUS É O REFÚGIO NO SOFRIMENTO (Sl 46.1,2)
"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.
Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne, e os montes se abalem
no seio dos mares" (Sl 46.1,2)
Nestes dias de grandes acontecimentos, em que os homens têm em mãos
poder capaz de jogar literalmente montanhas nas profundezas do amor, os
corações dos homens se atemorizam ao contemplarem as coisas que sobrevêm ao
mundo.
Descobertas científicas, que se presumem aliviar o sofrimento humano
e reduzir seus temores em nome do progresso, na verdade, os têm intensificado.
Para ilustrar: Leslie Weathead, que pregava em Londres durante os bombardeios da Segunda Guerra
Mundial, em seu livro intitulado This is the Victory
(Esta é a Vitória), pede-nos que comparemos o quadro de um homem envolto em
peles, agarrando uma clava e correndo para a sua caverna, porque o inimigo está
à vista, com o quadro de um amigo seu, segundo uma máscara de gás e correndo
para uma cova escavada no jardim de sua casa, porque aparecem à vista aviões
inimigos. "Meu amigo", diz ele, "você pode ter sido educado em
Oxford, pode ter em seu refúgio um bom aparelho de rádio, modernos e luxuosos
sanitários, luz elétrica e aquecimento, mas ao ouvir falar de progresso,
desconsidero esta palavra o termo apropriado para denominar tudo isto. A noite
passada, na vida londrina, foi mais aterradora, assoladora e insone; a
segurança física e a paz de espírito, mais difíceis de se encontrarem; o
perigo, mais disseminado; a espécie de morte que a ameaçava, mais horrível; a
escala do desastre, mais apavorante, se os compararmos com o que aconteceu
antes, durante a invasão dos romanos na Grã-Bretanha.
95. COBIÇA
A cobiça ou avareza tem seu fundamento num desejo pervertido de
posses, com raiz no egoísmo. Um coração egoísta nunca está satisfeito. Um
menino está muito satisfeito com sua patinete, até que veja outro com um
automovelzinho. Uma menina fica toda contente com sua boneca de corpo de pano,
até que veja a vizinha ninando ao colo uma fina boneca de borracha. Jorge está
contente com sua caneta tinteiro comum, até ver nas mãos do primo uma Parker. E isto não se
limita às crianças. O Sr. "F" alegra-se com o aumento de salário que
lhe deram, até ouvir que o Sr. "S" recebeu duas vezes aquele aumento.
Quando a cobiça predomina em nosso pensamento, avaliamos as coisas em termos de
nossos bens em comparação com os dos outros. E quando vemos neste mundo todas
as desigualdades na distribuição da fortuna, uns tendo tanto mais que outros,
ficamos descontentes e irritados. Seguem-se a inveja, o ciúme, o ódio, e tudo
isto traz em resultado maior cegueira diante dos verdadeiros valores da vida.
Nossos bens não são um mal em si mesmo; podem ser um grande bem. Não
é tanto o que a pessoa possuí, mas o que a possui que tem importância. Caso um
homem seja possuído por amor, um desígnio envolvente, ou por uma obsessão
magnífica, todos os seus bens estarão sob controle e serão usados para a
realização de seus objetivos.
96. COISAS PEQUENAS -
SIMPLICIDADE
"Faça as coisas pequenas como se fossem grandes, por causa da
majestade do Senhor Jesus que habita em você; e faça as coisas grandes como se
fossem pequenas por causa de Sua onipotência."
97. COMANDANTE -
"MINHA PALAVRA NÃO VOLTARÁ VAZIA" - VOZ DA CONSCIÊNCIA
A voz delicada às vezes parece vir de longe, mas está tão perto que
se assemelha a um murmúrio ao ouvido.
Um jovem tenente do exército britânico fora enviado para o Sul da
África com o seu regimento. A mãe, pegando a sua Bíblia, deu-a ao jovem, que a
guardou bem no fundo da mala. Um dia, sentado em frente à barraca, observava as
operações de uma companhia de soldados. Escutava as ordens dos oficiais e
notava a obediência das tropas. Subitamente, pareceu ouvir uma voz que lhe
dizia haver um Grande Comandante a quem os homens devem obedecer. Levantou-se
depressa, foi à mala, tirou dali a Bíblia que lhe fora entregue pela mãe, e, à
proporção que lia, entregava-se a Deus.
A consciência é a voz de Deus chamando os homens a uma vida melhor.
Para ouvirmos a voz mansa e de um suave silêncio como Elias ouviu, devemos
estar atentos, e se vamos acatá-la, devemos ficar quietos.
98. "COMBATI O BOM
COMBATE"
Cumprir-se-á, então, plenamente a seguinte, oração feita por um
pagão em favor de sua instrutora, a quem apreciava: "O, Senhor, abençoa a
mestra que veio de tão longe, a fim de instruir-nos no caminho do Céu. Embala-a
no berço do amor. Firma a palavra de poder em seu coração para que ela tenha
almas como seu salário e muitas estrelas em sua coroa, na manhã da grande
reunião lá em cima, quando for feita a chamada geral; e quando houver findado
todo o combate, tombe ela coberta de vitórias. Seja ela enterrada com as honras
de guerra, e ressurja para usar as longas vestes brancas de glória, e caminhe
pelas ruas brilhantes, calçadas de prata pelo glorioso amanhecer, perto do
grande trono branco; e ali, possa ela apertar a mão de todos os seus queridos
alunos e vos louvar, Senhor, para todo o sempre! Por amor de Jesus, amém."
(De uma coleção de ilustrações do Rev. J. G. Pilkington, em 1883.)
99. COMODISMO - CORAGEM E
FÉ - DESPREENDIMENTO - MÁRTIR
A história de Dietrich
Bonhoeffer é muito trágica e, apesar de tudo,
inspiradora. Este jovem teólogo cristão se opôs ativamente ao movimento
nacional socialista na Alemanha, no tempo de Hitler. Foi enviado a um campo de
concentração, onde sofreu as mais terríveis torturas. Contudo, com sua fé e
esperança, inspiradas por uma profunda devoção a Deus, encorajou seus
companheiros de prisão e, por fim, chegou mesmo a ganhar o respeito de seus
guardas.
Em seu livro "O Preço do Apostolado", Bonhoeffer diz que
muitos de nós não queremos pagar o preço total como servos de Cristo. Temos a
tendência de nos acomodar, pela metade, num trabalho espiritual. Esse cristão
dedicado foi um exemplo vivo do preço que um discípulo de Cristo tem de pagar. Bonhoeffer,
fuzilado, pagou o preço com sua própria vida, pois não deixara de pregar o
evangelho, nem mesmo num campo de concentração.
Precisamos ser fortes na fé, a todas as horas. Podemos agora mesmo
sondar os nossos corações e mentes, em atitude de prece, e nos dedicarmos
completamente para o serviço de Deus.
James M. Buchman (Nova Iorque, E.U.A.)
100. CONFIANÇA - "ENTREGA O TEU CAMINHO AO SENHOR" -
SIMPLICIDADE DA FE SI 37.1-9
Uma coisa que o cristão precisa conservar clara perante os olhos é a
simplicidade da fé cristã. Se procurarmos resolver as nossas dificuldades
segundo os processos científicos, ficaremos cada vez mais confusos; se usarmos
os processos da filosofia, ficaremos desanimados pela nossa incapacidade de
compreender a vida; se procurarmos entender a teologia, fracassaremos
totalmente.
Não nos compete compreender a mente de Deus, nem explorar as
profundezas de Cristo, nem analisar o Espírito Santo. O que nos compete é
depositar completa confiança no invisível e triunfante Deus, cuja graça nos
basta.
Encontraremos, assim, não só o perdão, mas também nos acharemos mais
juntos ao coração de Deus, com o Espírito Santo iluminando o nosso ser e
dando-nos a paz que excede todo o entendimento. Confiança, oração, meditação e
obediência são as chaves duma vida cristã que satisfaz.
William E. Hull (Texas, E.U.A.)
101. CONFIANÇA - FÉ - UNIDADE DO CORPO DE CRISTO
Durante a visita do rei da Itália à cidade de Nápoles, nove pastores
protestantes da cidade apresentaram-se a ele. Este era metodista, aquele era
batista, um terceiro presbiteriano, e assim por diante. "Não posso
compreender" - disse o Rei - "como, sendo todos ministros do mesmo
evangelho, tendes tantas divisões." O ministro valdense explicou: "No
exército de vossa majestade há muitos regimentos, com uniformes diferentes e
designados por nomes diversos; não obstante, estão todos sob um só
comando e debaixo de uma única bandeira. Do mesmo modo nós nos sentimos:
separados em várias denominações, temos o Chefe Único - nosso Senhor Jesus
Cristo - e estamos debaixo de uma única bandeira - a do evangelho
redentor". Agradeceu o Rei, e disse: "Agora entendo. Quer dizer que,
embora existam diferenças entre vós em matérias secundárias, há uma unidade em
tudo o que é essencial".
102. CONFIANÇA EM CRISTO - DESÂNIMO
Abraão, um dos grandes heróis da fé, perdeu seu arrimo em Deus e
ficou tão desanimado que recorreu ao subterfúgio e à mentira. Davi, homem que
vivia segundo o coração de Deus, encontrou-se certa vez tão desalentado que
bradou: "Ora ainda algum dia perecerei pela mão de Saul". Elias, aquele
homem de Deus capaz de fechar e abrir os céus, um dia se lançou em terra e
desejou a morte. Sim, mesmo aqueles gigantes da Palavra de Deus experimentaram
tempos de desapontamento e desânimo, por causa do "caminho".
O desânimo é um dos instrumentos mais eficientes de Satanás.
Conta-se a história de que um dia Satanás, estando à beira da bancarrota, expôs
à venda todos os seus instrumentos de tentação. Um pequeno objeto, em forma de
cunha, tinha o preço mais alto. Quando lhe perguntaram o que continha, Satanás
respondeu: "Este é o desânimo. Quando consigo introduzi-lo no coração do
cristão, sei que em breve o terei ao meu lado". O preço era tão elevado
que Satanás ainda tem consigo o pequeno instrumento em forma de cunha, e dele
se serve em sua atividade no coração dos homens.
103. CONFIANÇA NAS MÃOS DE DEUS
Diante do Sultão Saladino, no tempo das Cruzadas, estava como
prisioneiro o oficial inglês, Ricardo, Coração de Leão. Segurando a espada do
grande rei da Inglaterra pelas extremidades, o sultão a arqueou até que, num
estalo, ela se partiu em dois pedaços. Dirigindo-se ao oficial inglês com
ironia, disse o poderoso sultão: "E isso ai a espada de Ricardo, Coração
de Leão?" E o inglês: "Sim! E essa mesma... Não importa a têmpera do
aço quando o punho que a segura é o de Ricardo, Coração de Leão! O que tem
importância é o braço de quem empunha a espada!"
Quando dispomos nossos talentos a serviço de Deus, não importa quão
pequenos ou modestos eles sejam; nas mãos de Deus serão maravilhosos.
104. CONFIANÇA NO PODER DE DEUS - FÉ, A FORÇA DA VIDA -
RESIGNAÇÃO Mt 6.28-33
Em vão fui buscar os restos mortais de meus pais, vítimas do
bombardeio em Hiroshima. Tudo, no local onde Outrora florescera uma grande
cidade, era agora uma grande devastação. Nada foi deixado que denotasse vida,
não havia uma folha verde nas árvores, nem um pássaro voando. Senti-me como se
estivesse no reino da morte. Depois de permanecer alguns minutos no local onde
meus queridos pais tinham vivido, indaguei de mim mesmo se seria possível
aquela cidade levantar a cabeça, algum dia, e seu povo entregar-se à obra de
reconstrução pessoal e nacional.
De repente, encontrei-me, olhar pasmado, fixando uma cena
inspiradora. Da raiz de uma bananeira crestada pelo fogo saía um broto verde,
magnífico. O fato me fez recordar o poder criador, a força vital que havia
lutado contra a ação destruidora da bomba atômica, nos dez dias anteriores, e
que aparecia agora, despontando de uma raiz daquela planta ressecada na
superfície, mas cheia de vida interior. Aquela força tinha estado operando,
ocultamente, sob o solo sapecado pelo fogo, enquanto nós estávamos desolados.
Ouvi, então, a voz de Cristo: "Ora, se Deus veste assim a erva do campo...
quanto mais a vós outros, homens de pouca fé? (Mt 6.30).
Cheguei a Hiroshima desesperado, saí cheio de fé e de esperança.
Jiri lshii (Japão)
105. CONFIANÇA NO SENHOR - A FACE DE CRISTO - SORRISO At 5.27-32
Todos os passageiros de um navio foram chamados ao salão, porque
havia uma forte tempestade no mar. Ficaram todos alarmados com a impetuosidade
das ondas que batiam contra o barco e se espraiavam no convés. Finalmente, um
dos passageiros subiu ao tombadilho e foi até a cabine do piloto, que se achava
confiante no leme, cumprindo seu dever. O piloto notou o terror estampado na
face daquele homem e sorriu para ele, em sinal de confiança. O passageiro
voltou ao salão para confortar os outros, dizendo: "Eu vi o rosto do
piloto, ele estava sorrindo. Tudo vai bem".
Não há nada mais eficaz nem mais simples do que um testemunho fiel,
que diga o que temos visto e ouvido, mostrando em nossas vidas aquilo que o
Senhor tem feito por nós. O poder do Espírito Santo faz-nos testemunhas de
Cristo, capazes de confessá-lo com ousadia, de tal modo que nossa confissão o
honre e traga bênçãos para outros e para nós mesmos. Temos a gloriosa promessa
de que aqueles que o confessarem perante os homens, Ele também os confessará
diante do Pai, no dia do juízo.
Dorothy M. Wise (Rodésia
do Sul)
106. CONFIANÇA NO SENHOR - HINOS - LIBERTAÇÃO - MEDO At 16.19-31
Os cristãos sabem que não precisam apenas de liberdade política e
pessoal, mas precisam também libertar-se do pecado e do medo. Quando sabemos
que Deus nos ama e nos protege como um pai, libertamo-nos de todo medo.
Foi no início da Segunda Grande Guerra, que ocorreu um concilio de
igrejas, numa grande cidade européia. Na primeira noite de reunião, a cidade
foi bombardeada, sendo este o primeiro ataque que a maioria dos ministros e
delegados tinham experimentado. Reuniram-se no porão da igreja, cheios de medo.
Mas eis que, subitamente, alguém começou a cantar um hino sobre o amor de Deus
e Sua promessa de auxilio no perigo. Cantaram hino após hino. A sala encheu-se
de louvores a Deus e não mais sentiam medo. E cantaram, ainda, vários minutos
depois de terminado o ataque.
Como eles, vamos também louvar a Deus por Seu amor, sempre que o
medo de qualquer espécie nos ameace vencer.
Elisabeth Schutte (Alemanha)
107. CONFIANÇA NA VONTADE DE DEUS - MEDO Jo 7.14-17
Certa manhã, bem cedo, quando me punha nas mãos de Deus, como fazia
diariamente para executar a sua obra, senti a impressão de que devia visitar o
hospital, ainda que não fosse dia regular de visita.
Num catre da enfermaria, encontrei uma mulher em desespero. Ela ia
ser operada no dia seguinte. Estava com muito medo. Esforcei-me por fazê-la
sentir que Jesus estava com ela e que ela devia confiar nele e entregar-se aos
seus cuidados. "Ele não falhará", disse eu. Depois de orar com ela,
sai.
Quando voltei lá outra vez, o rosto mais alegre de toda a enfermaria
era o rosto daquela senhora. Ao aproximar-me de seu leito, ela me disse:
"Pastor, eu fiz como o senhor me disse. Não tive medo algum".
Não precisamos argumentar como Deus nos faz conhecer a sua vontade.
O importante é que confiemos nele, seja qual for a circunstância. Ele nos
mostrará a sua vontade se o buscarmos em oração, em meditação, no estudo de sua
Palavra e na comunhão com outros que estão buscando obedecê-lo.
T. Stanley Cannon (Jamaica)
108. CONFIANÇA NA VONTADE DE DEUS - "DESCANSA NO
SENHOR" Mt 26. 36-46
O Dr. Wilfred T. Grenfeld, quando estudante de medicina, teve o curso de sua vida mudado pela
pregação de Dwight L. Moody. Uma das dramáticas experiências de sua vida, que demonstra sua
aceitação incondicional de Cristo, acha-se no livrinho "Boiando numa
geleira", que relata o episódio seguinte.
Atendendo a um chamado urgente para ir a cerca de sessenta milhas de
distância, ele saiu de trenó numa manhã de domingo de Páscoa. O gelo já estava
se derretendo nas geleiras e ele verificou que, dentro em breve, ele e seus
cães estariam sendo levados para o oceano Atlântico. A morte rondava perto. A
noite o alcançou e, então, veio-lhe à memória um hino que aprendera na escola
dominical, de autoria de Charlotte Elliot, intitulado "Seja Feita a Tua
Vontade". Sua alma começou a cantar e logo uma perfeita calma invadiu todo
o seu ser. Estava nas mãos de Deus. Na manhã seguinte, foi salvo.
Grenfeld estava fazendo o
trabalho de Cristo e sentiu, portanto, que podia orar com fé: "Seja feita
a Tua vontade".
William J. Hart (Nova Iorque, E.U.A.)
109. CONFISSÃO - "ELE MORREU POR MIM"
Enquanto o diretor da escola missionária falava a respeito da
crucificação de Cristo, uma menina o ouvia atentamente. Comovida por esta bela
história, lágrimas rolaram de seus olhos e, levantando-se, saiu. A tarde, a
menina voltou à escola e o superintendente lhe perguntou: "Maria, por que
você foi embora esta manhã?" "Oh! professor, eu não podia ficar na
saía, enquanto o senhor falava a respeito de Jesus pregado na cruz. Fui para um
canto da escola, onde confessei meus pecados a Jesus e disse-lhe que eu havia
ajudado a pregá-lo na cruz por causa dos meus pecados. Pedi-lhe o favor de
perdoar-me porque eu havia ajudado a matá-lo. Eu estava muito triste, mas agora
sinto-me feliz."
110. CONFLITOS NO LAR
Muitas pessoas que lutam contra a entrega do coração ao Senhor
desforram-se na família, nos companheiros de trabalho. Freqüentemente, cria-se
em casa um círculo vicioso. O marido zanga-se com a esposa. Ela, por sua vez,
repreende o filho. Este sai, e comporta-se inadequadamente. O cão fica irritado
e dá caça ao gato. O gato entra correndo em casa pela porta aberta, seguido do
cão. Isto aborrece o homem, que lê seu jornal. Ele grita com a mulher. Ela
ralha com o menino. O menino brada com o cachorro e este late ao gato, e assim
por diante...
De onde procedem todos esses conflitos? Na maioria dos casos, eles
ocorrem devido à falta do Príncipe da Paz na vida. Quando Cristo está ausente,
não há o poder unificador do Espírito Santo na vida do homem. O egoísmo, a
insegurança, juntamente com a má compreensão, levam a pessoa a estar em
conflito consigo mesma, com os outros e com Deus.
111. CONFORMIDADE COM A VONTADE - DOENÇA - FELICIDADE SÓ EM CRISTO -
MINISTERIO - PROVAÇÃO 1
Pe 5.6-11
Conta-se a história de uma jovem que se preparava para ser
professora. Exatamente quando a vida parecia sorrir e desdobrar-se perante ela,
como uma grande esperança, descobriram que ela estava leprosa. Isto significava
o seu afastamento de tudo que ela conhecia e amava. A sua tristeza foi imensa.
Parecia que não restava um facho de esperança para a sua existência. Nesta
terrível agonia e miséria da alma, a jovem invocou o Senhor, em oração, e um
raio de luz penetrou seu coração. Ela alcançou a nobreza de espírito que a levou
a dizer: "Não a minha vontade, mas a Tua, Senhor". Neste espírito,
ela deu entrada no leprosário, não como vitima das circunstâncias, mas para
usar os seus talentos num serviço altruísta. Sujeitando-se à vontade de Deus, ela
encontrou paz.
O apóstolo Paulo não estava contente com as circunstâncias que o
cercavam, mas contentava-se com o que tinha, porque era obediente à vontade do
Senhor. Nós criamos o nosso próprio mundo. A felicidade vem de dentro para fora
e não de fora para dentro. A estrada da vida está congestionada pelo de número
de descontentes, desajustados, infelizes que tentam suportar circunstâncias de
suas vidas, ao invés de usá-las para a glória de Deus.
Gladis Sanborn Wagoner (Indiana,
E.U.A.)
112. CONSAGRAÇÃO - DEDICAÇÃO Rm
12.1,2
Thomas Edison trabalhou em seu fonógrafo cerca de vinte horas por
dia, durante uns sete meses, para que ele pudesse pronunciar esta única
palavra: "specia". Persistiu, e afinal venceu. O pianista Falberg
declarou que nunca se aventurava a apresentar em público uma de suas celebradas
peças, enquanto não a houvesse tocado pelo menos mil e quinhentas vezes.
Reuni as declarações de nosso texto de hoje, e estareis habilitados
a serdes sucedidos em seja o que for que façais.
113. CONSAGRAÇÃO - PENSAMENTO
Dizia Beethoven que "basta haver dois por cento de talento
quando há noventa e oito por cento de consagração".
114. CONSAGRAÇÃO - RECOMPENSA
Ésquilo, vendo que todos ofereciam presentes a Sócrates, disse ao
grande filósofo: "Visto que nada tenho para dar-te, vou dar-me a mim mesmo
a ri". "Faze isso" - disse Sócrates - "e eu te devolverei a
ti mesmo melhor do que te tenha recebido." Dando-nos a Jesus, estamos
certos de que o mesmo nos sucederá.
115. CONSCIÊNCIA
O que é consciência? Deus colocou em cada um de nós algo que se
levanta contra nós todas as vezes que fazemos algo que sabemos ser errado. A
consciência é o detetive que vigia a direção de nossos passos e protesta contra
toda transgressão consciente. A consciência é um olho vigilante, diante do qual
cada imaginação, pensamento e ação passam por sua censura ou aprovação. Creio
que não há argumento maior para a existência de Deus no mundo de hoje do que a
consciência. Não há prova maior da existência de uma lei moral e de um Legislador
do universo do que esta pequena luz da alma. Ela é a voz de Deus para o homem
interior. A consciência é a nossa grande conselheira e nossa grande mestra; é
também a nossa amiga mais fiel e mais paciente.
116. CONSCIÊNCIA CRISTA - HONESTIDADE Mt 5. 14-16
Uma vez, viajando de ônibus com minha família, de Kolar a Bangalore,
no Sul da índia, pedi quatro bilhetes ao condutor. Este deu-me somente três,
dizendo que fosse esperto e declarasse, quando consultado, que minhas duas
filhas tinham menos de três anos. A sugestão era tentadora, mas eu a recusei,
afirmando que tal atitude não era justa. Reclamei o quarto bilhete, o que
causou tanto ao condutor como aos passageiros grande surpresa.
O mundo está cheio de seduções, mas para o cristão elas são
oportunidades desafiantes para uma reação de acordo com o que é reto e bom
brilhando por Cristo.
O mundo precisa de atos que lembrem Cristo. Este é o melhor método
de evangelização, pois leva a mensagem de Cristo tanto aos cristãos como aos
anti-cristãos. Todo cristão verdadeiro é uma luz. Brilhando, ele cumpre sua
grande missão. Java Mitra (Índia)
117. CONSOLO DA PALAVRA DE DEUS - HOSPITAL - INSTRUMENTOS NAS MÃOS
DE DEUS Is 43.2; At 18.5-14
Encontrava-se no hospital um soldado, à espera de uma operação
melindrosa. Avisaram-me que o caso era sério. O rapaz aguardava apreensivo.
Quando raiou o dia, permanecia na expectativa do momento em que os
enfermeiros o levariam à sala de operações. O seu coração estava desejoso de
ter alguém que o acompanhasse.
Exatamente naquele instante, entrou no quarto a enfermeira. Colocou
carinhosamente sua mão sobre a mão do rapaz e disse: "Não tenha medo. Você
sabe da promessa: "Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando
pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te
queimarás, nem a chama arderá em ti" (Is 43.2)?
A seguir, ela se retirou para atender outro paciente. Aquela mulher
nunca soube quanto suas palavras o ajudaram naquela hora. Sem receio, o soldado
foi para a sala de operações e de lá saiu para dedicar sua vida ao Salvador.
F. S. Eitelgeorge (Missouri, E.U.A.)
118. CONSUMAÇÃO - ESPERANÇA - FATO CONSUMADO
Zc 6.13; Jo 19.30; 17.4; Hb 5.9; 1 Pe 1.10,12
Em tempos distantes, nos dias da eternidade, antes de existir este
mundo, o Pai e o Filho se reuniram num "conselho de paz" (Zc 6.13).
Então foi delineado o maravilhoso Plano da Salvação. Tão maravilhoso é esse
plano que os profetas "indagaram e inquiriram" a seu respeito e os
anjos "anelam perscrutá-las" (1 Pe 1.10,12). E Jesus "veio a ser
a causa da eterna salvação" (Hb 5.9).
O Filho de Deus é também o "Consumador" de nossa fé. O Dr.
Weymouth
descreve-O como "Aperfeiçoador" da fé.
Quando o grande colonizador da África do Sul, Cecil Rhodes, jazia
moribundo, disse: "Tanto por fazer e tão pouco feito!" Jesus, porém,
pôde dizer, no ponto culminante de seu ministério: "Está consumado!"
"Eu te glorifiquei na terra, consumando a obra que me deste para
fazer" (Jo 19.30; 17.4). Na cruz, Jesus garantiu o derradeiro fim do pecado
e dos pecadores. e o triunfo final dos que Lhe aceitam a graça salvadora.
"Nossa única esperança está em olhar para Jesus, Autor e
Consumador da fé. NEle tudo existe para inspirar esperança, fé e ânimo. Ele é
nossa justiça, nossa consolação e alegria."
119. CONTRIBUIÇÃO - ROUBAR A DEUS
Dois cristãos discutiam acerca da contribuição. Defendia um deles o
dever e o privilégio de contribuir e aduzia argumentos a favor de sua tese. O
outro discordava e lembrava que não somos salvos pelas obras, e, sim, pela fé.
E apresentou um argumento real: "O ladrão que se converteu na cruz não
contribuiu e se salvou". Ao que o outro respondeu: "Há uma diferença
entre você e ele: ele era um ladrão que estava morrendo, você é um ladrão que
está vivo..."
120. CONVERSÃO - DEMÔNIOS - ESPÍRITOS - FORÇA EM DEUS Fp 4.13
É extraordinária a história da conversão de Bique - demonstração do
poder de Deus, neste século XX, para conceder livramento a uma alma presa nas
garras do mal. Eu dificilmente teria acreditado na história, não fosse ter-me
encontrado pessoalmente com Bique, e falado também com outros, que confirmaram
a transformação nele operada.
Reconhecido como o maior dos espíritos entre um quarto de milhão dos
habitantes de sua ilha, nas índias Ocidentais Francesas, Bique foi capaz de
comandar legiões de espíritos infernais, que se submetiam às suas ordens. Por
intermédio desses agentes do mal ele conseguia descobrir o paradeiro de pessoas
desaparecidas, movia cadáveres de um lugar para o outro, revelava segredos
ocultos, e fazia muitas outras coisas espantosas. Por vezes, ocasionou doenças
e mesmo morte aos inimigos de seus clientes.
Então, entrou no coração de Bique o Espírito de Deus, ordenando-lhe
que rendesse a cidadela do mal a um poder melhor. Iniciou-se a luta. Os
espíritos maus estavam resolvidos a ficar. Tantos anos de práticas más não
seriam abandonados com facilidade. A batalha foi acérrima. Mas Bique descobriu
a fonte da verdadeira vitória. Descobriu que a derrota pessoal pode
transformar-se em esplêndida vitória, se a batalha está nas mãos do Senhor.
Aprendeu a exclamar com Paulo: "Tudo posso naquele que me fortalece"
(Fp 4.13).
Mais de mil pessoas se reuniram na praia para testemunhar o batismo
de Bique. Antes de descer às águas, colocou sobre uma pilha de lenha seca todos
os seus fetiches, livros e outros objetos que o haviam ligado à velha vida de
pecado, e riscou um fósforo, ateando-lhes fogo. Unindo-se aos que o cercavam,
aquele renascido filho de Deus cantou hinos de vitória, enquanto as amostras da
velha vida subiam em rolos de fumaça.
A vitória que Deus concedeu a Bique, Ele promete a ti, a mim.
Podemos fazer todas as coisas por Cristo. que prometeu fortalecer-nos!
121. CONVERSÃO - FACE A
FACE COM CRISTO - TESTEMUNHO DE UM PRISIONEIRO -
"O VENTO SOPRA ONDE QUER" Jo
3.6
Quando criança, fui vítima de uma paralisia. Fiquei com o corpo
rígido e arqueado. Ficou provado também, anos mais tarde, que a doença
"afetara" minha mente: à medida que fui atingindo a idade adulta,
cometi todos os pecados que o homem conhece. Quando quebrei o mandamento
"não matarás", fui mandado para cá, em prisão perpétua. Constatei que
a vida na prisão não era o suficiente para mudar minha vida. Depois de ter
estado ali cerca de três anos, comecei a ir à capela da penitenciária, para ver
se o Deus, que a meu ver me havia punido toda a vida, poderia perdoar-me de
todos os meus pecados.
No final de um sermão de domingo, quando todos faziam as suas
orações, pude ver Jesus estendendo a Sua mão para mim. Sabia então que havia
sido perdoado. Fui agraciado pelo Espírito Santo.
Meu corpo ainda está arqueado, porém minha mente agora é reta.
Continuo na prisão, mas a minha alma é um espírito móvel, livre para andar
retamente com meu Salvador Jesus Cristo.
Bill Nobles (E.U.A.)
122. CONVERSÃO - MUDANÇA
Perguntou-se a certo jovem como podia ele ter certeza de que estava
convertido. "Não há dúvida alguma quanto a isso", respondeu.
"Antes eu tinha prazer em jogar, beber, ir ao cinema e passar longas horas
lendo revistas que realçavam o crime e a concupiscência. Meus amigos eram irreligiosos.
Eu não tinha tempo para Deus, nem para a igreja. Agora tudo isso está mudado.
Agora meus pensamentos mais doces são acerca de meu Salvador, minha leitura
predileta é a Palavra de Deus e outra literatura cristã que me edifique.
Escolho meus amigos dentre os que amam o Senhor, e minhas horas mais felizes
passo-as na casa de Deus." Esse jovem "ressuscitou com Cristo".
Buscou "as coisas lá do alto". Teve afeição pelas coisas celestiais.
123. CONVERSÃO - PODER DA BÍBLIA E DE DEUS - "O VENTO SOPRA..."
Sl 119.105; At 9.1-9
Jamais me esquecerei do dia em que visitei certa família crente, no
meu primeiro pastorado. Logo que entrei na casa, avistei um revólver numa
prateleira. "Para que é isto? O que isto significa?", indaguei.
"Esta arma", respondeu o dono da casa, "eu a comprei,
há algum tempo. Eu era ladrão e jogador. Percebi que ia perder meu emprego e
comprei o revólver para suicidar-me. Quando eu vinha voltando para casa",
continuou ele, "encontrei um livrinho na estrada. Abri-o e comecei a lê-lo
e estas foram as palavras que encontrei: 'Não se turbe o vosso coração; credes
em Deus, crede também em mim'. Li aquele livrinho, muitas vezes, durante aquela
noite, e não sei como", acrescentou, "mas comecei a sentir que eu era
um novo homem. Quando o sol raiou, eu pude repetir com o salmista: 'A tua
palavra é lâmpada para os meus pés, e luz para o meu caminho' (SI
119.105)."
Aqui está uma prova incontestável da luz que a Palavra Santa traz ao
que crê no Deus de amor.
Sadi Machado (Brasil)
124. CONVERSÃO - REGENERAÇÃO Hb
4.12; 1 Pe 1.23
Terêncio tinha o espírito nublado pelo álcool, quando cambaleava
pela rua de sua cidadezinha, naquela noite de verão. Com alguns companheiros,
ele saíra para uma "folia". Na volta, pararam o carro junto a uma
tenda, onde estava em andamento uma reunião evangélica. Ecoavam para fora os
lindos hinos de Sião. Terêncio e seus companheiros puseram-se a ridicularizar o
canto. A religião não tinha lugar em suas cogitações.
- Ora, vamos entrar! - insistiu Terêncio, pouco sabendo do que se
tratava.
Entraram todos. A maior parte deles permaneceu ali por apenas alguns
minutos. Terêncio ficou até o fim.
"A Palavra de Deus foi direta ao meu coração naquela
noite", confessou-me ele, meses mais tarde. "Fez de mim um novo
homem. Desde aquela noite nunca mais toquei num copo de álcool. Minha esposa e
filhos me acompanharam depois para aquela tenda, e as verdades bíblicas que
ouvimos nos transformaram a vida. Todos fomos batizados e recebidos na
igreja."
"A Palavra de Deus é viva e eficaz", diz Paulo, "e é
apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4.12).
Explica o apóstolo Pedro que somos "de novo gerados", ou convertidos,
"pela Palavra de Deus" (1 Pe 1.23).
125. CONVERSÃO NOTÁVEL Ez
36.26
Vinha sob seu cuidado um certo preso, excepcionalmente astuto e
bruto. Era até repugnante em comparação com os outros prisioneiros. Tornara-se
conhecido pela sua audácia e pela completa insensibilidade quando cometia atos
de violência. Era chamado "o rei dos criminosos".
Diversas vezes o capelão tinha-lhe aconselhado, mas não recebia dele
resposta alguma. O homem era intolerante quanto a qualquer instrução.
Finalmente, pediu um certo livro, mas como não o achasse na biblioteca, o
capelão indicou a Bíblia que pertencia ao quarto deste homem, perguntando:
"Já leu este livro?" O criminoso não respondeu, somente
olhou o pregador com maior ódio. Então o capelão repetiu a pergunta,
assegurando-lhe que valia a pena ler a Palavra de Deus. "Se o senhor
soubesse quem sou", disse o prisioneiro, "não me faria tal pergunta.
Que tenho eu com tal livro?" Disse-lhe então o capelão: "Conheço
muito bem a sua fama e o seu caráter, e é esta a razão por que lhe ofereço a
Bíblia como o livro que o ajudará". "Não me valerá coisa
alguma", insistiu o preso, "já não tenho mais sentimento"; e
fechando a mão, deu um murro na porta de ferro, gritando ao mesmo tempo:
"Meu coração é tão duro como este ferro; nenhuma coisa neste
livro me poderá tocar". "Bem", disse o capelão, "o senhor
quer um coração novo. Já leu o pacto da graça?" A isto o teimoso indagou
do que queria ele dizer com tal fala. "Escute estas palavras", disse
o capelão: "...e vos darei um coração novo e porei dentro de vós um
espírito novo..." (Ezequiel 36.26).
O homem ficou muito admirado. Pediu que lhe mostrasse a passagem na
Bíblia. Leu as palavras repetidas vezes, e quando o capelão voltou no dia
seguinte a fera estava mansa. "Meu senhor", disse ele, "nunca
sonhei com uma tal promessa! Nunca tive a menor idéia de que Deus pudesse falar
de tal maneira com homens. Se Ele me conceder um coração novo, será um milagre,
porque somente a esperança de uma natureza nova me trará a emoção que nunca
senti na vida."
Este homem aceitou Jesus, e tornou-se manso, obediente à autoridade
e de espírito gentil igual ao de uma criança.
126. CONVICÇÃO - FÉ - RESIGNAÇÃO
Jo 11.25,26
"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em
mim, ainda que morra, viverá; e todo aquele que vive, e crê em mim, não
morrerá. Crês isto?" (Jo 11.25,26).
Residia em certa cidade norte-americana um homem com sua esposa e
três filhos; estes estavam a serviço de seu pais em guerra. Dentro de três
semanas, chegaram três notas do governo indicando que os três rapazes ou haviam
morrido na luta, ou estavam desaparecidos. Foi um golpe terrível.
Aproximava-se a Páscoa, e houve muitos comentários entre os
vizinhos, conjeturando se o casal estaria ou não presente no próprio culto
comemorativo. Ao chegar o dia, lá estavam os dois. Havia naquela manhã, na
congregação, um rapazinho que ocupava o lugar imediatamente atrás dos pais de
coração ferido. O rapaz ouvira falar da tragédia, e observou-os durante todo o
culto. Viu-os abrir o hinário, e erguerem-se, e cantarem, e orarem juntamente
com a congregação. Viu-os tomar parte na leitura do triunfo glorioso de Cristo
sobre a morte. O menino estava perplexo. Veio em seguida a arrecadação da
oferta; e ao passarem os diáconos a salva, os olhos vivos do menino observaram
o homem, que ele sabia ser relativamente pobre, depositar uma quantia generosa.
O pequeno não se pôde conter mais. Puxou seu pai, que estava ao seu lado, e
segredou-lhe ao ouvido:
- Pai, eles devem crer nisto.
- Que queres dizer, filho?
- Ora, eles devem realmente crer na ressurreição. Estão aqui.
Cantaram. Leram a Bíblia; e pense nisto, pai, deram até um bom dinheiro. Pai,
eles devem crer nisto!
É claro que a vida eterna se estende para além do túmulo. Para o
cristão, esta primeira morte é apenas um sono, um sono tranqüilo na terra do
inimigo. Aquele que crê em Cristo despertará desse sono para nunca mais morrer.
Esta esperança tira à morte o seu aguilhão, e habilita-nos a ansiar pelo dia em
que os entes queridos não mais partirão. Que pensamento fascinante! "Crês
tu isto?"
127. CONVICÇÃO - DOENÇA - ENTUSIASMO - FACE A FACE COM CRISTO SI 145.18; Jo 6.44-51
Uma vizinha de longo tempo, cristã, com mais de setenta anos de
idade, estava seriamente doente. Seu pastor, visitando-a, expressou-lhe votos
de melhora e restabelecimento.
- Pouco importa. Se eu viver, Cristo estará comigo. Se eu morrer, eu
estarei com ele - disse ela.
Que esplêndido é ter Cristo conosco em casa, na igreja, no trabalho,
quando viajamos, e quando a jornada da vida chega ao fim. No Salmo 145.18,
lemos: "Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o
invocam em verdade".
Se ardentemente invocarmos ao Senhor cada dia, Ele nos mostrará
quais devem ser os nossos atos para aquele dia - atos agradáveis a Ele, atos
que produzirão frutos no céu. A vida eterna em Cristo é resultado de aceitá-lO
e obedecê-lO nesta vida.
Edna Elsaser (E.U.A.)
128. CORAÇÃO - "GUARDA O TEU CORAÇÃO" Pv 4.23
"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque
dele procedem as fontes da vida" (Pv 4.23).
As fontes e os poços do Oriente eram preciosidades tratadas com
cuidado especial. Tapava-se cuidadosamente com uma pedra a boca de uma
nascente, de maneira que a expressão "uma nascente fechada" ou
"uma fonte selada" tornou-se característica para tudo que era
guardado com mais cuidado. Assim é o coração; ele é a fonte de onde procedem
todas as nascentes da vida, como nos diz o sábio.
O coração e o intelecto são a fonte da vida. Se esta fonte for
venenosa, a melhor parte da vida estará perdida. E o Livro que nos manda
guardar o coração é a Carta Magna de um Pai bondoso e amável. Deus nos quer
bem. Ele é o nosso melhor Amigo. Mas como havemos de guardar o coração?
Alguém disse que não podemos evitar que os pássaros voem sobre
nossas cabeças, mas podemos impedir que façam ninhos sobre elas; assim não
podemos evitar que os pensamentos e desejos maus entrem em nossos corações, mas
podemos impedir que permaneçam nele. Expulsemo-los todos, sem demora, e
enchamos o coração de coisas boas, para que ele se torne uma fonte preciosa.
129. CORAÇÃO - "GUARDA O TEU CORAÇÃO" - HOMEM INTERIOR Mt 23.25-31
Há, em Londres, as ruínas de uma certa igreja gaulesa, que consistem
de um magnífico frontispício com símbolos da fé cristã. Sobre o arco central
está uma Bíblia e uma harpa, e sobre as outras duas portas laterais, pombas.
Não há nada no interior do templo, porque este foi totalmente destruído. Ervas
daninhas, pó e cinzas é tudo que restou ali.
Não importa o que temos por fora, se não tivermos nada no interior.
Os outros, mesmo os não-cristãos, podem enxergar através da casca de nossa
vida. Precisamos de mais do que um bonito frontispício. Isto não quer dizer,
naturalmente, que devemos destruir a estrutura de nossas vidas. Antes, quer
dizer que devemos enriquecer nossas fontes interiores de fé, amor e moralidade
para condizer com a aparência exterior. Muito mais que aparência externa,
carecemos de força moral, beleza, bondade e santidade.
Paul V. Galloway (Arkansas, E.U.A.)
130. CORAÇÃO - SUBMISSÃO AO ESPÍRITO SANTO
"Considero o meu coração
como pólvora: a menor faísca de tentação pode incendiá-lo; por isso me esforço
para conservá-lo sempre umedecido pelo orvalho do Espírito Santo."
Robert Murray M'Cheyne
131. CORAÇÃO - TRILHAS MISSIONÁRIAS
Livingstone dormira no Senhor. Ajoelhado ao lado da modesta cama,
com a cabeça amparada pelas mãos repousadas no travesseiro. Os amigos, pensando
que ele orava, esperaram inutilmente. Constatada a morte, abriram-lhe o peito e
tiraram com cuidado e carinho o coração. O corpo iria para a Inglaterra, numa
viagem que duraria um ano através da África. O coração, não! O coração que
amara a África deveria ficar no Continente Negro. E ficou, enterrado por mãos
amigas, debaixo de uma árvore próxima à aldeia de Chitambo.
No amor pleno, disposto ao sacrifício recíproco, está a chave para a
solução dos problemas sociais e raciais.
132. CORAÇÃO VERSUS INIMIGO
Diz o teólogo Anselmo: "Nosso coração é qual um moinho, sempre
ativo, que certo senhor entregou aos cuidados de seu servo, recomendando-lhe
que só deveria ali moer do cereal de seu senhor, fosse trigo, centeio ou aveia;
e que deveria viver do seu produto. Aquele servo, porém, tem um inimigo que lhe
está sempre pregando peças. Se a qualquer momento o encontra sem vigilância,
atira-lhe adentro cascalho para impedi-lo de funcionar, ou piche para emperrar,
ou sujeira, ou palha para se misturar com a farinha. Caso o servo seja
cuidadoso em cuidar do moinho, então sai dali uma bela farinha, que é ao mesmo
tempo um serviço para seu senhor e um sustento para ele. Mas, se ele gazeia e
permite ao inimigo intrometer-se no seu maquinismo, os maus resultados conta a
história. Seu senhor indigna-se, e ele próprio passa fome".
O moinho que está sempre a trabalhar é o coração e a mente. Do
produto deste moinho, você e eu devemos viver. Precisamos cuidar com o que dentro
dele pomos. "A mente, a alma, edifica-se com o que se alimenta; e fica
conosco a responsabilidade de escolher esse alimento." O inimigo
vigilante, que vive sempre pregando peças ao moinho, obviamente é Satanás. Ele
está sempre procurando intrometer-se com o maquinismo, e introduzir nele maus
pensamentos de toda espécie. "Os que não querem cair como presa dos
enganos de Satanás devem guardar bem as vias de acesso à alma; devem se
esquivar de ler, ver ou ouvir tudo quanto sugira pensamentos impuros. Não devem
permitir que a mente se demore no acaso, em qualquer assunto onde o inimigo das
almas possa penetrar. O coração deve ser fielmente guardado, pois de outra
maneira os males externos despertarão os internos e a alma vagará em
trevas."
Não nos é possível esperar levar em cativeiro todo o pensamento à
obediência de Cristo, se constantemente enchemos a mente com aquilo que nos
separa de Cristo. Que Deus nos ajude hoje a guardar bem as entradas da alma, de
modo a sujeitar todo o pensamento à obediência de nosso Senhor e Mestre.
133. CORAGEM - DESTEMOR
O grande pioneiro batista na Alemanha, Pr. Oncken, sofreu muito pela
fé: perseguições duras e até prisões. Ele conta que foi levado uma vez perante
o Tribunal de Justiça da cidade de Hamburgo, e o juiz, levantando o dedo,
disse-lhe: "Está vendo este dedo? Enquanto eu tiver força de movê-lo, o
senhor será vencido".
O pastor respondeu-lhe: "Vejo, sim, o seu dedo. Mas vejo também
um braço que o senhor não pode ver, e enquanto meu Deus estende-me o seu braço
forte, o senhor não poderá vencer-me!"
134. CORAGEM - RESOLUÇÃO - VONTADE
Foi na batalha de Itororó, a 6 de dezembro de 1868. entre ataques e
contra-ataques de brasileiros e paraguaios, numa violência extraordinária, que
o Cel. Fernando Machado caiu morto. O Gal. Argolo, ferido, tentou ultrapassar a
ponte sobre o rio Itororó, mas os paraguaios lançaram violento contra-ataque.
Duque de Caxias, então, se apercebeu de que o instante era dramático. Estava
comandando a reserva e não mais podia esperar. Desembainhou a espada, dirigiu
seu cavalo a galope para a ponte, e gritou em desafio: "Quem for
brasileiro siga-me!" A ponte assim foi tomada. E o tirânico inimigo
retirou-se batido.
Nosso grande Comandante também está conclamando os seus: quem for
cristão deve segui-lo.
135. CORAGEM CRISTÃ
Um jornalista inglês relata a seguinte história, a respeito do
general Gordon.
"Durante certa guerra, houve uma batalha tão furiosa que quase
desapareceram as linhas distintas entre as forças britânicas e as do inimigo. O
general Gordon saiu da trincheira e subiu a um monte de terra que servia de
para-peito. Sem armas, senão com a sua bengala, começou a dar ordens às suas
forças. 'Desça, general!', alguém gritou. 'O senhor está em grande perigo!'
Ele, porém, permaneceu onde estava. Outro soldado disse ao seu
companheiro: 'Ele não se preocupa com essas coisas, nem tem medo de morrer,
crente em Cristo'."
E dessa coragem que todos os crentes precisam. Coragem para
enfrentar o inimigo, o pecado, e pregar o evangelho a todos.
136. CORPO E ALMA - ESPERANÇA - "SE ESTA CASA SE
DESFIZER..." Sl 33.20
"Nossa alma espera no Senhor, nosso auxilio e escudo" (SI
33.20).
Eu sou uma alma e tenho um corpo. O corpo é a casa onde mora a alma.
Quando Oliver Wendell
Holmes estava com 80 anos, um amigo o cumprimentou e
perguntou: "Como vai?" "Estou bem", respondeu Holmes.
"A
casa onde moro está balançando e ruindo, mas Oliver Wendell Holmes vai
bem, obrigado."
137. CRER - "FALTA-TE UMA COISA: É PRECISO MAIS..."
O evangelista Moody certa noite pregou na cidade de Filadélfia,
E.U.A. Ao final da reunião, foi ter com ele uma jovem senhora, muito perturbada
espiritualmente.
- A senhora é crente? - perguntou Moody.
- Não sou, mas desejaria ser - respondeu a senhora. Faz três anos
que estou à procura de Jesus, mas não o encontrei ainda.
- Deve haver algum erro -
volveu Moody. Não pode levar, um pecador ansioso, três anos para encontrar seu
bondoso Salvador!
- Que devo fazer então? -
indagou a jovem senhora.
- A dificuldade está em a
senhora procurar fazer alguma coisa; o que deve fazer é crer no Senhor Jesus
Cristo, e crer que de fato Ele a salvará, quando a senhora crer realmente.
Naquela mesma hora, ela creu,
o aceitou e recebeu a paz que tanto buscava.
138. CRIANÇA - SUBSTITUIÇÃO - TESTEMUNHO DE UM MENINO Is 53
Anos atrás, um pequeno mascote do exército britânico na Índia,
menino de dez anos de idade, ofereceu-se para receber o castigo que cabia a
certo malfeitor, desconhecido na sua tenda. Com o quarto açoite, o pequeno
desmaiou, caindo ao chão, coberto de sangue. Os soldados levaram apressadamente
o pequeno companheiro ao hospital, onde, por vários dias, ficou entre a vida e
a morte. O culpado confessou o mal que fizera e apressou-se a ir ver o pequeno
ferido.
- O Quinzinho, sinto demais!
- soluçou o soldado, comovido. Você me poderá perdoar tamanha covardia?
- Não se aflija, Bill - disse
o menino, calmamente. Eu queria poupar-lhe sofrimento. Jesus ama você, Bill.
Ele morreu por você. Você também vai amá-lo, não vai, Bill?
O castigo fora tão grande que o pequeno não resistira, e com essas
palavras, ele cerrou mansamente os olhos - acabaram para sempre os seus
sofrias. Mas Bill começou nova vida com Deus. Quinzinho deu a vida a fim de que
aquele soldado, amigo seu, pudesse viver.
- Este texto encerra uma lição quádrupla, em matéria de
substituição, e lembra-nos de novo o sacrifício do Salvador em nosso favor.
Carlos Spurgeon, o afamado evangelista, descreve o capítulo 53 de
Isaías como "uma Bíblia em miniatura, o evangelho em sua essência". O
profeta evangélico expõe assim, vigorosa e magnificamente, o princípio da
substituição que unicamente pode proporcionar esperança ao homem perdido.
139. CRISTÃO - LEVAR A CRUZ Mt 10.29-39
Ser cristão significa fazer o que é humanamente difícil, porém com
resultado excelente. Significa sacrificar-se e praticar o amor de Cristo. Em
cada situação da vida, precisamos pôr de lado a preguiça e tomar nossa cruz. E
ando tentamos seguir Cristo, sentimos o desejo de consolar outros, mesmo que
estejamos tristes. Quando o sofrimento parece ser demasiado para nós, somente
podemos dominá-lo, usando-o para compreender e salvar outros. Em outras
palavras, o cristão precisa pensar melhor, viver melhor e morrer melhor do que
aqueles que ainda não viram a glória da cruz.
São estas algumas das maneiras pelas quais podemos levar a cruz de
na vida cristã, fazendo-o num espírito de amor cristão. E para nós, simples
pessoas, levar a cruz é fazer nosso trabalho quotidiano tão perfeitamente janto
possível, reconhecendo que somos carregadores da cruz, por causa de nosso amor
por Cristo e por nosso semelhante.
David Norimoto lino (Japão)
140. CRISTIANISMO - EQUIDADE SOCIAL - REGIMES POLÍTICOS
O cristianismo não é um sistema econômico, mas tem uma fé e um ideal
que estabelecem em qualquer sistema a obrigação de honrar a personalidade
humana, em vez de explorá-la, de modo que opera tecnicamente, promovendo
bem-estar material de todo o povo e impedindo a exploração dos fracos pelos
fortes. Necessitamos urgentemente de uma interpretação do cristianismo que
contorne o capitalismo como o comunismo e inste pela incorporação prática da
própria reverência da personalidade. Mais importante que um ataque à teoria do
comunismo é a ação vigorosa da critica ao capitalismo dum ponto de vista
cristão, bem como o desenvolvimento entre o povo cristão do julgamento e da
consciência cristãos em relação à vida econômica. Se isto for feito, o dia de
amanhã no campo missionário será mais promissor.
Hugh V. White
141. CRISTIANISMO - MEDO - RELIGIÃO 1 Pe 1.3-9
Temos trabalhado em muitas terras, com povos de diferentes
religiões. As religiões primitivas baseiam-se primariamente não na alegria, mas
no medo. O xintoísmo vê nas montanhas, nas árvores, nos fenômenos
extraordinários, espíritos ou deuses, a quem precisam agradar, a fim de aplacar
a sua ira contra os homens. O hinduísmo busca um meio de escapar da trágica
"roda da vida" e adota o sistema de castas, que é fonte de eterno
sofrimento. Maomé ensinou o separatismo, que produz conflitos. Para Buda, o gozo
seria obtido por vencer todo o desejo, até que o nirvana, a completa extinção
do eu, pudesse ser atingido.
Jesus trouxe ao mundo uma concepção inteiramente nova a respeito da
vida. A religião para Ele dá uma alegria interior inextinguível, porque
significa íntima comunhão com o Pai de amor. Cristo falou de um Pai celeste que
ama a cada indivíduo mais ternamente do que qualquer pai terreno pode fazê-lo.
Jesus amava a vida. Ele sabia que do sofrimento encarado construtivamente podem
nascer os maiores valores da vida; que mesmo a agonia da crucificação podia ser
transformada num hino de glória, um verdadeiro triunfo.
O cristão é uma pessoa cheia de gozo e que distribui alegria porque
vive em companhia do Cristo, que é a expressão da vida feliz.
Francis B. Layre (Distrito de Colúmbia, E.U.A.)
142. CRISTIANISMO PRATICADO - FILANTROPIA - MISSÕES At 8.29-38
Até recentemente, os colonizadores das zonas do interior da
Austrália sofriam de isolamento e carência de assistência médica. Pioneira de
uma obra magnífica, "Pássaros do Interior", uma companhia aérea tem
levado, em nome de Cristo, amizade e tratamento médico a muitos dos habitantes
daquela zona. Sua coragem, boa vontade e solicitude para com aqueles que estão
afastados da civilização têm garantido uma posição de estabilidade material
para essas pessoas. Atualmente, uma grande cadeia de rádio-difusão e
rádio-receptora tem sido estabelecida. Deste modo, os casos de emergência podem
ser atendidos por "médicos voadores". O plano se deve à visão de um
missionário cristão.
Todo aquele que é pioneiro em qualquer esfera, por amor a Cristo, é
missionário. Há sempre alguém para ser atendido, algum mal a ser sanado, alguma
causa apelando para o nosso positivo esforço cristão.
E um privilégio e um desafio sabermos que as avenidas da obra
missionária estão abertas para nós. Aceitaremos as oportunidades, que esta era
nos traz, de sermos missionários de Cristo, onde quer que vivamos?
John Rush, Educador (Austrália)
143. CRISTIANISMO SOCIAL - FILANTROPIA
- HOSPITAL Mt 25.40
Na véspera do Natal de 1827, em Londres, o médico William Marsden, levando
presentes para a esposa e o filhinho, caminhava animadamente de volta para
casa, na neve. De repente, um gemido que vinha das escadas de uma igreja, o
interrompeu. Uma mulher mendiga, de dezoito anos aproximadamente, jazia
moribunda, vítima de moléstia repulsiva.
Marsden rapidamente envolveu-a em seu sobretudo e com esforço
conseguiu levá-la até um hospital. Contudo, não encontrou vaga no primeiro nem
demais hospitais da cidade, devido à aparência daquela criatura. O médico
compassivo providenciou, então, por conta própria, abrigo para a infeliz na
pensão barata.
Devido a esta experiência, Marsden resolveu fundar um hospital
gratuito a os pobres e, sem perda de tempo, reuniu uma comissão para estudar o
projeto. Alugou-se um velho edifício e, em breve, o hospital para tratamento
gratuito de moléstias malignas foi inaugurado. Assim começou o, hoje famoso Hospital
Real Gratuito e seu anexo, o Hospital Real do Câncer, na Nova Zelândia.
William G. Slade (Nova Zelândia)
144. CRISTIANISMO VIVIDO
Lord Shaftesbury foi um dos maiores homens que a Inglaterra já
possuiu. Renunciou a cadeira do Parlamento, onde exercia brilhante posição,
movido pelo chamamento que sentiu ao aperceber-se da angústia dos pobres de
Londres. Ganhou-lhes a confiança e por eles lutou por anos a fio. Quando
morreu, a Inglaterra inteira prestou-lhe as mais expressivas homenagens.
Centenas de admiradores formaram a imensa multidão que acompanhou seus despojos
ao cemitério. Cartazes dos mais variados traziam inscrições assim: "Nós
estávamos com fome, e tu nos alimentaste! Estávamos na prisão, e tu os
visitaste! Éramos estrangeiros, e tu nos hospedaste! Estávamos enfermos, e
foste ver-nos!"
145. CRISTO - DECISÃO
"Se você não desistir dessa mania de evangelho, pode deixar
esta casa!" quem dizia isto era um rude membro de uma tribo das longínquas
colinas do Oriente.
"Sim, pai", respondeu Ngai, ao deitar-se na esteira de
bambu, junto à porta.
Logo o pai dormia em sono profundo. Quanto à filha Ngai, porém, o
sono lhe fugira. Há semanas vinha rugindo a batalha em seu Intimo. Deus lhe
falara ao coração. Abriu-se-lhe à frente uma nova vida de obediência em Cristo
Jesus.
Deveria baquear agora, e ceder aos desejos do velho pai? Ele
providenciaria seu casamento com um moço da religião dele. Nada lhe faltaria.
Viveria em segurança. Ou deveria ela escapulir porta afora, para o grande
desconhecido; seguir seu Senhor, e deixar que Ele a guiasse e lhe provesse o
necessário?
Por alguns instantes, sua fé teve altos e baixos levada pelas
emoções. Afinal, quando se certificou de que todos estavam dormindo em sono
profundo, arrumou sua trouxinha e penetrou temerosa na escura noite. Sozinha,
Ngai caminhou sete dias para chegar à casa do missionário e matricular-se numa
escola cristã. Foi preciso coragem extraordinária para tomar aquela decisão,
mas o resultado de sua escolha certamente a recompensou.
146. CRISTO - EDUCAÇÃO SEM CRISTO - PODER DO EVANGELHO
Você pode instalar uma escola e uma universidade em cada quarteirão
da cidade, mas não livrará o país de apodrecer moralmente pela simples educação
intelectual.
Uma educação que negligencia as partes mais importantes da natureza
humana não pode ser chamada de educação. Uma educação parcial é pior que nada;
pois, por ela educamos apenas a mente, e esquecemos a alma.
Formar os homens sem convertê-los a Cristo é o mesmo que querer
transformar lobos em cordeiros, simplesmente lavando-os e cobrindo de lá a sua
pele. "Bem-aventurados os misericordiosos porque eles alcançarão
misericórdia." A misericórdia de que o mundo necessita é a graça, o amor e
a paz de nosso Senhor Jesus Cristo. E do seu poder transformador e regenerador
que o mundo necessita mais do que de qualquer outra coisa.
Billy Graham
147. CRISTO, NOSSO AMPARO NAS PROVAÇÕES - A FACE DE CRISTO -
PROVAÇÕES - TEMPESTADE Sl 23; Rm 15.1-7
Certa vez, para assistir a uma reunião de senhoras em Carot, nas
Filipinas, tivemos de lançar-nos dentro de uma corrente tempestuosa. Nosso
navio era muito pequeno e enquanto ele balançava de cá para lá, meu filhinho
disse:
"Mamãe, será que vamos submergir?" Assegurei-lhe que não,
porque o piloto conhecia o mar e o navio estava livre de perigo. Afirmei-lhe
que não, porque o Bom Pastor estava vigilante a nos guiar. O seu temor
desvaneceu-se, quando juntos recitamos o Salmo 23. Logo estávamos perto de
Carot, e a situação mudou. Os ventos pararam, a água estava tranqüila e o nosso
navegar foi suave.
Em nossa vida cristã, somos sempre assaltados pelas provações,
dificuldades e oposição. Se confiarmos no grande Pastor de nossas almas, ele
nos levará a estarmos sempre pacientes, e a conhecer a sua paz, que sobrepuja
toda a compreensão.
Sra. Esperanza B. Bailen (Filipinas)
148. CRISTO, NOSSO ARQUITETO - RECUPERAÇÃO - RESTAURAÇÃO Mq 4.8
Num reide aéreo, durante a Segunda Guerra Mundial, parte da Câmara
dos Comuns, em Londres, foi destruída. Temia-se que houvessem sido perdidas as
plantas originais da construção. e que aquele edifício histórico jamais pudesse
ser restaurado perfeitamente. Entretanto, mais de meio século antes, um dos
sócios mais velhos de uma grande firma de arquitetos entregara as plantas ao
sócio mais jovem. Este as guardou cuidadosamente através dos anos e, quando
soube que estavam sendo procuradas, apresentou-as. A Câmara dos Comuns podia
agora ser reconstruída, segundo a planta original!
Um dia, em futuro não distante, este nosso planeta, há tanto tempo
exposto à maldição do pecado, será refeito segundo o plano original de Deus: o
primeiro domínio, perdido no Éden pela transgressão de Adão, será restaurado em
toda a sua beleza anterior (cf. Mq 4.8).
149. CRISTO, NOSSA BANDEIRA - A FACE DE CRISTO - VERDADE Jo 8.31-36
Ouvimos a respeito de um vaso de guerra inglês, que estava navegando
pelos mares do Sul, quando a tripulação descobriu uma ilha desconhecida pelos
cartógrafos. Os homens desceram à terra para tomar posse e ali colocaram sua
bandeira. Então os canhões do navio saudaram a bandeira, quebrando o silêncio
da ilha. Um homem de longas barbas, escassamente vestido e de cabelos
compridos, foi visto saindo de entre as rochas. Saudou a bandeira e depois
desapareceu. Mais tarde, soube-se que ele era um marinheiro inglês, que havia
naufragado anos antes, naquelas águas. Sua mente tinha sido afetada pela solidão.
Depois de reconhecer e saudar a bandeira, fugiu dela, embora fosse ela sua
única salvação das dificuldades da vida na ilha.
Cristo veio e a bandeira do reino celestial está tremulando como um
símbolo da esperança que é nossa, por meio das grandes misericórdias de sua
abundante salvação.
Alguns saúdam a bandeira e aceitam Jesus como seu Salvador. Mas
muitos fogem, não reconhecendo que Ele é a única esperança de salvação das
misérias e tristezas de uma vida sem Cristo.
Robert P. Turner (Carolina do Sul, E.U.A.)
150. CRISTO BATE Ã PORTA - A FACE DE CRISTO – PINTURA Ef 3.14-21
Na Capela Keble do Colégio de Oxford, acha-se o original da pintura
de Holman Hunt, intitulada "A Luz do Mundo". A que se encontra na
Catedral de São Paulo, em Londres, ainda que lindíssima, é uma réplica daquela.
Como é sabido, a pintura apresenta Cristo segurando uma lanterna e batendo numa
porta fechada.
Quando fui a Oxford, visitei a Capela. Não havia ali ninguém, senão
o zelador. Bondosamente, ele me conduziu ao local, onde a pintura se achava
guardada num estojo de madeira. Colocou-a na posição em que eu poderia
contemplá-la em plena luz e, depois, abriu o estojo. Fiquei tão absorvido na
contemplação da pintura, que esqueci que não estava só. Comecei a pensar e
expressar, em voz alta, o que me ia no pensamento! "Então o trinco da
porta está pelo lado de dentro!" E o zelador, que estava atrás de mim,
acrescentou, incontinenti: "Sim, o senhor terá de permitir que Ele
entre!"
Que grande verdade! Para Cristo habitar em mim, Ele terá de entrar
primeiro no meu coração. E eu preciso convidá-lo a entrar. Haverá alguma parte
da minha vida, na qual Ele não foi admitido?
H. Cecil Pavson (Inglaterra)
151. CRISTO, NOSSO CAMINHO E
EXEMPLO Mt 5.48
"Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai
celeste" (Mt 5.48) A beira de um grande charco, vivia um casal com seu
filhinho, Henrique. Um dia, Henrique seguiu o pai, pântano a dentro, sem que
ninguém o percebesse; quando deram pela falta do menino, puseram-se a
procurá-lo ansiosos. Finalmente, descobriram seus pequenos rastos, rumo ao
charco.
Em cada pegada deixada pelo pai, via-se o rasto do pequenino sapato
de Henrique. Os pais o seguiram, penetrando no charco, forçando a vista, no afã
de descobrir o paradeiro do filhinho. Chegando ao outro lado do pantanal,
encontraram o pequenino Henrique sentado à beira do caminho. Ali, no chão
batido, não podia mais ver os rastos do pai, de maneira que se sentou, à espera
de que o pai o viesse buscar. E assim pôde ser encontrado.
Seria maravilhoso se, como filhos de Deus que somos, nossos rastos
sempre fossem encontrados somente onde as pegadas do nosso Pai celestial
assinalam o caminho! Cristo é o nosso caminho.
152. CRISTO, IRRESISTÍVEL E MARAVILHOSO
H. G. Wells escreveu: "Cristo é a pessoa mais singular da história.
Ninguém pode escrever a história da raça humana sem dar o primeiro e o mais
importante lugar ao humilde mestre de Nazaré".
O rabino Stephen Wise disse o seguinte sobre Jesus: "Você descobrirá que ele é
divinamente humano. Não é agradável para nós, da casa de Israel, reconhecer,
honrar e lembrar, entre os irmãos, Jesus, o judeu, que influenciou o mundo como
nenhum outro homem? Este homem chamado Jesus viveu na terra por apenas 33 anos.
Nunca se afastou mais de 160 quilômetros de sua casa."
Charles Lamb estava certo,
ao dizer: "Se todos os homens ilustres da história fossem reunidos e
Shakespeare aparecesse, eles se levantariam para renderem-lhe honra; mas se
Jesus Cristo aparecesse, ele cairiam de joelhos, em adoração".
153. CRISTO, O MESMO - ETERNIDADE At
8.33
Em Washington, E.U.A., existe ainda o quarto onde Abraão Lincoln
faleceu. Edwin Stanton, então secretário de guerra, contemplando o seu corpo inerte,
disse: "Agora ele pertence aos séculos". Esta é a biografia mais
curta e, talvez, a melhor que encontremos. Mas é apenas uma verdade relativa.
O único que realmente pertence aos séculos é o Alfa e Ômega, a quem,
por ordem e decreto divinos, os séculos pertencem. "E quem lhe poderá
descrever a geração?" (At 8.33).
Cristo não se submete a tempo nem a época; a sua personalidade
abrange os séculos. Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre.
154. CRISTO, SUA MORTE Gl
6.14
"Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso
Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o
mundo" (Gl 6.14).
Qual é a glória da cruz? Ela foi um instrumento de tortura e
vergonha. Por que, então, Paulo se gloriou nela? Porque nela teve lugar o ato
mais abnegado, já praticado por homens ou anjos. Emanando do madeiro tosco e
repelente, onde o Filho de Deus foi crucificado, Paulo viu a esperança radiante
do mundo, o fim do domínio do pecado sobre os crentes e o amor de Deus fazendo
morada nos corações dos homens.
Com minhas limitações não posso compreender o mistério da expiação
de Cristo. Sei apenas que aqueles que vão à Cruz, com uma fé genuína e
confiante, têm apagadas todas as manchas de culpa e encontram a paz com Deus.
155. CRISTO MUDA A CONDUTA NO TRABALHO - TRANSFORMAÇÃO PELO
EVANGELHO Fp 2.3-11
Um ajudante de sapateiro trabalhava para um patrão muito paciente;
não fosse isto, ele teria sido despedido por incapacidade. Cada manhã ele
iniciava o trabalho com blasfêmias, praguejando e maldizendo a sorte de ter que
trabalhar para ganhar o pão, em mister tão pesado. Jogava, em todas as direções
contra as paredes, os sapatos que ia fazendo.
Um dia, aceitou Cristo, e sua mente e coração começaram a refletir a
mente daquele que foi também operário e que abençoou com sua dignidade o ofício
de carpinteiro. O ajudante de sapateiro começou a descobrir novos interesses em
seu trabalho diurno. Agora, o trabalho era uma alegria e uma bênção. Quando
chegava o domingo, ele descansava com alegria, tomando em consideração o
mandamento do Senhor. Sua aparência e sua atividade eram agora diferentes. Ao
invés de praguejar, despendia seu tempo em meditação e louvor a Deus, nosso
Pai.
Afonso Romano Filho (Brasil)
156. CRISTO EM NÓS - MÚSICA - VIDA SI 34.1
Quão bem me recordo de meu professor de música! Certa manhã, na
classe, ele desenhou vários pontos negros sobre uma folha de papel branco. A
classe toda observava curiosa, sem poder imaginar a melodia. A seguir, desenhou
as linhas da pauta, algumas pausas e uma clave de sol. Então os pontos
desenhados a principio tomaram a forma de notas musicais. Solfejando-as,
descobrimos que estávamos cantando: "A Deus, supremo criador, anjos e
homens dêem louvor".
Há muitos pontos e manchas negras em nossas vidas. Geralmente não
podemos entender por que aparecem e por que Deus permite que isto aconteça. Se,
porém, deixarmos Cristo entrar em nossos corações, Ele poderá aliviar nossa
tristeza, dor e desapontamento, e transformá-los em valores. Se tivermos
confiança inalterável em Deus e lhe formos gratos por tudo, Ele fará surgir
algo glorioso de nossas adversidades.
Irene Clemons (E.U.A.)
157. CRISTO, SUA PERFEIÇÃO
Ninguém na história está acima de Jesus Cristo. Os agnósticos e os
ateus encontraram falhas em idéias de cristãos, mas jamais puderam notar
qualquer erro na pessoa de Jesus Cristo. Eles viram erros em cristãos, mas
nunca em Cristo. Jesus de Nazaré transcende métodos, idéias e seguidores. Ele
permanece no centro da História. Em qualquer lugar, os homens têm de se curvar
diante da Sua superioridade. E já que cristianismo é Cristo, quem deseja ser um
cristão deve aceitá-lo e segui-lo como a uma pessoa. Ele, e somente ele, é
capaz de ouvir as necessidades da raça humana.
Billy Graham
158. CRISTO RECUPERA TOTALMENTE
Um amigo mostrou a John
Ruskin um lenço, no qual caíra um pingo de tinta preta,
lamentando a perda do lenço tão valioso. Ruskin levou o lenço e o devolveu alguns dias
depois ainda mais valorizado. Aproveitando o pontinho preto e usando tinta
nanquim, acrescentara alguns desenhos e, pronto, salvara o pequeno tesouro.
Se a vida de alguém está manchada, nas mãos de Cristo pode ser
inteiramente recuperada e tornada mais bela.
159. CRISTO, NOSSO REI - INCÊNDIO
Tempos atrás, irrompeu um incêndio numa grande igreja, na
Inglaterra. Formaram-se cordões de guardas para conter a multidão de
expectadores, que se aglomeravam nas ruas vizinhas. O fogo espalhou-se depressa
e, de súbito, as labaredas iluminaram, interiormente, um rico vitrô, com a
figura de Cristo crucificado. Movidos pelo impulso, diante da cena comovedora,
os soldados assumiram posição de "sentido!" e apresentaram armas ante
o sofredor Rei dos reis. E que a visão do Crucificado motiva, intuitivamente,
uma homenagem que a ninguém compete mais do que a Ele, o Salvador.
160. CRISTO RESSURRETO - O REDENTOR VIVE
"Eu sei que o meu Redentor vive", pois falei com Ele hoje.
Ele me convidou para ir ousadamente à Sua presença, e assim fui, e Lhe
desabafei o coração.
"Conto-Lhe as minhas tristezas,
E as alegrias também;
Conto tudo que me agrada,
E os contra-tempos que vêm" (L. Shorey).
Sei que Ele é um Salvador vivo, pois acolheu-me graciosamente, e com
paciência ouviu tudo o que eu tinha a dizer-Lhe.
"Eu sei que o meu Redentor vive", pois ouvi Sua voz a
falar-me. Abatido com as emoções que me trouxeram um problema aparentemente
insolúvel, desabafei-Lhe o coração, e a seguir me detive para ouvir a Sua
resposta. E ela veio! Ouvi-Lhe a voz dizendo palavras de sabedoria e paz a meu
coração perplexo e conturbado. Esta manhã, mesmo, O ouvi falando-me de novo,
por meio das árvores farfalhantes, pássaros canoros - todas as vozes da
natureza me falam de Seu amor e solicitude.
"Eu sei que o meu Redentor vive", pois eu O vi nas suaves
cores do arco-íris. Nas rugidoras ondas das proximidades do Cabo da Boa
Esperança, eu O vi segurando o revolto mar na palma de Sua mão. Vejo-o todos os
dias na flor que desabrocha, no arbusto virente, na verde relva. Vejo-o todas
as noites no céu crivado de estrelas. Todas as visões da noite O declaram.
161. CRISTO, SEU SACRIFÍCIO - ESCULTOR - SALVAÇÃO
Numa das galerias de Paris há uma estátua notável. O escultor, como
em geral todos os artistas famosos, era muito pobre e viveu e trabalhou num
sótão. Ao terminar a estátua, olhou-a cheio de orgulho e afeição; quantas
noites perdidas, quanto sacrifício e quanta paciência representavam aquela
estátua! Bastante cansado, deitou-se. Naquela noite, caiu sobre Paris uma geada
fortíssima. O escultor, acordando no seu quarto frio e desconfortável,
lembrou-se da estátua tão recentemente terminada, e teve receio de que a geada
viesse a estragar o trabalho que com tanto esmero fizera. Correndo os olhos
pelo quarto, nada via com que pudesse proteger sua tão sonhada estátua. Sem
hesitar um momento sequer, levantou-se e, tirando a roupa de cama com que se
cobria, agasalhou. com o máximo cuidado a bela escultura. Pela manhã, o
escultor foi encontrado morto, mas a sua estátua ainda hoje existe. Morreu para
perpetuar a obra de suas mãos.
Irmãos, somos a obra das mãos do Grande Artista. E Ele, semelhante a
este escultor, morreu também para nos dar vida eterna. Há, porém, uma
diferença: o escultor que morreu preservou apenas a sua estátua do mau tempo
daquela noite; o Divino Escultor, porém, ressuscitou e vive para todo sempre,
podendo proteger-nos de todos os perigos.
162. CRISTO SATISFAZ - DESESPERO -
DOR - FÉ
Estou certo de que jamais esquecerei aquela cena, jamais!
Desenrolou-se nas distantes colinas de Nilgiri, no Sul da índia. Via-se um
velho indígena agachado, ao costume oriental, entre homens e mulheres que
choravam desconsoladamente, junto a um esquife. Lágrimas lhe deslizavam pelas
faces bronzeadas e pelas longas barbas. Era evidente que seu coração estava
pesado de tristeza. Soube que era pai da jovem que falecera. Como meu coração
teve simpatia por ele, em seu desespero! Para ele não existiam palavras
confortadoras de um Salvador amável, nem uma reunião jubilosa como na manhã da
ressurreição, pois estava sem Jesus.
Jesus Cristo é o nosso Salvador indispensável! A menos que o tomemos
em conta, a vida é um vácuo sem esperança, um enigma desconcertante, um
insolúvel mistério. Não saberemos por que estamos aqui, nem para onde iremos
daqui. Não poderemos fruir os tesouros desta vida, nem os radiantes enlevos da
vida no por vir, sem o Seu poder, que guarda e salva.
Sem a graça e o sangue do Salvador Jesus, não haveria esperança nem
auxílio para o pecador. Sem os ensinamentos e os exemplos do Mestre, não
teríamos um conceito da norma divina para o homem. Sem amor, jamais
conheceríamos a mais poderosa força que já moveu um coração humano. Sem Suas
promessas, nunca poderíamos suportar as mágoas, o desgosto, a perplexidade, as
tentações e os desafios que esta vida apresenta. Ele é, na verdade, nosso
indispensável Salvador.
163. CRUZ - DESAFIO - RESPONSABILIDADE Jo 12.20-32
Como um diamante de muitas facetas, que por todos os lados reflete a
luz, a cruz tem muitos sentidos diferentes. Ela é símbolo do amor de Deus, do
Seu poder redentor, da Sua graça e da Sua esperança. Tem uma mensagem para
todos os problemas e para cada oração.
A religião já foi chamada "o ópio das nações". De fato,
existem aqueles que a vêem como tal. Consideram a cruz como o meio de se
aliviarem do peso de seus pecados, para o quê não se requer honestidade de
pensamento nem esforço pessoal algum. Estes não alcançam o outro sentido da
cruz: ela é também um desafio. Deus confiou a Jesus uma árdua tarefa a cumprir
e Ele aceitou o desafio.
Somos tão freqüentemente assediados pela futilidade, talvez porque
nos esqueçamos de que Deus nos desafia para uma tarefa árdua. Ou, se temos
sentido esta vocação, tentamos escapar às suas exigências. Temos preferido
gozar dos benefícios da cruz, sem arcar com a responsabilidade que ela
acarreta. A vida plena em Cristo, porém, não se processa assim.
Catherine Blanton (Arizona, E.U.A.)
164. CRUZ - DESTINO - PINTURA - OLHANDO PARA JESUS
À entrada do edifício da RCA, na Cidade do Rádio, em Nova Iorque,
adornam as paredes quatro pinturas murais. Três delas retratam grandes períodos
da conquista do homem sobre o mundo material. Todas, porém, parecem apontar
para a cena pintada no quarto mural - um monte em torno do qual se acham
homens, mulheres e crianças de todas as classes e nações, olhando expectantes
para alguém pregado numa cruz!
Sob este último quadro, lê-se as palavras: "O destino final do
homem não depende de ele poder aprender novas lições, ou fazer novas
descobertas e conquistas, mas de sua aceitação da lição ensinada por Ele, há
dois mil anos".
165. CRUZ - MONTE CALVÁRIO Lc
23.33a
Além da porta de Jerusalém seguia um trilho, que levava a um
penhasco, cujas cavernas davam o horrível aspecto de uma caveira sorridente. Os
poetas o chamam Monte Calvário, mas presentemente não passa de uma colina, na
qual a imaginação facilmente descobre a configuração de uma cabeça humana. Era
primavera, quando pela última vez visitei aquele lugar sagrado. Papoulas
vermelhas e celidônias amarelas estavam em plena inflorescência, e as
amendoeiras se cobriam de uma túnica alva de flores.
Há dois mil anos, talvez nesse mesmo lugar, ocorreu o acontecimento
decisivo: "Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o
crucificaram" (Lc 23.33a).
166. CRUZ - RESSURREIÇÃO
Que poder e influência transformaram a cruz, instrumento de tortura
sanguinolenta, no mais glorioso e querido de todos os símbolos? Os romanos
crucificaram milhares de pessoas antes e depois do Calvário. Se Jesus não
tivesse se levantado dentre os mortos, nenhuma pessoa de mente sã glorificaria
algo tão hediondo e repulsivo, como a cruz que foi manchada pelo sangue de
Jesus. Pelo milagre de sua ressurreição da tumba, Jesus colocou o selo de
garantia do perdão dos nossos pecados.
Um Cristo morto não seria o nosso Salvador. Um túmulo fechado jamais
teria aberto os céus. Pelo rompimento das cadeias do sepulcro, Jesus provou
ser, para todo o sempre, o conquistador do pecado. O sacrifício do Calvário
cumpriu seu propósito: o preço da redenção pago pelos nossos pecados foi aceito
por Deus!
167. CRUZ DE CRISTO - SACRIFÍCIO PURIFICADOR
Quando um recém-convertido, vindo do maometismo, procurou o
missionário para que o batizasse, este lhe perguntou: "Qual foi o ponto
que você achou mais deficiente no maometismo e mais satisfatório no
cristianismo?" E a pronta resposta foi: "O maometismo está cheio da
misericórdia de Deus e, enquanto senti real consciência de culpa como infrator
da lei de Deus, isso me satisfez; mas, quando me senti culpado, percebi que
apesar da misericórdia de Deus, sua justiça pesava sobre mim. Para isso o
maometismo nada oferece e foi na cruz de Cristo, que encontrei aquilo de que
mais necessitava: o sacrifício de Jesus, que purifica de todo pecado".
168. CRUZ, SEU MARTÍRIO
"O imaculado Filho de Deus pendia da cruz; a carne, lacerada
pelos açoites; aquelas mãos, tantas vezes estendidas para abençoar, pregadas ao
lenho; aqueles pés, tão incansáveis em serviços de amor, cravados no madeiro; a
régia cabeça, ferida pela coroa de espinhos e aqueles trêmulos lábios,
entreabertos para deixar escapar um grito de dor."
169. CRUZ, SUA SIGNIFICAÇÃO
Sobre uma escarpa nos Alpes, perto de Gemi, ergue-se uma cruz branca
de mármore, em cujos braços há uma inscrição: Só Jesus. Relaciona-se com algo
ocorrido com uma família nobre da região. Uma das moças, quando tentava escalar
as montanhas, caiu num precipício e morreu. Os pais não achavam consolo em
coisa alguma. Até que se encontraram com Jesus e a paz voltou aos seus
corações. Por isso, na montanha onde haviam perdido a filha querida,
testemunham a todos que só em Cristo encontraram a salvação, a paz e a
segurança.
Só na cruz de Cristo o homem sente plenamente o que o separa de
Deus; mas é nessa mesma cruz, e tão-somente nela, que o homem percebe não estar
mais separado de Deus.
Emil Brunner
170. CULTO - DIA DE ORAÇÃO - MÃE SI 96.1-8
O culto a Deus, na companhia de Seu povo, não é somente um
privilégio que devemos repartir com outros, mas também um ato santo e grandioso
que praticamos.
O culto público reúne três grupos de participantes: aqueles que
sentem profundamente a presença e a realidade do Deus vivo e sua comunhão com
Ele; aqueles que já estiveram em comunhão com Deus no passado, mas que a
perderam e procuram agora reconciliação e aqueles que nunca sentiram a presença
de Deus nem Seu poder, e foram levados, conscientemente, por uma necessidade
interna, a buscar comunhão.
Thomas Carlyle não poderia jamais esquecer o quadro de sua mãe em
oração - ali estava o que ele conhecera de mais elevado na terra em comunhão
com o que ela conhecia de mais elevado nos céus. Muitos homens descobriram que
o culto é a "casa de força" da Igreja. No culto, canais são abertos,
através dos quais a graça de Deus flui para trazer purificação, coragem, força,
comunhão e fé.
Ernest E. Long (Ontário, Canadá)
171. CULTOS - FREQUÊNCIA
Helena Tobias conta o caso de um pastor da Nova Inglaterra, que,
indo visitar um dos membros não assíduos aos cultos, encontrou-o sentado diante
de uma lareira. Sem dizer uma palavra, o ministro pegou uma tenaz, tirou uma
brasa viva do fogo, e colocou-a de parte, na pedra da lareira. Silenciosos,
viram a brasa extinguir-se. Então, o membro exclamou: "O Senhor não
necessita dizer-me qualquer coisa. Eu vou estar lá no próximo culto".
172. CULTO DOMÉSTICO - TENTAÇÕES - TRIUNFO ESPIRITUAL - MÃE 2 Tm 1.1-7
Há alguns anos, meu irmão mais moço mudou-se para os Estados Unidos,
a fim de estudar. Com o passar dos dias, minha mãe começou a preocupar-se com
ele. Um dia, ela abriu-lhe o coração numa carta e indagou do seu estado
espiritual. Eis a resposta que recebeu: "Mãe querida, as tentações são
muitas; contudo, à medida que elas cruzam os meus caminhos, eu as venço todas.
Quando éramos crianças, realizávamos o culto doméstico. Geralmente tu nos
ajuntavas ao redor de teus joelhos e lias a Bíblia. Depois, enquanto
continuávamos ajoelhados, tu oravas a Deus em favor de cada um de nós. As
vezes, eu abria os olhos para contemplar tua face erguida em oração. Quando as
tentações me assaltam, eu contemplo com meus olhos espirituais a tua face
levantada para Deus, orando por nós. Mãe, é este o segredo de minha vitória
sobre as tentações".
Quando esta carta chegou, minha mãe encheu-se de gozo e rendeu
graças a Deus.
Vahram Solibiam (Líbano)
173. CURA DIVINA - MORTE
A morte é infalível. Cura-se a doença de hoje, mas outra virá, até
que chegue aquela que opera a nossa transição. Xerxes, rei da Assíria, do alto
de uma eminência contemplava seu poderoso império e, sem poder dominar-se,
chorava ao pensar que, dentro de trinta anos, poucos estariam sobrevivendo. De
pouca utilidade será curar o corpo se a alma continuar enferma: a morte seria,
desta forma, a condenação eterna do corpo e da alma.
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