Por que festejamos o Natal
Introdução:
Natal - Palavra originária do latim "natalis" que significa
nascimento ou dia de aniversário, do nascimento. Para o mundo cristão, é o dia
do nascimento de Cristo. É o feriado mais importante da cristandade.
Nasceu Jesus dia 25 de dezembro?
Não existe nenhuma informação na Bíblia sobre a data
do nascimento de Jesus. Mesmo em fontes históricas insuspeitas, não há
elementos suficientes para que se possa fixar o dia e o mês do nascimento de
Cristo.
JOHN DAVIS declarou que a data de 25 de dezembro para o nascimento de Cristo
começou no Séc. IV, sem autoridade que a justificasse.
O MANUAL BÍBLICO DE HALLEY confirma o que John Davis afirmou, e diz ainda mais:
'No oriente, era o dia 06 de janeiro. O fato de se agasalharem os pastores com
o seu rebanho ao ar livre da primavera ao outono, e não no inverno, sugere que
Jesus não podia nascer nesta estação fria.
A ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA se inviável a data de 25 de dezembro para o nascimento
de Jesus, e também afirma: "As igrejas orientais fixaram-se no dia 6 de
janeiro e acusaram os ocidentais por celebrarem o natal no dia 25 de dezembro,
mas no fim do 4º século, o dia 25 de dezembro também foi adotado no
Oriente."
Alguns estudiosos da Palestina são unânimes em afirmar que o nascimento de
Cristo não podia ter sido em 25 de dezembro, pelo fato dos pastores estarem
pernoitando no campo com seus rebanhos. Para eles, o nascimento de Cristo foi
no mês de abril ou em outubro.
Ainda que o dia exato seja por nós
ignorado, a realidade do Seu nascimento é um fato histórico de profunda
significação para a humanidade. Não importa a data, importa apenas que Ele se
fez carne e habitou entre nós.
Por quê, então, esta data foi
escolhida para a comemoração do natal?
A
ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA, ao falar do nascimento de Jesus, declara: em 354, nas
igrejas Ocidentais, incluindo a de Roma, celebrava-se o natal em 25 de
dezembro, era uma data erroneamente dada como o solstício do inverno, em que os
dias começam a aumentar, data da festa central do mitraísmo, o "natalis
invieti solis" ou "aniversário do sol invencível".
A história
confirma que o imperador Constantino, o Ano 313 D.C. adotou o cristianismo como
sua religião, esse fato levou os dirigentes da igreja a racionalizarem;
tornou-se uma boa política que se transformasse as festas mais populares dos
pagãos em festas cristãs.
Entre os romanos, o
Carnaval era de 17 a 24 de dezembro, e o dia religioso para eles, era o culto
ao deus Sol. Por isto, os cristãos da época associaram Cristo como o "Sol
da Justiça", a "Luz do mundo", para que fosse lembrado o Seu
nascimento no dia do culto pagão ao Deus Sol. Por tudo isso posto, foi
escolhido a data de 25 de dezembro para o Natal.
Singularidade de Jesus
“Durante
três anos e meio Ele pregou o Seu evangelho. Não escreveu livro algum, não
construiu nenhuma igreja não teve nenhum apoio financeiro. Contudo após 1900
anos é Ele o Personagem Central da História, o Eixo em torno do qual giram os
acontecimentos das épocas, e o (único) Regenerador da Raça Humana.”
Quando
Napoleão Bonaparte estava na ilha de Sta Helena, desfalecendo por um câncer de
estomago, teve tempo suficiente para refletir sobre a singularidade de Jesus e
chegar a algumas notáveis conclusões.
“Tudo em
Cristo me deixa atônito”, disse. “Seu espírito
me enche de reverencia, Sua vontade me confunde. Suas idéias e sentimentos, as
verdades que Ele anuncia, Sua maneira de convencer, não se explicam nem pela
observação humana, nem pela natureza das coisas. Seu nascimento e a historia de
Sua vida; a profundeza de Sua doutrina, que luta com as maiores dificuldades, e
que é dessas dificuldades a mais admirável solução; Seu evangelho, Sua
aparição, Seu império, Sua marcha através dos séculos e dos reinos – tudo é
para mim um prodígio, mistério insondável, que me lança em reflexões das quais
não posso escapar – mistério que está
aqui perante os meus olhos, mistério que não posso negar nem sei explicar. Aqui
não vejo nada de humano. Quanto mais dele me aproximo, tanto mais
cuidadosamente o examino. Tudo está acima de mim. Tudo permanece grandioso - de uma grandiosidade que avassala. Sua
religião é revelação de uma inteligência qu por certo não é dos homens.”
Setecentos anos antes do nascimento de Jesus o profeta Isaias profetizou:
“Porque um Menino nos nasceu, um
Filho se nos deu; o governo está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será:
Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.” Isa.
9:6.
Jesus é
muitas vezes chamado o Príncipe da Paz, mas incontáveis guerras têm sido paradoxalmente
travadas em Seu nome durante os últimos dois mil anos.
Podemos citar muitas, mas só para lembrarmos :
As Cruzadas, a Inquisição, a Guerra dos 30 anos , a Guerra da Criméia,
etc,.
Havia uma
estrela de prata pendurada na Igreja da Natividade, em Belém, sobre o suposto
local do nascimento de Jesus. Hoje existe apenas uma estrela feita no chão, sob
a manjedoura. Mas não existe nenhuma estrela de prata pendurada, mas que realmente
existiu e foi removida uns cento e cinqüenta anos antes.
Em 1853 aquela estrela se havia tornado o foco de uma discussão que causou, em
pouco tempo, a Guerra da Criméia. Tudo começou quando um clérigo da Igreja
Ortodoxa Oriental decidiu substituir a estrela por uma outra da própria igreja.
O clérigo do rito latino discordou. O primeiro era apoiado pela Rússia: o
segundo, pela França. Quando a Turquia se colocou ao lado da França, a Rússia
foi à guerra contra a Turquia. A França, a Grã-Bretanha e a Sardenha, por sua
vez, declararam guerra contra a Rússia. A guerra durou três longos anos e
resultou em dezenas de milhares de soldados mortos e feridos. Por fim, os
aliados venceram. O lado irônico do fato é que a estrela de prata, o centro da
contenda, foi retirada permanentemente dois anos depois da guerra, mas deixou
um legado de má vontade que durou muito tempo.
Nós
cristãos somos difíceis de nos entendermos. Dizemos que somos seguidores do
Príncipe da Paz, mas nosso coração não esta em harmonia com o dEle, o Príncipe da
Paz. Só quando pararmos para pensar e compararmos o nosso ser com o dEle,
através da sua vida aqui na Terra, é que poderemos sentir a nossa necessidade
de sermos iguais a Ele, e só Ele é quem pode nos conceder o que Ele chama de o “novo
nascimento”, e só com esse novo nascimento, é que poderemos estar em conformidade
com as suas leis que podem ser resumidas em uma palavra: AMOR.
Como celebrar a festa?
O evento do Natal reclama nossa atenção para
tudo o que é bom e nobre.
Resistamos
a tendência materialista que obscurece a genuína comemoração natalina, e faz do
Papai Noel uma figura mais lembrada que o próprio aniversariante. Para alguns o
Natal é apenas uma ocasião para melhores negócios, com maior volume de vendas,
e lucros multiplicados; para outros tão só o momento propício para o
intercâmbio de cartões e presentes, e para um banquete requintado, regado com
muito champanhe, peru e brindes à saúde. E é tudo.
Enquanto
isso, como José Avelino de Souza observa,...
“ lá na choça, está a viúva pobre, com uma
dezena de filhos órfãos, famintos, cobertos de andrajos, enfermos, sem
medicamentos e sem brinquedos. Pelas ruas desfilam velhos e crianças, débeis a
mendigar uma fatia de pão, um resto de comida, uma roupa, um par de sapatos, um
cobertor velho.”
Acrescentaria ainda outros que estão por aí
famintos de atenção, de um simples tapinha nas costas, ou de um aperto de mãos.
Mas de quem é realmente a festa? Pode haver Natal sem Jesus?
Tornemos o
Natal um meio de honrar Aquele que por nós nasceu, viveu, e morreu. E isso só é
possível se permitirmos que Ele nasça em nosso coração, como, naquela noite em
Belém, Ele nasceu na manjedoura. E não resta dúvida que vivendo Ele em nossa
vida, poderemos celebrar muito bem a sua festa.
Sem comentários:
Enviar um comentário