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quarta-feira, 1 de outubro de 2014

MÃE SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS


“Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos;
pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus” I Timóteo 3

Basta olharmos para os telejornais e vermos que esta profecia está a cumprir-se cada vez mais na sua plenitude. Mas sabem irmãos, o mais triste é ver que isto se está a tornar uma realidade cada vez maior não apenas nos adultos e jovens adultos... mas SOBRETUDO nas crianças e adolescentes.

Há cerca de 2 semanas li uma notícia no DN que dizia:

"Os Dois agressores, na época com 10 e 11 anos (culpados da agressão a 2 menores de 9 e 10), tinham raptado as suas vítimas, levando-as em seguida para uma zona de mato isolada onde as submeteram a um verdadeiro calvário: agressões à paulada, golpes de faca e queimaduras. As duas vítimas foram ainda intimidadas a manterem actos sexuais recíprocos."

E essas agressões não são só a terceiros, mas à própria família:

EUA, Baltimore, 2008: “Um adolescente de 15 anos matou seus pais e seus dois irmãos mais novos numa sexta e mas só ligou à Polícia para informar do crime no sábado à noite, depois de ter passado o dia com os amigos.

Em ~PORTUGAL – “Adolescente de 16 anos dá tiro na cabeça de um amigo pq desconfiava que este tinha roubado 2 peças de ouro da sua casa, facto que veio a comprovar-se falso. Deixou o amigo estendido no chão a agonizar e ainda roubou-lhe 150€, telemóvel…e o Magalhães!!”

A fonte da Judiciária considerou preocupante que um jovem de 16 anos tenha reagido de forma tão violenta contra um amigo, que ficou em perigo de vida.

Isto são só o exemplo de duas das muitas notícias que nos chegam diariamente de crianças e adolescentes que praticam crimes e actos ilícitos… são tantas, que já nos começamos a tornar indiferentes.

Mas sabem, um dos locais onde essa violência se reflecte cada vez mais é na escola, ao ponto de hoje se usar um termo que é o Bullying

Bullying é um termo inglês utilizado para descrever actos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully ou "valentão") ou grupo de indivíduos com o objectivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender.

Resumindo, o Bullying é apenas Violência gratuita, fazer o mal aos outros pelo prazer de fazer mal.

Mas para aqueles que acham que isto não é relevante, que sempre houve agressões e os valentões na escola…. o que dizer desses actos levados ao extremo, através dos massacres feitos em escolas (ou às vezes em locais públicos) por alunos?

Desde 1996, que temos notícia praticamente todos os anos de 1 ou mais casos de massacres em escolas, onde um ou dois alunos entram munidos de armas e matam indiscriminadamente colegas, professores e funcionários.

“Dois mil tiroteios fatais em escolas americanas desde 1989”

- Nenhum de nós gostaria que o seu filho sofresse na mão destes agressores, certo?... mas e se o agressor for o nosso próprio filho? Se um dia nos telefonarem ou abrirem os telejornais a dizer que o nosso filho praticou um crime ou um acto ilícito?

Certamente exclamaremos… “NÃO… IMPOSSIVEL… O MEU FILHO NÃO ERA CAPAZ DISSO!!”. Nós podemos até ter visto alguns indícios mas pensamos sempre que seria da idade, seria mau feitio.. mas assim como nós pensamos que nunca chegaríamos tão longe.. não podemos acreditar que o nosso filho… o nosso pequenino, aquele a quem demos vida foi capaz de tal acto monstruoso…

PORQUÊ? Porque sonhamos que os nossos filhos possa vir a ser alguém de posição na sociedade… um advogado, um professor, um médico… mas não um BANDIDO!!

- ENTÃO O QUE SE ESTÁ A PASSAR COM AS NOSSAS CRIANÇAS E JOVENS???

Porque cada vez se encontram mais crianças e adolescentes “amantes de si mesmos, gananciosos, desobedientes a pais e mais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos..”

 "Aumento da violência nas escolas reflecte crise de autoridade familiar “ in PUBLICO 10.11.2006 - 13h51 Lusa"

 (Os pais desejam que o pouco tempo que passam com os filhos seja sem conflitos, empurrando o papel de disciplinador quase exclusivamente para a escola!), ou seja, delegam para terceiros e muitas vezes demitem-se do seu papel de educadores e de formadores dos seus filhos.

- SERÁ QUE, COMO PAIS, NOS ESTAMOS A CONFORMAR COM O QUE SE PASSA À NOSSA VOLTA? SERÁ QUE JÁ ACEITAMOS QUE O “MUNDO ESTÁ ASSIM”… “AS CRIANÇAS ESTÃO ASSIM”? NÃO HÁ NADA A FAZER?

- SERÁ QUE ESTE FLAGELO QUE ESTÁ A ATINGIR OS PAIS E AS CRIANÇAS DO NOSSO MUNDO, TB ESTÁ A ATINGIR AS FAMÍLIAS DA IGREJA?

Perante todo este cenário gostaria de fazer a seguinte pergunta:

- QUAL A MENSAGEM URGENTE PARA OS NOSSOS DIAS?... QUAL A MENSAGEM URGENTE PARA ESTE MUNDO QUE SE APROXIMA DO GRANDE DIA DO SENHOR?

MALAQUIAS 4:5-6  “Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do Senhor. Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário, eu virei e castigarei a terra com maldição”.

Elias era um reformador…………

Converter é mudar o estilo de vida………………

Logo tem de haver uma reforma no estilo de vida entre os pais e os filhos nestes dias que antecedem a volta de Cristo. Há necessidade de uma reforma nas nossas famílias.

“Antes de a igreja poder terminar a obra no mundo, terá que fazer primeiro a obra em seus próprios lares. No entanto, até hoje, os pais mal começaram a tocar com as pontas dos dedos a sua obra em casa. Se primeiro demonstrarmos ao mundo um evangelho através do qual pais, mães e filhos são todos bem-ordenados, bemdisciplinados, e submissos a Cristo em pensamentos, palavras e ações, aí será encontrado o evangelho que tem poder para mudar o mundo!”

"Uma família bem ordenada, bem disciplinada, fala mais em favor do cristianismo do que todos os sermões que se possam pregar."

"Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel." (ITm. 5:8)

-
 MAS O QUE HÁ A MUDAR? O QUE HÁ A REFORMAR NAS NOSSAS FAMÍLIAS?


REFORMAR O NOSSO CORAÇÃO

"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu CORAÇÃO, de toda a tua alma e de toda a tua força. E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu CORAÇÃO." Deut. 6:6

"Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, pois dele procedem as saídas da vida" Prov.4:23

A mente (o coração) é de onde as acções fluem. É ele que fala da vida interior , dos pensamentos, dos motivos e desejos.

Isso define como gastar o nosso dinheiro, utilizar O TEMPO (esse bem tão precioso), como tratamos as pessoas, o valor que damos às coisas.... NOSSAS ESCOLHAS REVELAM O NOSSO CORAÇÃO."

- POQUE É TÃO IMPORTANTE CUIDAR DO NOSSO CORAÇÃO, QUANDO FALAMOS EM TRANSMITIR VALORES AOS NOSSOS FILHOS?

Porque as crianças aprendem continuamente através dos seus pais, não só pelo que estes lhes contam, mas também, e sobretudo, pelo que vêem neles

“O facto de que o ensino das Escrituras não tem maior efeito na juventude, é devido a que os pais… professam crer na Palavra de Deus, enquanto sua vida nega o poder dela.” Or.Cr.218

SATANAS não se importa que os pais levem os seus filhos à igreja e até lhes contem algumas historias da biblia... e mesmo que lhe digam o que devem e não devem fazer... desde que isso nao seja acompanhado pelo exemplo da vida dos proprios pais (sua conduta, suas escolhas, seus interesses....sua busca constante em ser mais semelhantes a Jesus)

"Vi um pai que, depois de ler uma porção das escrituras e de orar, frequentemente quase que ao levantar dos joelhos, começava a ralhar com os filhos. Como poderia Deus atender à oração que fizera?” Or. Criança pg499

"Diz o Senhor: Este povo aproxima-se de MIM com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu CORAÇÃO está longe de mim. O seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens em coisa aprendida por rotina". Isa. 29:13

NOTA: O Seu CORAÇÃO está longe de Mim!!!!!!!!! Esta mensagem é tão importante que Jesus voltou a refi-la em Mat 15:8 e 9)

Muitas vezes ficamos por FORMALIDADES, porque estas nos acalmam a consciência!!!!

MAS NÃO PRECISAMOS DE ACALMAR A CONSCIENCIA... NOS PRECISAMOS É ACORDAR A NOSSA CONSCIENCIA.... PRECISAMOS PERCEBER QDO AS COISAS NAO ESTAO BEM, PARA QUE DEUS NOS AJUDE A MUDAR AQUILO QUE TEM DE SER MUDADO!!!!!

Precisamos de ser pais e mães segundo o coração de Deus, para ajudar os nossos filhos a serem filhos segundo o coração de Deus.


REFORMAR O NOSSO TEMPO

"e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando" Deut 6.

Deus aqui está a pedir-nos que tiremos TEMPO para os nossos filhos.  Tempo para aproveitarmos cada momento para passarmos valores e princípios bíblicos, através dos pequenos acontecimentos do dia a dia…

Mas a falta de tempo é um grande mal deste século, por toda a parte as pessoas queixam-se de falta de tempo.

Gostamos muitíssimo dos nossos filhos, mas muitas vezes não temos tempo para os ver crescer,  e principalmente, para os ajudar a crescer. A vida é agitadíssima, estamos constantemente a correr de uma lado para o outro…e é para dar aos filhos melhores condições que nos matamos a trabalhar.

Mas será que, apesar de todas as circunstâncias que nos envolvem, não temos mesmo tempo? Os cafés, os cabeleireiros, o ginásios, os shoppings… estão cheios de pais que se queixam de falta de tempo para o seus filhos.

Muitas vezes o pai e a mãe têm tempo para ver o futebol, o jornal ou o telejornal, tempo para ver a novela, o concurso, para por a conversa em dia ao telefone, para navegar na internet … e para muitas outras coisas.

Mas se um filho vem para falar connosco, muitas vezes ouve a resposta… “AGORA NÃO, DEPOIS”… um depois, que acaba quase sempre por não acontecer.

TEMOS TEMPO PARA AQUILO QUE NOS AGRADA E NÃO NOS DÁ DEMASIADO TRABALHO!!!!

O que acontece é que para podermos descansar de um dia agitado, gostamos de fazer aquilo que nos agrada e preferimos que os nossos filhos não nos incomodem. Então rodeamo-los de todos os brinquedos e meios que os possam distrair como o computador, a TV, rádios, telemóveis, etc… para que possamos ter um serão sossegado sem os filhos a atrapalharem.

in JPN:  “Cinco horas é quanto as crianças portuguesas passam, em média, por dia, na companhia de meios de comunicação. “

Eu pessoalmente não sou contra a televisão. Sou contra é o mau uso que fazemos dela… o tempo que perdemos com ela … a importância que lhe damos… e principalmente o deixar os nossos filhos em frente ao ecrã deixando que estes vejam tudo.. sem por vezes termos a noção do que estão a ver… e pior… ficaríamos preocupados se estranhos viessem falar com os nossos filhos… mas deixamos que estranhos entrem pela nossa casa através do ecrã e passem todas a filosofias conceitos e imagens que desejam para a mente dos nossos filhos.

Em vez de partirmos o pequeno ecrã… pensemos que podemos aproveitá-lo de uma forma mais educativa… mas se virmos que não conseguimos.. se calhar é melhor partir mesmo.

Muitos adolescentes tb passam hoje horas na internet e irmãos, como alguém que já pertence à velha guardar da internet… ETC ETC ETC

Já para não falar de jogos, músicas que estão a ser extremamente danosos para os nossos filhos.

Não queiramos queimar toda a tecnologia que temos aos nosso dispor na fogueira, mas temos de aprender a usar aquilo que temos e a escolher, é fundamental ensinar os nossos filhos desde cedo a fazer escolhas. Não vamos deixar de ler livros, só porque há livros maus…temos de aprender a escolher entre um bom e um mau livro.

Mas como vimos os pais tendem a rodear os filhos de tudo o que os distrai…

Em 2007, o Duracell Toy Survey revela que, de toda a Europa, as crianças portuguesas são as que menos brincam, diariamente, com os pais. Do total de inquiridos, apenas 6% das crianças portuguesas referem brincar diariamente com os pais. A Duracell pretende alertar o país e as famílias portuguesas para uma problemática que tende a aumentar de ano para ano com os novos ritmos de vida impostos pela sociedade moderna.

Acredito que muitos pais não descobriram a tempo que existe uma maneira de não gastar tempo com os filhos. BASTA NÃO OS TER!!!
O psicólogo inglês Steve Biddulph, um dos mais requisitados especialistas em educação de crianças diz: “Esta é, com certeza, a geração mais abandonada de todos os tempos”

“Que direito têm os pais de trazer filhos ao mundo para deixá-los crescer sem educação e sem o ensino cristão?” Or.Cr.186

Um dos problemas que se coloca hoje em dia é que os pais demitem-se das suas funções de pais e delegam para terceiros a educação dos seus filhos. Passam a responsabilidade à escola, à igreja, aos educadores, aos avós… que deveriam ser apenas auxiliares dos pais nesta difícil tarefa de educar uma criança e não os responsáveis. Muitos pais pensam que criar um filho fica apenas por dar-lhe de comer e de vestir, levá-lo ao médico, levá-lo à igreja, colocá-lo em boas escolas, na natação, no piano, etc….

(Encaixar algures o exemplo da minha cunhada, aproveitar e fazer o comentário das ferias sem filhos)

Mas como podemos cumprir aquilo que Deus nos indicou em Deut.6 de aproveitar cada momento da vida para transmitir-lhes valores, criar empatia, intimidade… quando dedicamos tanto pouco tempo a estar com eles?

Hoje em dia fala-se muito do TEMPO DE QUALIDADE, para que os pais não se sintam culpados do pouco tempo que dedicam aos seus filhos, mas o que terá mais influência na passagem de valores: 5 horas de televisão, ou 15 minutos de conversa com um filho?

Nunca se ouviu falar tanto dos DIREITOS DA CRIANÇA e do supremo interesse da criança... mas nunca as crianças foram tão privadas de algo que lhes é tão essencial... a presença dos pais e em particular da MÃE!

Num relatório da conhecida UNICEF (é uma agência das Nações Unidas que tem como objectivo promover a defesa dos direitos das crianças) é dito que: “As crianças dos países ricos passam a maior parte do dia longe dos pais. Os países mais ricos não estão a dar a atenção que deviam às crianças, que passam a maior parte do dia confiados a outros, enquanto os pais trabalham.

69% das mulheres portuguesas que têm filhos com idade inferior a três anos têm um emprego fora de casa.

Ellen White menciona e os psicólogos tb o referem que os 3 primeiros anos são fundamentais na formação do carácter das crianças…. E que até aos 7 anos a criança está a construir aquilo que vai ser.

Em Portugal, o governo já tem como objectivo passar a escolaridade obrigatória para os 5 anos. Mas a CONFAP pede que a escolaridade obrigatória comece aos 3 anos. Ou seja, deixa de ser uma OPÇÃO deixar ou não os filhos nas creches! Dizem que os alunos que frequentam o pré-escolar têm melhor desempenho e melhor COMPORTAMENTO. Pela minha observação, eu diria que isto é no mínimo discutível. Qualquer dia somos obrigados a entregar os filhos à nascença para outros cuidarem!

(Exemplo de JOQUEBEDE)

"A obra dos pais deve começar com a criança, na infância, para que esta possa receber o cunho certo de carácter, antes que o mundo coloque sua marca na mente e no coração" Or,Cr. 194

NUNCA NA VIDA TEREMOS OUTRA OPORTUNIDADE COMO ESTA... Será que vamos continuar a perder tempo com aquilo que não é essencial?

 "Quando os pais virem a importância de sua obra na educação dos filhos, quando virem que ela envolve interesses ETERNOS, sentirão que devem dedicar a essa obra o seu melhor TEMPO e pensamento" Or.Cr.pg184

Deus conhece a situação profissional, familiar e financeira de cada mãe, cada pai… e Deus quer ajudá-los a encontrar soluções de forma que nada nos faça negligenciar a educação dos seus filhos.

"Quando os pais manifestarem tal interesse pelos filhos como o que Deus quer que manifestem, ouvirá Ele as suas orações e cooperará com os seus esforços. MAS DEUS NÃO SE PROPÕE A FAZER A OBRA QUE ELE DETERMINOU QUE OS PAIS FIZESSEM". OR.CR.172

Nós olhamos para o mundo e vimos que estamos a passar tempo difíceis… muitas vezes usamos isso como desculpa para a nossa falta de tempo… e para justificar o comportamento dos nossos filhos “pois estes sofrem muitas influências do mundo”. Mas lembram-se da oração de Jesus? “Pai, não te peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”. Se temos a consciência dos tempos em que vivemos, das influências que os nossos filhos sofrem… é hora de não cruzarmos os braços e lutar do lado de Deus para que o inimigo não vença no coração dos nossos filhos!

Uma coisa posso vos dizer… o inimigo sabe que se conseguir influenciar uma criança nos seus primeiros anos de vida, conseguirá grande vitória. Se formos negligentes em influenciar os nossos filhos para o bem, o mundo tirará proveito disso… e com certeza, SATANÁS!

Antes de terminar gostaria de vos contar a história de CINDY PAROLIN. Esta história remonta a  1966. A Cindy e 3 dos seus filhos cavalgavam pelo campo, pois iam ter com o seu marido e o seu filho de 10 anos, pois estes já se encontravam na cabana onde iam passar umas férias campestres. Entretanto, a meio do caminho os cavalos ficaram agitados e uma puma lançou-se para pegar o Steven, o filho mais novo de Cindy, de apenas 6 anos.  Cindy saltou, do cavalo, apanhou um ramo e tentou dominar a fera, que lhe cravou os dentes no braço, mas mesmo assim Cindy conseguiu posicionar-se por cima dela e gritou aos filhos para levarem Steven e buscarem ajuda na aldeia mais próxima. Lá pediram ajuda e um homem que pegou na camioneta e foi na direcção de Cindy. Ao chegar ao local, passado uma hora, ainda a encontrou com vida a lutar com aquela fera. Ela apenas quis saber se os seus filhos estavam bem. O homem ainda deu um tiro no animal, mas Cindy já não conseguiu sobreviver..

Esta mulher trocou o seu futuro, os seus sonhos, os seus objectivos, a sua própria vida pela salvação dos seus filhos.

Acredito que qualquer pai ou mãe aqui presente, perante uma situação destas o seu instinto protector seria tão forte que o levaria a fazer o mesmo, como aquele pai que vendo o seu filho a afogar-se no rio, mesmo não sabendo nadar atirou-se para tentar salvá-lo acabando por falecer .

Mas a Bíblia diz em I Pedro 5:8 “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como m leão que ruge, procurando alguém para devorar”.

Será que como a Cindy estamos dispostos a renunciar aos nossos sonhos, ao nosso futuro, aquilo que nos esteja a impedir de salvar os nossos filhos? Talvez também tenhamos de morrer… mas de morrer para este mundo, para o nosso Eu.

"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus". Rom 12:2

"Quer sintais ou não, sobre vós repousa a responsabilidade de educar esses filhos para Deus - de vigiar com cioso cuidado a primeira aproximação do astuto inimigo e estar preparados para contra ele arvorar a bandeira. Levantai uma fortaleza de oração e fé ao redor de vossos filhos e sobre ela exercei diligente vigilância. Em Nenhum momento estais seguros contra os ataques

de Satanás. Não tendes tempo para descansar do trabalho vigilante e fervoroso. Não deveis dormir nenhum momento em vosso posto. Consequências eternas estão envolvidas. É uma questão de vida ou morte para vós e vossa família" Or.Cr 185

ESTE SERMÃO FOI REALIZADO PELA MINHA ESPOSA 

A FESTA DO YOM KIPUR



YOM KIPUR

O Yom Kipur é chamado em inglês Day of Atonement (Dia da Expiação) e, em português, dia do perdão. Ambas as denominações estão corretas, embora as palavras "expiação" e "perdão" não signifiquem a mesma coisa. A palavra "kipur" contém ambos os sentidos: expiação, que significa a remissão dos pecados por parte do pecador, e perdão, que representa o perdão do pecado por D`us.
A origem e o significado desse dia encontra-se na Torá, em Vayikrá (Levíticos) 16:30-31: "Porque neste dia far-se-á expiação por vós, para purificar-vos, e de todos os vossos pecados sereis purificados perante o Eterno. É um shabat solene para vós, e afligireis as vossas almas; isto é estatuto perpétuo."
O significado literal de “far-se-á expiação por vós", no contexto da Torá, é que, enquanto o Templo existiu, o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote), fazia expiação por Israel inteiro nesse dia, como representante do povo de Israel, como símbolo do Mashiach. As palavras "é estatuto perpétuo" mostram-nos claramente que, ainda que não exista mais templo, nem Sumo Sacerdote, a expiação continua a ser feita por nós.
As palavras "é um sábado solene para vós, e afligireis as vossas almas" mostra-nos que todas as leis que se aplicam ao Shabat, com referência ao trabalho etc., aplicam-se também ao Yom Kipur, e que devemos afligir nossas almas pelo jejum. É necessário que isso seja bem enuciado porque comumente é proibido jejuar no Shabat. Isto explica porque o jejum de Yom Kipur é mantido mesmo quando o dia santo coincide com um Shabat, enquanto todos os outros dias de jejum, quando coincidem com o Shabat, são adiados para o dia seguinte, domingo.

 YOM KIPPUR NO TEMPLO SAGRADO
Sete dias antes do Dia da Expiação, o Sumo Sacerdote era levado de sua casa e colocado na Câmara dos Conselheiros, e outro sacerdote ficava de sobreaviso para assumir seu lugar, no caso de acontecer-lhe algo que o tornasse impróprio para o Serviço.
Era deixado aos cuidados dos anciãos do Bet Din, Tribunal Rabínico, que liam perante ele a ordem do dia (para torná-lo bem versado no Serviço). Diziam-lhe eles: "Meu Senhor Sumo Sacerdote, recite com sua própria boca, para que não seja esquecido, ou se nunca o aprendeu."
Na véspera do Dia de Expiação pela manhã, eles o faziam ficar de pé no Portão Ocidental, e passavam por ele bois, carneiros e ovelhas, para que adquirisse conhecimento e se tornasse versado no Serviço.
Durante todos os sete dias não lhe eram negados água e alimento; mas na véspera do Dia de Expiação, quando anoitece, não lhe permitiam comer bastante, pois a comida induz ao sono. Os anciãos da Corte o entregavam aos anciãos do Sacerdócio, e estes o levavam à Casa de Abtinas (no pavimento superior do Bet Hamicdash, Templo Sagrado, no lado sul da "Corte dos Sacerdotes").
Faziam-no jurar de que realizaria o Serviço de acordo com a tradição, e antes de deixá-lo, diziam sobre ele: "Meu Senhor Sumo Sacerdote, somos representantes da Corte, e o senhor é nosso representante. Nós lhe suplicamos por Ele, que fez Seu nome habitar nesta Casa, para que não altere nada daquilo que lhe dissemos." Ele voltava-se de lado e chorava, e eles voltavam-se de lado e choravam (pois uma suspeita fora lançada sobre ele).
Se ele fosse um Sábio, costumava explicar as Escrituras, e caso não fosse, os Sábios costumavam explicá-la perante ele. Se era versado na leitura das Escrituras, lia, e se não o fosse, eles liam perante ele (para distrair-lhe a mente e impedi-lo de dormir). E que parte liam perante ele? Iyov, Ezra e Divrê-Hayamim.




Todos os sacerdotes e o povo que ficava de pé na Corte, ao ouvirem o Nome glorioso, inefável e inspirador pronunciado pelo Sumo Sacerdote com santidade e pureza, ajoelhavam-se e prostravam-se sobre suas faces, dizendo: "Bendito seja o Nome de Sua gloriosa Majestade para todo o sempre."




Zecharia ben Kebutal disse: "Muitas vezes eu li perante ele, do livro de Daniel." Se ele estivesse com aparência sonolenta, jovens membros do sacerdócio ergueriam o dedo médio perante ele e lhe diziam: "Meu Senhor Sumo Sacerdote, levante-se e afaste o sono de uma vez caminhando sobre o chão frio." E costumavam distraí-lo até que a hora do sacrifício se aproximasse. Fazia-se um sorteio para dividir os serviços sagrados entre os sacerdotes.
O oficial encarregado dizia-lhe: "Vá e veja se chegou a hora do sacrifício. Se tivesse chegado, aquele que a vira proclamava: "Barkai!" (O dia amanheceu!).
O Sumo Sacerdote era levado ao local de imersão. Neste dia o Sumo Sacerdote imergia cinco vezes, e dez vezes ele purificava suas mãos e pés. Eles esticavam um lençol de linho entre ele e o povo. Ele despia as roupas, descia e mergulhava, saía e secava-se. Traziam-lhe vestes de ouro e ele as vestia, e santificava suas mãos e pés. Traziam a ele o Tamid, Oferenda Diária Completa. Ele fazia a incisão e outro completava a oferenda em seu nome. Ele ia para o interior para queimar o incenso matinal e para cuidar das lamparinas.
Traziam-no à câmara dentro da Corte do Templo Sagrado. Esticavam um lençol de linho entre ele e o povo. Ele santificava suas mãos e pés e despia as roupas. Descia e mergulhava, saía e secava-se. Traziam-lhe vestes brancas; ele as envergava e santificava suas mãos e pés. Pela manhã, era vestido em linho, e na parte da tarde em linho indiano. Isto era pago com fundos públicos, e se ele desejasse gastar mais, podia fazê-lo às suas próprias custas.
Aproximava-se de seu novilho, que estava de pé entre o Salão e o Altar, a cabeça para o lado sul e a face voltada para oeste. E o Sumo Sacerdote ficava a leste com a face voltada para oeste; e colocava as mãos sobre ele e fazia uma confissão. Ele costumava dizer: "Ó D'us, cometi iniqüidade, transgredi e pequei perante Ti, eu e minha casa. Ó D'us, perdoa as iniqüidades e transgressões e pecados que cometi e transgredi perante Ti, eu e minha casa, como está escrito na Torá de Teu servo Moshê: 'Pois neste dia a expiação deve ser feita para te purificar; de todos teus pecados perante D'us deves ser limpo'".
Todos os sacerdotes e o povo que ficava de pé na Corte, ao ouvirem o Nome glorioso, inefável e inspirador pronunciado pelo Sumo Sacerdote com santidade e pureza, ajoelhavam-se e prostravam-se sobre suas faces, dizendo: "Bendito seja o Nome de Sua gloriosa Majestade para todo o sempre."
Após terminar o serviço do dia, traziam-lhe suas próprias roupas e o acompanhavam até sua casa. Ele então reunia todos seus amigos para celebrar sua saída do Santuário sem nenhum problema.
O Machzor, livro de rezas de Rosh Hashaná e Yom Kipur, descreve:
"Como era glorioso o Sumo Sacerdote, quando deixa a salvo o Santuário...
Semelhante à abóbada expandida do céu, era o semblante do Sacerdote...
Como a aparência do arco-íris no meio de uma nuvem...
Como a rosa em meio a um maravilhoso jardim...
Como a ternura que paira sobre a face de um noivo...
Como os sinos de ouro nas franjas do manto...
Como o aspecto do sol nascente sobre a terra...
Feliz o olho que viu todas estas coisas."

 HAT MAA TOVÁ !

A FESTA DOS TABERNÁCULOS



Festa em Jerusalém

Celebração judaica identificava Jesus como Messias


 “A festa dos Tabernáculos era um dos momentos mais felizes do ano litúrgico judaico”


O ano agrícola judaico se encerrava com a grande Festa dos Tabernácu­los. Nos meses de setembro e outu­bro, logo após o verão, os israelitas se dirigiam a Jerusalém para as
grandes festas do outono (a Festa das Trombetas, o Dia das Expiações e a Festa dos Tabernáculos). Essas festas se seguiam, uma após a outra, durante o sétimo mês do calendário judaico. Veja, por exemplo, Êxodo 23:14-17.
A Festa dos Tabernáculos se tornou um dos momentos mais felizes do ano litúrgico judai­co. Flávio Josefo (em Antiguidades) e o Talmude descrevem a celebração dessa festa na época do segundo templo em Jerusalém. Mul­tidões de peregrinos de todas as partes de is­rael e do mundo chegavam a Jerusalém em ca­ravanas coloridas e festivas. Lá, eles prepara­vam tendas de ramos ao longo das ruas, no pátio do templo, sobre os telhados das casas, nos montes e vales ao redor da cidade. Jerusa­lém ficava  toda decorada com ramos de olivei­ra, palmas, salgueiros, frutas frescas e flores.
A cerimônia mais marcante da festa era intitu­lada “O Regozijo no Local da Retirada da Água”. Durante a festa, além da oferta (ou “libação”) anual de vinho, era derramada sobre o altar uma oferta de água. A cada manhã, os sacerdotes fa­ziam soar as trombetas, de modo longo e pene­trante, aos primeiros raios do sol. Assim, o povo era despertado para mais um dia de exclamações de alegria. Os sacerdotes desciam então à piscina de Siloé, levando consigo um frasco de ouro para enchê-lo de água, e retomavam ao templo de for­ma cadenciada e pausada, ao som das trombetas. Após o sacrifício e de ter entoado o Halel (Salmos 113-118), os sacerdotes, segu­rando os ramos e frutos da terra pres­critos em Levítico 23, rodeavam o al­tar de bronze, o qual estava adorna­do com ramos frescos de salguei­ro, e recitavam as palavras do Salmo 118:25: “Oh! Salva-nos, Senhor, nós Te pedimos!” O sacerdote responsável pelo serviço subia a rampa do al­tar de bronze e derramava a água do frasco de ouro sobre uma bacia de prata, e vinho sobre uma segun­da bacia. Na seqüência, de
forma simultânea, o conteúdo de ambas as bacias era derramado sobre o altar. Todos os presentes exclamavam: “O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico. [...] Vós com alegria tirareis água das fontes da salvação” (lsa. 12:2 e 3). Na tradi­ção judaica, esta cerimônia comemorava a “Ro­cha” da qual brotou “água viva” e que acompa­nhou os israelitas durante a sua peregrinação no deserto, sendo símbolo de Deus e do Messias.
A segunda cerimônia mais marcante da fes­ta ocorria de noite. Quatro grandes candela­bros de sete braços, contendo no topo de cada braço vários litros de óleo e pavios feitos de vestes sacerdotais desgastadas, iluminavam toda a área do templo e a cidade de Jerusalém. Uma orquestra tocando flautas, harpas, címba­los e tambores acompanhava uma procissão de tochas, na qual havia danças e grande regozijo entre os peregrinos. Enquanto isso, o coral de levitas, posicionado nas escadarias internas do templo, entoava os “Salmos de Ascensão” (Sal­mos 120-134). Essa cerimônia noturna marca­va profundamente o espírito da festa.
A descrição da Festa dos Tabernáculos no Antigo Testamento e nos escritos judaicos nos ajuda a compreender varias passagens do Novo Testamento relacionadas com essa festa. Os capítulos 7-10 do evangelho de João são um exemplo. João 7:37 e 38 diz que, no últi­mo dia da Festa dos Tabernáculos, Jesus Se apresentou como a verdadeira fonte da água viva, numa referência direta à cerimônia matu­tina do “Regozijo no Local da Retirada da Água”. No mesmo dia, também declarou ser a luz do mundo (João 8:12), numa referência á cerimônia noturna.  Em João 9, Jesus cura um cego de nascença, para indicar que é a luz do mundo, aplica-lhe lama aos olhos e depois ordena-lhe que os lave no tanque de Siloé, local de onde era retirada a “água viva” a cada manhã da festa. Assim, João 9 une os dois temas (“luz” e “água”) apresentados nos capítulos anteriores. Em João 10, Jesus Se apresenta como o Bom Pastor e a Por­ta da salvação, numa alu­são direta ao Salmo 118:20, o principal salmo entoado ao longo da festa.

Reinaldo W. Siqueira, Ph.D. em Antigo Testamento pela Andrews University (EUA), é professor de Línguas e Exegese Bíblicas e de Teologia do AT no Seminário Latino-Americano de Teologia, em Engenheiro Coelho, SP.

Sinais dos Tempos

Janeiro- Fevereiro/2002

SUCOT A FESTA DAS CABANAS


    SUCOT – A FESTA DAS CABANAS
Um período alegre é iniciado com a festa de Sucot, compensando o solene período de Rosh Hashaná e Yom Kipur.
Há mitsvot nas quais utilizamos apenas algumas partes de nosso corpo, por exemplo: a mitsvá de tefilin, filactérios, que envolve o braço e a cabeça; tefilá, prece, envolve a mente e o coração e assim por diante. Em Sucot, temos uma mitsvá (preceito) singular, que é a construção de uma sucá; a única mitsvá que literalmente envolve a pessoa de corpo inteiro, com suas vestes materiais.
A sucá nos lembra das Nuvens de Glória que rodearam nosso povo durante sua peregrinações pelo deserto a caminho da Terra Prometida. Todos então viram a especial proteção Divina, que Deus lhes concedeu durante aqueles anos difíceis. Mas embora as Nuvens de Glória desaparecessem no quadragésimo ano, na véspera da entrada na Terra de Israel, nunca cessamos de acreditar que Deus nos dá Sua proteção, e esta é a razão de termos sobrevivido a todos nossos inimigos em todas as gerações.
A SUCÁ
Para que o judeu não se esqueça de seu verdadeiro propósito na vida, Deus, em Sua infinita sabedoria e bondade, nos faz deixar nossas casas confortáveis nesta época, para habitar numa frágil sucá, cabana, por sete dias.
A sucá nos lembra que confiamos em D'us para nossa proteção, pois a sucá não é nenhuma fortaleza, nem ao menos fornecendo um telhado sólido sobre nossa cabeça. Lembra-nos também de que a vida nesta terra é apenas temporária.
AS REFEIÇÕES NA SUCA
Durante a festa de Sucot, os homens devem comer diariamente numa sucá (cabana) especialmente construída para este fim. Nestes sete dias, não é permitido comer fora da sucá qualquer refeição que contenha pão ou massa. Há aqueles que não costumam beber nem ao menos um copo de água fora da sucá.
Nos primeiros dois dias e noites da festa, o kidush, prece sobre o vinho, antecede a refeição. Nas duas primeiras noites, é obrigatório comer na sucá ao menos uma fatia de pão (além do kidush), mesmo que esteja chovendo. Nos outros dias, se chover, é permitido fazer as refeições dentro de casa.
CONFIANÇA EM DEUS
Refletir sobre a sucá nos dá uma ampla visão do significado de fé em Deus e da extensão de Sua Divina Providência. Vamos para a sucá durante a Festa da Colheita depois de haver colhido o fruto dos campos.
Se uma pessoa recebeu a bênção Divina e sua terra produziu com fartura, seus estoques e adegas estão repletos, alegria e confiança preenchem seu espírito - aí a Torá a leva a abandonar a casa e residir em uma frágil sucá, para ensina-la que nem riquezas, nem posses, nem terras são proteções na vida; somente Deus é que sustenta, mesmo os que habitam em tendas e cabanas e oferece uma proteção de confiança.
E se alguém está empobrecido e seu trabalho não conheceu a bênção Divina; se a terra não deu o seu produto, se o fruto da árvore não foi armazenado em celeiros e se está incerto e temeroso ao encarar o perigo da fome nos dias de inverno que se aproximam, também encontrará repouso para seu espírito na sucá.
Lembrará como Deus hospedou-nos em Sucot no deserto; nos sustentou e nos abasteceu, não nos deixando faltar nada.

A sucá o ensinará que a Divina Providência é segurança melhor do que qualquer bem material, pois não abandona os que verdadeiramente crêem em Deus. A sucá o ensinará a ser forte e corajoso, feliz e tranqüilo, mesmo na aflição e na dificuldade.

FESTAS BÍBLICAS PESSACH OU A PÁSCOA



Pessach (Páscoa)
Lv. 23:5
·  1) - O que é a Páscoa:
Páscoa no hebraico é pessach que significa passagem ou passar por cima: "...é a páscoa do Senhor" (Ex.12:11), "Porque o Senhor passará para ferir os egípcios..." (Ex.12:23), "É o sacrifício da páscoa ao Senhor que passou por cima das casas dos filhos de Israel..." (Ex.12:27).

O desenho ao lado mostra um hebreu aspergindo o sangue de um cordeiro sobre as ombreiras (batentes ou colunas verticais) e nas vergas da porta (Êxodo 12:7). Observe que o sangue aspergido nas colunas e nas vergas, nos sentidos horizontal e vertical, apontam para a cruz de Yeshua Ha Mashiach.
2) - O Dia da Páscoa:
A festa começa com a morte de um cordeiro como oferta pelo pecado (Ex.12:2,6), no dia 14 do mês de abibe (Lv.23:15; Ex.13:4), que significa espigas verdes. Durante o exílio foi substituído pelo nome nisã (Ne.2:1) que significa começo ou abertura. Corresponde a março-abril em nosso calendário. A páscoa foi instituída numa sexta-feira, ou seja, um dia antes dos Pães Asmos (Lv.23:6) e dois dias antes das Primícias (Lv.23:12).
Para o povo judeu havia o ano sagrado e o ano civil. O sagrado começava na primavera. O civil começava no outono. O 7° mês sagrado era o 1° mês civil. Dividia-se o ano em 12 meses lunares, com um 13° mês 7 vezes em cada 19 anos.
Calendário Lunar Judaico e seus meses correspondentes no
Calendário Solar ou Juliano
Lunar Judaico......................Solar Juliano
Nisã ou Abibe..........................março-abril
Iyyar ou Zive.............................abril-maio
Sivã..........................................maio-junho
Tammuz....................................junho-julho
Abe.........................................julho-agosto
Elul................................agosto-setembro
Lunar Judaico.......................Solar Juliano
Etanim ou Tishri...........setembro-outubro
Marquesvã ou Bul........outubro-novembro
Quisleu....................novembro-dezembro
Tebethe.........................dezembro-janeiro
Shebate...........................janeiro-fevereiro
Adar.................................fevereiro-março

3) - A Hora da Páscoa:
O dia civil judaico (período de 24 horas) se inicia às 18:00 horas e termina às 18:00 horas subsequente. A noite vem primeiro que o dia, pois na criação do mundo o primeiro dia começou com a escuridão que foi transformada em luz: "Chamou D-us à luz dia, e às trevas noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia" (Gn.1:5). Daí em diante cada período de 24 horas foi indicado sucessivamente como "tarde e manhã" (Gn.1:5,8,13,19,23,31; 2:2).
O dia natural judaico (12 horas), isto é, o intervalo entre a aurora e o crepúsculo (06:00 às 18:00 h.), era dividido em três partes: manhã, meio-dia e tarde (Sl.55:17). Os judeus distinguiam duas tardes no dia: a primeira ia das 15:00 às 18:00 h., e a segunda se iniciava ao pôr do sol (18:00 h.), indo até a escuridão da noite, aproximadamente às 19:00 h. (Mt.14:15 e 23). O sacrifício da páscoa era oferecido "no crepúsculo da tarde" (Lv.23:5; Nm.28:4,8). A passagem faz referência à primeira tarde (15:00 às 18:00 h.). A segunda tarde, que se iniciava às 18:00 horas, e a manhã, que tinha início às 06:00 horas, juntos formavam um dia (Gn.1:5). O gráfico abaixo ilustra o dia judaico:
4) - O Local da Páscoa:
Posteriormente D-us requereu que a páscoa só fosse realizada em um local por Ele determinado "Então sacrificarás como oferta de páscoa ao Senhor teu D-us, do rebanho e do gado, no lugar que o Senhor escolher para ali fazer habitar o seu nome. Não poderás sacrificar a páscoa em nenhuma das tuas cidades que te dá o Senhor teu D-us. Senão no lugar que o Senhor teu D-us escolher para fazer habitar o seu nome, ali sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo em que saíste do Egito. Então a cozerás, e comerás no lugar que o Senhor teu D-us escolher..." (Dt.16:2,5-7).
5) - Evento correspondente na Brit Hadashá (Novo Testamento): Redenção
(I Co. 5:7; Ef.5:2; I Pe.1:19; II Co.5:21; Gn.4:7)
5.1) - O que é a Redenção:
O evento correspondente à páscoa no Novo Testamento é a redenção. Assim como um cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a libertação dos judeus do Egito, Yeshua Ha Mashiach foi sacrificado para a libertação dos nossos pecados: "...Ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt.1:21); "...pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados" (Ap.1:5); "...Yeshua Ha Mashiach, nosso cordeiro pascal, foi imolado" (I Co.5:7). Yeshua Ha Mashiach se fez oferta pelo pecado. Há uma perfeita identificação entre o pecado do crente e a oferta pelo pecado (Jo.3:14). Esta identificação é ainda mais evidente no Tanach (Antigo Testamento), pois "a palavra hebraica hattâ't usada para traduzir pecado é derivada de uma forma verbal que significa purificar, de modo que o substantivo significa um sacrifício que obtém a purificação." 1
Desse modo o texto de Gênesis 4:7 fica com mais sentido: "...se, todavia, procederes mal, eis que o (a oferta pelo) pecado jaz à porta... ...a ti cumpre dominá-lo (domá-lo)" (Gn.4:7). Esta identificação também pode ser vista no Novo Testamento: "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez (oferta pelo) pecado por nós..." (II Co.5:21). Este era o método usado por D-us, desde os tempos de Adão, para perdoar os pecados: O sangue deveria ser derramado "Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação (kafer = cobertura - veja Gn.3:21 e 6:14) pelas vossas almas; porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv.17:11). Por isso "...sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb.9:22). No tempo do Antigo Testamento o sangue dos animais apenas cobriam os pecados. O sangue de Yeshua Ha Mashiach tira o pecado do mundo (Jo.1:29).
5.2) - O Dia do Sacrifício de Yeshua Ha Mashiach:
A primeira páscoa foi comemorada numa sexta-feira. Yeshua também foi crucificado numa sexta-feira (Mt.27:62; Mc.15:42; Lc.23:54; Jo.19:14), às 09h00, isto é na "hora terceira" (Mc.15:25). Das 12h00 às 15h00, isto é, da hora sexta à hora nona, houve trevas sobre a terra (Mt.27:45; Lc.23:44-46). Depois disso Ele rendeu o espírito, no período entre 15h00 e 18h00. Este período compreendido entre a hora nona (15h00) e o pôr do sol (18h00), no qual Yeshua morreu é o mesmo período designado para o sacrifício da páscoa, ou seja, no crespúsculo da tarde, (Lv.23:5; Nm.28:4,8).
5.3) - A Hora do Sacrifício de Yeshua Ha Mashiach:
Tudo indica que Yeshua morreu após às 15:00 horas, que é a hora nona (Lc.23:44-46). Porém, naquele tempo as horas não eram indicadas com precisão, como ocorre hoje. Assim sendo, é possível que Yeshua tenha morrido entre 15:00 e 17:00 horas, tendo sido sepultado aproximadamente após as 17:00 horas (Mc.15:42), pois o sábado iria começar às 18:00 horas (Lc.23:54), e a Lei Judaica proibia o trabalho aos sábados e a permanência de um corpo morto na cruz (Dt.21:22,23; Jo.19:31). Assim sendo, a morte de Yeshua foi mais rápida do que se esperava (Mc.15:44). Isto ocorreu por 4 motivos: (1) Yeshua é o Cordeiro Pascal, e como tal deveria morrer no mesmo período do sacrifício da páscoa (Ex.12:6); (2) Suas pernas não poderiam ser quebradas para acelerar a sua morte (Jo.19:32,33; Ex.12:46; Nm.9:12; Sl.34:20); (3) Seu corpo não poderia permanecer no madeiro (Dt.21:22,23) e (4) O próprio Yeshua rendeu o seu espírito (Jo.19:30; Jo.10:18; Jo.2:19).
As duas tabelas seguintes mostram as horas do dia e da noite, conforme a cultura judaica:
SALVAÇÃO
REDENÇÃO
SANTIFICAÇÃO
A posição do crente (permanente)
O estado ou condição do crente (progressivo)
...fostes lavados... (I Co.6:11)
...lava-me purifica-me... (Sl.51:2)
...lava os teus pecados... (At.22:16)
Lavai-vos, purificais-vos... (Is.1:16)
...nos lavou... lavar regenerador... (Tt.3:5)
Lava-me... purifica-me... (Sl.51:2,7)
...que nos salvou... (II Tm.1:9)
...tornar-te sábio para a salvação... (II Tm.3:15)
...aos santificados em Yeshua Ha Mashiach Yeshua... (I Co.1:2a)
...chamados para ser santos... (I Co.1:2b)
...salvação pela santificação do Espírito... (II Ts.2:13)
...esta é a vontade de D-us, a vossa santificação... (I Ts.4:3)
...em santificação do Espírito... (I Pe.1:2)
...seguí... a santificação... (Hb.12:14)
...os que são santificados... (At.20:32)
Santifica-os na verdade... (Jo.17:17)
...fostes santificados... (I Co.6:11)
...fruto para a santificação... (Rm.6:22)
...o santo... (Ap.22:11a)
...continue a santificar-se... (Ap.22:11b)
...aperfeiçoou para sempre... (Hb.10:14a)
...quantos estão sendo santificados... (Hb.10:14b)
...aquele que começou boa obra... (Fp.1:6a)
...há de aperfeiçoá-la completamente... (Fp.1:6b)
...estais aperfeiçoados nele... (Cl.2:10)
Não que eu... tenha já obtido a perfeição... (Fp.3:12)
...purificando-lhes pela fé os corações... (At.15:9)
Cria em mim... um coração puro... (Sl.51;10)
...tendo purificado as nossas almas... (I Pe.1:22)
...purifiquemos-nos... santificação... (II Co.7:1)
...e purificar... um povo... zeloso de boas obras (Tt.2:14)
...a si mesmo se purifica... para toda boa obra... (II Tm.2:21)
...povo em cujo coração está a minha lei... (Is.51:7)
Lava o teu coração da malícia... (Jr.4:14)
...tendo os corações purificados... (Hb.10:22)
...no coração as tuas palavras para não pecar...(Sl.119:11)
... puro de coração... (Sl.24:4)
Quem pode dizer: purifiquei o meu coração...? (Pv.20:9)
...os limpos de coração... (Mt.5:8)
...limpai o coração... (Tg.4:8)
...D-us é bom para com os de coração limpo (Sl.73:1)
...a si mesmo se purifica... (I Jo.3:3)
Vós já estais limpos pela palavra... (Jo.15:3)
...a palavra... poderosa para salvar... (Tg.1:21)
...o sangue de Yeshua Ha Mashiach... purificará... (Hb.9:14)
...nos purifica de todo o pecado (I Jo.1:7)

3) - PRIMÍCIAS = HABICURIM (Lv. 23:9)
A palavra primícias no hebraico é habicurim. As Primícias era comemorada 3 dias e 3 noites depois da Páscoa (Lv.23:12), quando as primícias da terra eram ofertadas ao Senhor, e 49 dias antes do Pentecoste. D-us requeria apenas um molho de cevada. A Festa das Primícias é também designada "...festa das segas dos primeiros frutos (Ex.23:16)."
O uso do fermento era proibido na Festa dos Pães Asmos e na Festa da Páscoa, porém poderia ser usado na Festa das Primícias (Lv.23:17,18). O fermento é considerado pelas Escrituras como tipo da presença da impureza e do mal (Ex.12:15,19; 13:7; Lv.2:11; Dt.16:4; Mt.16:6,12; Mc.8:15; Lc.12:1; ICo.5:6-9; Gl.5:9). Portanto os dois pães levedados a serem movidos, representam Israel e os gentios formando a Igreja. O fermento é sinal da imperfeição no meio do povo de D-us (Mt.13:33).
Evento Correspondente na Brit Hadashá (Novo Testamento):
Ressurreição (I Co.15:20; At.26:23; Cl.1:18)

A ressurreição de Yeshua ocorreu no domingo, antes do nascer do sol (Mc.16:2; Lc.24:1; Jo.20:1) 3 dias e 3 noites após a sua morte (Mt.12:40). Ele não ficou exatamente 72 horas no túmulo, mas parte da sexta-feira (das 15:00 às 18:00 h. = 3 horas), o sábado inteiro (das 18:00 às 18:00 h. = 24 horas) e parte do domingo (das 18:00 às 06:00 h. = 12 horas), portanto cerca de 39 horas. As 33 horas restantes são 21 horas da sexta-feira (das 18:00 às 15:00 h.) e 12 horas do domingo (das 06:00 às 18:00 h.). De qualquer forma a ressurreição ocorreu três dias depois (dias judaicos). "O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas três dias depois da sua morte, ressuscitará" (Mc.9:31).
"...Yeshua Ha Mashiach ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem" (I Co.15:20). Yeshua Ha Mashiach é "o primogênito de entre os mortos" (Cl.1:18). "...sendo o primeiro da ressurreição dos mortos..." (At.26:23).

A ressurreição de Yeshua Ha Mashiach e, analogicamente, a oferta das primícias, representavam a consagração de toda a colheita a D-us e serviram como um penhor, ou garantia, de que a totalidade da colheita ainda se realizará na ceifa (Rm.8:23; 11:16; ICo.16:15). Portanto, Yeshua Ha Mashiach na qualidade de Primícias da Ressurreição, consagrou a D-us toda a colheita (Hb.2:13).

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