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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O CAMINHO DA NEGAÇÃO







A dor de uma traição deve ter sido uma das maiores dores que Cristo sofreu aqui nesta terra, alguém que tinha passado três anos e meio com Jesus acaba por o trair, mas se a dor que Judas foi grande existe uma outra dor que Cristo sofreu e que continua a sofrer ainda hoje. Essa também foi realizada por um dos seus discípulos. Pedro.



Alguém sabe me dizer qual foi? Pois é Pedro negou a Jesus, aquele discípulo que tinha confessado que Cristo era o filho de Deus agora nega conhecer a Jesus.



É importante pensarmos que Pedro era um daqueles discípulos mais íntimos de Jesus, como era possível Pedro negar a Jesus.



Talvez isto seja uma lição para nós que até temos uma relação com Jesus talvez até somos bons trabalhadores na sua obra, diáconos, anciãos directores de certos departamentos, talvez nós que nos julgamos os mais próximos de Jesus, talvez nós também já fomos ou negamos também a Jesus.



Os Irmãos até podem se perguntar como é possível que tal aconteça? Como é que Pedro negou a Jesus?



O que vos posso dizer é que para que Pedro negasse a Jesus ele seguiu alguns passos que eu acredito que cada um de nós se os seguir também acaba por negar Jesus tal como Pedro assim o fez.



Ler João 13:36-38



Pedro mostra aqui aquilo que muitas vezes cada um de nós faz, ou seja a sua auto-suficiência, Senhor por ti darei a minha vida, acredito também que estão aqui no nosso meio pessoas que dirão o mesmo, até posso dizer que cada um de nós que está aqui hoje poderia dizer estas mesmas palavras eu Senhor darei a minha vida por ti.



Pois é Jesus não vai contra aquilo que Pedro lhe disse ele simplesmente revela a Pedro o que vai acontecer. Antes que o galo cante três vezes me negarás.



É agora a partir daqui que podemos começar a olhar para as acções de Pedro, podemos analisar bem os passos que ele dá até chegar á negação.



Depois da Santa Ceia Jesus foi para o Jardim do Getsémani e ali estavam mais próximo dele os três discípulos mais íntimos de Jesus Pedro, João e Tiago. Podemos ver isto em Marcos 14: 32-38



Vemos aqui quase que propositadamente Jesus chamar à atenção de Pedro, O que se passa contigo Pedro estás a dormir quanto te pedi para estares acordado, não pudeste vigiar nem uma hora?



Havia ali mais dois discípulos que adormeceram como Pedro mas Jesus estava a atentar abrir os olhos de Pedro para que ele pudesse vencer a tentação. Para que isso acontecesse Pedro precisava de orar.



Penso que aqui esta a primeira resposta para cada um de nós para não cairmos na tentação de negar a Jesus, orar, orar e pedir a Deus que nos envie o seu Santo Espirito afim dele nos abrir os olhos e estarmos atentos ao inimigo.



Mas parece que Pedro não compreendeu este aviso Jesus saiu e quando voltou achou-os dormindo novamente. Quão fraco Pedro estava, Pedro necessitava orar mas não deu importância á oração.



Entretanto ainda naquele Jardim chegaram os soldados mais os sacerdotes para prenderem Jesus Judas o traidor estava ali para apontar quem era Jesus. Foi então que os seus discípulos lhe disseram: feriremos á espada? Lucas 22:49-50.



O apóstolo João diz-nos que aquele que cortou a orelha tinha sido Pedro. Nem tinha esperado pela resposta de Jesus e agiu logo. Tinha de ser Pedro já que tinha adormecido agora tinha de mostrar aquilo que prometera lutar e dar a vida pelo mestre, acredito que Pedro devia ter pensado vês Jesus como estavas enganado eu estou aqui para te defender.



Pobre Pedro sem mesmo esperar que Jesus disse-se alguma coisa actuou, quantas vezes também agimos assim, dizemos a Deus:- Senhor diz-me que caminho seguir, mas já estamos a seguir o nosso, senhor queremos isto ou aquilo e já estamos a tentar resolver o problema pelas nossas próprias mãos. Isto nunca aconteceu convosco? Jesus mostra a Pedro que não era daquela forma que ele devia actuar, que o próprio Deus poderia mandar legiões de anjos para o livrar daqueles homens mas que ele precisava de beber o cálice que lhe estava aguardado.



Acontece que Jesus é preso e levam-no a casa do sumo-sacerdote e Lucas diz-nos algo interessante Ver Lucas 22: 54



Pedro seguia Jesus de Longe este talvez tenha sido o passo fatal para que Pedro negasse a Jesus. Existe aqui alguém hoje que anda afastado de Jesus? Até pode estar aqui na igreja e ser assíduo mas isto não quer dizer que a na sua vida ele não ande afastado de Jesus. O que é que nos tem afastado de Jesus? É o preconceito? A vergonha? O medo que outros saibam que aceitámos Jesus.



A verdade é que Pedro perante aquelas pessoas negou a Jesus, e só se deu conta disso quando o galo cantou.



Diz-nos Lucas 22:61 que Jesus olhou para Pedro e este lembrando-se de tudo aquilo que ouvira de Jesus saiu a correr, sabem Jesus não olhou para Pedro para condena-lo simplesmente olhou para ele com ternura com compaixão daquele seu discípulo que ele sabia que iria sofrer com aquele acto. Diz-nos o texto que Pedro saiu a chorar.



Jesus certa altura disse “Bem-aventurados os que choram porque serão consolados”



Talvez muitos de nós aqui já desiludimos o nosso Jesus, já o negámos e também já chorámos por aquilo que fizemos, Jesus conhece-nos bem e esta sempre disposto a nos consolar quando acontecem situações destas, ele não nos nega, ele também olha para nós com compaixão querendo nos confortar.



Podemos ver esse consolo de Jesus ainda na vida de Pedro, na manhã da ressurreição Jesus aparece a algumas mulheres vejamos o que Jesus lhes diz:- Marcos 16: 6-7



Penso que seria um consolo para Pedro saber que Jesus mandara uma mensagem para ele, afinal Jesus ainda se importava com ele, acredito que Pedro sentiu que o seu mestre ainda contava com ele.



Antes disso Jesus tem um dialogo interessante com Pedro. Ver João 21:15.



Pedro mostrara agora que o próprio Jesus sabia tudo, sabia da sua fraqueza, mas também que o amava.



Que Deus nos abençoe com esta lição que as sagradas escrituras dão de Pedro. Lembremo-nos sempre que por mais auto-suficientes que sejamos, podemos cair como o fez Pedro, se isso acontecer lembremo-nos também da forma como Jesus olhou para Pedro e como o tratou, mesmo depois de ele o negar.    

FIM

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NAAMÃ O LEPROSO


II Reis 5:1-19

Diz-nos o texto bíblico que havia um homem chefe dos exércitos do rei da Síria que tinha dado ao seu rei inúmeras vitorias ao seu país, mas apesar da sua importância era um homem condenado a morte, ele sofria de uma doença que era incurável (a Lepra).

É curioso que em Israel quem possuísse esta doença era completamente posto de lado, era rejeitado quer fosse pobre ou rico, sacerdote ou rei.

Ao contrário vemos que apesar desta doença ele era reconhecido ainda como um grande homem dentro da sua nação.

Naquela altura em Israel havia a noção que quem tivesse uma doença como a lepra tinha sido automaticamente um castigo de Deus, e por isso se Deus que é Deus já deu o veredicto quem sou eu para me compadecer dessa pessoa.

Claro que este é um pensamento errado e que distorce completamente a visão que qualquer pessoa pode dar de Deus.

O povo Judeu naquela altura devia ter a noção exacta que aquela doença não era um castigo de Deus mas uma consequência do pecado, ou melhor devia ter a noção absoluta que o causador daquilo era satanás o inimigo de Deus e dos homens.

Se o povo tivesse essa noção, se a sua teologia fosse assim interpretada o povo de Israel teria uma outra atitude com o próximo, não rejeitaria ninguém mas estaria a altura de se compadecer com os que sofressem e por sua vez estaria a dar o testemunho verdadeiro de um Deus de amor.

Muitas vezes pergunto-me a mim próprio se a igreja hoje não recebe grandes lições do amor de Deus de pessoas que pouco o conhecem,

Ainda esta semana tive a oportunidade de cumprimentar uma pessoa que é amiga de uma irmã da igreja de tomar que me foi apresentada por esta mesma irmã, e ao falar com esta senhora em poucos minutos soube que ela trabalha para a comunidade de uma maneira que nenhum de nós o faz.

Ela dizia que ia a biblioteca buscar livros para depois levar a alguns idosos e que servia de voluntária na ajuda a esses idosos naquilo que eles precisassem.

Nós que falamos do amor muitas vezes somos ultrapassados por aqueles que pouco falam mas que muito fazem, acreditem que é um ponto que me tem levado a meditar muito, e coloca-me a mim próprio algumas perguntas.

Mas o texto diz-nos que na casa deste homem havia uma escrava Israelita. Posso vos dizer queridos amigos e irmãos que esta moça demonstrou uma maturidade espiritual que esta para alem daquela que muitas vezes nós temos.

Nada nos é dito sobre esta moça a não ser que era israelita e que numa das invasões Sírias a terra de Israel levaram-na prisioneira. Não se sabe a idade dela, nem quem eram os seus pais.

Simplesmente o relato bíblico nos relata um desabafo desta moça, diz-nos o texto que ela perante a situação do seu Senhor disse:- “ Oxalá que o meu senhor estivesse diante o profeta que esta em Samaria: ele o restauraria da lepra.”

A pouco disse-vos que ela tinha uma grande maturidade espiritual e agora vou explicar porque penso isso, reparem: ela era uma escrava tinha sido levada do seu lar, não sabia da sua família, não estava no seu país onde podia adorar o seu Deus em liberdade, ainda por cima estava a viver na casa do homem responsável pela sua escravatura. Qual era o sentimento que vocês teriam? Talvez o que nos passasse pela cabeça era quero lá saber ele que morra pois bem merece, de certeza que foi castigo por todo o mal que faz ao povo de Deus.

Mas ao contrário esta moça agiu diferente, deu provas que conhecia verdadeiramente o seu Deus, que sabia que ele através do profeta Eliseu podia restaurar a saúde física ao seu senhor.

Ela sabia que o seu Deus a amava, assim como ao seu senhor, ela era daquelas pessoas que confiava no poder de Deus, ela sabia que apesar de escrava Deus estava com ela, ela sabia que a sua situação podia até ser pior, era uma daquelas pessoas que via o lado positivo daquilo que lhe acontecia em vez do lado negativo, ela via sempre um copo meio cheio em vez de um copo meio vazio, e isto levou esta moça mesmo na adversidade dar testemunho do seu Deus, e do amor do seu Deus por qualquer ser humano.

Não sei se aqui nesta sala hoje está alguém que esta a viver uma situação complicada, que as coisas não estão a correr da melhor maneira, que não vêm solução para o seu problema, podemos reagir de duas maneiras, mandar tudo pelo ar, ou então se aproximar de Deus e ter a atitude que teve esta pequena judia, mesmo sabendo que não vivia como desejava ela acreditava que Deus estava com ela e que aprendera a dar graças a Deus pelo senhor e a senhora que tinham a ver o aspecto positivo da sua situação e não somente o aspecto negativo.

O relato bíblico continua nos dizendo, que Naamã foi ter com o seu rei e este por sua vez manda uma carta de recomendação ao rei de Israel para que Naamã seja bem recebido e atendido.

Quando o rei leu a carta e se apercebeu do problema quase desesperou, “ Sou eu Deus para matar ou vivificar, para que este envie a mim, para eu restaurar a um homem da sua lepra? ”

Aquele rei em vez de ter visto uma oportunidade para demonstrar o poder do seu Deus e para testemunhar daquilo que o Deus de Israel podia fazer por aquele homem, sentiu-se desesperado e não só desesperado mas viu naquela carta quase como um decreto de batalha.

Antes de ter havido um rei em Israel Deus tinha dado ordens expressas sobre os deveres do rei que fosse escolhido para comandar o seu povo

O desejo de Deus era que não houvesse rei, que o povo pudesse contar com o próprio Deus como sendo o seu eterno rei, aquele que lhes daria a vitória em qualquer situação. Aquele que lhes supriria as dificuldades. Mas como Deus já sabia que isso não ia acontecer ele já tinha previsto algumas directrizes para que o futuro rei de Israel ou os futuros reis pudessem seguir, podemos encontrar isso em Deuteronômio 17:14-20.

Aquilo que o rei devia ter consciência quando ocupava o trono de Israel era se ele estava ali era porque Deus o tinha permitido e depois ele devia ser o responsável por trazer o povo ao seu Deus visto que tinha de estar em constante  meditar na palavra de Deus.

Mas ao contrário daquilo que Deus pretendia de um rei de Israel neste caso do rei Jorão, este temeu aquela carta pensando que o rei Sírio buscava arranjar motivo para guerrear contra ele. E esqueceu-se de Deus e de que em Israel havia um profeta de Deus que podia actuar e resolver o problema.  

Imaginam como se deveria ter sentido Naamã quando viu o rei de Israel reagir daquela maneira? Viu este rasgar as suas vestes, sem dar importância aquilo que ele viera ali fazer.

Que contraste tão grande entre aquela moça Israelita e este rei, logicamente o rei devia ter provas não só de quem era Deus, pois numa batalha contra os moabitas, Deus não só tinha suprido a água para as tropas como tinha dado a vitória nessa batalha.

Mas que Deus iria actuar com aquele homem. Enquanto que aquela moça Israelita conhecia a Deus, o rei estava bem longe dele. Pode-se mesmo dizer que ela via a vida com olhos espirituais enquanto que o rei a via racionalmente.

Curar este homem da lepra? Como é possível? Tantos leprosos há em Israel haveria Deus de se importar logo com este? Ainda por cima era de outro povo.

Muitas vezes é assim que vemos também, acredito irmãos que o que acontece na maior parte das vezes é que perante situações em que podemos dar testemunho fiel do nosso Deus, sentimo-nos impotentes para demostrar o que Deus pode fazer por aquela pessoa.

No outro dia fui visitar um doente ao hospital, um senhor dos seus 55 anos, com um grave problema de saúde o qual estava quase como morto na cama do hospital, poucas pessoas diziam que ele recuperaria, pensou-se mesmo que era só uma questão de dias, os filhos vieram no ver toda a família pensava que a morte era certa, a sua esposa já me tinha dito que ele lhe tinha dito que iria à igreja se ficasse novamente restabelecido foi então que  tive a oportunidade de orar com este senhor embora ele não tenha provavelmente escutado a oração, e com a sua esposa, e falando com Deus disse para ele curar aquele senhor. E depois da oração disse pessoalmente à esposa que ele iria recuperar e que em breve iria ficar bom, não exteriorizei nenhuma duvida muito embora cá dentro ainda estivesse um pouco reticente que ele iria melhorar.

Numa segunda vez que fui lá fiquei mais desencorajado pois ele ainda estava pior, mas de novo disse á esposa que ele iria ficar bom, felizmente ele começou a recuperar e hoje está em casa,

Acredito que ele ficou curado não porque eu disse que ele ficaria, mas porque acreditava que Deus podia fazer o milagre, a minha pouca fé ainda vacilou, mas guardei-a só para mim, ao passo que diante aquela esposa não vacilei.

Deus curou, e acredito que Deus pode fazer muito mais por aqueles que nos rodeiam, e só não faz porque muitas vezes temos medo de mostrar que o nosso Deus pode fazer o milagre.

O nosso receio é que Deus actue diferente e depois somos nós que ficamos mal vistos, experimentem e verão os resultados. Eu também vi aquele senhor mais para lá do que para cá, porquê arriscar? Podia dizer eu e a minha esposa vamos estar a orar por ele, era tão mais fácil, mas se é para glorificar Deus então o problema deixa de ser meu e passa a ser d’Ele também. 
   
Posso vos dizer que já não é a primeira vez que isto me acontece e que Deus responde conforme o pedido. Façamos como aquela moça que não teve qualquer dúvida que o seu senhor perante o profeta de Deus seria restaurado.

Foi então que Eliseu sabendo desta história manda uma mensagem ao rei ele diz:- “ Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel”

Eliseu estava como a dizer ao rei, foi pena tu não teres agido diferente, foi pena que a oportunidade que tiveste, não a aproveitas-te para honrar a Deus, para testemunhar dele, mando-o cá porque por meio de mim o profeta de Deus ele reconhecerá que existe um Deus poderoso em Israel.

Quantas vezes perdemos oportunidades quando Deus nos chama para o representar, para ser um exemplo, para dar testemunho.

O texto bíblico continua nos dizendo que Naamã dirigiu-se ao profeta, mas Eliseu ao contrário do que se previa mandou um servo a Naamã com a ordem para ele se banhar no rio Jordão sete vezes e seria curado.

O texto bíblico também nos diz que Naamã se sentiu indignado, Naamã pensava que o profeta sairia ao seu encontro e que invocaria o seu Deus e ao passar a mão ele seria curado. Isto foi o que Naamã pensou, mas as coisas não lhe estavam a correr de feição.

Primeiro desloca-se centenas de quilómetros, depois é mal recebido pelo rei de Israel, e de seguida acontece o mesmo com um profetazinho que nem se quer apresentar, era quase como uma questão de honra, porquê me banhar neste rio, não tenho eu melhores rios lá em Damasco, vamos embora.

Nunca vos aconteceu algo parecido, já alguma vez foram ao médico e ao chegar lá encaram com um médico mal disposto, que olha para nós e não sabendo o que fazer connosco nos envia a outro e quando pensamos que o outro vai resolver o problema envia o recado e o receituário com os medicamentos sem mesmo ter olhado para nós. Qual é o nosso estado de espirito? Aceitamos bem, ou a nossa vontade é sair dali para fora e mandar vir contudo e com todos?

Pois é na nossa vida espiritual pode se passar a mesma coisa, a nossa vida ás vezes não vai bem, se calhar existe alguém como dizia a pouco que não esta bem, a sua vida está cheia de problemas, achegamo-nos a alguém que nós pensamos que nos vai ajudar e descobrimos que ela não se importa nem um pouco com o nosso problema e que se descarta deixando como possível solução a leitura da palavra de Deus, depois de alguma leitura acabamos por perceber que o que Deus nos pede para sermos libertos do nosso problema é difícil de realizar, é loucura aos olhos humanos, ainda por cima ele nem está visível para confirmar se o que li é mesmo o que está correcto, o que apetece é deitar tudo para o alto e desistir.

Foi isto que Naamã pensou para quê continuar?

Sabem, acredito que Naamã era um homem abençoado por Deus primeiro diz-nos que em sua casa ele tinha uma moça Israelita que mostrou ser uma serva fiel, agora vemos novamente rodeado de servos que não o serviam porque eram obrigados mas porque gostavam dele e foram estes servos que com conselhos sábios o levaram a reflectir e a aceitar aquilo que o profeta de Deus lhe tinha mandado fazer. Se o profeta te tivesse mandado fazer alguma coisa difícil não o terias feito? porque não mergulhar no rio que é algo tão simples. Não custa experimenta.

Queridos irmãos, se Deus nos está a pedir alguma coisa agora na nossa vida porque não aceitar, será que é assim tão difícil de fazer, será que temos algum pecado que nos é difícil de deixar, ou será que Deus já nos deu resposta ao nosso problema e nós não queremos aceitar porque não era a resposta que queríamos ouvir, queridos amigos e irmãos a resposta ao problema estava na decisão de Naamã, assim hoje a resolução de algum problema que tenhamos está na nossa decisão, se fizermos o que Deus pede o problema pode estar resolvido se não fizermos podemos estar condenados como Naamã estava.

Foi então que Naamã desceu ao rio banhou-se e ficou curado, veio então à presença de Eliseu e ali ele reconheceu que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus “ V 15 ”

Ele ainda quis recompensar Eliseu com alguns bens, mas Eliseu quis mostrar que a sua cura foi um presente de Deus e que nenhum dinheiro deste mundo podia pagar isso.

Acreditem irmãos que quando depositamos a nossa vida nas mãos de Deus ele vai ajudar-nos a resolver a nossa vida, e nós vamos ficar a ganhar com isso pois a nossa confiança em Deus se fortalece e ficamos mais próximo D’ele. 

Diz-nos o relato bíblico que antes de ir para o seu País Naamã confessou que iria sacrificar ao Deus único e verdadeiro, mas colocou uma pergunta a Eliseu, (V 18) e Eliseu simplesmente respondeu (V19).

Que diriam vocês se tivessem no lugar de Eliseu? , sabem a vida cristã é uma caminhada com Deus Naamã tinha dado um passo mas ainda faltava dar muitos passos ainda estava a dar os primeiros passos, não era Eliseu que ia dizer a Naamã o que ia ou não fazer, essa pergunta ele teria de fazer a Deus e era Deus que lhe teria de responder.

Talvez na nossa vida ainda estejamos a ver como Naamã, como passar aquele outro problema, acreditemos sempre que Deus dará a sua resposta em tempo oportuno, cuidado quando condenamos os nossos irmãos por esta ou aquela situação, não somos juizes e por outro lado podemos estar a interferir na caminhada que esse irmão possa estar a fazer com Deus.

Possamos ser representantes de Deus dando o exemplo como o fez aquela Jovem Israelita, 


FIM

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O CEGO BARTIMEU 1ª REFLEXÃO




Marcos 10:46
46 E foram para Jericó. Quando ele saía de Jericó, juntamente com os discípulos e numerosa multidão, Bartimeu, cego mendigo, filho de Timeu, estava assentado à beira do caminho

Neste relato bíblico é nos apresentado um personagem, conhecido por Bartimeu, na realidade Bartimeu não era o seu nome, o relato não menciona o seu nome mas sim por aquilo que ele era conhecido, Bar- quer dizer filho e Timeu era o nome o seu pai. Este homem era conhecido pelo nome de seu pai.
Diz-nos o texto que ele estava mendigando à beira do caminho, nesta altura não havia muita misericórdia para com os deficientes, eles estavam condenados ao seu destino. E socialmente rejeitados, espiritualmente dignos de culpa.

O texto deixa entender que ele estava consciente da sua situação pois estava necessitado e por isso pedia.

Pela continuação do texto percebemos que estava próximo da Pascoa, e isto queria dizer que as pessoas tinham inevitavelmente que passar por Jericó para ir para Jerusalém, e ali ele tinha encontrado um lugar estratégico, para pedir

47 e, ouvindo que era Jesus, o Nazareno, pôs-se a clamar: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!

É curioso que este homem chama Jesus por filho de David. Não só ele identificava-se com Jesus, como reconhecia nele a promessa da casa de David.

A situação deste homem humanamente era sem solução, ele tinha ouvido com certeza falar de Jesus, e naquele dia ouviu rumores que Jesus ia passar por ali.

Bartimeu era alguém que fisicamente não podia ver Jesus, mas para ele bastava ouvir os rumores para acreditar.

É bem possível que uma boa parte da multidão que seguia Jesus, podia-o ver, mas não era isso que lhes garantia a salvação.

Quando Jesus descreve a igreja de Laodiceia em Apocalipse capitulo 3, refere um problema que caracterizava esta igreja, era a sua visão, ele aconselha a por colírio. Isto mostra claramente que aquilo que caracteriza a igreja de Jesus antes da sua vinda, tem a ver com uma visão espiritual entorpecida, pensam que sabem, mas não sabem nada. 

48 E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele cada vez gritava mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

Enquanto ele gritava, muitos o repreendiam, uma multidão seguia Jesus, mas tolerava pouco aqueles que incomodavam,

Penso que vivemos isso também nos nossos dias, a falta de amor ao próximo, o negligenciar os mais necessitados, o não se envolver com tempo dinheiro e energia. Seguimos Jesus mas não praticamos o que ele nos ensinou, seguimos por interesse. O que é que eu posso ganhar seguindo Jesus.

Aquele Cego podia ter perdido o seu lugar estratégico se tivesse dado ouvidos aquelas pessoas, e por vezes é o que acontece quando não valorizamos aqueles que Deus coloca no nosso caminho. Acabam por desistir de se encontrar com Jesus.

Já com Zaqueu em Lucas 19, a multidão não o deixava ver Jesus. Será que estamos a impedir alguém de se encontrar com Jesus, ou então será que andamos à procura de Jesus e os que se dizem seguidores do mestre não dão o melhor testemunho e desejo desistir.

Felizmente este homem sabia que talvez a única solução do seu problema seria aquele Jesus que estava por ali a passar. E por isso ele não sesistiu.

49 Parou Jesus e disse: Chamai-o. Chamaram, então, o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, ele te chama.

Jesus nunca está ocupado de mais para nos ouvir, seja qual for o nosso problema, ele para para nos ouvir.

Jesus podia ter ido junto daquele homem como fez muitas vezes quando curava, mas desta vez ele pede aquela multidão que tinha mandado calar o cego para o irem chamar. Jesus tinha intenção de mostrar aquelas pessoas que ele preocupa-se com os mais fragilizados, e que a multidão tinha também de olhar por aqueles que são os mais fracos.

Queridos amigos que tipo de mensagem temos levado aos outros?

50 Lançando de si a capa, levantou-se de um salto e foi ter com Jesus.

Quando o cego ouviu Jesus a chamar diz o texto que deixou a capa. A capa para ele era um objecto muito importante, pois cobria-o do frio à noite e durante o dia protegia do calor, era algo muito preciso, mas naquele momento era um objecto que lhe atrofiava os movimentos.

Queridos amigos temos nós capas que nos impedem de dar o slato e ir ter com Jesus? Tenhamos a mesma coragem do cego para deixa-las para trás e livremente irmos ter com Jesus.


51 Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver.

Bartimeu sabia bem o que queria,


52 Então, Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver e seguia a Jesus pelo caminho.

- Bartimeu estava a beira do caminho, mas depois de um encontro com Jesus, ele próprio seguia-o pelo caminho.

Temos de Pedir a Deus que limpe os nossos olhos e que nos permita ver.

João 20:29
“Bem-aventurados os que não viram e creram.”

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RAQUEL, ATRAENTE DECEPÇÃO


 



Ler Génesis 29:1-30
Então, pôs-se Jacó a pé e foi-se à terra dos filhos do Oriente.
 2 E olhou, e eis um poço no campo, e eis três rebanhos de ovelhas que estavam deitados junto a ele; porque daquele poço davam de beber aos rebanhos; e havia uma grande pedra sobre a boca do poço.
 3 E ajuntavam ali todos os rebanhos, e removiam a pedra de sobre a boca do poço, e davam de beber às ovelhas, e tornavam a pôr a pedra sobre a boca do poço, no seu lugar.
 4 E disse-lhes Jacó: Meus irmãos, donde sois? E disseram: Somos de Harã.
 5 E ele lhes disse: Conheceis a Labão, filho de Naor? E disseram: Conhecemos.
 6 Disse-lhes mais: Está ele bem? E disseram: Está bem, e eis aqui Raquel, sua filha, que vem com as ovelhas.
 7 E ele disse: Eis que ainda é muito dia, não é tempo de ajuntar o gado; dai de beber às ovelhas, e ide, e apascentai- as.
 8 E disseram: Não podemos, até que todos os rebanhos se ajuntem, e removam a pedra de sobre a boca do poço, para que demos de beber às ovelhas.
 9 Estando ele ainda falando com eles, veio Raquel com as ovelhas de seu pai; porque ela era pastora.
 10 E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, irmão de sua mãe, chegou Jacó, e revolveu a pedra de sobre a boca do poço, e deu de beber às ovelhas de Labão, irmão de sua mãe.
 11 E Jacó beijou a Raquel, e levantou a sua voz, e chorou.
 12 E Jacó anunciou a Raquel que era irmão de seu pai e que era filho de Rebeca. Então, ela correu e o anunciou a seu pai.
 13 E aconteceu que, ouvindo Labão as novas de Jacó, filho de sua irmã, correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e beijou-o, e levou-o à sua casa. E contou ele a Labão todas estas coisas.
 14 Então, Labão disse-lhe: Verdadeiramente és tu o meu osso e a minha carne. E ficou com ele um mês inteiro.
 15 Depois, disse Labão a Jacó: Porque tu és meu irmão, hás de servir-me de graça? Declara-me qual será o teu salário.
 16 E Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Léia, e o nome da menor, Raquel.
 17 Léia, porém, tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista.
 18 E Jacó amava a Raquel e disse: Sete anos te servirei por Raquel, tua filha menor.
 19 Então, disse Labão: Melhor é que eu ta dê do que a dê a outro varão; fica comigo.
 20 Assim, serviu Jacó sete anos por Raquel; e foram aos seus olhos como poucos dias, pelo muito que a amava.
 21 E disse Jacó a Labão: Dá- me minha mulher, porque meus dias são cumpridos, para que eu entre a ela.
 22 Então, ajuntou Labão todos os varões daquele lugar e fez um banquete.
 23 E aconteceu, à tarde, que tomou Léia, sua filha, e trouxe-lha. E entrou a ela.
 24 E Labão deu sua serva Zilpa por serva a Léia, sua filha.
 25 E aconteceu pela manhã ver que era Léia; pelo que disse a Labão: Por que me fizeste isso? Não te tenho servido por Raquel? Por que, pois, me enganaste?
 26 E disse Labão: Não se faz assim no nosso lugar, que a menor se dê antes da primogênita.
 27 Cumpre a semana desta; então te daremos também a outra, pelo serviço que ainda outros sete anos servires comigo.
 28 E Jacó fez assim e cumpriu a semana desta; então, lhe deu por mulher Raquel, sua filha.
 29 E Labão deu sua serva Bila por serva a Raquel, sua filha.
 30 E entrou também a Raquel e amou também a Raquel mais do que a Léia; e serviu com ele ainda outros sete anos.

O primeiro encontro de Jacob com Raquel, aconteceu a beira de um poço de água, ali aconteceu algo que por vezes costumamos brincar, aquilo que chamamos “Amor à primeira vista”. A verdade é que desde o momento que Jacob vê Raquel o seu coração mudou para sempre.
Quando o tio lhe ofereceu um salário, ele se propôs trabalhar sete anos por Raquel. Já alguma vez passou na tua cabeça trabalhares por alguém gratuitamente, simplesmente porque amas aquela pessoa? A verdade é que o amor tem destas coisas, muito embora o amor de Jacob por Raquel poderia ser visto como um amor cego.
O texto diz-nos que Raquel atraia pela sua beleza, mas o que seria o seu interior? Será que ela também estava apaixonada por Jacob, assim como ele estava por ela?
Prezado amigo, a verdade é que tenho conhecido numerosos casos de irmãos que se apaixonam literalmente por alguém, e que isso lhes vem a ser um laço.
Tenho visto experiencias de Jovens que se apaixonam pela cara de alguém, talvez pelo sorriso, ou pelo corpo ou pelo estilo extrovertido, ou porque é famoso, etc. A verdade é que muitas dessas ligações dão-se sobretudo a nível das emoções e pouco a nível da razão.
Descobre-se muito tarde que a decisão impensada de um relacionamento baseado e sustido pela emoção acabará numa relação falhada.
É importante ver e perceber os gostos da outra pessoa, os projectos para a vida, os seus interesses, aquilo que ela desgosta. Caso seja um relacionamento Cristão, é preciso ver se ele ou ela realmente ama a Deus, se deixa que seja Ele  a dirigir a sua vida. Costumo dizer que dentro da própria igreja pode haver um “JUGO DESIGUAL”.
Antes de se avançar para uma relação de namoro é importante que as pessoas passem primeiro pela experiencia da amizade. É ai que sem compromissos, se pode mostrar e ver aquilo que realmente somos. Depois de entrar num namoro, já existe muitos condicionamentos para se voltar atrás.
Podemos dizer que uma má escolha nesta área, afectará a vida da pessoa quer para o bem quer para o mal, e é um dos factores que mais trás alegria ou tristeza ao ser humano.
Aquilo que se passou com Jacob foi precisamente isso, apaixonou-se primeiro, antes de ter criado uma amizade com Raquel, e a realidade é que isso foi tornou-se uma pedra de tropeço quer para Jacob, quer para a família que ele estabelece.
Raquel vem a se demonstrar alguém que atraia pela aparência mas que decepcionava pelo seu interior.
Depois daqueles sete anos de trabalho finalmente chega o dia mais desejado, agora podia realizar o desejo do seu coração, casar com a mulher que ele se apaixonara e amava. Foi então que o seu tio Labão lhe deu por esposa Lia, sua filha mais velha, em vez de Raquel.
Nesta ocasião não sabemos como Raquel terá vivido esta trama do seu pai, com certeza também ficou desapontada, mas a verdade é que não sabemos nada dos seus sentimentos nem da sua reacção para com o sucedido.
O texto revela-nos que Jacob ao acordar no dia seguinte apercebeu-se da trama do seu tio, agora o enganador (significado do nome JACOB) tinha sido enganado. Não tinha muitos argumentos, por isso completou a semana de núpcias de Lia e casou com Raquel.
Agora este homem via-se casado com duas mulheres, algo que não era aceite por Deus, embora Este tolerasse esta situação, a verdade é que Ele não podia evitar as consequências de tais escolhas.
A poligamia era culturalmente aceite na época dos patriarcas, em certa medida servia de protecção para a mulher, pois muitas vezes era a única saída para que estas não fossem abandonadas e deixadas na miséria total, não havia segurança social, por isso para alguém que era tido muitas vezes menor que os animais, acabava por ser uma solução.
Felizmente a poligamia nos nossos dias está restrita a alguns povos que culturalmente matem esta prática, com isto as nefastas consequências desta pratica também estão restritas, mas isto não quer dizer que hoje não soframos consequências de escolhas que embora culturalmente aceites, trazem o mesmo rasto de problemas e miséria humana.
Um exemplo claro é a prática do “VIVER JUNTO” hoje é bem aceite pela sociedade um homem e uma mulher se juntarem sem qualquer compromisso e partilharem uma vida em comum. De tal maneira esta atitude se tornou corriqueira, que hoje no seio do próprio cristianismo passou-se a copiar a mesma atitude.
Por vezes ouvimos desculpas como: “é importante perceber se somos compatíveis” ou “Trata-se a penas de um papel” “ou não vamos gastar dinheiro escusadamente com um casamento”
A verdade é que a maioria das pessoas que recorrem a tratamentos de psicoterapia familiar com sentimentos de culpa, o fazem não na condição de casados, mas de pessoas que se envolveram sexualmente com alguém que acabou por os abandonar sem causa aparente. Surgem traumas tremendos que fragilizam todo o futuro emocional do individuo.
Relativamente ao simples papel que se assina para confirmar o casamento e que tantos banalizam, costumo dizer que existe uma classe cada vez maior de pessoas que andam à procura dele, e essa classe são os homossexuais. Se não fosse um papel assim tão importante, eles não lutavam tanto.    
Resumindo poderia dizer que a falta de compromisso tem sido um grande mal na nossa sociedade. Hoje as pessoas perderam o sentido da lealdade, de fidelidade, banalizam o compromisso e por causa disso socialmente a família vive em crise.
Imitar e viver o que é culturalmente aceite, substituído os princípios divinos, trás ruína aos homens e miséria à humanidade.
Voltando à história de Jacob, o texto bíblico dá-nos alguns pormenores que revelam melhor quem era Raquel.
 Vendo, pois, Raquel que não dava filhos a Jacó, teve Raquel inveja de sua irmã e disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morro.”Gn30:1

Esta atitude de Raquel mostra alguma imaturidade, e por outro lado revela o sentimento que ia no seu coração. Sabemos que Leia embora rejeitada por Jacob era abençoada por Deus Ver Génesis 29:31
Raquel estava desesperada, visto que todos os seus atributos físicos não podiam colmatar a honra de ser mãe. Nesta época uma mulher que não desse filhos, poderia ser repudiada, não seria o caso de Raquel pois Jacob a amava muito, mas a verdade é que o clima de tensão crescia lo lar de Jacob.
Não podendo Raquel dar à luz, tentou resolver o problema com as suas próprias mãos. Se já não havia espaço para duas mulheres nesta família, Raquel convidou Jacob a dormir com a sua serva Bila, para que através dela pudesse lhe dar um filho. Vemos isso em Génesis 30:3
E ela disse: Eis aqui minha serva Bila; entra a ela, para que tenha filhos sobre os meus joelhos, e eu assim receba filhos por ela.

Era socialmente aceite na época dos patriarcas, que uma senhora que não pudesse dar à luz, ela podia usar uma serva para dormir com o seu marido e pelo nascimento do filho, se a senhora o recebesse nos seus braços, passaria automaticamente a ser seu filho. Esta foi a ideia de Raquel e quando teve este filho ela expressa novamente os seus sentimentos. Ver Génesis 30:4-6  
Assim, lhe deu a Bila, sua serva, por mulher; e Jacó entrou a ela.
 5 E concebeu Bila e deu a Jacó um filho.
 6 Então, disse Raquel: Julgou-me Deus, e também ouviu a minha voz, e me deu um filho; por isso, chamou o seu nome Dã.

Para Raquel era uma questão de justiça, como ela invejava a sua irmã, ela vivia uma luta constante. Embora ela mencione aqui o nome de Deus, ela acaba por revelar mais tarde que o Deus de Jacob só era chamado quando lhe convinha, e neste caso em particular para repor justiça em seu opróbrio.
Raquel acaba por reforçar este sentimento de disputa com a sua irmã quando nasce o segundo filho da sua serva Bila. Ver Génesis 30:7-8
E Bila, serva de Raquel, concebeu outra vez e deu a Jacó o segundo filho.
 8 Então, disse Raquel: Com lutas de Deus, tenho lutado com minha irmã e também venci; e chamou o seu nome Naftali.

Gostaria ainda de partilhar mais dois episódios na vida de Raquel que acabam por mostrar o seu verdadeiro carácter. O primeiro encontramos em Génesis 30: 14-15
E foi Rúben, nos dias da sega do trigo, e achou mandrágoras no campo. E trouxe-as a Léia, sua mãe. Então, disse Raquel a Léia: Ora, dá-me das mandrágoras do teu filho.
 15 E ela lhe disse: É já pouco que hajas tomado o meu marido? Tomarás também as mandrágoras do meu filho? Então, disse Raquel: Por isso, se deitará contigo esta noite pelas mandrágoras de teu filho.

O relato diz-nos que Ruben o filho mais velho de Léia saiu, e encontrou um fruto de nome mandrágora, fruto este conhecido na altura pelas suas propriedades afrodisíacas. Logo que Raquel se apercebe desta iguaria e possível solução para a sua infertilidade, tentou adquiri-los, como viu resistência da sua irmã para os ter, acabou por negociar o fruto por uma com Jacob.
Para Raquel Jacob não passava de mercadoria, que ela podia negociar como assim o entendesse, infelizmente o sentimento de amor que Jacob tinha por sua mulher, não era correspondido por esta da mesma forma. Embora bela fisicamente, o seu interior deixava muito a desejar.
O outro episódio que gostava de realçar foi quando Jacob em oração fala com Deus e este lhe diz para voltar à terra da sua parentela (ver Génesis 31:3 )  
Após esta indicação, Jacob reuniu as suas duas mulheres e falou-lhes das suas intenções de partir e voltar para onde tinha vindo, ambas as esposas concordaram. (ver Génesis 31:14-16 )
Mas na hora de irem embora algo se passou com Raquel, que não devia ter acontecido. Ler Génesis 31:19
E, havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou Raquel os ídolos que seu pai tinha.

O que se passava com Raquel? Será que ela duvidava do Deus do seu marido? Acredito que para ela esta viagem era difícil, iria sair da terra onde sempre tinha vivido, Harã era um local aprazível, cheio de coisas que lhe preenchiam as necessidades, agora teria de partir e ir para um lugar que não conhecia nem sabia as suas condições ali, ela não sabia o que ia enfrentar. A alternativa que pensou era confiar naquilo que os deuses da casa do seu pai podiam fazer por ela.
Raquel mais uma vez desilude, conhecia Jacob á cerca de 20 anos, sabia que ele tinha um só Deus, e durante esse tempo viveu uma religião fingida e superficial. Também não partilhava nesta área as suas ansiedades e os seus medos, mostrando pouca intimidade na comunicação com o seu marido. (ver Génesis 31:32)
Oiço muitas vezes pessoas mencionarem o nome de Deus, mas assim como Raquel nas horas de prova e de decisão, procuram outras saídas para os seus problemas. 
Prezado amigo, será que tens vivido desta forma, és um cristão de boca, vais à igreja, porque é visível, mas depois nem horas nem estudas a bíblia, vives como o camelo das reservas, não fazes nenhum esforço para cresceres na fé, mas falas como de tal se tratasse.
Raquel viveu uma vida superficial, escolheu dirigir a sua própria vida em vez de a render a Deus, essa decisão levou-a ao egoísmo, e acrescentou-lhe muitos outros problemas, a frustração desta mulher não se pode impor pela maternidade conduziu-a à morte prematura, antes de Jacob se ter fixado definitivamente na terra, ela morre no parto do seu segundo filho, e no sei último momento de vida ela chama o seu bebé BON-ONI que significava “filho da minha dor” Mas Jacob muda-lhe o nome para Benjamim ”filho da minha dextra”
De Raquel sobrou um raio de esperança, o seu filho mais velho, “JOSÈ” o qual sabemos que teve um papel importante na preservação da sua família.
Sabemos também que pouco antes da morte de Raquel, Jacob faz novamente um pacto com Deus, e neste momento ele manda retirar todos os ídolos que estavam na sua casa. (ver Génesis 35:1-4)
Será que Raquel se voltou para Deus na última fase da sua vida? Será que foi pela sua influencia que seu filho José foi quem foi?
Independente do que poderá ter acontecido, uma coisa é certa, a vida de Raquel podia ter sido cheia de interesse e significado se tão somente a sua beleza interior se tivesse igualado à sua beleza exterior. 
Que Deus o abençoe e que pela experiencia desta família e desta mulher em particular, sejamos motivados a trabalhar o nosso interior com a ajuda de Deus.
FIM
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