O verdadeiro amor não é uma forte, ardente e impetuosa paixão. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das meras exterioridades, sendo atraído apenas pelas qualidades. É sábio e apto a discernir, e sua dedicação é real e permanente. Deus nos experimenta e prova pelas ocorrências comuns da vida. São as pequenas coisas que revelam os capítulos do coração. São as pequenas atenções, os numerosos incidentes pequeninos e as simples cortesias da vida que formam a soma da felicidade da existência; e é a negligência de palavras bondosas, animadoras e afetuosas e das pequenas cortesias da vida que ajudam a formar o todo da infelicidade da existência. Verificar-se-á afinal que a negação do próprio eu pelo bem e felicidade dos que nos rodeiam constitui grande parte do registro da vida no Céu. E revelar-se-á também o fato de que, o cuidado do eu, sem consideração para com o bem e a felicidade de outros, não escapa à observação de nosso Pai celeste.
(...)
O amor é poder. Neste princípio acha-se envolvida força intelectual e moral, e dele não se podem separar. O poder da riqueza tem a tendência de corromper e destruir; o poder da força é potente para causar dano; a excelência e o valor do amor puro, porém, consistem em sua eficiência para fazer o bem, e nada senão o bem. Tudo quanto é feito por puro amor, por mais pequenino ou desprezível que seja aos olhos dos homens, é inteiramente frutífero; pois Deus olha mais a quantidade de amor com que alguém trabalha do que a porção de trabalho que realiza. O amor é de Deus. O coração não convertido é incapaz de originar ou produzir esta planta de procedência celeste, que só vive e floresce onde Cristo reina.
Ellen White - Testemunho Seletos vol.2
Sem comentários:
Enviar um comentário