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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

FAMÍLIA: SERMÃO SOBRE LÁZARO



Lições sobre o Síndrome de Lázaro

Por Willie e Elaine Oliver

O Texto: João 11:1-44
Introdução
Foi numa tarde húmida e fria de Março de 2013, que o nosso comboio chegou a Veneza. Após quase duas semanas em Itália para vários eventos ministeriais da Divisão Intereuropeia preparávamo-nos para apanhar o avião de volta para casa numa manhã que se seguiu a 5 semanas muito exigentes em digressão de um lado para o outro.

Cansados e um pouco saturados de viajar de carro acariciávamos a ideia de irmos apenas dormir. Mas, estávamos em Veneza, um dos destinos mais importantes do mundo pela sua prestigiada arte e arquitetura, isto para além dos restaurantes, lojas, canais, gôndolas e gelatarias que existem por toda a ilha.

Não nos iríamos perdoar mais tarde se deixássemos passar a oportunidade de passear um pouco, apesar de já lá termos estado antes. Veneza é o tipo de cidade que podem visitar inúmeras vezes e ainda quererem regressar para voltar a viver tudo outra vez. Então, apanhámos o autocarro nº5 em frente ao nosso hotel, perto do Aeroporto Marco Polo naquele que é considerado o território principal —até Piazzale Roma—depois de atravessar a Ponte della Libertà, onde podíamos depois apanhar um táxi até à Piazza San Marco, ou uma de muitas outras paragens famosas ao longo do caminho, ou simplesmente fazer uma caminhada de 35 minutos até à praça.

Escolhemos ir a pé. Péssima escolha. Entretanto já estava escuro e a precipitação tinha-se tornado em aguaceiros mais fortes à medida que o vento aumentava de intensidade. Apesar da iluminação das ruas— num percurso que era relativamente fácil de fazer durante o dia simplesmente seguindo a sinalização— o cansaço combinado com as variáveis climatéricas fez que nos desviássemos para bastante longe antes que nos apercebêssemos.

Estávamos perdidos! As ruas que apinhadas estavam agora vazias e desertas. O Grande Canal estava do nosso lado direito— nunca tínhamos ido tão longe— estava escuro, ventoso, chovia e era assustador, à medida que as sombras brincavam com as nossas mentes. Aquele que era suposto ser um fim de tarde de algum lazer e relaxamento transformou-se em preocupação e apreensão sobre como sairíamos desta situação, intactos. Orámos por paz e rumo. Depois de vários minutos que nos pareceram uma eternidade, chegámos a uma esquina junto a uma paragem para táxis aquáticos e fizemos uma viagem de barco que nos levou novamente a locais familiares e seguros.

As nossas vidas aqui na terra estão repletas de circunstâncias imprevisíveis. Antes de estarmos completamente conscientes da nossa condição, o nosso futuro é catapultado para uma realidade completamente inesperada. Em meio a tal dificuldade, Deus está a chamar-nos para O conhecermos, para confiarmos Nele e para alcançarmos outros ajudando os nossos irmãos e irmãs a confrontarem a volatilidade, instabilidade e complexidades da vida no Terceiro Milénio.

Oremos.
I. Notícias sobre a Doença de Lázaro
Em João 11:1-16 a Bíblia declara:
Estava, então, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã
Marta. E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento e lhe tinha enxugado
os pés com os seus cabelos, cujo irmão, Lázaro, estava enfermo. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas. E Jesus, ouvindo isso, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela. Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava. Depois disso, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judeia. Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá? Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. Assim falou e, depois, disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. Disseram, pois, os seus discípulos:
Senhor, se dorme, estará salvo. Mas Jesus dizia isso da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono. Então, Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto, e folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis. Mas vamos ter com ele. Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.

Jesus era fortemente desprezado pelos líderes religiosos em Jerusalém. Tendo pouco mais que rituais vazios para oferecer a um povo cada vez mais desgastado pela opressão Romana e pela postura religiosa que pedia muito mas dava pouco, a chegada de Jesus à cena espiritual foi transformadora para os descendentes de Abraão que aguardavam o Messias.

Depois de ter sido batizado pelo seu primo João, no Rio Jordão, e de ter sido identificado por Deus como O prometido através da descida de um pomba até Ele e a voz de Deus confirmando-O, Jesus aceita os Seus primeiros discípulos e opera o Seu primeiro milagre da transformação da água em vinho num casamento em Caná da Galileia.

A seguir ao milagre de Caná, que fortaleceu a fé dos Seus discípulos, Jesus passa alguns dias em Cafarnaum com a Sua mãe, irmãos e discípulos, e depois dirige-se a Jerusalém onde faz uma “limpeza” no templo, expulsando aqueles que tinham esquecido que aquele era um lugar de adoração a Deus e não um lugar para fazer dinheiro às custas de outros. Ele prende a atenção dos líderes religiosos que se sentem acusados pela sua falta de honestidade espiritual e ganha inimigos mortais que começam a conspirar para atentar à Sua vida.

Muitos milagres se seguem para ajudar a imprimir nas mentes de todos que jesus não é um profeta comum. Há o homem curado no tanque de Betesda num Sábado, a multiplicação dos pães e dos peixes, a cura dos doentes, a mulher apanhada a cometer adultério que recebe o perdão e a cura de um cego no Sábado que mais tarde é expulso do templo pelos líderes. Estes e outros sinais mais grandiosos precedem o Filho de Maria e José.

Cada ato subsequente de Jesus para quebrar as algemas de Satanás nas pessoas, fortalece a sua crença Nele como Messias e aumenta a ira dos desacreditados líderes religiosos. Com o desaparecimento do seu poder e vendo que o seu estatuto é irrelevante diante das massas, eles conspiram para se livrarem de Jesus. É neste ponto que Jesus se encontra quando recebe a mensagem acerca da doença de Lázaro.

Lázaro, Marta e Maria eram amigos especiais de Jesus. Certamente, eram discípulos fiéis do Rabi da Galileia. Mas, mais do que isso, eles eram família. Numa atmosfera carregada de suspeição e hostilidade vil contra Si, por parte dos Fariseus e Saduceus— os líderes religiosos da época— o lar deste trio em Betânia tinha-se tornado num oásis bem-vindo onde Jesus podia relaxar e deixar o stresse do Seu ministério diário para trás.

A ressurreição de Lázaro só é registada no evangelho de João. Os evangelhos sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas) confinam-se ao que Jesus fez na Galileia, que foi onde Ele passou a
maior parte do tempo. Este milagre é mais amplamente descrito do que qualquer um dos outros milagres de Cristo porque é por sis ó uma grande prova da Sua missão e um precursor daquela que é a prova soberana de todas—a própria ressurreição de Cristo (Henry, 1994).

A resposta de Jesus às notícias que davam conta da doença de Lázaro foi confusa para os discípulos. Marta e Maria tinham enviado um mensageiro para partilhar as tristes notícias com
Jesus. Certamente, não se teriam dado a todo esse trabalho se a situação não fosse desesperadora, sombria e potencialmente desastrosa. Contudo, Jesus recebe esta notícia de uma forma calma, tranquila e controlada. “Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.” (João 11:4).

Dois dias depois Jesus recebe a notícia sobre Lázaro e Ele diz aos Seus discípulos que devem ir à Judeia— área que incluía Jerusalém e ficava a 3km de Betânia— onde Lázaro, Marta e Maria viviam. Os discípulos não compreenderam Jesus. Dois dias antes quando podia ter feito alguma coisa em relação à, obviamente, doença terminal de Lázaro, dado que já tinham testemunhado o seu poder para curar antes, Jesus parece alheio. Agora que já não há forçosamente nenhuma razão para ir a Betânia, os discípulos temem pela segurança de Jesus, uma vez que já não era segredo nenhum que os dirigentes em Jerusalém conspiravam matá-lo. E a recente decapitação de João Baptista sem que Jesus tenha feito qualquer intervenção levanta dúvidas, acerca de quem é realmente Jesus.

Acerca desta realidade Ellen White declara no Desejado de Todas as Nações:

Durante os dois dias, Cristo parecia haver alheado da mente a notícia; pois não falava em Lázaro. Os discípulos lembraram-se de João Batista, o precursor de Jesus. Haviam-se admirado de que, com o poder de que dispunha para operar milagres maravilhosos, Cristo houvesse permitido que João definhasse no cárcere e morresse de morte violenta. Possuindo tal poder, por que não salvara a vida de João? Essa pergunta fora muitas vezes feita pelos fariseus, que a apresentavam como irrefutável argumento contra a afirmação de Cristo, de ser o Filho de Deus. O Salvador advertira os discípulos de provações, perdas e perseguições. Abandoná-los-ia na provação? Alguns cogitaram se se haviam enganado a respeito de Sua missão. Todos ficaram profundamente perturbados.” (1940, p. 526).

II. Jesus Visita as Irmãs Enlutadas
Em João 11:17-32 o registo diz:
“Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na
sepultura. (Ora, Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.) E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão. Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também, agora, sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão há-de ressuscitar. Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último Dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso? Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo. E, dito
isso, partiu e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está aqui e chama-te. Ela, ouvindo isso, levantou-se logo e foi ter com ele. (Ainda Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.)Vendo, pois, os judeus que estavam com ela em casa e a consolavam que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali. Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.

A dor de Marta e Maria é palpável à medida que cada uma fala com Jesus, à vez. Mas a realidade instrui que apesar do seu desapontamento e pesar, independentemente, ambas confessam a sua fé em Jesus e em quem Ele afirma ser. Ambas as irmãs também crêem solenemente que se Jesus tivesse estado em Betânia o seu irmão não teria morrido. Que facto
incrível!

A verdade é que, tivesse Jesus estado em Betânia durante a doença de Lázaro e ele não teria morrido. Apesar de ser verdade que os Seus discípulos e Marta e Maria não podiam compreender a sua reação naquele momento, a decisão de Jesus de adiar a sua visita a Lázaro durante a sua doença foi com o propósito de fortalecer a fé dos Seus discípulos— que iriam ter de suportar muita coisa depois da Sua ascensão— assim como a fé de Marta e Maria, que iriam necessitar de ser convencidas que Jesus era verdadeiramente o Messias aguardado. Jesus também queria dar testemunho a muitos que ainda não acreditavam que Ele era verdadeiramente quem afirmava ser, o Filho de Deus e o Salvador do Mundo.

Matthew Henry elucida esta noção dizendo: “Os milagres de Cristo na Galileia foram mais numerosos, mas aqueles operados em Jerusalém ou perto foram mais ilustres; ali Ele curou alguém doente há já trinta e oito anos, outro que era cego de nascença e ressuscitou outro que estava morto há quatro dias(1994).

Ellen White acrescenta:
“Se Cristo Se achara no quarto do doente, este não teria morrido; pois Satanás nenhum poder sobre ele exerceria. A morte não alvejaria a Lázaro com seu dardo, em presença do Doador da vida. Portanto, Cristo Se conservou distante. Consentiu que o maligno exercesse seu poder, a fim de o fazer recuar como um inimigo vencido. (…) Retardando Sua ida para junto de Lázaro, tinha Cristo um desígnio de misericórdia para com os que O não receberam. Demorou-Se para que, erguendo Lázaro dos mortos, pudesse dar a Seu incrédulo, obstinado povo, outra prova de que era na verdade "a ressurreição e a vida.(1940, pp.528, 529).

III. Jesus Ressuscita Lázaro de entre os mortos
O relato Bíblico apresentado em João 11:33-44:
“Jesus, pois, quando a viu chorar e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito e perturbou-se. E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem e vê. Jesus chorou. Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava. E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse? Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, foi ao sepulcro; e era uma caverna e tinha uma pedra posta sobre ela. Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram, pois, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido. Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isso por causa da multidão que está ao redor, para que creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isso, clamou com grande voz: Lázaro, vem para fora. E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto, envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir.

Que realidade excecional! Que Jesus, sabendo que vai ressuscitar Lázaro de entre os mortos, consegue ainda assim sentir a dor humana e criar uma tal empatia ao ponto de chegar às lágrimas. Esta narrativa, mais do que qualquer outra nas Escrituras, dramatiza o quanto Cristo se identifica com o sofrimento humano. Jesus pede para ver Lázaro ao aproximar-se da sepultura e pede que a pedra que cobre a sepultura seja removida. Marta contesta, quer para proteger Jesus do cheiro do corpo em decomposição— já se passaram quatro dias desde que Lázaro foi depositado no túmulo— ou para tentar preservar a dignidade do irmão de ser exposta ao público num estado de putrefação. Jesus lembra gentilmente a Marta quem Ele é, e avança para fazer aquilo a que Ele se propôs.

Tendo sido acusado de operar milagres pelo poder de Satanás e querendo deixar bem claro quem Ele é, Jesus clama ao Seu Pai, para que seja inequívoco que Ele está a clamar pelo poder de Deus. Jesus também quer definir um exemplo para os Seus discípulos, para que saibam que o poder que irão usar no futuro é de Deus e não deles. O dador da vida ordena a Lázaro que venha para fora; não para descer ou para subir, porque Lázaro não está nem no céu nem no inferno, mas na terra onde não sabia de nada. Como o escritor de Eclesiastes salienta: Porque os vivos sabem que hão-de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco eles têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram e já não têm parte alguma neste século, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.” (9:5, 6).

Ao chamado de Jesus, Ellen White partilha: “Há um ruído na silenciosa tumba, e o que estivera morto aparece à entrada da mesma. Seus movimentos são impedidos pela mortalha em que está envolto, e Cristo diz à estupefata assistência: "Desatai-o, e deixai-o ir.” (1940, p. 536).

Cortando com todas as convenções humanas, Lázaro volta à vida, saudado com alegria e ações de graças pelas suas irmãs enlutadas, que recebem o seu irmão como um presente do
Mestre.

Independentemente das situações difíceis na nossa vida, deveríamos lembrar-nos sempre que Deus está ao leme, Ele preocupa-se connosco e Ele vai acompanhar-nos.

IV. O impacto do Milagre nas testemunhas
Em João 11:45-48 lê-se: Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria e que tinham visto o que Jesus fizera creram nele. Mas alguns deles foram ter com os fariseus e disseram-lhes o que Jesus tinha feito. Depois, os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho e diziam: Que faremos? Porquanto este homem faz muitos sinais. Se o deixamos assim, todos crerão nele, e virão os romanos e tirar-nos-ão o nosso lugar e a nação .”

A reação humana a tudo o que é espetacular e sem precedentes é verdadeiramente notável. É indiscutível que Lázaro esteves morto e agora está vivo. Contudo, aqueles que escolhem ser céticos em face à verdade encontram razões para duvidar e não acreditar em Jesus. O nosso compromisso deveria ser partilhar Jesus, porque existe sempre alguém disposto a crer nas evidências apresentadas pela providência de Deus e pela Sua Palavra.

Conclusão
Lázaro estava morto quando Jesus chegou ao túmulo. Chegado à sepultura no tempo certo (quarto dias depois da morte de Lázaro), de maneira a trazer entendimento e salvação a muitos, Jesus chama o seu amigo Lázaro que ouve a Sua voz lá da sepultura e começa a mexer-se.

Quando ouvimos a voz de Jesus, não importa onde estejamos— seja lugar, condição, circunstâncias, em que relação ilícita nos encontrarmos— se vamos voltar à vida temos de responder. Lázaro ouve a voz, e responde, mas ele ainda está embrulhado nos panos. Deve ser liberto pelo processo da fé residente no corpo de Cristo; as famílias na igreja.

É isto que as famílias que evangelizam são: andam com Jesus até onde os que estão mortos são trazidos a uma novidade de vida, e enquanto membros da família de Deus assumem a nossa responsabilidade de fazer novos discípulos entre os novos crentes, tirando-lhes as vestes
das suas vidas passadas de pecado.

Em Isaías 55:8,9 é partilhada uma mensagem muito relevante: Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor. Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.” ; “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.” (Romanos 8:28).

Deus chamou-nos a partilhar com os nossos familiares, vizinhos e amigos as nossas experiências da Sua fidelidade em momentos de desencorajamento, desânimo e desespero. Aquela noite em Veneza foi apenas uma forma de Deus nos relembrar que apesar de situações de apreensão. Hesitação e trepidação, nunca devíamos deixar de depositar a nossa confiança Nele.

Afinal Ele relembra-nos apontando para a Sua Palavra em Isaías 41:10: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça.

Que Deus nos ajude a aprender as Lições sobre o Síndrome de Lázaro e fazendo-o cresçamos na nossa fé e confiança Nele.


Referências
Henry, M. (1994). Comentário Bíblico de Matthew Henry: Completo e não abreviado num
só volume (Jn 11:1-49). Peabody: Hendrickson.
White, E. G. (1940). O Desejado de Todas as Nações. Mountain View, CA: Pacific Press
Publishing Association.
________________________________________
Willie Oliver, PhD, CFLE e Elaine Oliver, MA, CFLE são Diretores do Departamento dos Ministérios
da Família na Sede Mundial da Conferência Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Silver

Spring, Maryland, USA.

domingo, 18 de janeiro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO ENSINO BÍBLICO



1. O ensino das Escrituras é uma ordem de Deus: “Ensinar-lhes-ás os estatutos e as leis, e lhes mostrarás o caminho em que devem andar, e a obra que devem fazer.” (Ex 18:20)
2. Para que o povo de Deus possa adquirir temor a Ele: “Ajunta-me este povo, e os farei ouvir as minhas palavras, e aprendê-las-ão, para me temerem todos os dias que na terra viverem, e as ensinarão a seus filhos.” (Dt 4:10)
3. Para adquirir vida: “...ele me ensinava, e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive.” (Pv 4:4)
4. Para adquirir entendimento e conhecimento das Escrituras: “Ele respondeu: Pois como poderei entender, se alguém não me ensinar? e rogou a Filipe que subisse e com ele se sentasse.” (At 8:31)
5. Para que todo o homem seja perfeito: “...o qual nós anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo...” (Cl 1:28)
6. Para que o homem seja firme, cheio de fé e grato: “...arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, abundando em ação de graças.” (Cl 2:7)
7. Para salvação de si e dos que ouvem: “Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” (1 Tm 4:16)

A quem ensinar:
1. Aos filhos, em todo o tempo e em todo o lugar. Precisamos obedecer a palavra e aproveitar todo o tempo possível que tivermos com nossos filhos, ensinando-lhes a Palavra de Deus. Se não o fizermos, eles aprenderão outras coisas, até mesmo as que não convém. Cumpramos o ensino bíblico: “...e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.” (Dt 6:7)
2. Ao sábio: “Instrui ao sábio, e ele se fará mais, sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento.” (Pv 9:9)
3. Uns aos outros: “A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com gratidão em vossos corações.” (Cl 3:16)

Exemplos de ensino:
1. O exemplo máximo é, obviamente, o Supremo Mestre, Senhor Jesus: “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.” (Mt 4:23)
2. O apóstolo Paulo ensinava em todos os momentos e lugares: “Por isso mesmo vos enviei Timóteo, que é meu filho amado, e fiel no Senhor; o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como por toda parte eu ensino em cada igreja.” (1 Co 4:17)

Quando e onde ensinar:
1. Os apóstolos ensinavam todos os dias: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo.” (At 5: 42)
2. A tempo e fora de tempo: “...prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.” (2 Tm 4:2)
3. Até a consumação dos séculos: “...ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” (Mt 28:20)
“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar,

para repreender, para corrigir, para instruir em justiça.” (2 Tm 3:16)

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