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quarta-feira, 15 de junho de 2016

A PARÁBOLA DO SEMEADOR


A PARÁBOLA DO SEMEADOR

Lucas 8:4-8
A parábola do semeador
4 Afluindo uma grande multidão e vindo ter com ele gente de todas as cidades, disse Jesus por parábola: 5 Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. 6 Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade. 7 Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram. 8 Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um. Dizendo isto, clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Lucas 8:11-15
11 Este é o sentido da parábola: a semente é a palavra de Deus. 12 A que caiu à beira do caminho são os que a ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do coração a palavra, para não suceder que, crendo, sejam salvos. 13 A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria; estes não têm raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam. 14 A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer. 15 A que caiu na boa terra são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança.

Eis que o semeador saiu a semear. 
Temos aqui um factor importante no trabalho  da lavoura, o Semeador, por vezes chamamo-lhe o agricultor, aquele que tem como responsabilidade tirar as sementes do celeiro e as colocar no sítio certo para produzir fruto. 

O próprio nome da parábola dá um toque especial a este agente: "A PARÁBOLA DO SEMEADOR" no entanto Jesus não identifica este semeador, ou seja o foque da parábola não deve estar naquele que semeia, não sabemos o seu nome, nada nos é dito sobre sua aparência, sua capacidade, sua personalidade ou suas realizações. Ele simplesmente põe a semente em contato com o solo. A colheita depende da combinação do solo com a semente

Isto quer dizer que os seguidores de Cristo devem se preocupar em ensinar a palavra de Deus, semea-la no coração dos homens e quanto mais semente for semeada maior será a colheita, a identidade do professor, pregador, pastor, evangelista, obreiro, não tem importância. 
"Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma cousa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento" (1 Coríntios 3:6-7).

Nos nossos dias infelizmente a ênfase está sobretudo no semeador, deixando para segundo plano a semente.

Basta olharmos á nossa volta, damos muita importância ao pregador, normalmente o seu nome é fotografia são o chamariz, e por fim em letrinhas pequenas a mensagem que vai pregar. 

Normalmente a nossa tendência é colar uma boa semente a um bom pregador, no entanto é preciso lembrar que Deus pode até usar mulas para pregar a semente.

Um simples pássaro ou mesmo um insecto podem ser semeadores.

A SEMENTE 

A semente é a palavra de Deus, e está tem o poder para transformar o coração humano.
A palavra gera (Tiago 1:18), salva (Tiago 1:21), regenera (1 Pedro 1:23), liberta (João 8:32), produz fé (Romanos 10:17), santifica (João 17:17) e nos atrai a Deus (João 6:44-45).

A palavra de Deus é vida e tem nela própria a força e o poder de transformar que a receber,

Ao longo dos séculos muitos foram os semeadores anônimos que semearam está semente tão poderosa, provavelmente nunca ouviremos falar de seus nomes, no entanto a palavra de Deus foi o que ficou pois foi dando os seus resultados, e nós somos fruto dessa semeadura. 

Mas se em tempos passados a preocupação era semear- hoje a preocupação é os resultados. E para optar resultados usa-se muitos métodos. 

As igrejas actualmente criam outros meios para atrair pessoas, por isso organizam festas, reuniões sociais, programas desportivos, 
Concertos musicais, vários seminários etc. 

Tentam por estes meios atrair pessoas que naturalmente não estão interessadas em receber a semente da palavra.

Quando plantamos batatas, a colheita será batatas, quando semeio cenoura, a colheita será cenoura por isso se deixo de semear a palavra de Deus substituído-a por outras sementes, o que vou colher não são pessoas consagradas, fiéis, transformadas, mas sim uma espécie de cristão artificial.  

A semente lançada hoje produzirá cristãos tão firmes na sua fé quando os cristãos passados que morreram nas arenas.

A essência da palavra de Deus dará sempre o mesmo fruto, e é precisamente esse que Deus quer colher.

OS SOLOS 

Sem duvida que o solo onde a semente cai é o nosso coração, e para diferentes corações diferentes resultados. 

E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. 

Este solo á beira do caminho é um solo muitas vezes impenetrável, é duro, e por isso a semente não pode penetrar, logo a semente é levada pelos pássaros e por isso não cresce. 

Este solo representa todos aqueles que ouvindo a palavra, não dão hipótese para ela penetrar na sua vida, vem então o Diabo e a arrebata.

6 Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade. 

O solo pedregoso é um solo que impossibilita a planta de desenvolver as suas raízes, e havendo muito sol, a planta seca e morre.

Este solo representa todos aqueles que aceitaram apalavra de Deus- mas não desenvolveram um relacionamento com Ele, houve pouco estudo da palavra, pouca oracao, e a fé não se desenvolveu- por isso quando surgiram tempos difíceis, uma prova, um teste, a sua fé desfalece e morre"

7 Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram. 

Num solo onde a boa semente tem de lidar com ervas concorrentes acaba por ser abafada. Estas plantas concorrentes tiram à planta nutrientes, luz, água, e isso acaba por a sufocar.

O mesmo acontece com todos aqueles que deixam que os cuidados desta vida concorram com a vida cristã.

Gostam de agradar os homens e estão dispostos a ceder em princípios, 

Se houver dificuldades económicas penalizam a causa de Deus nos seus dízimos e ofertas. 

Procuram muitas vezes o sucesso material pondo em cheque a sua fé.

Penalizam a causa de Deus com os seus dons pois não têm tempo disponível.

8 Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um.

Este solo é bom, estão reunidas todas as características para a semente se desenvolver. 

O fruto que dá é bastante


terça-feira, 14 de junho de 2016

MANTENDO-NOS VIGILANTES



Mantendo-nos Vigilantes

Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai.
E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.
Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem.
Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro;
Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra.
Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor.
Mateus 24:36-42

- O TEXTO COMEÇA POR DIZER QUE O DIA E A HORA NINGUEM SABE, NEM MESMO OS ANJOS DO CÉU, EXISTEM PESSOAS QUE AO LEREM ESTE TEXTO PENSAM QUE O DIA E A HORA NINGUÉM SABE, MAS TALVEZ O MÊS A ESTAÇÃO E O ANO PODEMOS SABER, SERÁ ISTO UMA VERDADE?
SERÁ QUE O TEXTO DEIXA PASSAR ESSA IDEIA? CLARO QUE NÃO, O QUE JESUS ESTAVA A DIZER É QUE NINGUÉM TEM A CAPACIDADE DE PREVER O DIA DA VINDA DE JESUS, ESSA TAREFA PERTENCE SOMENTE À DIVINDADE, E SÓ ELES É QUE DETERMINARÃO ESSE DIA.

AQUILO QUE EVENTUALMENTE PODEMOS NOS APERCEBER É DOS SINAIS QUE ANTECEDEM ESSA VINDA E POR CONSEGUINTE ESTARMOS NUMA POSTURA DE VIGILANCIA, PARA NÃO SERMOS SURPREENDIDOS. 
JESUS LOGO A SEGUIR FALA DOS TEMPOS DE NOÉ, O QUE É QUE ESTES TEMPOS TÊM A VER COM A VINDA DE JESUS? 
VEJAM O QUE DIZ O TEXTO DE GENESIS:
E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
Gênesis 6:5 
A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.
Gênesis 6:11

OS TEXTOS DESCREVEM UM CENÁRIO DE UM MUNDO CORROMPIDO MORALMENTE FALANDO, OS PENSAMENTOS ERAM MAUS, E DE FORMA PERMANENTE, E A TERRA ENCHEU-SE DE VIOLÊNCIA. DEUS POR CAUSA DISSO DECIDIU DESTRUIR A TERRA.
NO ENTANTO PARECE QUE JESUS LEU AS PASSAGENS ERRADAS, POIS QUANDO FALA DO TEMPO DE NOÉ, JESUS NÃO MENCIONA NADA DISSO: 
E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem.
Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem

AQUI JESUS FALA DO COMER, BEBER, CASAR, E NÃO MENCIONA NADA SOBRE A MORAL OU VIOLENCIA NOS TEMPOS DE NOÉ. 

E DEPOIS DIZ QUE O MESMO ACONTECERÁ ANTES DA VINDA DE JESUS.
SERÁ QUE JESUS QUIS ENSINAR QUE NO FINAL DA HISTÓRIA DESTA TERRA, ANTES DE ELE VIR, OS HOMENS SERIA BONS, COM UMA MORALIDADE CORRECTA? CLARO QUE NÃO, O QUE JESUS QUIS ENSINAR FOI QUE ANTES DA SUA VINDA, OS HOMENS ESTARÃO A VIVER NA NORMALIDADE DA VIDA, SEM SE DAR CONTA QUE O FIM ESTÁ PRESTES A ACONTECER.

TINHA UMA PROFESSORA QUE NUNCA NOS DIZIA O DIA EM QUE ELA FAZIA O EXAME, TINHAMOS DE ESTUDAR CADA DIA, POIS SE NÃO O FIZESSEMOS PODERIAMOS SER APANHADOS DESPREPARADOS, FINALMENTE ELA DECIDIA O DIA DO EXAME, E QUEM SE TIVESSE PREPARADO, ESTAVA EM CONDIÇÕES DE FAZER UMA BOA PROVA, QUEM SE DEIXAVA ILUDIR PENSANDO QUE SERIA UM POUCO MAIS TARDE, O DIA DO EXAME TORNAVA-SE UM PESADELO. 

SABEM QUAL FOI UM DOS GRANDES SINAIS QUE DEUS DEU ANTES DO DILUVIO VIR A ESTA TERRA? TEVE A VER COM OS ANIMAIS. DEVE TER SIDO REALMENTE O EXPECTACULO JAMAIS VISTO, ANIMAIS DOIS A DOIS, VINDO EM ORDEM PREDADORES E PRESAS, E ENTRAREM NAQUELE GRANDE BARCO SALVA VIDAS.

HOJE TAMBÉM DEUS TEM NOS DADO ALGUNS SINAIS, PROVÁVELMENTE NEM ESTAMOS ATENTOS A ESSES SINAIS, POIS JÁ NÃO NOS EMPRESSIONAM MAIS.
HOJE VEMOS O MAL EM TODO O LADO, MAS ISSO DEIXOU DE SER UM SINAL, JÁ NÃO NOS IMPRESSIONA, O DIABO TEM PROMOVIDO UMA CAMPANHA DE DESENSIBILIZACAO À MENTE HUMANA. A SENSUALIDADE, A CRIMINALIDADE, A IMORALIDADE É TÃO COMUM, QUE ISSO DEIXOU DE CRIAR EM NÓS QUALQUER IMPRESSÃO. 
JESUS CONTINUA E ELE DIZ O SEGUINTE:
Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.
Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis.
Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?
Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.
Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.
Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;
E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios,
Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe,
E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.
Mateus 24:43-51

JESUS VAI MOSTRAR AGORA A DIFERENÇA ENTRE O SERVO FIEL E O MAU SERVO.
O FIEL É AQUELE QUE TENDO A RESPONSABILIDADE DE MORDOMO, DÁ O SUSTENTO À CASA NO TEMPO CERTO, OU SEJA ESTE SERVO, NÃO DEIXA DE ALIMENTAR OS QUE ESTÃO NECESSITANDO DE COMIDA, NÃO DEIXA DE NEGLIGENCIAR AS SUAS TAREFAS E QUANDO O SEU SENHOR VIER O ACHARÁ SERVINDO.

O MAU SERVO ESTÁ NA REALIDADE SERVINDO MAL, ESTÁ PREOCUPADO COM A SUA PROPRIA BARRIGA, PENSA NELE E EM MAIS NINGUÉM, ESPANCA OS SEUS IGUAIS, E UNE-SE COM OS QUE SE VÃO PERDER.
PARA ESTE A VINDA DO SEU SENHOR SERÁ UM MOMENTO ATERRADOR, POIS NÃO ESTAVA À ESPERA, ESTAVA OCUPADO DEMAIS PARA SE DAR CONTA DOS SINAIS QUE SE ESTAVAM A PASSAR À SUA VOLTA


JESUS NO GETSÊMANI - MATEUS 26:36-46


Mateus 26:36-46
Jesus no Getsêmani
36 Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; 37 e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. 39 Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. 40 E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. 42 Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. 43 E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. 44 Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45 Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46 Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.

A experiência no Getsemani por parte de Jesus foi uma das mais difíceis., se não a mais difícil que Ele enfrentou nesta terra.

EGW
Tão terrível Lhe parece o pecado, tão grande o peso da culpa que deve levar sobre Si, que é tentado a temer que ele O separe para sempre do amor do Pai. 

A questão em causa tinha a ver com a separação entre Ele e o Pai, causada pelo pecado.

Vejamos: se o homem tivesse de pagar o preço do pecado, isso acabaria com a sua morte eterna:
Romanos 6:23
23 porque o salário do pecado é a morte...

O homem pagaria com o seu afastamento eterno o ter pecado, 

A Bíblia por sua vez ensina-nos que Jesus Cristo não pecou.
Hebreus 4:15
15 Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.

Nesse sentido Jesus não tinha de sofrer a separação do pai, nem morrer por consequência do seu pecado, pois nunca o cometeu.

Nesse sentido Jesus merecia viver e não morrer, mas como Cristo decidiu tomar o lugar da penalidade do pecado, e morrer no lugar do homem, a questão seria, se essa morte no lugar do pecador fazendo-se Ele pecado por nós, o separaria para sempre do Pai.

Isso trazia angústia sobre Jesus:
 37 e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. 38 Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo

Depois da ceia Jesus se dirigiu com os discípulos para o Getsemani, e despedindo-se de todos ficou com três dos seus discípulos, Pedro Tiago e João.

Agora teria de enfrentar esta última etapa e precisava de intercessão. 

EGW
Ao sentir Cristo interrompida Sua unidade com o Pai, temia que, em Sua natureza humana, não fosse capaz de resistir ao vindouro conflito com os poderes das trevas. No deserto da tentação, estivera em jogo o destino da raça humana. Cristo saíra então vitorioso. Agora viera o tentador para a última e tremenda luta. Para isso se preparara ele durante os três anos de ministério de Cristo. Tudo estava em jogo para ele. Falhasse aqui, e estava perdida sua esperança de domínio; os reinos do mundo tornar-se-iam afinal possessão de Cristo; ele próprio seria derrotado e expulso. Mas se Cristo pudesse ser vencido, a Terra se tornaria para sempre o reino de Satanás, e a raça humana estaria perpetuamente em seu poder

Satanás agora tentava pela última vez que Jesus cedesse à tentação, ou vencia ou seria vencido.

Satanás sabia que se falhasse desta vez, o seu reino estaria condenado, por isso vai usar das armas que possuía para derrotar Jesus. 

Um dos meios utilizados foi usar os discípulos afim de causar ainda mais angústia e frustração em Jesus. 

Primeiro com aqueles três que deviam estar a vigiar, quando Jesus lhes pediu oracao, e veio ter com eles os encontrou a dormir. 

Depois usando Judas como traidor. 

Sem duvida que estas fraquezas dos discípulos, causavam-lhe ainda mais angústia. 

Outra forma de causar em Jesus desanimo, era sem duvida a atitude daquele povo, um povo rebelde é ingrato que rejeitou o seu único salvador. 

EGW
E que se lucraria com esse sacrifício? Quão desesperadas pareciam a culpa e a ingratidão humanas! Satanás apertava o Redentor, apresentando a situação justamente em seus piores aspectos: “A nação que pretende achar-se acima de todas as outras quanto às vantagens temporais e espirituais, rejeitou-Te. Procuram destruir-Te, a Ti, fundamento, centro e selo das promessas que lhes foram feitas como povo particular. Um de Teus próprios discípulos, que tem ouvido Tuas instruções e sido um dos de mais destaque nas atividades da igreja, trair-Te-á. Um de Teus mais zelosos seguidores Te há de negar. Todos Te abandonarão.” Cristo repeliu esse pensamento com todo Seu ser. Que aqueles a quem empreendera salvar, aqueles a quem tanto amava, se unissem aos tramas de Satanás — isto Lhe traspassava a alma.

A questão era mostrar a Jesus que Ele estaria a sacrificar-se por alguém que não merecia. 

EGW
alma de Cristo Se encheu de terror da separação de Deus. Satanás dizia-Lhe que, se Se tornasse o penhor de um mundo pecaminoso, seria eterna a separação. Ele Se identificaria com o reino de Satanás, e nunca mais seria um com Deus

Será que valeria a pena Jesus correr o risco da separação eterna por Homens miseraveis? 

EGW
Mas Deus sofria com Seu Filho. Anjos contemplavam a agonia do Salvador. Viam seu Senhor circundado de legiões das forças satânicas,

Não será muito difícil imaginar as palavras do tentador a Jesus:
AMAS ASSIM TANTO A HUMANIDADE?  

OLHA A FORMA COMO ELES TE AGRADECEM O TEU SACRIFÍCIO? 

ESTÁS DISPOSTO A CORRER O RISCO DA SEPARAÇÃO ETERNA POR AMOR A ESTES INGRATOS?

SE ESTAS DISPOSTO A CORRER O RISCO DA SEPARAÇÃO ETERNA QUER DIZER QUE OS AMAS MAIS DO QUE AMAS O PAÍ?

SE AMAS MAIS O HOMEM QUE O PAI ENTÃO NÃO ÉS DIGNO DO PAI?

O que responderíamos a Satanás se estivéssemos no lugar de Jesus? 

Será que Jesus estaria mesmo a amar O homem acima de Deus? Pondo em risco a separação eterna do pai, por amor ao homem? 

Por três vezes Jesus repetiu-se:
“Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice.” Mas mesmo então acrescenta: “Todavia não como Eu quero, mas como Tu queres”. Mateus 26:39. 

Não era a morte física que Jesus temia, mas sim o cálice da separação do Pai, essa era a sua maior angústia.

EGW
O tremendo momento chegara — aquele momento que decidiria o destino do mundo. Na balança oscilava a sorte da humanidade. Cristo ainda podia, mesmo então, recusar beber o cálice reservado ao homem culpado. Ainda não era demasiado tarde. Poderia enxugar da fronte o suor de sangue, e deixar perecer o homem em sua iniqüidade. Poderia dizer: Receba o pecador o castigo de seu pecado, e Eu voltarei a Meu Pai....
Surge, porém, então, a história da raça humana diante do Redentor do mundo. Vê que os transgressores da lei, se deixados, têm de perecer. Vê o desamparo do homem. Vê o poder do pecado. As misérias e os ais do mundo condenado erguem-se ante Ele. Contempla-lhe a sorte iminente, e decide-Se. Salvará o homem custe o que custar de Sua parte. Aceita Seu batismo de sangue, para que, por meio dEle, milhões de almas a perecer obtenham a vida eterna. 

Jesus não amava mais o homem que o Pai, simplesmente Jesus estava a corresponder com amor a todos aqueles que tinham morrido por amor a Ele, e todos aqueles que no futuro entregariam a sua vida por Jesus.

A minha decisão hoje de estar do lado de por Jesus e a vossa decisão hoje de aceitarem Jesus na vossa vida, deram-lhe a coragem para enfrentar a tentação e vencê-la. 

Obrigado Jesus mais uma vez pelo teu grande amor

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sexta-feira, 10 de junho de 2016

O SÁBADO NA BÍBLIA - UM SANTUÁRIO NO TEMPO



Um santuário no tempo


por Alberto R. Timm


Bíblia fala de um santuário tão antigo quanto a própria humanidade. Esse santuário, embora faça parte do tempo, não se desgasta pelo tempo, e é suficiente­mente abarcante para acolher todos os filhos de Deus espalhados ao redor do mundo. Esse santuário de Deus no tempo é o sábado, qualificado por Abraham J. Heschel como “um palácio no tempo” Mesmo não sendo vis­to com os olhos físicos, esse santuário está em toda parte, podendo ser adentrado a cada sétimo dia da semana.

A instituição do sábado - Em Gênesis 2 aparece o relato de como foi instituí­do esse santuário no tempo: “Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a Sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a Sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; por­que nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera” Gênesis 2:1-3.
Deus instituiu o sábado através do tríplice ato de descansar, abençoar e santificar. Houvesse Deus apenas descansado, e dúvidas ainda poderia haver quanto à validade desse descanso para as criaturas. Mas o fato de Ele também haver abençoado (transformando em um canal de bênçãos) e santificado (separando para uso sagrado) esse dia confirma a instituição edênica do sá­bado para a raça humana.
Sakae Kubo declara, em seu livro God Meets Man, que Deus “escolheu um segmento de tempo” para comun­gar com Suas criaturas por três motivos: (1) porque o tempo é universal, e está em toda parte; (2) porque o tem­po é imaterial, apontando além do espaço e da matéria para as coisas espi­rituais; e (3) porque o tempo é todo-abarcante, jamais oscilando em inten­sidade.2 São essas características do tempo que permitem que o sábado, como um segmento de tempo, chegue igualmente a todos nós (ricos e pobres, cultos e incultos), unindo-nos em uma só família. Não é isso algo maravilhoso?

Significado do sábado - Mas o que significa esse santuário de Deus no tempo para nós hoje, que vivemos no inicio do século XXI? Eu creio que ele nos revela pelo menos seis coisas fun­damentais para a nossa existência.
1. O sábado revela o poder criador de Deus. A origem do sábado está dire­tamente ligada à poderosa atividade criadora de Deus. O texto bíblico nos diz que no sétimo dia da semana da criação Deus instituiu o sábado, descansando, abençoando e santificando esse dia. O quarto mandamento do Decálogo ordena que o sábado deve ser observado “porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou:’ Êxodo 20:11.
A observância do sábado nos convida, negativamente, a deixar de lado nossos “próprios interesses” (Isaías 58:13) e, positivamente, a voltarmos nossa atenção a Deus e à Sua obra. Essa experiência restaura o verdadeiro relacionamento criatura-Criador,
2. O sábado revela a soberania de Deus. O sábado é uma instituição que reflete claramente a vontade soberana de Deus, pois o Criador não buscou o conselho de Suas criaturas para estabe­lecer o sábado,3 e cada sábado inicia, prossegue e termina com base em um ciclo astronômico estabelecido por Deus, independente da vontade humana. Em contraste, a substituição da observância do sábado pela veneração do domingo, por autoridade eclesiástica humana, foi (e continua sendo) um atentado direto à soberania divina.
Observando o sábado, estamos re­conhecendo a soberania de Deus em nossa vida e testificando ao mundo que os caminhos de Deus, apesar de nem sempre serem os mais fáceis, sem­pre são os melhores. A genuína obser­vância do sábado rompe com o fluxo egocêntrico da vida, levando-nos de volta a uma vida centralizada em Deus.
3. O sábado revela a imparcialidade de Deus. Vivemos hoje em uma sociedade tecnológica, caracterizada pela competitividade e pela discriminação. Na frenética corrida da vida, os mais lentos, os mais pobres e os mais ignorantes são simplesmente deixados para trás . Financeiramente, poucos  têm muito e muitos tem pouco ou mesmo nada. No mundo das modernas comunicações, a televisão e a Internet tem exercido o duplo efeito de aproximar os distantes e distanciar os próximos. E a busca incessante de astros humanos tem gerado a constante indagação a respeito de quem é “o maior” e de quem é “o melhor”.
Mas esta não é a maneira como Deus age. Quando Ele escolheu um meio para comungar com o homem, não escolheu algo palpável no espaço, que beneficiasse a alguns, em detrimento de outros. Em Sua imparciali­dade, Ele escolheu um segmento de tempo, que estivesse universalmente presente em todas as partes.4 O mesmo Deus que “faz nascer o Seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mat. 5:45) também concede o Seu sábado a todos igualmente. As­sim, a cada semana irrompe o sábado, como um divino equalizador da hu­manidade, integrando ricos e pobres, cultos e incultos, em uma só família.
4. O sábado revela o respeito divino ao livre-arbítrio humano. É importante notarmos que, a despeito de o sábado ser universalmente disponível, ele não é imposto a ninguém. A realidade é que podemos existir no sábado, sem que o sábado exista para nós. O próprio mandamento “lembra-te do dia do sábado, para o santificar” (Êxodo 20:8) implica (1) que Deus não impõe a observância do sábado às suas criaturas; (2) que podemos viver durante o sábado sem santifica-lo; e (3) que a santifi­cação do sábado só ocorre quando existe uma resposta humana voluntária e positiva ao gracioso convite divino.
A verdadeira observância do sábado significa um encontro voluntário entre Deus e o homem, mutuamente comprometidos pelo concerto eterno da graça divina. É somente quando há uma resposta humana de fé à iniciati­va divina de comungar com o homem, que o sábado atinge seu verda­deiro propósito.
5. O sábado nos ajuda a restaurar o verdadeiro sentido da vida. Vive­mos num mundo povoado por pes­soas especialistas e desequilibradas. Na gangorra da existência, alguns enfatizam o aspecto intelectual, em detrimento dos demais. Outros investem todas as suas energias no desenvolvi­mento físico. Já outros vivem apenas pelo social. E existe ainda os que se excluem do mundo para viver somente em função de uma religião mística.
Mas a observância do sábado afeta integralmente o ser humano em to­dos os aspectos de sua existência (ver Lodo 20:8-11; Isaías 58:12-14; Ma­teus 12:12), ajudando-o a colocar suas prioridades onde elas realmente de­vem estar: em Deus e nos outros (cf. Mateus 22:36-40).
     6.O sábado é um conduto das bênçãos divinas. Há aqueles que alegam que a observância do sábado não passa de uma demonstração de legalismo. Isso pode ocorrer, se alguém pre­tende alcançar méritos para a salvação através da observância do sábado. Mas a verdadeira observância do sábado é, em realidade, o maior antídoto ao le­galismo, pois significa deixar de lado nossos “próprios interesses” (Isaías 58:13) para descansar nos méritos da graça divina e nos alegrar nas obras do nosso Maravilhoso Criador-Redentor.
E interessante notarmos quão profundamente ligado â experiência da salvação está o sábado em Hebreus 4. Nesse capítulo o sábado é visto como “o sinal exterior de uma experiência interior”5 de “estar descansando em Deus (cf. Hebreus 4:10), que vem como resultado de estar sendo salvo pela graça (4:16), mediante a fé (4:3).”6 A escritora Ellen White declara que, a fim de santificar o sábado, os homens precisam ser eles próprios santos. Devem, pela fé, tornar-se participantes da justiça de Cristo. Quando foi dado a Israel o mandamento:
‘Lembra-te do dia do sábado, para o santificar’ o Senhor lhes disse também: ‘E ser-Me-eis homens santos?’”7
Portanto, a verdadeira observância do sábado significa desobstruir a vida dos interesses seculares, possibili­tando que as bênçãos divinas fluam copiosamente para nós.
As bençãos do sábado – Existem pelo menos cinco grandes bênçãos que derivam da verdadeira observância do sábado.
1. Obtemos uma visão mais clara do caráter de Deus. Criado por Deus, o sábado revela o próprio caráter de Deus.
2. Desenvolvemos maior sensibi­lidade à revelação de Deus na nature­za. Instituido na Semana da Criação, o sábado nos lembra a multiforme criação de Deus (animais, aves, peixes, plantas, flores, etc.). Se a natureza foi criada por Deus, como podemos amá­Lo verdadeiramente sem apreciar as obras de Suas mãos?
3. Desenvolvemos a estabilidade existencial que deriva do relaciona­mento criatura-Criador. A gangorra da vida tende a desestabilizar nossas emoções. Quando somos bem-suce­didos, assumimos muitas vezes uma atitude auto-suficiente. Quando nos saimos mal, frustramo-nos com facili­dade. O sábado nos lembra que nossa segurança não está em nossas realizações humanas, mas na dependência do nosso Criador.
4. Aprimoramos o nosso relaciona­mento social Rompendo com o nosso egocentrismo natural, o sábado nos convida a viver uma vida alterocêntrica em relação com os demais seres humanos, incluindo familiares, amigos, ne­cessitados, etc. (ver Mateus 12:12).
5. Melhoramos nossa saúde física e mentaL Você já pensou alguma vez o que seria da nossa vida sem o sábado? Mesmo não desfrutando das bênçãos espirituais do sábado, o benefício para a saúde física e mental já compensa a sua observância.

Conclusão O sábado é, em realidade, o santuário de Deus no tempo; e, como filhos de Deus, somos convidados a adentrar semanalmente esse santuário, para contemplar a beleza do Senhor e meditar no Seu templo” (Salmo 27:4). Somos instados pelo profeta Isaías a nos tornarmos reparadores “de bre­chas” e restauradores “de veredas” tes­temunhando aos outros das bênçãos que advêm de deixarmos de lado os nossos “próprios interesses” para nos deleitar “no Senhor” (Isaias 58:12-14).
Por que não elevamos aos Céus o nosso pensamento, cada sábado, em louvor ao nosso Grande Criador-Re­dentor? “O Senhor, Senhor nosso, quão magnífico em toda a Terra é o Teu nome!” (Salmo 8:1 e 9). “Levantai ao alto os olhos e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o Seu exérci­to de estrelas, todas bem contadas...” (Isaias 40:26). Porque “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos” (Salmo 19:1). Permitamos que cada sábado seja uma bênção em nossa experiência, restaurando em nós o genuíno espírito de louvor e gratidão a Deus.
Referências
1. Abraham J. Heschel, the Sabhaih: Its  Meaning for Modem Man(New York: Noon,day Press, 1951), pág. 12.
2.          Sakae Kubo, God Meets Man:A Theology of the Sebboth and Second Advent (Nashville, TN: Southern Publshing Association, 1978), pag. 24.
3.Ellen G White, Patriarcas e Profetas, 14 ed. (Tatuí, SP: Casa Pubiicadora Brasilríra. 1995), pags. 47 e 48.
4.          Kubo, págt. 23 e 24,
5.          M. L. Andreasen. The Book of Hebrews (Washington, D.C.: Review and Herald, 1948), pág. 173.
6.          Alberto R. Timm. ‘a ~ga&ada dei conctralo de descaom en Hekeos 3 y 4’, fl,eolag&a (Pesa) Ii, a’ 2 (1995), pág. 222. Ver
tsaad,ém: Mbette O. Vuem, ‘O Stado na E,qa.aiéncia da Sah’ÇW, hStA~t*M,at.i1de1U5.ør. 1143.

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O SÁBADO NA BÍBLIA - UM DIA FELIZ - SÁBADO NAS DIFERENTES LINGUAS



Um dia feliz
«Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra fareis;  é sábado do Senhor em todas as vossas moradas” (Levítico 23:3).

Deus Se aproxima de Seu povo durante o dia por Ele aben­çoado e santificado. Seguindo o exemplo do Criador, deveria o homem repousar neste santo dia, a fim de que, ao olhar para o céu e para a Terra, pudesse refletir na grande obra da criação de Deus; e para que, contemplando as provas da sabedoria e bondade de Deus, seu coração pu­desse encher-se de amor e reverência para com o Criador.1

Como se preparar Durante toda a se­mana nos cumpre ter em mente o sábado e fazer a preparação indispensável, a fim de observa-lo conforme o manda­mento. Não devemos observá-lo simplesmente como objeto de lei. Devemos compreender suas relações espirituais com todos os negócios da vida.A oração diária dos que observam o sábado deve ser no sentido de que a santidade do sábado permaneça com eles.
Quando o sábado é desta forma lembrado, as coisas temporais não in­fluirão sobre o exercício espiritual de modo a prejudicá-lo. Nenhum serviço relacionado com os seis dias de trabalho será deixado para o sábado.Ninguém deve se absorver tanto durante a semana com as coisas temporais e ficar tão exausto devido aos esforços para conseguir o ganho terreno, que no sábado não tenha forças ou energias para empregar no serviço do Senhor.4
Embora a preparação para o sábado deva prosseguir durante toda a se­mana, a sexta-feira é o dia por excelência da preparação. (Ver Êxodo 16:23; Lucas 23:50-56.)5
Nesse dia [dia de preparação] to­das as divergências existentes entre ir­mãos, tanto na família como na igreja, devem ser removidas.6
Antes de começar o sábado, tanto a mente como o físico devem desem­baraçar-se de todos os negócios seculares. Diz Deus: “Aos que Me honram, honrarei” (1 Samuel 2:30).7    Devemos observar cuidadosamente os limites do sábado. Lembrai-vos de que cada minuto é tempo sagrado.8   O trabalho que é negligenciado até o início do sábado, deve ficar por ser feito até que haja passado este dia. 9

Como começar o dia de Deus  —    An­tes do pôr-do-sol, vocês devem pôr de lado todo o trabalho secular;10 todos os membros da família devem reunir-se para estudara Palavra de Deus, cantar e orar (Ver Levítico 23:32; Marcos 132..)”.

Como observá-lo “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor” (Salmo 122:1).
“Aleluia! De todo o coração ren­derei graças ao Senhor, na compa­nhia dos justos e na assembléia” (Sal­mo 111:1).
“Se, porém, andarmos na luz, como Ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o san­gue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).
Cada qual deve sentir que tem uma parte para desempenhar, a fim de tornar interessantes as reuniões de sábado. Não se reúnam simplesmente para preencher uma formalidade, e sim para trocar idéias, relatar a experiência diária, oferecer ações de graça e exprimir sincero desejo de ser iluminados para conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. 12
Ao transpor as portas da casa de Deus, peçam ao Senhor que lhes afaste do coração tudo que é mau. Introduzam em Sua casa somente o que Ele possa abençoar.13
Tanto em casa como na igreja, cumpre-nos manifestar espírito de adoração [durante o sábado].
Todo o Céu celebra o sábado, mas não de maneira ociosa e negligente. Nesse dia todas as energias da alma de­vem estar despertas; pois não temos que encontrar-nos com Deus e com Cristo, nosso Salvador? Podemos con­templá-Lo pela fé. Ele está desejoso de refrigerar e abençoar cada alma.14


“Se desviares o pé de profanar o  sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no Senhor Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse”  Isaias 58:13 e 14.

As necessidades da vida devem ser atendidas, os doentes devem ser cuidados e supridas as necessidades dos carentes.15
Não será tido por inocente o que negligencia aliviar o sofrimento no sábado. O santo dia de repouso de Deus foi feito para o homem, e os atos de misericórdia se acham em perfeita harmonia com seu desígnio. Deus não deseja que Suas criaturas sofram uma hora de dor que possa ser aliviada no sábado,ou noutro qualquer dia.16
[Jesus] Continuou a demonstrar que Sua obra de cura, em Betesda, es­tava em harmonia com a lei do sábado. 17 (Ver Lucas 6:1-10.)
“Logo, é licito, nos sábados, fazer o bem” (Mateus 12:12).
A Escola Sabatina e o culto de pre­gação ocupam apenas uma parte do sábado. O tempo restante poderá ser pas­sado em casa e ser o mais precioso e sa­grado que o sábado proporciona. Boa parte desse tempo deverão os pais passar com os filhos. Quando faz bom tempo, deverão os pais sair com os filhos a passeio pelos campos e matas. Em meio às belas coisas da natureza, expliquem-lhes a razão da instituição do sábado. Descrevam-lhes a grande obra da criação de Deus. Contem-lhes que a Terra, quando Ele a fez, era bela e sem pecado. Mostrem-lhes que foi o pecado que manchou essa obra perfeita. Fa­çam-lhes notar, também, que, apesar da maldição do pecado, a Terra ainda reve­la a bondade divina.
Falem a eles do plano da salvação. Apresentem-lhes como Jesus foi filho obediente aos pais, como foi jovem fiel e diligente, ajudando a prover o sustento da família. De quando em quando, leiam para eles as interessantes histórias contidas na Bíblia. Perguntem-lhes sobre o que aprenderam na Escola Sabatina, e estu­dem com eles a lição do sábado seguinte. 18
Ao pôr-do-sol, elevem a voz em oração e cânticos de louvor a Deus, celebrando o findar do sábado e pedindo a assistência do Senhor para os cuidados da nova semana. 19

A PALAVRA “SÁBADO” O DIA DE REPOUSO

Praticamente todos os idiomas, até mesmo os mais antigos que ainda per­duram no mundo moderno, dão teste­munho da semana de sete dias, e se referem ao sétimo dia como o sábado.

 Nomes do sétimo dia em várias línguas

  Nome do Idioma       Sétimo dia
  afegão                          shamba
  siríaco antigo               shabbatho
  árabe                            assabt
 babilônia                       sabatu
 boêmio                          sabota
 bornu (Afríca Central)  sibta
 búlgaro                          subbota
 etíope         
                  sanbat
 francês                          samecii
 grego
                           sabbaton
 hebraico                       shabbath
 húngaro                        szombat
 italiano                         sabbato
 cuido                            shamba
 latim                             sabbatum
 lituano                          subata
 mel» [África central]    sab
 malaio                           hari-sabtu
  polonês                        sabota
  português                     sábado
  romeno                        sabat
  russo                            subbota
  sérvio                           subota
  espanhol.      
.             sábado
  turco                            yom-es-sabt
  urdu                             shamba

      Dezenas de outras línguas da Ásia, África, Europa e Oriente Próximo reco­nhecem o sétimo dia como o “dia de repouso” “sábado”, em variantes lingüísticas reconhecidas.


Referências:
1.   Potdo,’cos e Proteles, pág. 47.
2.   Testemunhos Se/dos, vai. 3, pág. 20.
3, itlem, p4~ 21.
4.   Oden/eçâo do &innço. 0ã6. 530.
5 Testemunhos Seleto,, vai 3, pág. 21.
6 ide,,, pág 22
7.                (deis, pág. 23.
6.                te/em, pág. 22.
9.   Pote/arcos e Proteles, pág. 296.
lo.  Odentoçdo do Criança, pãg. 526.
lidem, pái. 529.
12. Testemunhos Se/etos, vol. 3, pág. 26.
13. te/em, pág. 29.
I4.idem, pág~ 26.
IS. Vide de Jesus, pág. 74.
96. O Desejado de Todos os t/oçôes, pá’. 207.
‘7. ‘e/em, pág. 456.
‘é. Testemunhos Se/elos, sol. 3, pág.. 24 e 25.
IS. 4*,,, Pág. 25.


Momentos de Alegria

O SÁBADO NA BÍBLIA - SÁBADO - ANÁLISE DE ALGUNS TEXTOS CONTROVERSOS



SÁBADO  -  Análise de Alguns Textos Controversos.

Pastor Humberto Carletti  Banhara
Compilado da Apostila – O Sábado –
Curso Estudos em Religião

Por mais conclusivas e esclarecedoras que possam ter sido as considerações anteriores, elas seriam incompletas sem uma breve análise dos principais textos usados para contestar a validade do Sábado como o dia de repouso do Novo Testamento. Assim sendo, passaremos a considerar. de forma objetiva e clara aquilo que cremos ser o verdadeiro sentido dos textos comentados a seguir.

João 20:19

Como é dito que os discípulos estavam reunidos “ao cair da tarde” do dia em que Cristo ressuscitou.
algumas pessoas usam este texto como um argumento para apoiar a observância do domingo como dia de repouso.
E certo que os discípulos estavam reunidos no domingo da ressurreição, mas rejeitamos a pretensão de terem se reunido para culto, em honra da ressurreição, e que tal procedimento indique a mudança do Sábado. Consideremos alguns pontos:

1. A Bíblia declara explicitamente que até as horas finais daquele domingo da ressurreição, os discípulos descriam da nova de que Cristo havia ressuscitado, e que se achavam reunidos no cenáculo porque evidentemente ali era sua habitação (Atos 1:13)
2. Estavam com as portas cerradas com “medo dos judeus”. De um grupo de homens que passaram o dia temendo e descrendo, dificilmente se poderia dizer que estivessem empenhados em adoração espiritual, e muito menos em celebrar a ressurreição. Com certeza, nada haveria de pasmar mais estes discípulos do que o pensamento de que os cristãos do século vinte haveriam de empenhar-se em basear um argumento a favor da santidade do Domingo sobre o mero fato de se terem nesse dia reunido em sua própria habitação.
3. Portanto, uma vez que no próprio texto de João 20:19 o dia da ressurreição é mencionado simplesmente como sendo o “primeiro (dia) da semana”, e o motivo da reunião, como sendo o “medo dos judeus”, a conclusão inevitável é que o texto não fornece o mínimo apoio para a observância do Domingo.


I Coríntios 16:2

Se considerarmos atentamente o conteúdo deste texto, perceberemos:

1. Que, ao utilizar a expressão “primeiro dia da semana”. Paulo não atribuiu qualquer distinção especial ao Domingo.
2. Que a orientação de Paulo aos crentes da igreja de Corinto é que separassem sua oferta, no primeiro dia da semana. “em casa” e não em qualquer reunião pública.
3. Que a justificativa apresentada é simplesmente “para que se não façam coletas quando eu for”.

Dificilmente se pode afirmar que neste verso esteja implícita a observância do Domingo. A expressão grega implica em que o por de parte era feita “em casa”.
E Samuele Bacchiocchi esclarece ainda mais a questão ao afirmar que a menção de Paulo ao primeiro dia pode ter sido motivada mais por razões práticas do que teológicas. Nenhuma computação ou transação financeira era feita pelo judeus no Sábado.”
Diante disso, somos levados à inevitável conclusão de que não existe realmente nada no texto que sugere. mesmo remota,mente. que haja qualquer santidade atribuída ao primeiro dia da semana.

Atos 20:7

Este é um dos textos mais utilizados por aqueles que procuram encontrar provas bíblicas para a observância do Domingo. ainda no período da igreja apostólica Mas o próprio texto, analisado dentro do seu contexto, esclarece toda e qualquer dúvida a respeito.

Esta passagem é parte de uma narrativa que descreve vários incidentes da viagem de Paulo a Jerusalém, no fim de sua terceira viagem missionária. Para toda narrativa são necessários dois capítulos.
Examinemos a primeira afirmação quanto ao partir o pão. No segundo capitulo de Atos, no versículo quarenta e seis, lemos que os discípulos, “perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam todos com alegria e singeleza de coração” Aparentemente, pois, “partindo o pão”, significava simplesmente participar do alimento: a idéia de serviço de Santa Ceia não está. necessariamente, expressa na frase. Contudo, se alguém achar que há terreno para depreender da passagem. que os discípulos estivessem a celebrar esse serviço, deve essa pessoa reconhecer que mesmo tal fato nenhuma distinção conferiria a esse dia, pois os discípulos partiam o pão “todos os dias”.
Notai agora que nenhum titulo de santidade é usado para este dia Ele é simplesmente chamado o “primeiro dia da semana”. Logo, sobre que haveremos de basear um argumento para a santidade do Domingo? Sobre o simples fato de ter havido uma reunião religiosa naquele dia ?   Em outras palavras, o silogismo seria o seguinte:
1. A celebração de uma reunião em certo dia é prova de ser esse dia santo
2. Paulo realizou uma reunião no primeiro dia da semana
3. Logo, o Domingo é dia santo.
Quando assim desprendido de todo o excesso de linguagem, tal argumento em favor da santidade do Domingo se revela em sua verdadeira debilidade. Vê-se desde logo a falsidade da premissa maior.
Lendo toda a história da viagem, vemos que Paulo pregou em vários lugares no caminho, enquanto viajava para Jerusalém. Foram, todos estes sermões, pregados em domingos? Incrível! Lede a última metade do capítulo vinte de Atos, a qual dá o sumário de um sermão que foi talvez o mais importante que Paulo pregou em toda a sua viagem - é pelo menos, o único que é descrito pormenorizadamente.
Um exame do contexto, especialmente o versículo quinze, haverá de mostrar que foi, provavelmente, pregado na Quarta-feira: concluiremos portanto que a Quarta-feira é dia santo? Esta é a conclusão que poderíamos tirar do argumento apresentado acima, em favor do domingo. Realmente, a lógica do oponente do Sábado, força-nos a concluir que Paulo, nesta viagem, santificou quase todos os dias da semana. tantas foram as reuniões que ele realizou em caminho. Não, é necessário mais do que pregar um sermão para santificar um dia, ou para anular o mandamento divino de que “o sétimo dia é o Sábado do Senhor teu Deus”
Deve-se notar, também, que não existe um consenso absoluto entre os comentaristas, se a referida reunião ocorreu no Domingo à tarde, ou na tarde anterior.
Sendo que a reunião se estendeu “até à meia noite” (Atos 20:7), se ela começou no Domingo à tarde. então o “partir o pão” ocorreu no inicio da madrugada de Segunda-feira Se a reunião começou no Sábado à tarde, então o “partir o pão” ocorreu no inicio da madrugada de Domingo. Seja como for, este é um horário incomum para “partir o pão” (ver Atos 20:7 e 11), o que mais sugere “uma ocasião extraordinária do que um costume habitual.”
Portanto, somente uma interpretação tendenciosa, que desconheça intencionalmente o contexto, pode ver nesta passagem um indício da observância do Domingo como dia de guarda.


Romanos 14:5

Alguns tem usado este texto para provar que o Sábado não mais necessita ser guardado. Se este fosse realmente o seu significado, então não haveria também razão para a observância do Domingo; pois nenhum dos dois é por ele mencionado. Conseqüentemente, se a regra é aplicável ao Sábado, por que não o seria também ao Domingo?

Não dispomos de meios para julgar, com base neste texto, com toda a certeza, se Paulo queria incluir ou não o Sábado na lista dos vários dias especiais que os irmãos “débeis na fé” insistiam em observar.

Se analisarmos mais detidamente a passagem, veremos que o contexto trata da atitude de tolerância para com os fracos na fé em relação coma questão da alimentação, e não do descanso semanal.
Estes “fracos na fé” se abstinham de carne e vinho, para que não fossem contaminados por coisas que eram “impuras”, por terem sido oferecidas aos ídolos.

Uma vez que não se trata de um grupo de cristãos judeus. procurando impor costumes judáicos à igreja, nem ao menos aparece qualquer alusão ao Sábado no contexto, pode-se plenamente afirmar:
Trata-se de alguns cristãos que faziam distinção entre os dias. Nada indica que seja questão de judaizantes, logo, não ha~’eria aqui alusão ao Sábado: trata-se de práticas de abstinência ou de jejum fixadas para datas regulares.

O Didaquê 8 1 era incisivo em admoestar os cristãos a “não jejuarem com os hipócritas no segundo e quinto dias da semana. mas no quarto e sexto dias.” Diante disso. Paulo insiste que, em questões de consciência, a alma deve ser deixada livre. Ninguém deve controlar o espirito de outro, julgar por outro, ou prescrever-lhe o dever.
Portanto, este texto jamais pode ser usado como um endosso à falsa teoria de que. no período do Novo Testamento, não existe um dia específico. para ser observado como “dia do Senhor”. O próprio Paulo. que evidentemente não pode ser alistado entre os “fracos”, observava o Sábado como era “seu costume” (Atos 17:2; cf S. Luc. 4:16), não havendo qualquer evidência em contrário disso.


Colossenses 2:16 e 17

A expressão “ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou Sábados (grego sabbaton)”, encontrada neste texto, tem sido usada para provar que a observância do Sábado foi invalidada por Cristo na cruz. Se, porém, analisarmos mais atentamente o seu conteúdo, veremos que também este não pode ser aplicado em relação com o descanso semanal.
O tipo de Sábado que está sendo considerado é indicado pela frase “que são uma sombra das coisas vindouras” (Col.. 2:17).

O Sábado semanal é um memorial de um evento do início da história da Terra (Gên. 2:2 e 3; Exo. 20:8-l1; PP 31 e 32). Portanto, os “Sábados”, que Paulo declara serem sombras que apontam para Cristo, não podem referir-se ao Sábado semanal designado pelo quarto mandamento, mas devem indicar os dias de descanso cerimonial, que encontram seu cumprimento em Cristo e no Seu reino (ver Lev. 23:5-8. 15, 16, 21. 24. 26. 27, 28. 37 e 38).

Adam Clarke. conhecido comentarista Metodista, é claro em afirmar:

“SÁBADOS: os sábado.s do dia da Expiação e da festa dos Tabernáculos chegaram ao fim com os serviços judáicos aos quais pertenciam (Levítico 23:32, 37.39). O Sábado semanal se apoia em uma base mais permanente, tendo sido instituído no Eden, para comemorar o término da criação em seis dias (Levítico 23:38) Expressamente distingue “o Sábado do Senhor” dos “outros Sábados”  Um preceito positivo é bom porque é “ordenado” e deixa de ser obrigatório quando ab-rogado; um preceito moral é mandato eternamente, por ser eternamente justo”

O que foi dito anteriormente é suficiente para esclarecer que Paulo jamais pretendeu abolir, em Colossenses 2:16 e 17, a obrigatoriedade moral do quarto mandamento, que, por ter sido instituído na criação e fazer parte da lei moral, também é um mandamento “santo e justo e bom”. (Rom. 7:12)


Gálatas 4:10

Existe uma similaridade entre os “dias, e meses, e tempos, e anos” de GáIatas 4:10 e “dia de festa, ou lua nova. ou Sábados” de Colossenses 2:1 6.as mesmas idéias são aparentemente apresentadas. mas em ordem inversa
Neste, caso então Paulo está aqui se referindo “aos sete sábados cerimoniais e as luas novas do sistema cerimonial, e as mesmas considerações são feitas sobre Colossenses 2:16 se aplicam também a este texto.

O Comentário Bíblico Adventista acrescenta ainda:

“Não há base escriturística para assumir, como alguns o fazem, que os “dias” dos quais Paulo fala aqui se refiram ao Sábado do sétimo dia. Em nenhum lugar da Bíblia é feito referência ao sétimo dia na linguagem aqui usada Alem disso, o Sábado do sétimo dia foi instituído na criação, antes da entrada do pecado, e cerca de 2.500 anos antes da inauguração do sistema cerimonial, no monte Sinai. Se a observância do Sábado sétimo dia subjuga o homem à escravidão, então o próprio Criador deve ter entrado em escravidão, ao observar o primeiro Sábado do mundo! E essa conclusão é inconcebível”.

Apocalipse 1:10

Neste texto aparece a expressão grega “kuriake hemera cuja tradução literal é “Dia do Senhor”. Das várias teorias propostas para identificar seu verdadeiro significado, mencionaremos criticamente as quatro mais importantes:


1- Como Sendo o Domingo

Quando Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim, que era a língua oficial do império romano, ele traduziu a expressão “Dia do Senhor” com o “Domines dei” ou seja o Domingo.  Seria isto correto?

Vejamos alguns argumentos contra esta interpretação:

1. As Escrituras, em nenhum outro lugar chamam-no de “dia do Senhor”
2 Nenhum dos escritores cristãos surgidos nos primeiros anos depois da morte de Cristo, chamam o Domingo de “dia do Senhor” Em realidade, mesmo que a expressão kuriake hemera apareça freqüentemente entre os Pais da Igreja, para designar o Domingo, a primeira evidência conclusiva de tal uso não aparece antes da última parte do segundo século, no Evangelho Apócrifo de Pedro, onde o dia da ressurreicão de Cristo é denominado “dia do Senhor”. Uma vez que esse documento foi escrito pelo menos três quartos de século após João haver escrito o Apocalipse, não pode ser apresentado como uma prova de que a expressão “dia do Senhor”, no tempo de João, referia-se ao Domingo. Inúmeros exemplos poderiam ser citados para demonstrar a rapidez com que palavras tiveram o seu significado alterado com o correr do tempo. Por conseguinte, o significado de “Dia do Senhor” aqui é melhor determinado ao se recorrer as Escrituras do que a literatura subsequente.
3. Além disso, se João realmente tencionasse designar o Domingo como sendo o “Dia do Senhor” com certeza ele também o teria feito em seu evangelho, que foi escrito aproximadamente na mesma época do Apocalipse ( na década de 90 AD).
4. Em todas as oito alusões ao Domingo no Novo testamento, ele é simplesmente chamado de “primeiro dia da semana” (ver: Mat. 28:1; Mar. 16:2 e 9; Luc. 24:1; João 20:1 e 19; Atos 20:7; 1 Cor.. 16:2), sem qualquer distinção especial.
5. O fato de um profeta ter uma visão em determinado dia, não significa que tal dia deva ser guardado. A santidade de um dia repousa em base mais sólida, fundamenta-se num claro e insofismável “Assim diz o Senhor”.


2- Como Sendo o Dia do Senhor Escatológico

Os defensores desta teoria vêem um paralelo entre a expressão “dia do Senhor” usada pelos profetas
bíblicos em alusão ao dia do juízo escatológico de Deus para com as nações (cf. Joel 2:1 e 3: Amós
5:18,  I Cor 11:4. I Tes. 5:2;  II Pedro 3:10, e o “dia do Senhor” de Apocalipse 1:10.

1 Por mais interessante que possa parecer, existem, entretanto, razões para rejeitarmos esta interpretação. Em primeiro lugar, quando a expressão “dia do Senhor” designa claramente o grande dia de Deus, o grego é sempre “hemera tou kuriou” ou “hemera kuriou” (I Cor 5:5: II Cor 1:14:1 ies. 5:2; II Pedro 3:10).
2. 2. Em segundo lugar. o contexto (Apoc. 1:9 e 10) sugere que a expressão “dia do Senhor” se refere ao tempo em que João teve a visão. ‘e não ao conteúdo da visão Se lermos o contexto subseqüente. perceberemos nitidamente que o conteúdo da visão é de natureza histórica (ver Apoc. 1:10 a 3:22) e não escatológica

3- Como Sendo o Dia do Imperador

Esta teoria é sem dúvida a mais inconsistente das que estamos analisando. Sobre ela o pode-se dizer o seguinte:
1.  Primeira, ainda que houvesse dias imperais, e ainda que o termo kuriaikos fosse usado para outras coisas pertencentes ao imperador, nenhum exemplo da palavra kuriake, como empregada para um dia imperial, foi ainda encontrado. Isto não é uma prova final, evidentemente, pois é um argumento do silêncio.
2.  Todavia, o segundo ponto que se pode levantar contra a identificação do kuriake hemera de João, como dia imperial, parece virtualmente conclusivo. Este é o fato de que tanto os judeus do primeiro século, como os cristãos, pelo menos no segundo século  são reconhecidos como tendo se recusado a chamar a César de Kurios, “senhor”. Torna-se extremamente difícil pensar-se, portanto, que João se referia a um dia imperial, como sendo o “Dia do Senhor”; especialmente ao tempo em que ele e seus confrades cristãos, estavam sendo severamente perseguidos por se recusarem a adorar o imperador.

4- Como sendo o Sábado

Parece mais provável que João tenha escolhido a expressão kuriake hemera, para designar o Sábado, o sétimo dia da semana. Vejamos alguns argumentos:

1. Como um meio sutil de proclamar o fato que, como o imperador tinha dias especiais devotados em sua honra, o Senhor de João, por quem ele agora sofria, também tinha o Seu dia.
2. Esta é a única das quatro posições que não desconhece o consenso das Escrituras, onde o Sábado é reiteradas vezes mencionado como sendo o verdadeiro “Dia do Senhor” (cf. Isa. 58:13; Êxo. 16:23; Mat. 12:8)


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