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terça-feira, 31 de maio de 2016

JESUS AMALDIÇOA A FIGUEIRA


Jesus amaldiçoa a figueira 

Mateus 21:18-22
A figueira sem fruto
18 Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, teve fome; 19 e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira secou imediatamente. 20 Vendo isto os discípulos, admiraram-se e exclamaram: Como secou depressa a figueira! 21 Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; 22 e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis.

Ao contrário do evangelho de Marcos a maldição prenunciada sobre a figueira acontece depois da purificação do templo.

Nessa purificação Jesus demonstrou mais uma vez a condição de muitos dirigentes religiosos, eles tinham  montado o seu próprio sistema de salvação, aproveitavam-se do templo para negócios qu.e nada tinham a ver com o que se esperava daquele local. 

O próprio povo também interiorizou este sistema como sendo a forma de Deus ouvir o pecador e fazê-lo espiritualmente puro. 

No entanto o mais básico da religião tinha sido banido daquele local em vez de oração e louvor havia barulho e roubo. 

A purificação do templo foi de certa forma uma demonstração que a religião
vivida daquela maneira nunca satisfaria o homem nem lhe traria a paz desejada. 

Poderíamos dizer que depois da purificação seguir-se-ia a investigação e consequentemente o juízo . 

Embora a Bíblia nos afirme que Jesus viera não para condenar mas salvar o homem, não podemos esquecer que Ele vira outra vez na glória do seu pai, dar a cada um segundo as suas obras, separando assim os bodes das ovelhas, ou o trigo do joio.

O episódio que se segue é sem duvida uma lição dessa verdade.

Diz o texto que depois de Jesus ter pernoitado em Betania, ao voltar para Jerusalem viu uma figueira teve fome mas a única coisa que encontrou foi folhas.

No evangelho de Marcos percebemos que o lógico realmente era Jesus só encontrar folhas pois não era tempo de figos. 
Marcos 11:13
...Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos.

No seu ministério nunca vemos Jesus usar uma qualidade sua, para tirar benefício próprio, ou seja, não devemos ver esta maldição da figueira como uma birra ou frustração por não saciar a sua fome. 

Em uma ocasião Jesus venceu a tentação de transformar pedras em Paes.

Se a questão ali fosse matar a fome, Jesus teria feito florir e não secar a árvore, por isso temos de entender que aquilo que Jesus fez ou disse tinha sempre um propósito maior. 

Noutra ocasião Jesus conta uma parábola de um Senhor que tinha uma vinha e dentro dessa vinha havia uma figueira que não dava fruto.

Lucas 13:7-9
7 Pelo que disse ao viticultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra? 8 Ele, porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. 9 Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la.

Mais uma vez uma figueira sem fruto. E mais uma vez alguém decepcionado com o resultado. 

Arvore de fruto sem o seu fruto cria expectativas mas também decepções.  

Aquela figueira que Jesus amaldiçoou, tinha somente folhas, mas Jesus não vinha com intenção de encontrar sombra, mas fruto. 

Os dirigentes religiosos montaram um sistema aparentemente interessante, dava folhas, as pessoas podiam se sentir protegidas, no entanto faltava o fruto, esse não existia.

O local onde Jesus encontrou aquela figueira era conhecido como BETFAGÉ ou seja casa dos figos,  uma pequena região no caminho de Jerusalém para Betania. 
Na casa dos figos foi onde Jesus parou para “saciar a fome” Mt 21:18, mas não encontrou um figo sequer.

Assim como o templo “casa de oração” havia se transformado em covil de salteadores em demonstração de hipocrisia religiosa, a “casa dos figos” também dava demonstração de hipocrisia ao demonstrar na aparência aquilo que não era.  Assim como o templo de Jerusalém simbolizava os rituais farisaicos que externavam vaidade e desamor, sem frutificar para matar a fome dos necessitados de espírito, a figueira igualmente passava essa mensagem.

Aquela figueira atraia os famintos mas não saciava a fome, assim era o sistema religioso no templo, atraia as pessoas mas não saciava a sua fome espiritual. 

Mateus 21:21-22
21 Jesus, porém, lhes respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes fé e não duvidardes, não somente fareis o que foi feito à figueira, mas até mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e lança-te no mar, tal sucederá; 22 e tudo quanto pedirdes em oração, crendo, recebereis.
A verdade é que estes textos parecem estar descontextualizados, no entanto se estivermos atentos podemos perceber melhor o que a maldição da figueira tem de comum com a oração e fé.

Estar na casa de oração e viver uma vida hipocrita não dará frutos.

Orar e não receber é uma consequência natural de uma religião construída da aparência.

Se quisermos ter uma vida bem sucedida ao nível espiritual , temos de perceber que a nossa religião tem de ser diferente das dos dirigentes espirituais no tempo de Jesus. 

Felizmente que estas lições dadas por Jesus, acabaram por fazer efeito em muitos corações.

Muitos sacerdotes acabaram por mudar a forma de adorar, 
nem todos os dirigentes permaneceram nesse sistema perverso.
Atos 6:7
7 Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.

Eles trocaram as folhas pelos frutos, e nós?


sábado, 14 de maio de 2016

TEMAS DIFÍCEIS DA BÍBLIA - A DIVINDADE DE CRISTO




A DIVINDADE DE CRISTO

Pedro Apolinário  “As Testemunas de Jeová e sua Interpretação da Bíblia”- 4o. Edição-
Instituto Adventista de Ensino - 1986

A Igreja desde os seus primórdios considerava Jesus como verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Com a propagação do evangelho para o mundo grego surgiram problemas para harmonizar a humanidade com a divindade de Cristo.

Idéias heréticas negando a divindade ou a humanidade de Cristo surgiram rapidamente, algumas se iniciando no primeiro século.

Duas Escolas Principais da Época com

Idéias Diferentes

a)       Escola de Antioquia enfatizando a natureza humana de Jesus.

b)    Escola de Alexandria com ênfase na natureza divina de Jesus.

I.     Ênfase na Humanidade


1. Os Ebionitas

Eram cristãos de origem judaica, e sendo os judeus essencialmente monoteístas era lhes difícil aceitar que Cristo pudesse ser Deus.
Os ebionitas tinham dificuldade em compreender as duas naturezas de Cristo.
Aceitavam a idéia de que Jesus sofreu e inclusive experimentou a morte, mas que neste caso não podia tratar-se de um ser divino.

O    termo ebionitas em hebraico significa pobres, porque aplicavam a si mesmos a expres­são de Cristo “pobres de espírito”. Eusébio nos informa que receberam este nome como indicação de sua pobreza intelectual. Outros concluem que foram assim chamados por terem como chefe Ebiom, um grande herege do período apostólico.

Eles apareceram no ano 107 da nossa era ne­gando a realidade da natureza divina de Cristo. Segundo seus ensinos Cristo foi um homem extraordinário que manteve uma relação muito, íntima com Deus, especialmente após Seu batismo Jesus foi um grande profeta, mas não era Deus. Acei­tavam que Jesus tinha uma espécie de Divindade.

2.    Alogóis

O    nome denota a descrença no Logos de João. Para eles Jesus foi simplesmente o filho de Maria e José.

3.    Adocionistas

Jesus foi adotado como o Messias por ocasião do batismo por ser uma pessoa muito boa.

4.    Paulo Samosata.
Bispo cristão faleci­do em 275.  Para ele Jesus era simplesmente filho de Maria e José, mas por ocasião do batismo a razão impessoal (Logos) veio sobre Ele e por isso é chamado de Deus.

O    Logos de João não é uma influência, mas uma pessoa.

5.    O arianismo
Nome derivado do fundador da doutrina  —    Ário  —    presbítero de Alexandria. Pensava ter a solução para o problema da natureza de Cristo. Por ser um sacerdote muito influente, suas idéias foram aceitas sem serem questionadas. Oi­tenta por cento do mundo cristão em alguns mo­mentos eram arianos.

O Verbo que se fez carne, segundo o Evangelho de João, não era Deus, senão um dos seres mais altos do Criador. Jesus não era como Deus porque houve um tempo em que Ele não era. Os arianos apresentavam a Cristo como a primeira criatura do Pai, e o Espírito Santo como a pri­meira criatura do Filho.

Suas idéias foram sumariamente condenadas no Concilio de Nicéia em 325 A.D., especialmen­te, por Atanásio.

Os credos de Nicéia e de Atanásio defendem os ensinamentos do Novo Testamento, isto é, Cris­to é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem.

II.      Ênfase na Divindade

1.    Docetistas

Este nome origina-se no verbo grego dokew = parecer, aparentar. Jesus tinha apenas a aparência  do corpo humano.   Era um corpo fantasmagórico. Os docetistas negavam a humani­dade de Cristo, afirmando o seguinte: a matéria é má, tudo o que é material é pecaminoso. Se Cristo não teve pecado, neste caso não poderia ter corpo material. Se não tinha corpo material não poderia ter morrido.

Os docetistas apareceram no ano 70 da e­ra cristã, e existiram, aproximadamente, até o ano 170.

Esta doutrina não era nada mais do que o gnosticismo que se introduzira na igreja cristã primitiva.

2.     Teoria de Apolinário

Esta teoria apareceu no ano 381 da era cristã, negando a integridade da natureza huma­na de Cristo. Segundo seus ensinos Cristo não tinha mente humana. O que Ele tinha de humano era o corpo e o espírito. Tinha uma visão tricotômica do homem,
                                                               |------->---corpo
                                              homem |-------->- alma
                                                               |------->-- espírito  —    mente
Para ele Cristo se revestiu simplesmente de um corpo humano, tomando o lugar da alma desse corpo.

Concluimos que suas idéias são difíceis de serem captadas.

                   Os ensinamentos deste herege foram con­denados no Concílio de Constantinopla, no ano 381 A.D.

3. Nestorianismo

“Esta teoria apareceu no ano 431. Nestório, seu fundador, negava a união verdadeira en­tre as duas naturezas de Cristo. Ele atribuía a Cristo duas partes ou divisões, uma humana, outra divina. Quando Jesus estava dormindo, por exemplo, era a parte humana que dormia. Mas quando acordava e repreendia os ventos, era a parte divina que estava em ação. Assim explicava Nes­tónio a Pessoa de Jesus. Esta idéia, logo se vê, é muito errônea. Jesus não se divide em duas partes. Ele não opera parceladamente. Não é que Ele agisse, ora por meio da natureza humana, ora por meio da natureza divina. Quando agia, fazia-o com toda a Sua personalidade e não só com a natureza divina, ou com a humana.”

H.B. Langston, Esboço de Teologia Siste­mática, p. 222.

4.     Teoria de Eutico

Pensava ter a solução para o problema da humanidade e divindade de Cristo.

Deu a seguinte explicação: Jesus tinha as duas naturezas, mas a natureza divina foi absorvendo a natureza humana. As duas naturezas foram se fundindo de tal modo que formaram uma terceira natureza, que não era nem divina nem humana.

Sua doutrina foi condenada no Concilio de Calcedônia em 451.

5. Monofisismo

O vocábulo, com seus elementos constitu­tivos (monos = só e fisis =  natureza), indica logo a crença de que Cristo possuia uma só natureza. Esta heresia era antagônica ao nestori­anismo que dizia haver em Cristo duas pessoas —   uma divina e outra humana. Afirmava ter Cristo uma só natureza, desde que a divindade absorveu a humanidade.

O ensino bíblico é que Cristo possui duas naturezas em uma só pessoa, mas estas naturezas não são mutiladas, nem absorvidas. Em outras palavras:

Segundo a Bíblia, em Cristo, só há uma personalidade, mas duas naturezas: a humana e a divina, cada qual perfeita. Um estudo acurado da Cristologia em o Novo Testamento nos revela­ra com mediana clareza que Jesus Cristo era uma unidade. Havia dualidade quanto à Sua natureza, porém, quanto à personalidade havia perfeita unidade.

A Cristologia não pode basear-se em con­ceitos dos homens, mas nos infalíveis conceitos divinos encontrados nas Escrituras.


Embora a igreja se houvesse afastado em alguns aspectos das doutrinas bíblicas é inegá­vel que quanto a pessoa de Cristo ela se manteve fiel.


O Iluminismo e Sua Influência na

Interpretação da Bíblia


Um bom dicionário definirá iluminismo ou menos nos seguintes termos:

“É o esforço consciente de valorização da razão e abandono de preconceitos tradicionais, objetivando, na prática, a crença no progresso dos múltiplos setores da atividade humana, mor­mente no que diz respeito à liberdade de pensar.”   Enciclopédia  Barsa.

É a crença na capacidade do homem de saber dirigir-se independentemente.

O iluminismo trouxe uma nova maneira de interpretar a Bíblia. No iluminismo a razão tor­nou--se o critério para interpretar a Bíblia. Declaravam que era indigno o homem aceitar com ba­se na autoridade da Bíblia, o que na realidade é contrário à razão humana. Ensinar que Cristo é homem e Deus isso não é racional.

A razão deixaria de ser serva da Igreja pa­ra tornar-se o critério no julgamento de problemas teológicos.

O iluminismo trouxe como conseqüência descrédito para a Bíblia e perda de autoridade da igreja. As Escrituras Sagradas passam a ser con­sideradas uma coleção de lendas.

Com o evoluir das décadas surgem outros teólogos tentando harmonizar a humanidade com a divindade de Cristo. Um dos mais notáveis, foi o teólogo luterano Shleiermacher que declarou o seguinte sobre Cristo: Ele não é Deus, mas pos­sui tal dependência de Deus que merece ser cha­mado de Deus.

Ritschl


Jesus salvou a humanidade graças ao seu grande amor. Deve ser chamado de Deus, porque Ele é o clímax do amor. Cristo foi um homem que teve o valor de um Deus.

Nossas considerações poderiam estender-se comentando as idéias de Barth, Brunner e Bult­mann, mas seria ir além do escopo deste trabalho.

Fique apenas esta frase: a tendência teoló­gica dos últimos cinqüenta anos é despojar a Cristo de sua verdadeira divindade, reduzindo-O puramente a dimensões humanas.

O   Ensino das Testemunhas de Jeová

Sobre a Humanidade e a Divindade de Cristo


“Entre os principais erros do resselismo há o ensino que rejeita o Cristo da Bíblia, subs­tituindo-O  por um Salvador humano.

O salvador dos resselistas é salvador humano, completamente humano. O sacrifício feito no Calvário, pelos pecados do mundo, segundo os russelitas foi única e exclusivamente um sacrifício humano. A expiação dos pecados, segundo o resselismo, é expiação puramente humana, efetu­ada por um homem.

Este ensino do resselismo, que moderniza e nega a divindade de Jesus Cristo, ocorre no pri­meiro volume dos “Estudos das Escrituras”, sob o título, “O Divino Plano dos Séculos”, no ca­pítulo: “As natureza Espiritual e Natural  São Separadas e Distintas”, a começar na página 173.

Somos aí informados de que antes de Cristo vir a este mundo para Se tornar um resgate pelos homens, era Ele um “ser espiritual” possuindo natureza espiritual, não sendo, porém na acepção mais elevada, um ser divino.

Esta natureza espiritual mudou-se quando Ele apareceu no mundo, transformando-se em perfeita “natureza humana”, (pág. 178).
E note-se que não se fala aí em uma união das naturezas “espiritual e “humana”, mas em uma natureza única e exclusivamente “humana”.
Segundo o russelismo, só depois da crucifixão de Jesus Cristo foi que Ele mudou a natureza “humana”, trocando-a pela “divina”. Ele não possuía ambas as naturezas simultaneamente, mas experimentou  duas vezes uma completa mudança de natureza: primeiro da “espiritual” para a “humana” e depois desta para a “divina”.
Ele era completamente “espiritual” antes de vir a este mundo. Aqui , era inteiramente “humana”, n’Ele não havendo nunca uma união do “espiritual” com o “humano” ou do “divino” com o “humano”. Ele agora é completamente “divino”; não possui coisa alguma de “humano”.
Disto ressalta que, quando Cristo morreu na cruz pelos pecados da humanidade, Ele não era, segundo aquele falso Sistema de ensinos, de modo algum um Ser divino, mas um simples homem a sacrificar pelos outros homens a sua natureza humana.
E não se pense que seja esta explicação um desvirtuamento das palavras de Russell, dando –lhe uma significação que ele não lhe quisesse dar. Absolutamente. O próprio  Russell acentua repentinamente este ponto de que Cristo, ao morrer, era apenas um homem. Ele nega peremptoriamente que Cristo  fosse uma união das duas naturezas, humana e divina.
Eis suas próprias palavras:
‘Nem foi Cristo uma combinação das duas naturezas não produz nem esta nem aquela, mas sim uma coisa imperfeita, híbrida, prejudicial a todo o ajuste. Quando Jesus estava na carne era um perfeito ser espiritual; e desde Sua ressurreição é um perfeito ser espiritual, pertencente à ordem mais elevada, ou divina”. Estudos das Escrituras, vol. I, p.179.
 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
“Não há aqui engano algum. O Cristo do russelismo não é o Cristo das Santas Escrituras. O salvador do russelismo não é o  divino Filho de Deus, mas um salvador completamente humano. A expiação dos pecados, conforme compreendem eles, não é a ensinada pelas Escrituras. O sacrifício pelo pecado, tal como o pregam, unicamente sacrifício humano, é completamente inadequado para fazer a expiação. O advogado dos russelitas, perante o Pai não é o “Jesus Cristo homem”, mas um ser muito afastado da humanidade, o mediador dos russelitas, entre Deus e  o homem, não é o Mediador da Bíblia, que era tanto Deus como homem”.

Transcrito de um artigo de Carlyle B. Haynes, publicado na Revista Adventista, maio de 1950, pág. 6-7.

Os russelitas, como todos sabem, não negam a preexistência de Cristo nas a sua eternidade e divindade.


Deve Ser Cristo Adorado?

Sendo Deus deve ser adorado.

Como se sentem as Testemunhas de Jeová  diante das passagens bíblicas que falam da adoração de Cristo?

Diante do problema, o método mais empregado é a tradução tendenciosa de passagens bíblicas. Por exemplo quando traduzem a palavra grega adorar referindo-se a Deus, dão-lhe o sentido do original, nas quando a mesma palavra se refere a Cristo traduzem-na por prestar homenagem.

Seria esta distinção defensável pelos dicionários gregos? De modo nenhum .

As duas palavras gregas mais usadas na Bíblia para adorar são   latreuw - latréo e proskunew  -  prosquinéo.

latreuw  é adorar no íntimo, adorar para servir e pode ser exemplifivada com Mat. 4:10; Atos 7:7;  Heb. 9:14 e Apoc. 22:3.

proskunew  é um verbo muito mais usado, significando ajoelhar-se ou prostrar-se em reverência. É usado para Deus em Mat. 4:10; Luc. 4:8; João 4:21, I Cor. 14:25 e em muitos outros textos.

É digno de nota que o mesmo verbo é usado para Cristo  porque Ele também deve ser adorado como Deus.

 Mat. 2:2        ... porque vimos a sua estrela no Oriente , e viemos para adorá-lo.


            Mat. 14:33     ... E os que estavam no barco o adoraram...

            Mat. 28: 9      ... E essas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram.

            Luc. 24: 52    Então eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo.


Provas Bíblicas para a Divindade de Cristo


1.        Quando de Sua estada na Terra reconheceu ser o Filho de Deus e aceitou esta expressão com a qual era comumente designado.

João 10:36; 17: 1; Mat. 16:16; João 19:7.

2.     Nomes e Títulos que se restríngem à Di­vindade são aplicados a Cristo.

a)     Deus                                                   -       João 1:1
b)    Pai da eternidade -                                                                                      -   Isa. 9:6
c)     Alfa e Ômega -                                                                                                   -            Apoc. 22:13
d)    Senhor da glória                                                                                          -            I Cor. 2:8
e)     Emanuel -                                                                                                                          -   Mat. 1:23
f)     Rei dos reis e Senhor dos senhores    —          Apocalípse 19:16.

3.     Atribuição a Cristo de atributos que pertencem exclusivamente à Divindade.
            a)    Onipotência                 - Mat. 28:18
            b)    Onisciência                  -
Mat. 9:4
            c)    Onipresença               -Mat.    18:20
            d)    Imutabilidade               -Heb.   13:8
e)     Eternidade                     Heb.   1:8

4.     Imputação a Cristo de Funções e Prerro­gativas possuídas e exercidas unicamente pela Divindade.

a)     Originador da vida -      João 11:25; 14:6
b)    Criação do universo -     João 1:3
c)     Preservação do universo —    Heb. 1:3
e)     Autoridade e poder para ressuscitar mor­tos -       João 5:28 e 29; 2: 5-12;
f)     Autoridade para conferir a imortalidade. I Cor. 15:52 e 53.

5.     A aplicação do “Eu Sou” do Velho Testa­mento a Jesus Cristo no Novo Testamento.

Quando Jesus disse aos judeus: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8:58), Ele es­tava reclamando divindade, Seus ouvintes reco­nheceram as implicações de Suas palavras, pois apanharam ‘pedras para atirar nEle’ —    castigo judaico para grandes blasfêmias. Certamente Ele empregara as palavras de Deus no Velho Testa­mento: ‘Eu Sou o que Sou’ (Êxo. 3:14), há muito reconhecidas como símbolo da divindade, aplicando a Si mesmo o atributo de existência própria.

6.     Identificação do Jeová do Velho mento com Jesus no Novo Testamento.

Há vários textos do Velho Testamento que contêm o nome de Jeová, e que foram aplicados a Jesus Cristo pelos escritores do Novo Testamen­to.

A palavra ‘Senhor’ (Javé do Salmo l02:22), e os versículos correlatos 25-28, são aplicados a Jesus em Heb. 1:10-12. O mesmo nome divino (Ja­vé) aparece em Habacuque 2:2 e 3, e é aplicado a Cristo em Heb. 10:37.

7.    Culto Divino e Orações Jesus, os quais são devidos unicamente  a Deus.

Há uma porção de passagens em que Jesus Cristo, como Deus  e Criador, sem hesitação aceitou culto que os próprios anjos e homens piedosos, como criaturas, Lhe prestaram com temor e reverência (Apoc. 19:10; Atos 10:25 e 26). A prerrogativa de divindade foi sustentada e afirmada através de toda a vida de Jesus no Novo Testamento, uma porção de vezes (Mat.14:33: 28: 9 e 17)

Provas da Divindade de Cristo no


Velho Testamento

Dentre os versos do Velho Testamento que apresentam a divindade de Cristo, os três que mais se destacam por sua clareza incontestável são os seguintes:
              
              1o.)               Miquéias           5:2
            2o.)                     
Isaías           7:14
             3o.)                      Isaías           9:6

1o. Miquéias 5:2. Falando do Messias, Miquéias declara   “e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.”

Sempre procurando fugir da realidade do original a Tradução Novo Mundo em lugar de  des­de os dias da eternidade apresenta: desde os dias do tempo indefinido.

A declaração de Miquéias “cujas origens são desde os dias da eternidade” tem que se referir àquele que existe eternamente, isto é Deus.

2o. Isaías 7:14 apresenta o nome pelo qual Cristo seria chamado - Emanuel - que, traduzido literalmente, significa - Deus conosco.

3o. Em Isaías 9:6 encontramos a declaração de que o profeta vê a Cristo sendo chamado de Deus forte. Esta afirmativa do profeta Isaías é o argumento mais valioso de todo o Velho Testamento sobre a divindade de Cristo.
As Testemunhas de Jeová fogem desta declaração contundente afirmando que, em hebraico, diante da expressão “Deus forte” não há artigo. Cristo é chamado um “Deus forte”, mas não o Deus todo poderoso, que é Jeová. Este argumento é frágil, logo inaceitável por afirmar que há dois Deuses poderosos, e isto é antibíblico. Isaías 45:22. A citação de apenas duas passagens é su­ficiente para provar a fragilidade da sua declaração:

Isaias 10:21. Os restantes se converterão ao Deus forte...

“Deus forte” é Jeová, mas em hebraico está sem artigo.

Jeremias 32:18 ... tu és o grande, o pode­roso Deus cujo nome é o Senhor dos Exércitos.

Nesta passagem encontra-se o artigo no original antes de poderoso Deus.

Provas da Divindade de Cristo no Novo Tes­tamento.

As passagens mais significativas seriam es­tas:

1ª.)   João 1:1
2a.)   João 3:13
3a.)   João 5:21,26
4a.)   João 8:58
5a.)   João 10:30
6a.)   João 10:33
7a.)   João 17:5
8a.)   I João 5:20
9a.)   Romanos 9:5
l0a.) Hebreus 1:8
11a.) Tito 2:13
12ª.) Col. 2:9
           13ª.)  II Ped. 1: 1
                                               
Phyllis Bailey apresentou nove provas da di­vindade de Cristo:

1ª.) Jogo 14:29 -                                              Ele conseguia ler o coração humano.
2a.) João 14:29 -                                              Era capaz de predizer o futuro.
3a.) Jogo 6:1-33 -                                          Tinha poder criador.
4a.) Jogo 5:21; 11:43-45.  Tinha poder para dar vida.
5a.) João 8:46 -                                                      Era infalível em suas declarações. Jamais cometeu um erro.
6a.) Mateus 9:5 -                                              Tinha autoridade para per­doar pecados.
7a.) Mateus 14:33 -                                    Inspirava adoração.
8a.) João 9:25-26 -                                     Tinha vida inerente em si mesmo.
9a.) João 1:12 .                  Tinha poder para transfor­mar corações.


Os Adventistas e a Divindade de Cristo


Os adventistas do sétimo dia baseiam sua crença na divindade, nas declarações das Sagra­das Escrituras que afirmam: “Cristo é aquele que era, que é e que há de vir”. Apoc.l:l8.

Dentre as “Crenças.Fundamentais dos Adven­tistas do Sétimo Dia” constam:

1o.) Que Cristo é um com o Eterno Pai -  um em natureza, igual em poder e autoridade, Deus no mais alto sentido, eterno e existente por Si mesmo, com vida original, não emprestada, não derivada.

2o.) Que Cristo existiu desde toda a eternidade, distinto do Pai, mas unido a Ele, possuindo a mesma glória e todos os atributos divinos.

3o.) Jesus Cristo é a segunda Pessoa da Di­vindade, o eterno Filho de Deus, o único Salva­dor do pecado; e a salvação do homem é pela graça por meio da fé nele.

R.M. Champlim, em O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, vol. 5, págs. 478 e 479, apresenta doze argumentos em favor da divindade de Cristo. Embora muitos cita­dos apresentá-los-emos devido a sua oportunidade:

1.    Há várias declarações diretas sobre isso nas Escrituras, que cremos serem revelações de Deus (Ver Isa. 9:6; João 1:1; 10:30; Rom. 9:5; Col. 2:9). Notar a confissão de Tomé, em João 20:28.

2.    As teofanias, no A.T., sugerem a possi­bilidade do aparecimento de Deus sob forma hu­mana, assim afirmando que isso poderia ser pos­sível no caso de Cristo e de sua encarnação (Ver Gên. 16:7-13; 18:2-23, especialmente o verso 17; e Gên. 32:28, em comparação com Osé. 12: 3-5 e Êxo. 3:2.14).

3.    O messias é chamado Filho de Deus, evidentemente em sentido especial (ver Sal. 2:2-9) e também é chamado “Deus” (ver Sal. 45:6,7, com Heb. 1:8,9; Sal. 110:1 com Mat. 22:44; Atos 2:34 com Heb. 1:13; Sal. 110:4 com Heb. 5:6; 6:20 e 7:17-21).

4.    Cristo é “Deus conosco”, através de seu nascimento virginal (ver Isa. 7:13, 14 e Mat.1: 22, 23)

5.    O Messias recebe títulos divinos (ver Isaías 9:6,7), e com freqüência nos versículos neotestamentários que dizem respeito ao Pai, no A.T., são citados como alusórios ao Filho, no N.T.    (Ver João 8:24, 56, 58; Mat. 22:42-45 e Rom.10:13)

6.    O uso extremamente freqüênte do termo Senhor, para indicar Cristo, de tal modo que se torna parte mesmo de seu nome, inclui a idéia de divindade, e algumas vezes o vincula ao Yahweh do A.T., ainda que, com freqüência, não tenha esse elevadíssimo sentido nos evangelhos sinópticos. Em Col. 4:1 o termo “Senhor” expressa di­vindade, e, provavelmente, é uma alusão ao Senhor Jesus Cristo.

7.    O testemunho do próprio Cristo aparece nas Escrituras. Ele é o “Eu Sou” do A.T. (Ver João 8:24,56-58). Ele é o “Adonai” do A.T. (Ver Mat. 22:43-45). Ele é identificado com Deus Pai (ver Mat. 28:19; Mar. 14:62 e João 10:30). Ele exercia a principal prerrogativa de Deus (Ver Mar. 2:5-7; Luc. 7:48-50). Ele exerceu atribu­tos tidos como pertencentes exclusivamente a Deus, como a onipresença (ver Mat. 18:20), a onisciência (ver João 11:11—14 e Mar. 11:6-8), O domínio sobre a natureza, como poder criador (ver Luc. 9:16,17; João 2:9 e 10:28). Ele recebeu e aprovou a adoração dos homens à sua própria pessoa (ver Mat. 14:33; 28:9 e João 20:28,29).

8.    As muitas saudações e doxologias pauli­nas dão a Cristo lugar de igualdade com Deus Pai, como fonte da graça e da paz, que nenhum mero homem poderia ocupar (Ver, por exemplo, Rom. 1:7; 16:27; I Cor. 1:3; Efés. 1:2 e todas as de­mais epístolas paulinas).

9.    Os escritores do N.T. conferem a Cristo títulos divinos. (Ver João 1:1; 20:28; Atos 20: 28; Rom. 1:4; 9:5;  II Tes. 1:12; I Tim. 3:16; Heb. 1:8 e I João 5:20).

10.     Os escritores do N.T. atribuem qualidades e perfeições divinas a Jesus Cristo. (Ver
Mat. 11:28; 18:20; 28:20; João 1:2; 2:23-25; 3: 13; 5:17; 21:17; Heb. 1:3,11,12 com Heb.13:8 ;
Apoc.l:8, 17, 18;  2:23;  11:17 e  22:13.

11.     Os escritores do N.T. ensinam que a adoração é dada legitimamente a Cristo. (Ver Atos 7:59,66;  I Cor. 1:2;  II Cor. 13:14;  Fil.2:9;  Hebreus 1:6;  Apoc. 1:6,7 e 6:12,13).

12.     A santidade, os poderes miraculosos e a ressurreição de Cristo são reputados como provas de suas reivindicações de divindade. (Ver João 8:46; 20:31 e Rom. 1:4).

O Espírito de Profecia e a Divindade de Cristo


Os escritos de Ellen G. White estão de pleno acordo com os ensinamentos bíblicos, concernentes a ser Cristo verdadeiro homem e verdadeiro Deus.

“A humanidade do Filho de Deus é tudo para nos. É a corrente áurea que nos liga a alma a Cristo, e por meio de Cristo a Deus. Isto deve­mos estudar. Cristo era um homem real”. The Youth’s Instructor, 13/10/1898

“Jesus tomou sobre si a humanidade para poder atingir a humanidade; mas não podemos explicar como a divindade se revestiu da humanidade.” The Review and Herald, 1/10/1889.

“Despindo-se de Suas vestes régias e de Sua coroa real, Cristo vestiu Sua divindade com humanidade para que os seres humanos pudessem ser erguidos de sua degradação e colocados em posição vantajosa. Cristo não podia vir a este mundo com a mesma glória que tinha nas cortes ce­lestes. Os seres humanos pecadores não teriam podido suportar-lhe a presença. Encobriu Sua di­vindade com o traje da humanidade, mas não se separou da Sua divindade.” Idem, 15/6/1905

“Transformou-se a natureza humana do Filho de Maria em a natureza divina do Filho de Deus? Não. As duas naturezas estavam misteriosamente combinadas em uma só pessoa   —   o homem Cristo Jesus. Nele habitava corporalmente toda a plenitude da divindade. Quando Cristo foi crucifica­do, foi Sua natureza humana que morreu. A di­vindade não minguou nem morreu; isso seria impossível.” Citação do SDABC, vol. 5, p.1113.

NOTA: Para elaborar este tema servimo-nos de várias fontes, mas especialmente anotações de au­la do Dr. Dederen. Os adventistas respondem a perguntas sobre Doutrina — Divindade e Eterna Preexistência de Cristo e Esboço de Teologia Sistemática de A.B.Langston, pags. 221, 223.




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