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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

SANSÃO - QUANDO A RAZÃO SE SUBMETE À EMOÇÃO 2/3 PARTES



Juízes 14:1-4
O casamento de Sansão
1 Desceu Sansão a Timna; vendo em Timna uma das filhas dos filisteus, 2 subiu, e declarou-o a seu pai e a sua mãe, e disse: Vi uma mulher em Timna, das filhas dos filisteus; tomai-ma, pois, por esposa. 3 Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos? Disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque desta se agrada os meus olhos. 

Sansão crescerá, e estava já na idade de começar a sua missão de livrar Israel dos Filisteus, no entanto Sansão não estava muito interessado nessa missão.

Ao contrário do que se esperava dele, Sansão em vez de projectar uma estratégia para destruir o povo inimigo, fazia precisamente o contrário, associando-se com estes, frequentando as suas cidades e as suas festas. 

Foi numa dessas associações, que os seus olhos se encantaram por uma mulher filisteia, o texto é bem claro: porque desta se agrada os meus olhos.

Algumas das indicações deixadas por Deus e escritas por Moisés foram completamente postas de lado por Sansão, Moises tinha escrito: 
Deuteronômio 7:3
3 nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos;

Apesar de os seus pais o terem chamado à atenção, para tal decisão:
Juízes 14:3
3 Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos?

Sansão fez a sua própria escolha, uma decisão tomada baseado naquilo que era uma avaliação do exterior. “Pois lhe agradava aos olhos”

Quantas vezes tomamos decisões baseadas em factores tão fúteis como o desejo dos olhos! Por vezes ansiamos por algo que vemos, que depois isso acaba por se revelar numa desilusão. 

Ex: Quantas vezes vemos uns sapatos ou uma roupa que depois de a adquirir percebemos que não era bem aquilo que queríamos. Ou por exemplo quando olhamos e vemos uma comida que nos agrada mas depois de a saborear pomo-la de lado.
Lembro-me que certa vez vi uma publicidade na internet de um telemóvel, e cubicai-o durante algumas semanas até que o comprei e mandei vir. Quando me chegou às mãos foi uma autêntica frustração, pois não era nada daquilo que os meus olhos tinham visto.

Sansão tomou para si uma mulher que lhe agradou aos olhos, provavelmente não teve tempo para conhecer o seu carácter, os seus gostos, o que ela pensava dele e da sua religião. 

Infelizmente muitos casamentos são desfeitos, pois foram construídos sobre uma imagem distorcida da realidade. 

Quantas pessoas hoje vivem um inferno no casamento pois as suas expectativas foram frustradas, viram uma coisa muito diferente daquela que agora vivem. 

O apóstolo Paulo falando da associação do crente com o descrente ele diz o seguinte: 
2 Coríntios 6:14-15
Nenhuma comunhão com os incrédulos
14 Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? 15 Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo?

O livro do profeta Amós acrescenta ainda:
Amós 3:3
3 Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?

Esta averbado aplica-se para o crente e para o descrente, esta associação trará frutos amargos para ambos, por isso será sempre sábio fazer a boa escolha logo desde o início. 

Este casamento de Sansão acabou por abortar na festa do casamento. Este depois de colocar um indigna irresolúvel para os convidados, acabou por o revelar à sua noiva que por sua vez o traiu e contou em secreto aos convidados. 

Com este incidente, Sansão perdeu a noiva para outro, e começou a sua saga de destruição dos filisteus. 

Falando sobre tudo o que ia acontecer com Sansão, o texto bíblico diz o seguinte: 
4 Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto vinha do SENHOR, pois este procurava ocasião contra os filisteus; porquanto, naquele tempo, os filisteus dominavam sobre Israel.

Se por uma lado Sansão estava em associações proibidas por Deus, por outro lado Deus usou os aspectos negativos das mesmas, e as decisões menos acertadas de Sansão para cumprir o propósito do seu chamado



terça-feira, 27 de outubro de 2015

FOGO NOS SEUS OSSOS Jeremias 20:7-14


FOGO NOS SEUS OSSOS

Depois de Jeremias ter ido ao templo e ter profetizado contra a nação, PASHUR, o chefe da guarda do templo manda açoitar e prender Jeremias a um tronco, e ali passou Jeremias uma noite.

Logo após este incidente vivido por Jeremias, vemos um lamento que ele próprio faz sobre o que lhe estava a acontecer: 
Jeremias 20:7-8
O lamento do profeta
7 Persuadiste-me, ó SENHOR, e persuadido fiquei; mais forte foste do que eu e prevaleceste; sirvo de escárnio todo o dia; cada um deles zomba de mim. 8 Porque, sempre que falo, tenho de gritar e clamar: Violência e destruição! Porque a palavra do SENHOR se me tornou um opróbrio e zombaria todo o dia.

Jeremias não estava a gostar do que lhe estava a acontecer. Não existe ninguém que dizendo a verdade, goste de ser perseguido e molestado por a dizer.

Jeremias sente-se cansado de tanto desprezo e rejeição às mensagens que Deus lhe tinha incumbido de prenunciar.  Ele diz: Persuadiste-me, ó SENHOR, e persuadido fiquei
Estava a dar a entender que Deus o tinha enganado, por outras palavras Jeremias estava a dizer que Deus o persuadiu e o convenceu dessa missão, mas que se soubesse o que lhe ia acontecer provavelmente não teria aceite. no entanto desde o início do seu chamado Deus deixou bem claro qual a natureza da sua missão: 
Jeremias 1:8
8 Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR.
10 Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares.

A tarefa de Jeremias não seria fácil, mas Deus prometeu estar com ele.

Jeremias sentia-se gozado, rejeitado, sempre que tinha de falar, as notícias eram más: Porque, sempre que falo, tenho de gritar e clamar: Violência e destruição!

Hoje podemos estar a viver situações semelhantes, porque razão as pessoas não aceitam facilmente o evangelho? Porque é tão difícil resgatar um pecador da escravidão do pecado? Porquê que os nossos familiares e amigos ridicularizam a nossa fé? 

Na verdade a nossa posição não é muito diferente da posição de Jeremias, pois quando levamos o evangelho aos outros, é esse próprio evangelho que as condena, as pessoas não querem ouvir falar em levar a cruz, elas não estão dispostas a sacrificar os seus prazeres. Elas rejeitam a ideia que tem de se submeter à vontade de outro. 

Quantas vezes o desabafo de Jeremias também não é o nosso? queremos que nos aceitem, queremos ser ouvidos, não queríamos que a mensagem que levamos fosse tão repulsiva, mas infelizmente dificilmente alguém nos ouve e se arrepende.

Atentemos para as palavras de Jesus:
João 15:18-21
18 Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. 19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia. 20 Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; 

Não esperemos mais facilidades do que aquelas que Jesus teve, diz o Apóstolo Paulo:
Hebreus 4:12
12 Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.

É nesta angústia de coração que Jeremias vai mencionar as palavras que estão no título da nossa mensagem: 
Jeremias 20:9
9 Quando pensei: não me lembrarei dele e já não falarei no seu nome, então, isso me foi no coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; já desfaleço de sofrer e não posso mais.

Por momentos Jeremias pensou em desistir. A tentação de fugir à rejeição, de ser aceite, esteve por momentos no seu pensamento. 

Mas, isso me foi no coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos

Como deixar de falar a verdade, como silenciar perante tamanha injustiça e depravação. 

O apóstolo Paulo falando da sua responsabilidade de levar o evangelho ele diz o seguinte: 
1 Coríntios 9:16
16 Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!

O profeta Amós vai no mesmo sentido quando diz:
Amós 3:8
8 Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o SENHOR Deus, quem não profetizará?

O verdadeiro servo, não olha os seus interesses, mas daquele que o enviou, grande é a nossa responsabilidade para com aqueles que não conhecem a verdade. 

EGW - TESTEMUNHOS PARA A IGREJA 5, PÁGINA 464
Meus irmãos e irmãs, rogo-lhes que despertem do sono da morte. É demasiado tarde para consagrar as forças do cérebro, dos ossos e dos músculos ao serviço do próprio eu. Não permitam que o derradeiro dia os encontre destituídos do tesouro celeste. Procurem levar avante os triunfos da cruz, busquem esclarecer almas, trabalhar pela salvação de seus semelhantes, e seu trabalho resistirá à difícil experiência do fogo

Gostaria de terminar com uma frase de Jesus: 
Lucas 19:40
40 Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão



segunda-feira, 26 de outubro de 2015

SANSÃO NÃO SOMOS PREDESTINADOS 1/3 PARTES

Juízes 13:1-5
1 Tendo os filhos de Israel tornado a fazer o que era mau perante o SENHOR, este os entregou nas mãos dos filisteus por quarenta anos. 2 Havia um homem de Zorá, da linhagem de Dã, chamado Manoá, cuja mulher era estéril e não tinha filhos. 3 Apareceu o Anjo do SENHOR a esta mulher e lhe disse: Eis que és estéril e nunca tiveste filho; porém conceberás e darás à luz um filho. 4 Agora, pois, guarda-te, não bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda; 5 porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus.

O texto começa por contar que o povo de Israel estava dominado pelos Filisteus fazia já 40 Anos, poderíamos dizer que foram praticamente metade da vida de um homem. 

Diz o texto que um Anjo aparece a uma mulher estéril e anuncia-lhe o nascimento de um filho que seria o escolhido de Deus para libertar o povo do jugo Filisteu.

À semelhança de João Baptista de Jesus, e do profeta Jeremias, entre outros, esta criança que ficou conhecida como Sansão, foi escolhida ainda antes de nascer. 
Já o Rei David falando de si, reconhece que ele também tinha sido escolhido por Deus ainda antes de existir:
Salmos 139:13
13 Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe.
16 Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.

Sansão foi escolhido ainda antes de nascer, para uma missão especial e foram dadas indicações específicas para que esta criança cumprisse o plano para o qual Deus a tinha escolhido. 
A primeira indicação do anjo foi para a mãe.
Juízes 13:4
4 Agora, pois, guarda-te, não bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda;

Naquele tempo não havia muita noção dos cuidados pré- natais, mas hoje sabemos que as mulheres grávidas, devem ter certos cuidados, por isso elas fazem uma série de exames, ecografias, sintologias, despistes etc.

Naquele tempo o homem desconhecia todo esse conhecimento e cuidados, mas Deus sabia tudo isso, e por isso pediu a que está mulher se abstivesse do álcool e certas comidas consideradas imundas para Deus.

Esta indicação precisa, mostrava a preocupação de Deus em dar indicações que favorecessem o desenvolvimento físico e cognitivo da criança, e assim pudesse estar em condições privilegiadas para cumprir a sua missão. 

À cerca da criança o anjo diz ainda: 
Juízes 13:5
5 porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe; e ele começará a livrar a Israel do poder dos filisteus.



O menino que nasceria seria um nazireu. Durante toda sua vida seria dedicado ao Senhor.

Foi dada a indicação que esse menino não devia cortar o cabelo,
Pois esse seria o sinal do seu chamado. 

Também não devia beber bebida forte (fermentada): 
Juízes 13:14
14 De tudo quanto procede da videira não comerá, nem vinho nem bebida forte beberá, nem coisa imunda comerá; tudo quanto lhe tenho ordenado guardará.

Como NAZIREU, também não podia tocar em cadáveres, pois era uma regra de pureza cerimonial como poderia afectar a saúde e assim a missão que Deus lhe tinha chamado.

Nas próximas meditações vamos ver um pouco mais da vida de Sansão assim como das opções que fez, no entanto, e sem entrar já em pormenores, sabemos que Sansão foi tudo aquilo que Deus não queria que ele fosse.

Foi um homem egocêntrico, dado aos prazeres, alheio ao seu chamado, e aos conselhos dos que estavam consigo. 

Se pudéssemos classificar a vida de Salomão diríamos como foi dito a muitos reis de Israel, que FEZ O QUE ERA MAU AOS OLHOS DO SENHOR.

Com tudo isto podemos aprender algo importante, é que apesar de Deus nos escolher, para fazermos a sua vontade, e de nos dar a sua proteção e amparo, não é garantido que nos salvemos. 

Somos escolhidos por Deus para a salvação, mas as nossas escolhas podem-nos levar à perfeição.

Nenhum de nós tem a vida predestinada, ou seja, por vezes pensamos: Independentemente das nossas escolhas boas ou más eu estou destinado á salvação! ou então:  Não importa o que faça de bom, se já estou destinado à perdição, assim será!

O nosso destino está nas nossas mãos, sou eu que escolho, eu tenho sempre a opção de fazer o bem ou o mal, é dessas escolhas colherei sempre os seus resultados. 

Deus criou-nos seres livres, no entanto seres pensantes e responsáveis pelas suas escolhas. 

Gostaria de vos deixar este texto de Deuteronômio.: 
Deuteronômio 30:15-17
A vida ou a morte
15 Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o mal; 16 se guardares o mandamento que hoje te ordeno, que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, então, viverás e te multiplicarás, e o SENHOR, teu Deus, te abençoará na terra à qual passas para possuí-la. 17 Porém, se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido, e te inclinares a outros deuses, e os servires,



domingo, 25 de outubro de 2015

ESTUDOS BÍBLICOS - Como lidar com o sentimento de culpa?



Como lidar com o sentimento de culpa?
Conheça uma boa indicação
para viver em paz com a consciência.
por Wilson de Almeida

Todos somos culpados, ate que se prove o contrário. Esse é o modo habitual como nossa consciência costuma nos tratar. E haja senso de culpa!
E a Palavra de Deus reforça ainda mais essa condenação: “Não há justo, nenhum sequer!” Se ela parasse ai, não haveria qualquer espe­rança. Mas, graças a Deus por Cristo Jesus, nosso Senhor.., já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Romanos 7:25 e 8:1). Por sua morte e ressurreição, nos atraiu para nos fazer morrer juntamente com Ele na cruz e também com Ele ressuscitar para uma  nova vida, livre da condenação da culpa que pesava sobre toda a raça huma­na desde a queda de Adão e Eva.
Pesquisadores na área do comporta­mento humano fazem distinção entre o que chamam de falsa e verdadeira culpa. A primeira pode ser definida como um sen­timento doentio, causado por emoções des­controladas e auto-estima baixa. Muitas vezes tem sua origem na infância, em razão de um com­portamento exigente dos pais, ou da imposição de conceitos errados acerca de prazer e felicidade.
A critica sistemática, ainda que travestida como ‘construtiva’, sempre traz consigo um estado de humilhação para quem a sofre. É outro fator que produz complexo de culpa.
A verdadeira culpa é um sinal de alerta, a partir da tomada de consciência de nossos erros.Teólogos afirmam que toda a culpa su­gerida pelo julgamento humano é falsa quando não atestada com­pletamente pelo julgamento de Dcus.

No campo espiritual há quem se sinta culpado até mesmo pela falta de fé. É um problema que resulta de entendimento equivo­cado acerca de fé e da maneira como alcançá-la. O fracasso na ten­tativa de obedecer à vontade de Deus por meio do esforço próprio é outro motivo para o complexo de culpa. Como se trata de uma impossibilidade, a autocondenação se torna um fardo insuportável.
A culpa é um sentimento universal do qual ninguém está isento. E ela pode gerar duas reações opostas: quando reprimida, produz re­volta, medo, ira, agressividade e angústia; se reconhecida de maneira consciente, leva ao arrependimento, ao perdão divino e à paz.
A religião moralista apresenta um Deus irado e ameaçador, pron­to a castigar todos os pecadores impenitentes com o fogo do inferno. Em todas as comunidades cristãs existe esse tipo de religião que cultiva a culpa doentia. A graça divina, porém. rompe es­sa falsa moralidade, conduzindo ao arrependimento e, através dele, à libertação do pecado.
Para qualquer espécie de culpa a solução de­finitiva encontra-se na Palavra de Deus: “Co­nhecereis a Verdade e ela vos libertará” (João 8:32). Essa “Verdade” é perfeitamente iden­tificada com a pessoa de Cristo: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida’(João 14:3).
A existência de um sentimento de condenacão - seja ele motivado por uma situação real ou imaginária - deve nos levar a uma reflexão interior, permi­tindo que o Espírito Santo tenha a opor­tunidade de realizar sua obra em nosso coração eliminando o fardo da culpa. A ação divina produz um reconhecimento do pecado e gera arrependimento, condição essencial para a libertação plena.
Consultórios de psiquiatras e psicólogos lotados de gente desesperada, cheia de remor­so e autocondenação, atestam as falhas na prega­ção do verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. Claro que um bom número de terapeutas cristãos têm contri ­buido positivamente para ajudar pessoas a recuperar a auto-estima, mas é lamentável que a pregação da Palavra de Deus venha sendo usada muito mais para condenar do que para promover libertação por meio do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29).
O Espírito de religiosidade, que procede de uma religião for­malista e cheia de regrinhas criadas por homens nada tem a fazer com a verdadeira conversão, por isso não gera de modo algum a vida plena que Jesus promete mediante o novo nascimento.

A solução para o conflito interior criado por esse tipo de reli­giosidade é arrependimento e confissão diretamente a Deus. Ele é um Pai amoroso e cheio de miscricórdia, sempre disposto “a nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1 João 1:9).
Para isso, é necessário deixar a posição de soberba e incredu­lidade e pedir a Deus um coração novo. Há uma linda promessa divina esperando que você tome posse dela: “Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em vós espírito novo; tirarei de vós o cora­ção de pedra e vos darei coração de carne” (Ezequiel 36:26).
Ore a Deus, pedindo-Lhe esse novo coração - Ele está ansioso para conceder a você essa graça e libertá-lo do peso do pecado. ‘Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36).
Muitos pensam que primeiro têm de consertar tudo o que há de errado em sua vida para depois ir ‘a Deus’. Não há maior enga­no. Ele e especialista em perdoar os maiores pecadores. Quando Deus tomou a forma de homem e viveu entre nós, Sua principal missão foi “buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:11)).
E a mais fantástica notícia em relação ao perdão divino é que não se exige qualquer tipo de pagamento de nossa parte. A noção de que tudo tem um preço a ser pago está muito arraigada no ser humano. Do ponto de vista universal, essa idéia não está absolutamen­te incorreta, pois todas as coisas realmente têm um preço. Só que foi Deus quem pagou o altíssimo custo da culpa que pesava sobre o ser humano. O próprio Jesus o avaliou: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Isaías. conhecido também como o profeta evangélico, predisse a missão do Filho de Deus: “Certamente Ele tomou sobre Si as nossas en­fermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós O reputavamos por ferido de Deus, e oprimido. Mas Ele foi traspassado pelas nossas trans­gressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados” (lsaías 53:4 e 5).
O conhecido rei Davi, mesmo tendo cometido muitos pecados, foi chamado o “homem segundo o coração de Deus” - Era hu­milde e reconhecia sua dependência divina. Quando errava, arre­pendia-se genuintanente e se humilhava perante o Senhor.
Um exemplo do tipo de arrependimento sincero de Davi está registrado no salmo 51. Ele inicia sua oração clamando: “Compa­dece-Te de mim, ó Deus, segundo a Tua benignidade; e, segundo a multidão das Tuas misericórdias, apaga minhas transgressões. La­va-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado.... Cria em mim. ó Deus, um coração puro e renova den­tro de mim um espírito inabalável” (Salmo 51:1,2 e 10).
A graça divina remove a culpa e o resultado dela, a condena­ção. O apóstolo Paulo afirma, em Romanos 8:1 que “já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”.
Abra o coração para Jesus e conte-Lhe acerca de tudo o que tem afligido sua vida, principalmente sobre as tentações e culpas. Diga-Lhe que precisa de ajuda e o Espírito Santo o capacitará pa­ra receber perdão completo.

Perguntas sobre o complexo de culpa

1. Através, de quem, temos  o perdão?
“Ele nos libertou do império das trevas e nos  transportou para o reino do Filho do Seu amor, no qual temos a redenção dos pecados” (Colossenses 1:13 –14).
Só pelo sangue de Jesus podemos alcnçar o perdão.

2. Qual a minha parte em obter o perdão?
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele “é fiel e Justo paraa nos perdoar os pecados e nos purificar de to­da injustiça” (1a. Jo. 1:9).

3. O que mais é necessário para  receber o perdão  de Deus?
“Deixe o perverso o seu caminho, e o iníquo, os seus pensamentos;  converta-se ao Senhor, que Se compade­cerá  dele, e vo1te-se para nosso  Deus, porque é rico em  perdoar” (Isaias 55:7)

4. Quão importante é o arrependimento?
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos  pecados” (Atos 3:19).
O verdadeiro arrependimento produs mudança de vida.

5. Quão  pronto está Deus em aceitar pessoas que já erraram na vida?
“Pois, para com as suas iniqüidades , usarei de misericórdia e de seus pecados jamais Me lembrarei” (He­breus 8:12).

6. Que amáveis palavras Deus dirige aos atribulados por algum complexo de culpa?
“Desfaço as tuas transgressões como a névoa  e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para Mim, por­que Eu te remi” (Isaias 44:4).

7. Qual o resultado de uma vida de harmonia com Deus?
“Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.” (Salmo 32: 1).

8. Como posso proceder, com aqueles que erram?
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos , perdoando-vos uns aos outros como também Deus, em Cristo, vos perdoou”  (Efésios 4:32).

9. Qual a amplitude da salvação que Jesus me oferece ?

“Se, pois, o filho vos libertar, então  sereis livres” (.João 8:36).

ESTUDOS BÍBLICOS - Como identificar um profeta




Como identificar um profeta

Saiba a diferença entre o falso e o verdadeiro.


“O fim vem aí, de novo!” Dizia a charge num jornal, chaman­do a atenção, pela fina ironia, ao focalizar um dos temas mais in­trigantes do momento: as profecias sobre o fim do mundo.
Sem sombra de dúvida, a idéia do fim de todas as coisas tem estado presente ao longo dos séculos; mas, agora, com a proximi­dade da virada do milênio, ela vem crescendo como nunca, cau­sando apreensão, histeria e medo cm muitas pessoas.
À medida que os ponteiros do relógio iniciam a contagem re­gressiva rumo a 2000, também multiplicam-se as seitas catastrofís­tas pelo mundo afora, turbinadas pela expectativa nervosa de um juízo final que se aproxima. Nesse cenário, surgem às centenas, indivíduos proclamando-se portadores de grandes revelações pa­ra a humanidade, intitulando-se profetas.

O   SENHOR DO FUTURO


A Bíblia mostra que, no início, havia uma comunicação direta entre Deus e o homem. Como resultado, tudo estava às claras e não existia o mínimo sentimento de preocupação ou medo. Mas, infeliz­mente, o pecado rompeu essa relação dc amor e trouxe, como uma de suas conseqüências, o medo quanto ao futuro. Nessa condição, alienados de Deus, os seres humanos criaram meios para tentar des­vendar o futuro (astrologia, quiromancia, necromancia, etc).
Babilônia, o primeiro império mundial, ao que tudo indica foi o berço dessas milhares de práticas chamadas divinatórias. No en­tanto, lembra o escritor Fernando Chaij, “os antigos sábios de Babi­lônia tiveram que reconhecer sua total incapacidade de ler o futu­ro, admitindo que tal prerrogativa é exclusiva de Deus”, “A coisa que o rei exige é difícil, e ninguém há que revelar diante do rei, se­não os deuses, e estes não moram com os homens” (Daniel 2:11).

Dois GRANDES RISCOS


E maravilhoso saber que sendo Deus o único que pode decifrar o futuro, Ele se alegra em compartilhar esse conhecimento com os fléis: “Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primei­ro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas” (Amós 3:7).
Mas, ao mesmo tempo em que a Bíblia afirma que Deus utili­za os profetas como porta vozes para as Suas mensagens, ela alerta para o perigo dos falsos profetas: “Assim como, no meio do po­vo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres  (II Pedro 2:1).
Descrevendo os últimos dias que precedem a Sua Segunda Vinda,Jesus destacou como característica marcante os “muitos fal­sos profetas” que “enganarão a muitos” (Mateus 24:11). Ele adver­te que esses enganos serão tão bem enquadrados ‘para enganar, se possível, os próprios eleitos” (Mateus 24:24).
Esses textos mostram que é preciso cuidado, cautela, ao se de­parar com alguém que se intitula profeta e se arroga o poder ou capacidade de desvendar o futuro. Nesse caso, o risco é duplo: re­jeitar o genuíno e acolher o falso.
Tendo em vista isso, o apóstolo Paulo recomenda equilíbrio: “Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias, julgai to­das as coisas, retende o que é bom” (1 Tessalonicenses 5:19-21, grifo acrescentado).

PROVA DOS NOVE


Existe uma série de  critérios estabelecidos na Bíblia que de­vem ser aplicados a cada caso.Vamos apresentar alguns deles para que o leitor, quando confrontado com algum “candidato a profe­ta”, possa tirar suas conclusões com equilíbrio e respaldo bíblico:

(1) O encargo profético vem de Deus, é Ele quem escolhe e separa alguém para função. Os profetas nunca atuaram por iniciativa própria:  “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espí­rito Santo” (II Pedro 1:21).
          (2) A mensagem apresentada pelo profeta tem que estar em perfeita harmonia com a Bíblia: “À lei e ao teste­munho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Isaías 8:20). Isso significa que, se um pretenso profeta fala al­go que não corresponde ao texto bíblico, devemos descartá-lo. Fiquemos com a Bíblia!
(3) As predições devem se comprovar verdadeiras; “Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profeti­zou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba, a falou o tal profeta: não tenhas temor dele” (Deuteronômio 18:2 1 e 22).
Isso implica em 100% de acerto o que, por exemplo, não acon­tece com o famoso astrólogo Nostradamus. Como lembra o escritor Marc Calvin, em 1564 ele predisse que Carlos IX, rei da França, viveria 91 anos; o rei morreu jovem, aos 24 anos de idade. Ele tam­bem previu, para agosto de 1987, o inicio da 3a. Guerra Mundial. “ Isso não aconteceu; ou, se aconteceu”, diz Calvin com uma pitada de ironia. “nossos jornais eTVs foram muito incompetentes ...”
(4)  O Profeta verdadeiro reconhece a encarnação de Cristo: “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espíri­to que não confessa a Jesus não procede de Deus” (1 João 4:2 e 3).
As implicações desse texto são profundas. Elas vão além de uma mera aceitação do fato de que Jesus Cristo viveu sobre a Ter­ra e, certamente, fogem a idéia de que Ele foi “um espírito evolui­do”. A Bíblia mostra que “o Verbo Se fez carne e habitou entre nos, cheio de graça e de verdade” (João 1:14); Ele é, também, Aquele “cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miqueias 5:2).
(5) A vida do profeta  deve  ser digna da função: A Bíblia de­clara que a profecia vem através de “homens santos de Deus” (II Pedro 1:2 l ). Segundo Jesus, podemos distinguir os falsos profetas através da sua conduta: “Pelos seus frutos os conhecereis. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a arvore má produzir frutos bons. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:16,18-20).
Essa orientação e fundamental ao se avaliar a reivindicação do pro­feta. Em primeiro lugar, antes da sua pretensão e do caráter da sua men­sagem, vem a sua vida: o que ele é. Embora seja um ser humano imper­feito (Tiago 5:17), a sua vida deve, ao máximo possível, ser caracterizada pelo fruto do Espírito e não pelas obras da carne (ver GaIatas 5:19-23).

CONCLUSÃO


O clima de fim do milênio está propicio para o surgimento de todo tipo de proposta religiosa e elas são inúmeras. Há muitos espertalhões faturando em cima da credulidade alheia (é o caso do ‘irmão David”, um americano que se instalou em Jerusalém e está vendendo a 5 dólares “lugares para que os peregrinos assis­tam à Segunda Vinda do Messias”). Por isso, mais do que nunca, e preciso submeter esses profetas modernos ao crivo bíblico para não incorrerem erro,. Vale aqui a seguinte orientação: “Ponham à prova tudo o que for dito, para terem a certeza de que é verdade, e se for, então aceitem” (I Tessalonicenses 5:2 1, Bíblia Viva).

Perguntas sobre o Dom de Profecia


1. De que maneiras  Deus  Se revela aos seres humanos?
“Certamente, o SENHOR DEUS não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os  profetas” (Amôs 3:7).

2. Como Deus comunica aos profetas a Sua vontade?
“Então disse: Ouvi, agora, as Minhas palavras; se entre vós há profeta, Eu, o SENHOR, em visão a ele, Me faço conhecer ou falo com ele em sonhos” (Números 12:8).

3. Quais as duas características que os fiéis do tempo do fim possuem?
“Irou-se o dragão contra a. mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus; e se põe em pé sobre a areia do mar” (Apocalipse l:17).

4. O que é o  ‘testemunho de Jesus’?
“Prostrei-me ante os  seus  pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse: Vê, não faças Isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantém o testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito da pro­fecia” (Apocalipse 19:10).

5. Encontramos o Dom de  Profecia entre os dons que Jesus concede a Igreja?
“Por isso diz: Quando Ele subiu as alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. E Ele mes­mo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos Santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varo­nilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor  por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela artimanha com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo nAquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 8: 11-18).

6. Usará Deus novamente o Dom de Profecia?
“E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do Meu Espírito sobre toda a carne; vossos fi­lhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os Meus ser­vos e sobre as Minhas servas derramarei do Meu Espírito naqueles dias,  e profetizarão” (Atos 2:17).

7. Que promessa Deus faz àqueles que confiam nos profetas enviados por Ele?
“Pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; ao saírem eles, pôs-se Josafá em pé e dis­se: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém! Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis” (II Crônicas 20:20).



Sinais dos Tempos   set-out/99

ESTUDOS BÍBLICOS - A ORIGEM HISTÓRICA DA BÍBLIA


A ORIGEM HISTÓRICA
DA BÍBLIA
    


Escritura Sagrada recebe o tí­tulo de Bíblia, palavra grega que significa “livros”, devido ela reunir um conjunto de livros inspirados, chamados livros ca­nônicos.
“Cânon bíblico”, o que é? Câ­non é uma palavra latina que sig­nifica “modelo”. O termo latino é derivado do grego kanon, de “cana”, instrumento de medida usado nos tempos bíblicos no lu­gar do nosso “metro” hoje.
O cânon bíblico, portanto, “e a lista dos livros inspirados que formam a Bíblia, os quais dão testemunho autorizado da revela­ção de Deus, servindo como nor­ma de procedimento cristão, e como critério ou régua, através dos quais se mede e julga correto e justo um pensamento ou dou­trina (Gál. 6:16; II Tim. 3:16).”
—Dicionário de Teologia Fundamen­tal, págs. 122 e 123. Editora Vozes e Santuário, edição 1994.
Os livros inspirados, como ex­pressão da Palavra de Deus, que formam o canon bíblico original, como regra de fé e doutrina, são 39 da Escritura hebraica do Anti­go Testamento, e 27 do Novo Tes­tamento, totalizando os 66 livros canônicos, que como verdades infalíveis e eternas, possuem au­toridade final.

Livros não inspirados
As Bíblias que contém sete livros a mais, foram extraídas da “Bíblia grega”, ou “Septuaginta”, traduzida da Bíblia hebraica para o grego no ano 250 a.C., quando então foram incluídos outros sete livros, que não faziam parte dos Li­vros inspirados da Bíblia hebraica original, que são: Tobias, Judith, I e II Macabeus, Sabedoria, Eclesiás­tico e Baruc. Frei Mauro Strabeli, Bíblia, perguntas que o povo faz, págs. 16 e 17. Edição Paulinas.
Naquela época, a Grécia domi­nava o mundo e foi o rei Ptolo­meu Filadelfo, do Egito, que orde­nou a tradução da Septuaginta. Provavelmente os sete livros fo­ram anexados a ela, a pedido dele, na ocasião ou posteriormente.
Porque esses sete livros não de­vem ser aceitos como inspirados ou canônicos:
1. Como lembra o Frei Mauro Strabeli, “a Escritura do Velho Testamento, considerada como original, é a Bíblia hebraica, cujos livros foram aceitos como ‘canô­nicos’ de início e sem nenhuma discussão”. Ibidem, pág. 16.
2.  Esses livros não foram escritos por profetas, pois era uma épo­ca de interrupção na sucessão pro­fética. Por isso, só os 39 livros eram considerados divinos ou inspira­dos, argumenta o respeitado histo­riador judeu Flávio Josefo, nascido pouco depois da morte de Cristo. -Resposta a Ápíon, Livro 1, 8.
3. Segundo Josefo, o cânon do Antigo Testamento com 39 livros, foi fechado entre 465 e 425 a.C. E no ano 90 d.C, o concílio judai­co de Jamnia analisou os demais sete livros, mas os rejeitou”. Res­postas Aquelas Perguntas, pág. 53. Editora Candeias.
4. Além dos sete livros não fa­zerem parte do cânon bíblico ori­ginal, eles só foram considerados como inspirados pela Igreja Cató­lica no Concílio de Trento, em 8 de abril de 1546, sendo chama­dos deuterocanônicos [ou canôni­cos de segunda época]. Dicioná­rio de Teologia Fundamental, pág. 124. Editora Vozes, edição de 1994. A Igreja Católica oficiali­zou-os, objetivando deter o movi­mento de Reforma Protestante.

“Jesus e os apóstolos só usaram os 39 livros hebraicos originais.”
5. Os judeus, aos quais Deus confiou no passado a guarda das Escrituras e Seus oráculos (Rom. 3:2), “só aceitam como inspirados o cânon hebraico de 39 livros. Eles rejeitam os sete livros tidos como deuterocanônicos.” - Bíblia do Pontifício de Roma, pág. 6.
6. Jesus e os apóstolos só usa­ram os 39 livros hebraicos origi­nais, pois eles citaram 1.378 ve­zes o Antigo Testamento, mas ne­nhuma só vez os sete livros. Por­tanto, o escritor Josefo estava cer­to ao afirmar: “Só temos 39 li­vros, os quais temos justa razão para crermos que são divinos. Res posta a Ápio, livro 1, 8.
7. A igreja cristã primitiva os re­jeitou como inspirados e canôni­cos, permitindo que fossem lidos só como livros de edificação histó­rica. Manual Bíblico, pág. 358.
8. Os Pais da igreja, tais como Atanásio, Gregório, Hilário, Rufi­no e Jerônimo, adotaram o cânon dos 39 livros hebraicos. Bíblia do Pontifício de Roma, pág. 6.
9.  Jerônimo, que traduziu a Bí­blia hebraica para o latim, entre 382 e 404 d.C. - a chamada Vul­gata Latina tornou-se
um defensor do cânon restrito dos 39 livros he­braicos, e só traduziu o li­vro não inspirado de To­bias para a Bíblia “Vulgata” por ordem dos bispos. Dicionário de Teologia Fundamental, pág. 124. Editora Vozes.
10.  Eles ensinam erros doutri­nários e históricos conforme a ex­posição abaixo:

Tais erros e contradições reve­lam que esses sete livros não pas­sam no imbatível teste de “inspira­ção bíblica”, dos livros sagrados e canônicos, inseridos na “Consti­tuição dogmática da fé católica”, no Concílio Vaticano I, que assim diz: “Os livros da Bíblia, a Igreja re­puta-os sagrados e canônicos, não porque tenham recebido por ela (a Igreja), aprovação ou autoridade:  nem somente porque contêm a re­velação sem mistura de erros, mas sim porque, tendo sido escritos sob a inspiração do Espírito Santo, tem como autor o próprio Deus, e como tais foram dados a sua Igre­ja.” Bíblia Traduzida pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, pág. 6.
Diante dessa declaração, não podemos dizer que esses sete li­vros são inspirados e canônicos, porque a Igreja Católica os decla­rou, pois ela própria diz que não é a igreja que os qualifica como inspirados e canônicos. E se dis­sermos que tais livros são inspira­dos pelo Espírito Santo, tendo como autor o próprio Deus, esta­remos admitindo que Deus Pai e o Espírito Santo são autores de er­ros e contradições!

A prova final, que esses sete li­vros não são inspirados, é que seus autores nunca reclamaram inspi­ração para eles, e, além de Maca­beus afirmar que não havia profe­ta em seu tempo (1 Mac. 4:46; 9:27; 14:41), ele encerrou seu livro confessando sua incapacidade para expô-lo, ao assim se descul­par: “Se minha narração está im­perfeita e medíocre, é que eu não pude fazer melhor” (II Mac. 2:24; 15:38 e 39). “Jerôni­mo, o tradutor da Vulgata, chamou a es­ses sete livros de apó­crífos, que significa ocultos, secretos, es­condidos ou não ins­pirados.” Introdução Geral à Bíblia, pág. 88.
Os sete livros apó­crifos são apenas de valor histórico e lite­rário. Portanto, só de­vemos aceitar como inspirados os 66 li­vros canônicos, como regras de fé e doutrina (II Ped. 1:21).

Alguns erros ensinados pelos sete livros não inspiradosque                              Livros canônicos                 se chocam frontalmente com os 66 livros canônicos da Bíblia                         ou Escritura

  1. Narração de anjo mentindo sobre sua origem. Tobias 5:1-19                              Isa. 63:8;   Osé. 4:2
  2. Diz que se deve negar o pão aos ímpios. Eclesiástico 12:4-6                               Prov. 25:21-22
  3. Uma mulher jejuando toda a sua vida. Judith 8:5-6                                              Mat. 4:1-2
  4. Deus dá espada para Simeão matar siquemitas. Judith 9:2                                   Gên. 34:30; 49:5-7
  5. Dar esmola purifica do pecado. Tobias 12:9; Eclesiástico 3:30                            I Ped. 1:18-19
  6. Queimar fígado de peixe expulsa demônios. Tobias 6:6-8                                    Atos 16:18
  7. Nabucodonozor foi rei da Assíria, em Nínive. Judith 1:1                                      Daniel 1:1
  8. Honrar o pai traz o  perdão dos pecados. Eclesiástico 3:3                                     I Ped. 1:18-19
  9. Ensino de magia e superstição. Tobias 2:9 e 10; 6:5-8; 11:7-16                           Tia.5:14-16
10. Antíoco morre de três maneiras. I Macabeus 6:16; II Macabeus 1:16; 9:28         Isa.63:8; Mat.5:37
11. Recomenda a oferta pelos mortos. II Macabeus 12: 42-45                                    Ecl. 9:5-6
12. Ensino do purgatório ou imortalidade da alma. Sabedoria 3:14                            I João1:7;Heb.9:27
13. O suicídio é justificado e louvado. II Macabeus 14:41-46                                     Êxo.20:13

Revista do Ãncião, nov-dez 2001

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